Jily - Ignore The End escrita por Blank Space


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

OLÁ PESSOINHAS DO MEU CORAÇÃO!! ❤
Primeira vez me aventurando por esse mundo de Jily, então estou um pouco nervosa hahaha' Espero que vocês gostem! ❤

Aqui vai um link com a lista dos personagens, conforme eles forem aparecendo eu vou adicionando aqui:
https://ibb.co/album/h08QFa

A história também está sendo postada no Nyah e no Wattpad, segue aqui os links caso vocês prefiram ler por lá:
https://www.spiritfanfiction.com/historia/jily--ignore-the-end-15328401
https://www.wattpad.com/story/172869130-ignore-the-end



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Estação de King’s Cross – 1976

—Promete que vai escrever sempre? –A senhora Evans perguntou olhando nos olhos da filha mais nova, a qual embarcaria no Expresso de Hogwarts em poucos minutos.

—Prometo. –Sorriu a abraçando apertado. –Também não me meterei em confusão. É mãe, eu sei que esta será a próxima coisa que vai falar.

—Parece que estou ficando previsível. –Falou sorrindo e com lágrimas nos olhos puxando-a de novo. Tinha orgulho da filha, mas vê-la partir para ficar tanto tempo longe sempre foi muito doloroso.

Dirigiu-se até o pai e o abraçou também. Por mais que gostasse de Hogwarts era horrível ter que se despedir sabendo que o único contato que teriam seria por meio de cartas - mesmo que sua irmã fosse um pesadelo.

—Se cuide, gatinha. –Ele falou beijando-lhe a testa e fazendo-a sorrir com aquele apelido que era seu desde sempre.

Agora era a parte mais difícil da despedida. Aproximou-se, cuidadosa, de Petúnia e olhou-a nos olhos. Ela tinha os braços cruzados e expressão entediada. Sabia que aquele era o momento mais feliz e mais triste do ano dela: mais feliz por Lílian finalmente estar indo embora e mais triste por ter que levá-la até a estação todas às vezes.

—Até mais. –A mais nova tentou, tendo em mente as últimas despedidas desastrosas. Não importa o quanto se esforçasse, qualquer coisa parecia um insulto à Petúnia.

—Não finja que sentirá minha falta, sabemos que não vai. –Ela disse olhando-a com todo o nojo que tinha pela magia de sua irmã.

—Se não fosse tão grossa talvez eu não precisasse fingir. –Rebateu fazendo-a revirar os olhos.

—Por que não vai logo? Assim posso voltar pra casa e dormir mais um pouco. Seu amiguinho anormal está te encarando desde que você chegou. –Ela falou indicando alguém com a cabeça.

—Ela não é mais meu amigo. –Lílian disse quando seus olhos encontraram os de Severus Snape.

Ainda estava magoada por ele tê-la chamada de sangue-ruim no ano anterior, lembrava-se de como aquilo a fez chorar por um dia inteiro e de como fora difícil dizer a ele que não o perdoava. Se ele achava que poderia simplesmente usar aquelas palavras para ferí-la e que depois um simples pedido de desculpas resolveria, ela provaria que ele estava enganado.

—Oh meu Deus quem é aquele? –Petúnia perguntou fazendo Lílian quebrar o contato que mantinha com o Sonserino para encarar ninguém menos que James Potter.

Os pais estavam ao seu lado lhe passando algumas instruções, mas eles pareceram perder o controle da conversa quando Sirius Black, Remus Lupin e Peter Pettigrew chegaram.

—Outro anormal. –Contou. Foi o suficiente para todo o encanto que Petúnia sentiu ao vê-lo se apagasse.

—Amigo seu, eu presumo.

—De jeito nenhum.

Terminaram as despedidas e Lílian embarcou no trem, ansiosa para seu sexto ano finalmente começar. Torcia para que fosse melhor que o outro, sem tantas brigas ou correria por trabalhos, mas acima de tudo estava animada.

Abria todas as cabines por onde passava, tudo para encontrar sua melhor amiga, Marlene McKinnon, sem se importar em quem estaria nelas. Só esperava que tivesse a sorte de encontrá-la antes de topar com Potter em alguma cabine. O que infelizmente não aconteceu.

Quando James colocou os olhos nos seus teve vontade de se virar para ir embora antes que qualquer um dos quatro amigos abrisse a boca. A vontade só aumentou quando um sorriso que tanto a irritava tomou conta do rosto do melhor jogador de Quadribol de sua casa.

—Posso ajudá-la, Evans?

—Não, só estou procurando a Lene. Já vou sair. –Falou se virando, mas uma voz chamando a fez ficar.

—Hey, Evans. –Sirius chamou, pegando uma varinha de alcaçuz. –Quem era a garota com você na estação?

—Minha irmã.

—Hum... E você poderia me apresentar? –Abriu a boca chocada com o atrevimento, mas logo se recompôs.

