Christmas Delays escrita por Crystal


Capítulo 1
Capitulo Único


Notas iniciais do capítulo

Essa one é bem fofinha e bem curtinha também. Eu tinha que escrever Jikook no Natal senão ia surtar!

Espero que gostem!


Boa Leitura e Feliz Natal e Ano Novo!



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Fechou a porta com um baque mudo e arrastou-se até o sofá, se esparramando todo e suspirando em alivio. O dia tinha sido a porra de uma porcaria, tão estressante e cinza que havia tirado todo resquício de bom humor que nele restava. Trabalhar na véspera do feriado de Natal era uma merda, não conseguir sair pelo menos no almoço era uma bosta, ter que ouvir o sonzinho tristonho de seu baixinho pelo celular era pior ainda. JungKook teve de desmarcar todos os planos que havia feito com seu marido por semanas e ainda não havia tido a capacidade de chegar a tempo para a ceia. Olhou para o relógio na parede da sala com preguiça de levantar, os ossos doíam e estalavam conforme se mexia, marcava mais de duas horas da manhã. O silencio da casa era ensurdecedor. Sabia que Jimin o entendia e respeitava seu trabalho e seus horários, mas sabia também que ele estava magoado por não ter conseguido chegar ao primeiro Natal deles como casados.

Levantou-se e rumou para a cozinha, desmanchando o nó da gravata e atirando o terno para a cadeira mais próxima. O peito doeu em culpa ao ver a mesa bonita posta para os dois, as velas apagadas e queimadas até a metade, o peru e toda aquela comida que Jimin passara a semana aprendendo a preparar guardada no forno, seu vinho preferido lacrado na pia ao lado das taças que o Park dizia dever usar apenas em ocasiões especiais. Céus, Jimin devia estar tão chateado! Esqueceu da sede que sentia e da fome que fazia seu estomago roncar, partindo para o quarto dos dois.

Do corredor, conseguia ouvir o barulho do ar-condicionado ligado. Não estranhou, apesar do frio que fazia naturalmente. Jimin tinha dessas de gostar muito da casa gelada, embora Jungkook não apreciasse tanto assim a conta de energia no fim do mês. Abriu a porta com cuidado para não acordar o Park, mas parou, deslumbrado, no momento em que botou os olhos na grande cama de casal.

Não sabia se era a saudade falando mais alto, ou se o perfume dele havia mesmo se espalhado pelo quarto todo, deixando tudo numa onda de amor totalmente aconchegante ao Jeon. Ele dormia tranquilamente do seu lado da cama, de bruços, abraçando o travesseiro de JungKook com força e com as pernas entrelaçadas ao edredom grosso com desenhos natalinos. O short curtíssimo de tecido leve que usava mostrava perfeitamente a curva de sua bunda, dando uma visão privilegiada. A camiseta, grande demais para o corpo dele, estava erguida até acima do umbigo pelos movimentos noturnos. Os cabelos desgrenhados naquela confusão loira davam graça ao rostinho fofo e sedutor de bochechas avantajadas e boca pequena. Deus, ele podia observar aquela pintura por horas sem nem se mover, mas o suspiro de Jimin o fez acordar para a vida e praticamente se jogar, com todo cuidado do mundo, e abraçá-lo apertado. O corpo molinho de seu baixinho se aconchegou ao seu, buscando pelo calor conhecido. Os bracinhos fizeram questão de tacarem o travesseiro fora, se enroscando quase que imediatamente ao corpo maior de JungKook.

—Desculpe, amor. Eu sinto muito. – Sussurrou, apreciando do perfume gostoso que exalava da pele de Jimin.

—Você podia ter avisado que não conseguiria chegar para a ceia. Eu entenderia se tivesse me dito. Fiquei te esperando por horas, Kookie. – A voz fofa e rouquinha do menor.

—Jiminnie...

—Mas amanhã resolvemos isso.

JungKook abriu os olhos que nem havia percebido ter fechado, o cheiro de Jimin o deixava aéreo com facilidade.

—Não, não quero que durma com raiva de mim. – Acariciou o rostinho do menor, ansiando por ver as duas pedras preciosas que eram os olhos do amado. -Por favor, amor!

