Jily - Ignore The End escrita por Blank Space


Capítulo 47
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

** Autora colocando todos os feitiços de proteção possíveis aqui depois de tanto tempo sumida **
OIE MEUS AMORES ❤ Como vocês estão?? Esqueceram de mim? Eu realmente espero que não rs
Bem... Depois de tanto tempo eu devo algumas explicações a vocês né? Então, eu não estava me sentindo muito bem com essa história e nem com alguns comentários que eu vinha recebendo não só aqui, mas também no meu Twitter. As coisas ficaram de uma forma que o bloqueio que eu já tinha triplicou de tamanho e eu não conseguia escrever nada que fosse relacionado a saga Harry Potter. Vocês não tem culpa disso, eu apenas não consegui escrever ainda que essa história, na minha opinião, seja a melhor que eu já escrevi em toda a minha vida e eu a ame com todo o meu coração. E é exatamente por esse motivo que eu tô aqui hoje. Vocês merecem um final, eu mereço um final, esse casal maravilhoso também merece, então ele vai acontecer!
Dito isso, aqui vai o capítulo dedicado a todos que ainda estão aqui ❤
As outras explicações darei nas notas finais!



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[N/a: NOTAS FINAIS E INICIAIS SÃO MUITO IMPORTANTES]

 

As coisas na festa da escolinha em que a mãe de Lily lecionava não poderiam ter sido mais mágicas e encantadoras para James Potter. O jogador de Quadribol encarava todos os objetos completamente maravilhado, com os olhos brilhantes tais quais os da ruiva na primeira vez que havia colocado os pés em Hogwarts. 

E ao observá-lo ela sentiu seu coração dando piruetas, o sentimento tomando-a de uma maneira tão intensa que ela poderia chorar.

Considerando tudo o que havia passado no mundo bruxo, ver James Potter, alguém com o “sangue-puro” empolgado ao aprender mais a respeito dos trouxas e como eles vivem, apenas havia provado que ele era a pessoa com quem ela queria passar o resto de seus dias. 

E ainda que ele tivesse feito todo aquele discurso a respeito de crianças, o grifinório sabia exatamente como lidar com elas, e a ruiva pôde assisti-lo dançar com um garotinho que estava sozinho e envergonhado demais para ir até a pista, tudo isso com um sorriso no rosto. 

No final da noite, a senhora Evans não poderia amá-lo mais, e Lily sabia que durante todo o seu período em casa, o garoto cujos cabelos eram um verdadeiro caos seria o único assunto que sua mãe teria - e tudo bem, porque ela também não queria falar sobre outra coisa.

E então eles se despediram na varanda da casa da ruiva. A luz das estrelas iluminava a noite, mas não era tão brilhante quanto os olhos de ambos. Potter beijou a testa da garota demoradamente e ela sorriu, passando suas mãos em torno da cintura dele.

—Vai me ensinar a jogar futebol, né? -Ele perguntou e ela riu.

—Claro. -Ele sorriu, empolgado. -Quando Madame Pomfrey disser que está tudo bem, eu ensino.

Ele revirou os olhos, soltando o ar.

—Não vou conseguir te convencer antes disso, né?

—Não mesmo.

—Mas eu já estou bem! -Resmungou.

—Você disse isso uma vez sobre quando quebrou o pulso jogando Quadribol e Sirius achou que seria uma boa ideia testar suas habilidades como batedor. -Lily respondeu. -Eu nunca imaginei que o pulso de alguém poderia ficar com aquele ângulo.

—Por Merlin, você tem argumento pra tudo? -James resmungou e ela balançou a cabeça concordando. E então ele bufou.

—O que foi?

—Parece que estamos sendo observados. -Disse e ela olhou para a direção que ele indicava com a cabeça, encontrando Snape sentado na varanda da própria casa, com os olhos fixos nos dois.

—Quer entrar? -A ruiva disse, voltando os olhos para ele, um tanto abalada. Ela sempre ficava assim quando o assunto era Severus Snape.

—Não, tudo bem. -Murmurou. -Preciso ir antes que o Padfoot apareça aqui chorando de saudades da moto dele.

—O que vai fazer amanhã?

—Provavelmente ficar sentado pensando no quanto você é a pessoa mais linda do universo, ou seja, o mesmo de sempre. -Brincou e ela revirou os olhos, rindo. -Eu quero ver você.

—Será que depois de tudo nós finalmente teremos o nosso primeiro encontro? -A ruiva disse, com os olhos arregalados e ele riu também.

—Se você disser sim. -Ele deu de ombros.

