Jily - Ignore The End escrita por Blank Space


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Ooieee gente!! Tudo bem?? Eu espero que siim ❤
Queria dizer que eu to pra postar esse capítulo desde a semana passada, mas meu computador bugou então to conseguindo só agora pelo do meu tio...
Obrigada pela recomendação, por todos os comentários, favoritos e acompanhamentos! ❤
PERSONAGENS: https://ibb.co/album/h08QFa
PLAYLIST: https://open.spotify.com/playlist/4pRrtAUZwZbPepbKaI0i7X?si=cTjvf0AaSgSM9TVBlM62yg
Só digo que aos poucos eu to adicionando mais músicas a playlist, espero que vocês gostem ❤
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Nos vemos lá embaixo! ❤



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—Nugget! –A ruiva sorriu, correndo até o cervo e o acariciando. –Cheguei tarde desta vez, não é? –Ele se aproximou mais. –Eu perguntei ao Hagrid sobre você hoje e ele nunca viu cervos por aqui. De onde você surgiu então? –O animal balançou a cabeça e ela esticou sua manta, sentando-se no lugar de sempre. Ele se deitou próximo a ela com sua galhada majestosa, fazendo-a sorrir. –As coisas estão tão complicadas, Nugget. Potter está fazendo de tudo para me tirar do sério, enquanto Amos se esforça cada vez mais para ser o garoto perfeito. –Ele bufou. Já tinha ficado irritado o suficiente assistindo a cena, não precisava ouví-la falar sobre o quanto ele era maravilhoso. Ela riu.

“Parece que alguém não gosta do meu... Eu nem sei o que nós estamos tendo! Está entendendo o que eu quero dizer?” ela soltou o ar, cansada “E agora parece que tudo o que o Potter quer é me convencer a não ir aquela reunião idiota. Quem ele pensa que é? Você acredita que ele tem uma capa de invisibilidade? Como se já não fosse irresponsável o suficiente sem ela”.

Com aquilo ele teria que concordar. A capa foi essencial em diversas missões dos Marotos e também para descobrir a verdade sobre Remus. Sabiam o quanto era perigoso, então não entraram na casa, mas o seguiram até o salgueiro lutador no segundo ano e ouviram o diretor conversando com Madame Pomfrey.

—Bem, Nugget acho que já está tarde. –Ela murmurou se levantando, afagando sua orelha. –Vejo você amanhã?

Lilian Evans se levantou, juntou suas coisas e o acariciou uma última vez antes de seguir seu caminho de volta para o castelo. James Potter a acompanhou com os olhos, como sempre fazia. Ultimamente estava vivendo por aqueles momentos com ela, em que a via sorrir realmente e a ouvia falar sobre o seu dia, mesmo que isso significasse insultá-lo várias vezes. Não a culpava, estava realmente sendo um idiota e sabia que merecia todos os xingamentos. Ele voltou a sua verdadeira forma, mas não voltou para o castelo. Se sentou ali bem onde ela estava.

—É, nós nos vemos amanhã. –Murmurou.

...

O dia da primeira partida de Quadribol do ano finalmente havia chegado. James e Sirius vestiam seus uniformes e entraram no Salão principal sendo recebidos pelos alunos de sua casa como verdadeiros heróis. Todos pareciam felizes e animados, exceto talvez os dois.

Pela primeira vez desde que Black entrara para o time de Quadribol no terceiro ano, Marlene não usava a camisa do time que havia pegado do garoto antes de um de seus jogos. Ele se lembrava bem daquele dia, quando ela sorriu e disse que seria sua fã número um para sempre e por isso precisava de uma camisa exclusiva, não se importando com o fato de que ela ficasse bem grande nela.

Com James Potter, porém, era diferente. Lily Evans nunca aceitaria vestir sua camisa e com certeza seria azarado se pedisse. Então, em seu primeiro jogo, o artilheiro do time da Grifinória deu a ela seu cachecol favorito e pediu, por favor para que o usasse.

—Por favor, Evans, para me dar sorte! –Implorou. –Não quer que nossa casa vença?

—É claro que sim, mas não sei por que está me dando isso. Você tem que entender que eu não sou sua namorada, Potter!

—Ainda. –Acrescentou e ela revirou os olhos, cruzando os braços.

—Não vou usar um cachecol com as suas iniciais, sinto muito. –Ela disse, mesmo que não sentisse.