—Não estou com raiva de você. Estou um pouco magoado... e com sono. -JungKook sabia que o relacionamento deles era baseado em sinceridade, mas aquilo doeu. Havia magoado Jimin, poxa, como faria para consertar?

—Eu sinto muito. Sei que... mas, não deu para... Me desculpe... por favor – Gaguejou pateticamente, o que poderia dizer? Simplesmente havia arruinado o Natal, tinha como fazer pior?!

Jimin abriu os olhos lentamente e sorriu fraco para ele, numa visão tão encantadora para Jungkook que ele nem tentou conter o suspiro de apreciação. Amava tanto Jimin, tanto que chegava a doer!

—Você ainda fica fofo gaguejando para mim. – O menor mais bocejou do que falou, logo se levantando e sentando na cama tão perto de Jungkook que conseguia sentir o calor do corpo do outro. A camiseta escorreu por seu ombro, deixando parte da clavícula marcada exposta. O short se ergueu ainda mais nas coxas volumosas, prendendo por alguns segundos a atenção do Jeon. -Para de me olhar assim. Você sabe que eu fico envergonhado!

Jungkook passou a língua pelos lábios, terminando de scannear o corpo a sua frente sem nenhum pudor.

—Não posso evitar, você é que fica me seduzindo assim. – Passou os dedos pelas bochechas coradas e sorriu, beijando de forma doce o leve rosa que coloria seu rosto.

—Não vai me comprar com beijos, Jungkookie. – Jimin suspirou, a vozinha manhosa por adorar os beijos molhados e estalados que um Jungkook em busca de perdão costumava lhe dar.

—Só estou com saudades. Fiquei longe de você o dia todo! – Exasperou, selando de modo barulhento e violento o pescoço perfumado do menor.

—Bom, tem um jeito bem legal de matar essa saudade, sabe? – O Park ofereceu, o tom inocentemente provocativo, daquele jeito que só ele sabia fazer.

—Ah é? E qual é esse jeito? – Entrou no jogo, as mãozinhas inquietas em seu cabelo, o abraçando de forma apertada. Céus, amava-o tanto!

—Me beija de verdade, amor.

—Mas eu estou te beijando de verdade. – Jocou, levando um soquinho em seu peito e um resmungo.

—Me beija na boca, Kookie. – Pediu, os olhinhos brilhantes em amor direcionados para a boca fina do maior.

JungKook acabou com a pouca distância entre eles, colando sua boca nos lábios de Jimin com força. O Park suspirou, abrindo de leve a boca para que a língua gostosa do Jeon entrasse. Era sempre uma delícia quando se beijavam, a sensação poderia entorpecê-los por horas e horas, envolvidos naquela onda de amor com gostinho de mel das balas que Jimin adorava chupar. JungKook particularmente odiava mel, era muito enjoativo e doce na sua opinião, mas isso tudo mudava quando provava direto da língua de seu marido. O jeito como o sabor docinho passava para a sua boca quando chupava a língua de Jimin com gosto era de dar arrepios. Jimin todo era de dar arrepios.

—Eu amo você. Desculpe por perder a ceia, feliz natal, meu bem. – JungKook sussurrou quando eles enfim desgrudaram as bocas. O fio de saliva que ligava a sua boca e a boca carnuda de Jimin fez o membro do Jeon pulsar nas calças.

—Eu também amo você, amo muito, muito, muito. Feliz natal. - Minie sorriu, todo perfeitinho e manhoso, dando um beijinho demorado na bochecha do maior. -Nós ainda podemos fazer alguma coisa, sabe? Eu esquento a comida no forno e você pode abrir o vinho. Comemos e podemos ver aquele filme de natal que você adora. Nenhum de nós irá trabalhar amanhã mesmo, ainda podemos aproveitar juntinhos.

JungKook sentiu o coração bater acelerado no peito, como se tivesse se apaixonado de novo quando o menor se levantou e seguiu para a cozinha, rebolando aquela bunda de propósito, e sendo tão compreensivo, tão seu Jimin.

Seguiu-o pelos corredores e quando tudo estava preparado, plenas quatro da manhã, comeram a ceia requentada juntos enquanto saboreavam do vinho caro, com a consciência de que se amavam não importava a hora da ceia, a falta de presentes, ou atrasos natalinos.


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