—Como se fosse possível dizer outra coisa pra você.

—Olha, eu já ouvi diversas variações de respostas para essa pergunta, ruiva. A mais usada delas, foi “eu prefiro a lula gigante”, inclusive. -Implicou e ela gargalhou.

—Você nunca vai se esquecer disso, não é? Vai usar contra mim para sempre!

—Você me torturou por três longos anos! É claro que vou usar isso contra você!

—Não sabe ouvir não como resposta, Potter?

—Não sabe dizer sim, Evans? -Ele arqueou as sobrancelhas e ela revirou os olhos, puxando-o pela gravata para lhe dar um beijo, esquecendo daquele que a havia magoado tão profundamente. Ele tinha mesmo esse efeito, de mandar para longe tudo o que era doloroso. 

—Vejo você amanhã.

—Isso ainda não é um sim.

—Boa noite, namorado. -Ela o soltou, seguindo em direção à porta.

—Boa noite, namorada.

—Tome cuidado com aquela coisa ou eu juro que você e o Black vão se ver comigo! -Disse e ele revirou os olhos.

—Eu sempre tomo cuidado. -Ele sorriu, se aproximando da moto e colocando o capacete sobre a cabeça. 

Com uma piscadela, ele subiu no veículo, dirigindo para longe enquanto ela o acompanhava com os olhos. A ruiva deu uma última olhada para a janela da casa de Snape, que a encarava como se estivesse decepcionado e então deu as costas, fechando a porta com força.

No dia seguinte, ela não poderia estar mais mal humorada. Petúnia e o namorado haviam retomado o relacionamento e estavam completamente insuportáveis. Por esse motivo, a grifinória se arrumou rapidamente e foi em direção ao parque que tanto adorava quando criança, acompanhada de seu livro favorito.

A neve cobria o local e por esse mesmo motivo ele permanecia vazio, então ela limpou a pequena gangorra que havia por lá e sentou-se, abrindo seu livro e se entregando àquela história. A ruiva ficou ali por muito tempo, nem ao menos percebendo quando alguém que costumava correr por aquela grama ao seu lado chegou, sentando-se ao seu lado.

—Eu não acredito que fez isso.

Evans levantou os olhos, encontrando Severus Snape ao seu lado. Abaixo de seus olhos haviam grandes olheiras e ele a encarava com tamanho desgosto. A ruiva soltou o ar, cansada e se levantou pronta para ir embora, mas ele a segurou.

—Não, não vai assim. -Pediu baixo, mas ela o encarou com as sobrancelhas arqueadas, olhando para a mão dele em seu pulso e fazendo com que ele a soltasse.

—Eu não devo explicações da minha vida a você.

—Ele não é digno de você! É uma pessoa ruim e você sabe! Caramba, por causa daquele idiota e da aberração que é o amigo dele, você poderia ter morrido!

—Se estivéssemos em Hogwarts ou eu fosse maior de idade, eu juro que te mandaria pelos ares por ousar falar tamanho absurdo de Remus Lupin!

—Você sabe o que ele é, quase morreu por isso, por que continua defendendo?! E agora namorando o Potter?! Por Merlin, Evans!

—Você realmente quer falar sobre as minhas companhias, Severus?! Você?! -A garota da casa dos leões cruzou os braços, rindo irônica. -Acha que eu não sei que seus amigos estão envolvidos com magia negra? Você não sabe o quanto me assusta a possibilidade de ver a marca de Você-Sabe-Quem no seu braço.

Irritado, ele levantou a manga da blusa, mostrando a ela que não havia nada ali. Uma parte dela se sentiu aliviada, mas a outra se perguntou por quanto tempo as coisas continuariam daquela forma. Ela não achava que ele era uma pessoa facilmente manipulável, por isso, sabia que se um dia ele se rendesse ao lado das trevas seria por escolha própria.

—Ótimo, esses ideais horríveis, cruéis e bárbaros não estão cravados no seu corpo, mas isso não quer dizer que não estejam na sua cabeça.

—Por que não pode apenas me perdoar? Eu já disse que sinto muito, já implorei a você!

—Acha que é simples assim?! Pessoas estão morrendo, Severus! Tem massacres acontecendo em todo o mundo porque um idiota deu voz a todas as outras pessoas que usam termos ridículos para se referir a pessoas como eu! Você disse que sente muito, mas você sente muito por ter usado aquelas palavras horríveis algum dia ou apenas porque as direcionou a mim?!

Ele se calou. 

Era óbvio que seria a segunda opção.