James se aproximou e colocou o cachecol na garota mesmo assim. Ela não se mexeu, nem quando ele se aproximou o suficiente para ver os detalhes de sua íris, que faíscava num brilho um tanto perigoso.

—E se eu pedisse um beijo para dar sorte?

—Seria estuporado.

—Valeria a pena.

—Não ouse. –Avisou e por algum motivo a respiração de Lily falhou quando ela viu o sorriso nos lábios do garoto.

—Nem se algum dia eu chegar a capitão do time?

—Nem se você se tornar o Ministro da Magia! –Ela o empurrou quando ele deu mais um passo na sua direção.

—Isso dói, Evans.

—Isso cansa, Potter. –Ela rebateu.

—Eu não estou cansado. –Evans revirou os olhos.

—Por que você não para de ser tão...?

—Irresistível? Charmoso? Lindo?

—Eu ia dizer idiota. Pelas barbas de Merlin, não percebeu ainda que eu não gosto de você?

—Gosta sim. –James disse piscando para ela.

—Você não tem um jogo pra ir?

—Tenho, mas não vou sair daqui enquanto não disser que vai usar meu cachecol.

—Você é insuportável. –Ela se deu por vencida, saindo de lá com a peça ainda em seu pescoço.

—Eu não me importo. –Ele disse alto para que ela ouvisse.

A garota usava aquele cachecol em todos os jogos da Grifinória porque sabia que ele iria encher sua paciência caso não usasse e além disso, era só um cachecol, não era nada demais. Porém naquele dia em específico, a ruiva tomava seu café sem ele em seu pescoço.

—Hey, James. –Dorcas Meadowes chamou quando o capitão do time se levantou para deixar o salão. Ele se virou e a garota foi até ele, pegando sua mão e o puxando para fora do salão, aonde ficariam sozinhos. –Boa sorte no jogo. Tenho certeza de que vai vencer.

—Obrigado, Dorcas. –Ele sorriu e a garota beijou-lhe os lábios. Ele não estava esperando por isso, mas mesmo assim retribuiu.

Quando o beijo teve fim, a garota voltou rapidamente para o salão antes que suas bochechas ficassem vermelhas na frente dele. James reparou que seus amigos o olhavam com as sobrancelhas arqueadas, mas não disse nada, apenas seguiu seu caminho como se nada tivesse acontecido.

Os Marotos se dividiram. James e Sirius seguiram para os vestiários enquanto Remus e Peter foram para as arquibancadas. O capitão do time fez um breve discurso e então os leões entraram em campo, sendo recebidos com palmas e gritos eufóricos dos alunos.

—Os balaços estão livres e logo em seguida o pomo de ouro! –Martha Arenty, a narradora, disse quando o jogo finalmente começou. –Acho que não preciso lembrá-los que essa bolinha dourada vale 150 pontos, né? A goles é lançada e Grifinória e Corvinal começam a disputa! Em um movimento impressionante James Potter é o primeiro a colocar suas mãos nela e já segue em direção aos aros, sendo seguido de perto pelo outro time! Esse garoto é realmente impressionante! Tyler Burker fecha a passagem para ele não se aproximar, mas é quase atingido em cheio por um balaço de Sirius Black! JAMES POTTER MARCA E SÃO 10 PONTOS PARA A GRIFINÓRIA!

As comemorações começaram, mas o Potter pareceu não se importar. Ele estava ocupado passando os olhos pela plateia em busca dos cabelos ruivos de uma certa garota de sua casa, mas não a encontrava em lugar nenhum.

“Weight da Corvinal pega a goles... Os leões entram em uma disputa acirrada para recuperá-la e dois balaços são lançados na direção de Frank Longbottom, por pouco ele não é atingido.”

—Hey, McKinnon! –Potter gritou, sobrevoando próximo a loira. Ela estava sentada ao lado de Zack Bennet, o que explicava o humor agressivo de Black. –Aonde está a Evans?

—Deveria perguntar ao Diggory.

O capitão do time revirou os olhos, mas logo foi obrigado a voltar sua atenção para o jogo, quando ouviu os gritos animados dos alunos depois da frase “10 PONTOS PARA CORVINAL!”.

