Faziam quatro meses desde que Penelope foi liberada do hospital. Derek e ela pediram um tempo pessoal. Depois de tudo o que aconteceu era mais que necessário.

Um dia antes de voltar ao trabalho, Penelope resolveu mudar. Levando Derek consigo, ela o arrastou para o salão de beleza e pediu para pintarem seu cabelo de ruivo.  

Derek a amava loira, mas se ela pintasse o cabelo de ruivo, ele precisaria de todo seu controle para não a arrastar para o banheiro da BAU, do jato, onde fosse e tivesse um tempo pessoal com ela.

Ele pegou no sono enquanto ela fazia sua mudança.

— Hot Stuff. – Ela cantarolou. – Sua esposa o aguarda.

Ele acordou na mesma hora, a olhando dos pés à cabeça e sorrindo para ela quando viu seu cabelo ruivo.

Ele a beijou, se levantando e a abraçando. Ele deu 50 dólares a mais para a moça do salão. Ela merecia por deixar sua mulher tão linda. Ele comprou um vestido novo e sapatos. Enfeites para o cabelo e uma bolsa nova.

— Querido, você viu a bolsa de Haley? – Emily perguntou, segurando sua filha. – Eu não a encontro em lugar nenhum.

— Já está no carro, meu amor. – Hotch a beijou. – Você vai deixar ela na creche para funcionários do FBI? Aposto que Pen pode cuidar dela por algumas horas.

— Eu sei. – Emily sorriu. – Mas Penelope finalmente está de volta e Derek ainda não vai voar conosco porque ele ainda precisa ficar com sua esposa.

— Se tivermos um caso, podemos deixar Haley com eles então. – Hotch riu. – Lembre-se de que eu vou pedir o jantar se estivermos aqui.

Emily sorriu. Ela e Hotch caíram em uma rotina boa. Eles eram pais de uma menina linda e Jack gostava muito de sua meia irmã.

Derek conduziu Penelope para sua SUV e a beijou. Ela realmente sentia falta de ir trabalhar e ajudar a pegar psicopatas.

— Ela está chegando. – JJ correu com o bolo. – Meu deus, o que é isso? Me diga que você não quebrou a lâmpada?

— Calma JJ. – Reid a acalmou. – Penelope está voltando apenas. Não é como se ela tivesse morrido.

— Desculpe? – JJ o olhou com punhais. – Esse lugar é a casa dela. Pegamos dez Unsubs sem a mágica dela e poderíamos ter pego mais com ela.

— Nós vamos pegar Jesse Reynolds. – Reid a acalmou. – Ele provavelmente estava com uma fixação em Penelope. Mas ela não estava na equipe.

— Reid. – JJ entregou uma carta. – Não deixe que Rossi ou Hotch vejam agora. Analise a linguagem. Podemos ter um unsub atrás de Garcia de novo.

Ela deixou um Reid em um pânico considerável. Abrindo a carta ele viu a escrita.

Mesmo que JJ houvesse lhe pedido para não comentar com ninguém, ele foi até Rossi e pediu sua ajuda.

Derek estacionou na garagem da BAU e sorriu. Penelope olhou para o espaço onde era a garagem de seu trabalho e sorriu, alcançando a maçaneta do carro.

Abrindo a porta, ela desceu do carro e esperou Derek para fazer o trajeto até sua sala.

— Ansiosa, Baby Girl? – Derek a beijou. – Eles ainda não mordem, sabia?

— Faz tempo, Derek. – Pen substitui seu sorriso por lágrimas. – Eu quis aquele tempo, mas foi tão difícil. Senti falta de Spencer e de JJ e Emily. Vi Hotch mais e Rossi pareceu não querer ficar longe.

— Todos amam você Pen. – Derek a beijou. – Eu muito mais.

Ela sorriu e subiu com ele até o andar onde sua equipe estava.

JJ arrumou os últimos detalhes e colocou todos preparados. A porta do elevador se abriu e Pen suspirou.

— Bem-vinda! – Todos gritaram e Pen começou a chorar de emoção.

— Seja bem-vinda, Penelope. – JJ a abraçou forte. – Esse lugar não é tão divertido sem você.

— Pois é, Pen. – Reid a abraçou também. – Sabia que o rito de boas-vindas foi...

— Depois Reid. – Rossi pediu. – Eu esperei tanto por hoje, filha.

— Nós nos vimos ontem, pai. – Ela deu um beijo em sua bochecha. – Eu também te amo.

— Eu vejo a cor hoje. – Emily a abraçou. – Você fez tanta falta, que assustamos todos os analistas ruins que nos mandaram.

— Seu escritório está fechado. – Hotch a abraçou. – Bem-vinda de volta.

— Penelope? – Strauss parecia séria. – Quero dar as boas-vindas em meu nome e do diretor. Você fez falta nessa agência.

— Ei Derek. – Reid cumprimentou o amigo. – Como vai?

— Estou aqui esquecido. – Ele brincou. – Mas por essa bela dama, vale a pena.

— Tem que. – Reid abraçou o amigo. – Estou contente que estejam bem.

— Mais que bem, menino maravilha. – Pen tinha um sorriso de Cheshire. – Eu também tenho uma surpresa.

Derek não podia esperar e se fosse o que ele achava.

— Hot Stuff. – Ela pegou as mãos dele e colocou em seu ventre. – Estou grávida.

Houve um silêncio no andar. Você poderia ouvir um alfinete cair no chão naquele momento.

Derek estava entre pular de felicidade e comprar a Pen um kit de proteção para todas as fases da gravidez.

— Mas você mudou a cor. – Derek entrou no modo proteção. – Faz mal para o bebê.

— Na verdade. – Reid tomou a palavra. – Existem algumas tinturas de cabelo que são comprovadamente não agressivas ao bebê. Quando feito sob a orientação médica, a mudança de cor na gravidez é 98% segura.

— Dê ao garoto o amendoim. – Pen brincou. – Eu acho que ele já explicou.

— Quanto tempo? – JJ pegou Pen em outro abraço. – Meu Deus!

— Dois meses, Jayje. – Pen a abraçou de volta. – Vou entrar para o time das mamães.

Rossi não cabia em si de tanta felicidade. Sua filha estava grávida e iria lhe dar um neto.

Ele a abraçou e sorriu. Se ele já fora mais feliz, não tinha idéia.

— Eu vou dar a você e a Derek um quarto mobiliado. – Ele a viu tentar objetar. – E nem tente negar. Você é minha filha e eu sei que você merece tudo o que eu não pude.

— Há algo que eu preciso te pedir. – Ela o viu assentir. – Você pode me contar a sua história?

— Com certeza, minha garotinha. – Ele a levou até seu escritório.

A fazendo sentar em seu sofá, ele lhe trouxe chá e um cobertor, para que se ela ficasse cansada, ela poderia dormir.

— Me conte sobre o dia em que eu fui embora. – Ela pediu. – Minha mãe me disse que você havia morrido.

— O que acontece se eu contar. – Ele suspirou. – E você não gostar?

— E o como eu vou decidir se não me contar? – Pen perguntou de volta. – Eu vou ter um bebê logo mais. E acho que saber das duas versões é melhor que nenhuma.

Ele suspirou. Ela estava certa. Ele suspirou e começou a história.

— Certo. – Rossi começaria a liberar segredos. – Foi assim que começou.

Ela esperou que ele começasse a contar.