Depois disso, Evans saiu, sem nem ao menos olhar para trás. Era doloroso deixá-lo daquela forma, mas era mais ainda ter que engolir as coisas que a machucavam apenas porque não queria perder o amigo. Ela não conseguiria; quando entrou no trem para Hogwarts pela primeira vez, a ruiva havia feito a promessa de que seria sempre fiel a si mesma acima de tudo.

Um pensamento egoísta? Alguns poderiam pensar que sim, mas para ela era apenas a maneira que havia encontrado de se manter verdadeira.

Quando voltou para casa, percebeu que não havia ninguém além do casal sentado no sofá. Lily notou um olhar diferente por parte de Vernon, mas achou que seria melhor ignorar, afinal não se importava o suficiente para descobrir o motivo que o levava a olhar para si como se a analisasse atentamente.

—Lily? -Petúnia chamou quando ela cruzou o cômodo, pronta para subir as escadas em direção ao quarto, onde provavelmente ficaria até que seus pais chegassem.

—Sim? -Respondeu, olhando de maneira entediada. A mais velha tinha as pernas sobre as do namorado, que mantinha a cintura dela enlaçada.

—Mamãe pediu que você encontrasse os antigos álbuns de foto de família no armário da escada.

—Álbuns de foto? O que ela quer fazer com isso?

—Está vendo ela em algum lugar, garota? Quando ela chegar você pergunta, agora anda logo porque eu e o Vernon queremos um pouco de privacidade, sim?

A ruiva revirou os olhos, soltando um suspiro irritado e deixando suas coisas no pequeno móvel que havia ali, seguindo em direção ao local e abrindo as portas. Apertando o apagador, Lily revirou os olhos ao constatar que não havia luz, então ela se aproximou da pequena luminária, a acendendo. Aquela seria uma tarefa complicada, considerando que o fio do único ponto de luz que ela tinha para si não era grande o suficiente, e assim ela entrou.

—Petúnia, eu não estou vendo nenhum álbum de fotos, tem certeza que está aqui? Isso está uma bagunça! -Disse um tanto mais alto, movendo algumas caixas com discos de seu pai. Seria tão mais simples se pudesse usar sua varinha, ela pensou. -Tuney?

Mas nenhuma resposta além da porta batendo com força atrás de si foi ouvida. A garota bruxa deu um pulo, assustada pelo barulho alto e então se aproximou da porta, batendo com força.

—Petúnia, abre essa porta! -Mandou, olhando ao redor apenas para constatar o que já sabia, que não havia nenhuma abertura no local. -Petúnia, eu não estou brincando, abre logo! Você sabe que eu não gosto de lugares fechados!

—Você está mentindo! -Ela ouviu a voz do garoto, como se estivesse debochando. -Não existe essa coisa de bruxaria!

—Cale a boca, Vernon! -A irmã dela respondeu. -Empurra logo essa porcaria de móvel e você vai ver que eu nunca mentiria pra você!

—Petúnia, abre! Abre agora! -Gritou, sentindo como se sua garganta se fechasse. Onde estava o seu ar? Por que não conseguia respirar?

Os olhos verdes marejaram enquanto ela batia com toda a sua força, tentando empurrar sua única saída, mas falhando porque havia alguém a segurando. Ela ouviu o móvel ser arrastado e então a porta que se movia levemente conforme suas investidas desesperadas, agora permanecia parada. Era pesado demais!

—Por que está fazendo isso?! -Perguntou, soluçando. -Por favor, você não pode… Não me deixe aqui!

—Eu não estou vendo nada além de uma garota chorona. -A voz do garoto disse ao longe, parecendo agora estar um tanto cansado.

—Confia em mim! -Ela rebateu. -Ela fez da última vez, tenho certeza que ela vai fazer de novo e eu vou te provar, nem que tenhamos que deixá-la aí durante toda a tarde.

—Você é doida. -Dursley riu.

Ela queria expor o mundo bruxo. Sua irmã queria expor quem ela era, violar uma das leis bruxas, algo que poderia lhe custar sua vaga na escola que tanto amava. Como ela poderia ser tão suja? Lily gritava, chorava e batia naquela porta com tudo o que lhe restava conforme sentia seu peito doer enquanto tudo parecia girar.

Tentou se manter calma, usando de toda a sua força de vontade para conter a explosão que havia dentro de si, mas nada funcionava, seu coração mantinha um ritmo disparado conforme ela descia até que estivesse no chão.

—A gente já pode soltar ela? Era engraçado no início, mas agora eu já estou entediado.