—Grifinória na posse da goles... James Potter passa para Henry Finnigan... Os corvinos vão se desesperando conforme os dois se aproximam dos aros... Um balaço atinge Finnigan e ele cai da vassoura... Matthew Andrews recupera goles para os corvinos... Os apanhadores disparam, acho que tivemos nosso primeiro sinal do pomo!

A disputa pela pequena bola dourada estava acirrada e os apanhadores só tiveram outro sinal dele quando o placar empatou nos 100 pontos. Sirius estava tão irritado quanto James e quase acertou um balaço nas arquibancadas, exatamente onde Zack Bennet estava, porém Madame Hooch o parou.

—Alguém pode me explicar o que está acontecendo com Black? Madame Hooch não parece nada feliz. –Arenty disse e o garoto soltou o ar, ignorando os gritos da professora. –Andrews lança a goles na direção dos aros e temos uma defesa espetacular de Alice Fortescue!

A garota de cabelos curtos jogou a goles para o Potter. Aquele era o momento, ele desempataria aquele jogo. Não deveria nem ter deixado o oponente chegar tão perto, mas a falta de Evans o estava distraindo. Decidiu então que não pensaria mais nela, pelo menos não até o jogo acabar.

—Potter se aproxima dos aros... Os balaços são lançados contra ele, mas o capitão da Grifinória desvia com agilidade... Os apanhadores disparam... Isso é inacreditável! O POMO É CAPTURADO PELOS LEÕES E JAMES POTTER MARCA 10 PONTOS! GRIFINÓRIA VENCEU!

Os alunos começaram a comemorar e os jogadores foram cumprimentar o outro time, mas James não ficou. O capitão simplesmente desceu de sua vassoura e foi direto para o vestiário. Não demorou muito para que Sirius aparecesse. Nenhum dos dois disse nada, nem quando o resto do time apareceu, comentando sobre os melhores momentos do jogo.

O time se reuniu e então foi para o salão comunal da Grifinória, sendo recebidos pelas palmas e a comemoração que os alunos haviam preparado. A primeira coisa que James reparou foi que Evans também não estava lá. Estava irritado. Por causa dela poderiam ter perdido o jogo de hoje, e não estava nem pensando no cachecol. Estava pensando no fato de que sua cabeça estava em todos os lugares, menos no jogo e se a Corvinal tivesse pagado o pomo ele teria que dar adeus ao recorde que queria tanto bater de maior número de vitórias em jogos do campeonato escolar.

Potter pegou a garrafa de Whisky de fogo que Sirius havia roubado de seus pais e bebeu um gole significativo, fazendo uma careta quando sentiu o líquido queimar sua garganta e então se sentou no sofá. Não estava com paciência nenhuma para aquilo. Peter e Remus se sentaram ao seu lado e a último lhe deu uma garrafa de cerveja amanteigada, enquanto Sirius estava com os lábios grudados nos da primeira garota que havia parado na sua frente para parabenizá-lo.

—Cara, você conseguiu fazer o último ponto no exato segundo em que pegaram o pomo! –Pettigrew começou, animado e ele revirou os olhos. –Você é incrível! Deveria seguir carreira como jogador!

—Evans está com o Diggory? –Questionou.

—Marlene me disse que ela estava lendo em algum lugar. –Remus respondeu.

—Hey, Meadowes? –O capitão do time chamou a garota que conversava com uma Marlene que não parecia nem um pouco feliz. –Posso falar com você?

—Claro. –A castanha sorriu e ele se levantou. Os dois se afastaram dos amigos, indo ficando próximos da janela para conversar.

—Já tem companhia para o próximo fim de semana? –Ele perguntou.

—Não.

—Ótimo, então o que acha de ir comigo a Hogsmeade? –Convidou, com seu melhor sorriso.

—Claro! Sim, eu aceito. –Ela sorriu e seus olhos adquiriram um brilho intenso.

James então se aproximou dela lentamente e a puxou para um beijo. Era intenso e ele podia sentir a garota se derreter em seus braços enquanto a segurava firme. Potter a puxou para mais perto. Era disso que precisava, esquecer a cabeça de fogo nem que fosse por alguns segundos. Mas infelizmente o alívio durou pouco. Sentiu que alguém cutucava seus ombros de maneira insistente.

—Estou ocupado. –Resmungou, sem nem ao menos olhar para quem quer que fosse.

—Quero falar com você. –Ouviu a voz de Leslie Mitchell, um tom de diversão que não o agradou muito.

—Pode me dar um minuto, Dorcas? –Perguntou. Conhecia a garota bem o suficiente para saber que ela não o deixaria em paz, pelo menos não enquanto não conseguisse o que queria.

—Claro. –Ela murmurou meio a contragosto, voltando para Marlene.

—O que quer?

—É sério isso, Potter? –Leslie cruzou os braços, rindo. –A Evans te deu um pé e agora você está pegando a amiga sem graça? Esperava mais de você.

—Não é da sua conta. –Rebateu, pegando a cerveja amanteigada das mãos dela.

—Tem razão. –Ela respondeu, pegando a garrafa de volta e bebendo um gole. –Mas escuta, não sabia que a Evans tinha tanto poder sobre você.

—Isso não é verdade.

—É claro que é. –A castanha riu. –Você quase perdeu a partida por causa dela. Ficou imaginando a língua do Diggory na boca dela durante todo o jogo, não é? Ou será que foi outra coisa?

—Você está errada. –James murmurou, se aproximando dela. Estava cansado de todos agindo como se Lily Evans o mantivesse em uma coleira e ela fosse o centro de tudo. –Eu não me importo se a Evans e o Diggory estão se beijando ou fodendo. Ela não significa nada pra mim e você também não.

Irritado, ele deixou a garota sozinha e voltou a se sentar entre Lupin e Pettigrew. Os dois o olharam por um momento, mas decidiram não falar nada. Eles apenas ficaram em silêncio observando enquanto os outros alunos comemoravam até que um garoto do segundo ano veio correndo, parecendo assustado e parou diante de Remus.

—O que houve? –O monitor disse, se levantando.

—U-uma garota... –Disse, com dificuldade devido a corrida para chegar até lá.

—Está desesperado assim por uma garota? –Potter riu.

—N-não, não é isso. –O menino logo esclareceu.

—Tudo bem, se acalme e me diga o que aconteceu. –Remus pediu. Ele respirou fundo e logo voltou a falar.

—Aquela garota de cabelo vermelho... –O segundanista começou. –Ela estava lendo perto do lago negro... Eu não sei o que aconteceu, em um momento ela estava colocando os pés na água e no outro a lula gigante a puxou para o fundo! Acho que ela não sabe nadar... O professor Dumbledore pediu para que o chamasse, eles estão levando ela para a enfermaria.

Era tudo o que precisava saber. James logo se levantou e seguiu até lá, sendo acompanhado por Remus e Peter. O que aquela maluca estava tentando fazer colocando os pés na água? Questionou, apressando cada vez mais o passo. Será que ela estava bem? As perguntas que invadiam sua mente vinham acompanhadas de hipóteses que poderiam enlouquecê-lo, tinha certeza, e aquele caminho nunca pareceu tão longo. Quando finalmente chegou, ele tentou entrar, mas a porta estava trancada, então ele a socou. Antes que ele a quebrasse para entrar, Lupin o puxou.

—Se acalme! –Pediu. –Ela está bem, tenho certeza que Madame Pomfrey está fazendo o melhor que pode.

—Você não sabe disso! –Rebateu.

—Ela vai ficar bem, Prongs. –Peter tentou.

—Oh, aí está você. –O diretor disse, saindo da enfermaria e dando um leve sorriso ao colocar os olhos em Remus.

—Diretor, eu sinto muito, acho que bati forte demais. –O monitor murmurou lançando um olhar ao amigo. –Em que posso ajudar?

—Como ela está? –Potter perguntou sem se importar.

—Ela está bem, senhor Potter, não se preocupe. –O diretor falou.

—Posso vê-la? –Pediu.

—Em um minuto. Ela está acordada, mas Madame Pomfrey está fazendo os últimos exames. Se tudo estiver bem ela poderá voltar ao salão comunal ainda hoje. –O cervo balançou a cabeça, assentindo. –Agora, senhor Lupin, preciso que reúna os outros professores. O caso da senhorita Weasley não pode se repetir, então faremos uma barreira para impedir que a lula gigante se aproxime tanto da margem.

—Senhorita Weasley? –James questionou, estranhando.

—Sim, senhor Potter, senhorita Lorelai Weasley. De quem o senhor pensou que estávamos falando? –O diretor questionou, embora algo em seus olhos dissesse que ele sabia exatamente de quem.