—Não! Ela vai ficar aí até mostrar quem é de verdade. Você não acredita em mim e enquanto eu não provar, nós vamos continuar tendo essas brigas idiotas! -Respondeu. A ruiva ouviu uma movimentação do lado de fora e então socos com força na porta. Não havia mais força para gritar. -Vamos logo, anormal! Quer sair? Você sabe que só tem um jeito! Vamos! Abra logo a porta! Você não passa de uma aberração! Você e todos os seus amiguinhos ridículos daquela escola! Eles vivem dizendo que você é especial, mas essa é só uma mentira que contam para que pessoas como você não saibam que não passam de algo desprezível de que todos tem medo!

Ela se segurou o máximo de tempo que conseguiu, até que enfim o móvel voou pelos ares, acertando sua irmã mais velha com tudo e escancarando aquela porta, finalmente fazendo com que sentisse o ar voltando aos seus pulmões. 

A Evans ficou no chão por alguns longos segundos, focando em sua respiração e quando se sentiu pronta, ela se apoiou nas prateleiras que haviam ali para se erguer. Ao sair de lá, a mesma se deparou com Petúnia sentada no chão com as mãos na cabeça enquanto o seu namorado parecia congelado. Os olhos dele estavam arregalados, encarando a mais nova como se ela fosse exatamente tudo aquilo que sua irmã disse: uma aberração.

A garota não conseguia se conter, as lágrimas rolavam intensamente conforme sentia o ódio crescendo dentro de si. As luzes piscavam, as portas começaram a bater e Valter logo foi atirado pelos ares também, batendo na parede e caindo sentado no chão.

—Lily! -A voz de sua mãe chamando-a da porta foi ouvida e ao se virar, ela se deparou com a mulher a encarando horrorizada. Foi o que lhe trouxe de volta. A senhora Evans encarava o estrago que sua caçula havia feito, sem saber como reagir.

E então a menina correu, deixando a casa pela porta dos fundos, completamente sem rumo. Não queria ficar naquela casa, não depois de ter sido exposta daquela forma, como se fosse um maldito animal de zoológico. Havia perdido sua vaga na escola? Iria para Azkaban? Ela havia atacado dois trouxas! O que o Ministério faria?

Desesperada, ela mal conseguia ver o que se passava à sua frente, mas ainda sim, reconheceria aquela silhueta em qualquer lugar. Estacionando a moto que ela reconheceu como a de Sirius, James Potter desceu do veículo com agilidade e foi ao seu encontro, deixando que Lily se jogasse em seus braços e se escondesse ali, molhando sua camisa.

—O que aconteceu? -Perguntou, visivelmente preocupado.

—Me tira daqui! Me leva embora, James! Eu não consigo, não agora… Por favor! -Implorou entre um soluço e outro.

E bem, não havia resposta diferente de “sim” para qualquer pedido que a ruiva lhe fizesse. Ela estava assustada, hiperventilando e suas mãos também estavam molhadas e trêmulas. Por um momento agradeceu a Sirius por tê-lo obrigado a levar um capacete reserva, colocando-o na cabeça dela e subindo na motocicleta de seu irmão, levando-a para longe.

[N/a: NOTAS FINAIS E INICIAIS SÃO MUITO IMPORTANTES]


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Notas finais do capítulo

OLÁ MEUS AMORES ❤ Como vocês estão?? Eu espero que bem! Me contem as novidades!

Desculpa pela demora pra aparecer aqui, é que eu ainda to trabalhando nisso de me sentir bem escrevendo essa história e por conta da minha faculdade e do trabalho eu só consigo pegar pra escrever mesmo nos fins de semana (sendo que um final de semana sim e um não eu cuido da minha vó, então ainda tem isso), então esse capítulo foi construído aos pedacinhos, mas finalmente chegou até vocês! Espero que tenham gostado!

Eu sempre me perguntei como o Vernon/Valter/Babaca havia acreditado na história de que a Lily era uma bruxa e foi pensando nisso que eu escrevi esse capítulo. Não acho que ele teria acreditado sem provas... Estão com muita raiva? Aish, eu odeio esse casal com todas as minhas forças!

Não sei quando voltarei, mas saibam que não estão mais abandonados, ok? Vou escrevendo o próximo aos pedacinhos e logo ele vai estar aqui pra vocês também ❤

Me sigam no Twitter, é @GetawayTT, eu sempre posto avisos por lá!

Muito obrigada mesmo por todos que ficaram e por todo o apoio que sempre me deram! É um prazer de verdade escrever pra vocês e também estar postando esse capítulo hoje, eu to feliz de verdade!

Beijinhos, a gente se vê no próximo!



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