Ele não respondeu. Ela estava bem. Lilían Evans não havia se afogado no lago negro, e sim Lorelai Weasley. Sentia-se mal pela garota, mas mesmo assim um suspiro de alívio quase escapou de seus lábios. Conhecia a menina, ela era do terceiro ano e sua mãe fazia parte da família de Sirius, porém eles a haviam deserdado por ter se casado com o Weasley, considerado um traidor do sangue. Ela tinha mais dois irmãos, Arthur, que havia se formado há alguns anos, e Kyle Weasley, do sétimo ano.

O diretor Dumbledore ainda dava instruções a Remus, mas James não ouvia mais nada. Precisava vê-la. Colocar os olhos nela e ter certeza de que sim, ela estava bem, só assim poderia dormir em paz naquela noite.

Talvez nem assim.

Potter tirou um pedaço de pergaminho velho do bolso e o tocou com a varinha. Remus e Peter arregalaram os olhos enquanto o observavam. Ele não estava pensando direito e também não se importava, precisava encontrá-la e aquela era maneira mais rápida de fazer isso.

—Juro solenemente que não vou fazer nada de bom. –Falou. Os olhos do diretor se arregalaram ao ver todos os cômodos do castelo surgindo naquele pedaço de pergaminho. O capitão do time de quadribol passou os olhos por vários lugares, encontrando-a na biblioteca próxima ao nome de Minerva McGonagall. Ele então tocou o mapa com a varinha uma última vez. –Malfeito feito.

—Fascinante! –Dumbledore disse, visivelmente animado.

James jogou o pergaminho velho para Peter e seguiu em direção a biblioteca. Lá estava ela, segurando um livro e conversando com a professora de transfiguração. Um pequeno sorriso surgiu nos lábios dele. Era como se uma luz a envolvesse e tudo o que ele conseguia ver era ela. E poxa, ela estava linda.

—Evans? –Chamou, caminhando na direção dela.

—Agora não, Potter, eu estou ocupada. –Ela respondeu, mas ele não se importou nem um pouco.

O grifinório nem pensou, apenas a puxou para si e lhe deu um beijo. De início a garota ficou imóvel, como se tentando entender o que estava acontecendo, mas logo correspondeu. Foi um beijo intenso e diferente do último. Era urgente, apaixonado, como se a vida de ambos dependesse daquele momento e o mundo simplesmente tivesse parado. Potter segurava o rosto dela, acariciando sua bochecha levemente, de maneira carinhosa, e continuou com aquilo até depois que o beijo chegou ao fim. Os lábios dele soltaram os dela, mas o azul de seus olhos se misturava com o verde dos dela, formando uma cor totalmente nova e brilhante.

—Senhor Potter? –A voz de Minerva McGonagall invadiu o espaço, trazendo-os de volta a realidade. Ele não desviou o olhar dela, porém e nem a soltou. A segurou por mais um momento sabendo que doeria quando a soltasse.

—Detenção, eu sei.

—Espere na minha sala.

Ele balançou a cabeça assentindo e depois de dar uma última olhada para a ruiva, finalmente se separou dela, saindo da biblioteca, deixando-a ali ainda tentando entender o que havia acontecido.

...

Minerva só poderia estar de brincadeira. Não sabia há quanto tempo estava ali, mas tinha certeza de que estava longe de terminar. A diretora de sua casa havia pedido que ele organizasse seus livros por assunto, o que significava que ele teria que ler a contracapa de alguns deles antes de tudo. Porém, mesmo sendo trabalhoso, ele decidiu que terminaria tudo naquela noite, assim poderia se distrair e esquecer aquela cabeça de fogo por apenas um momento. Ainda foi obrigado a ouvir os comentários de Filch, que estava ali para se certificar de que magia não seria usada no trabalho.

—Duvido que continuaria a quebrar as regras se Dumbledore me autorizasse a pendurá-lo no teto por algumas horas. –Ele resmungava. –Você, Black e os outros dois nunca mais causariam problemas.

—Qual é, Filch nós sabemos que você nos adora. –Potter murmurou. –Afinal, quem mais ouviria suas ameaças se não nós? -O rosto dele ficou vermelho e o garoto riu, colocando mais um livro na prateleira.

De repente, um barulho alto encheu o lugar, fazendo com que os dois se assustassem. Conhecia bem aquele som: bombas de bosta direto da Zonko’s. O zelador o fuzilou com o olhar, mas ele logo se defendeu:

—Eu estava aqui o tempo todo, por que sempre acha que sou o responsável?

—Porque geralmente é. –Rebateu.

—É, você tem razão. –Reconheceu, pegando mais um dos livros da pilha. –Mas dessa vez não.

—Black! –Rosnou e James soltou uma risada. Não duvidava que seu amigo estivesse tentando criar uma distração para tirá-lo de lá. –Direto para o quarto quando terminar, Potter.

Ele balançou a cabeça e Filch saiu, deixando-o sozinho. Um tempo depois alguém entrou na sala, mas não era Sirius ou qualquer um dos Marotos. Lily Evans passou pela porta e a fechou, para que ninguém a visse ali. Não queria falar com ela, não agora que ele tinha suas dúvidas se conseguiria agir como se não se importasse.

—O que você tem que fazer? –Ela perguntou, acendendo a luz de sua varinha. Ele não respondeu, ainda estava chocado com a presença da garota ali. A ruiva então deu uma olhada na prateleira e soube exatamente a tarefa que a professora de transfiguração havia passado para ele. –Organizar os livros por assunto, entendi.

James arqueou a sobrancelha quando ela pegou o livro que estava em suas mãos e o colocou na pilha que ele havia separado para “Transfiguração em Animais”, como se fosse óbvio.

—Eu os separo por assunto e você coloca de volta na prateleira. Vai ser mais rápido assim. –Embora confuso ele assentiu e fez o que ela pediu. O silêncio reinou até eles quase acabarem o trabalho, mas a garota não conseguiu se calar por mais tempo. -Então eu não significo nada pra você?

—Não. –Se forçou a dizer. Não queria nem saber como ela havia ficado sabendo daquilo.

A garota bufou e o puxou, fazendo com que ele se virasse e a olhasse bem. Os dois ficaram se encarando por um tempo, até que ela resolveu fazer a pergunta que a estava enlouquecendo.

—Por que me beijou?

—Eu não quero falar sobre isso. Foi um erro e não vai acontecer de novo, agora por que não volta para o seu namoradinho? Ele deve estar com saudades.

—O que há de errado com você? –Ela gritou, irritada, o empurrando. –Pode, por favor, decidir logo o que quer? Você não pode simplesmente aparecer do nada e me beijar daquele jeito, Potter!

—Decidir o que eu quero? –Ele gritou em resposta, se aproximando dela. –Eu quero que saia da droga da minha cabeça, Evans!

—É disso que se trata? Por isso está agindo como um idiota? –James não respondeu. –Remus disse que você achou que eu havia me afogado. É daquele jeito que se sente? Do jeito que me fez sentir?

Lilian deu mais um passo, chegando tão perto que seu nariz tocou o dele e por um momento ela se lembrou do beijo, tão cheio de sentimento. Se aquilo era realmente como ele se sentia, a única certeza que ela tinha era de que era um sentimento lindo. Tão cheio de amor, ternura, carinho e também medo. Medo do futuro? Medo de perdê-la? Ela não sabia e tinha certeza de que ele também não diria.

—Não provoque, Evans. –Murmurou, descendo seu olhar para os lábios dela por um momento. Quando finalmente percebeu o que estava fazendo, James se afastou.

—Não acha que me deve uma explicação? Você simplesmente se tornou um completo idiota de um dia para o outro.

—Você não é minha namorada e também não é minha amiga, não te devo nada. Quer explicações? Cobre do Diggory, não de mim. E não se preocupe comigo, vou terminar de organizar essa droga amanhã. –Ele deu as costas, mas parou quando chegou na porta. -Aliás, muito obrigado por não aparecer para o jogo. Nós ganhamos, caso se importe.

E então saiu, seguindo seu caminho e deixando-a sozinha na sala. Ela soltou o ar, mas resolveu ficar e guardar aqueles livros, enquanto tentava, mais uma vez, entender o que se passava com James Potter.

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam meus amores??
Só queria dizer que eu fiz um teste do Buzfeed da fic! ❤ É, eu me empolgo as vezes KKKK Aqui vai o link! ❤ Me diz aí qual foi seu resultado ❤
https://t.co/JZN8qvYNgC?amp=1
STREAM LOVER
Beijinhos!! ❤



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