—Ela não curte bruxos, Sirius. Escuta, se vir a Lene pode dizer a ela que a estou procurando? Pode ser que ela se canse de me esperar e venha atrás de você.

—E por que ela viria atrás de mim? –Black arqueou as sobrancelhas com um sorriso cheio de significado nos lábios.

—Como se você não soubesse. –Murmurou se virando para sair.

—Finalmente encontrei você! –Marlene McKinnon disse andando mais rápido para chegar até Lílian, atropelando alguns alunos do terceiro ano que se juntavam no corredor para comprar doces. –Por um momento pensei que sua irmã tivesse feito alguma coisa para perder o trem.

—Ela não conseguiu ainda. –Sorriu abraçando-a apertado.

—E nem vai conseguir. –A loira disse cruzando os braços. –É sério Lily, se sua irmã continuar te enchendo me diga, adorarei dar uma lição nela.

—Pode deixar. –Percebendo que os garotos ainda as observavam sorrindo e que ainda estavam na cabine deles, ela se virou para a amiga. –Agora vamos para a cabine antes que o Potter decida começar com as piadinhas.

—Eu sei que gosta delas, Evans. –James disse sorrindo e ela revirou os olhos.

—Então, esse é o problema. –Marlene começou sabendo que Lílian detestaria a ideia. –As cabines estão ocupadas então pensei em ficarmos com eles.

—Não, nem pensar. Procuraremos por Dorcas e ficaremos com ela. –O sorriso no rosto de James e Sirius ia ficando cada vez maior enquanto ambos trocavam um olhar.

—Dorcas está com alguns Lufanos pelo mesmo motivo. Parece que este ano teremos mais primeiranistas do que estamos acostumados.

—Daremos um jeito, tenho certeza. –Puxando-a pelo braço e se despedindo com um aceno de cabeça, ela saiu da cabine para o corredor tão rápido que acabou batendo em algum outro aluno.

Lílian caiu no chão junto com ele e por pouco não levou Marlene. James se levantou rapidamente para ajudá-la. Sabia que nada grave poderia ter acontecido já que a queda não foi tão grande, mas isso não o impediu de se preocupar.

—Por Merlin, me desc... –Ela começou pegando a mão estendida do Grifinório e estendendo a sua para ajudar quem quer que estivesse no chão também, mas sua voz falhou quando viu que era Severus Snape.

Não sabia o que fazer ou o que dizer a ele. Se deveria ou não ajudá-lo. Se deveria ou não pedir desculpas. Ele parecia igualmente sem palavras, e seus olhos se demoravam nos dela, tão verdes e intensos que fariam qualquer um se apaixonar.

—Está tudo bem aí, Prongs? –Sirius perguntou se aproximando da porta para ver a confusão, percebendo que se não falasse algo todos ficariam sem saber o que fazer até que chegassem a Hogwarts. –Ah, bom ver que estará conosco mais um ano, Ranhoso.

Os olhos de Snape foram direto para a mão do Potter descansando na cintura de Evans e ele se levantou irritado, saindo sem dizer nada, mas não antes de olhar para a ruiva mais uma vez. James e Sirius riram, fazendo a garota perceber o que estava acontecendo. Ela bufou, empurrando-o para longe.

Severus tinha medo que isso acontecesse, que ela começasse a andar com o Potter mesmo sabendo o quão idiota ele poderia ser, e que com certeza iria ferir seus sentimentos... Tinha medo que ela não se importasse mais.

—Por que vocês têm que ser tão idiotas? –A ruiva disse se recuperando e entrando na cabine, sentando-se ao lado de Remus.

Tinha os braços cruzados e a expressão irritada que fez com que James se apaixonasse por ela uma vez, embora naquele momento, ele não entendesse o motivo daquilo.

—Pensei que gostaria que ele fosse embora, apenas dei um jeito na situação. –Sirius respondeu puxando Marlene para sentar-se ao seu lado e passando seus braços em torno dela. Lílian apenas revirou os olhos enquanto James se sentava ao seu lado.

—Você está bem? –Perguntou baixo para que apenas ela ouvisse quando todos entraram em uma conversa animada sobre as férias.

—Ótima. –Lílian respondeu, porém ficou em silêncio até que chegassem ao castelo.

...

Quando a seleção das casas finalmente acabou, Lily não estava mais com tanta fome. Não depois de perceber que cada movimento seu era observado atentamente por Snape.

—Não deveria encará-lo assim, Evans, posso ficar com ciúmes. –Potter disse ao seu lado, com um sorriso no rosto. Desviou seu olhar rapidamente para o dele, como se ser pega olhando para Snape fosse um crime.

—Não estava encarando ninguém.

—Não acha que mereço um obrigado depois de hoje? Poderia ter deixado você no chão se quisesse.

—Não me lembro de pedir a sua ajuda.

—Por que não me agradece em Hogsmeade? –Perguntou com um sorriso sedutor nos lábios e ignorando a resposta.

—Sabia que estava demorando... –Ela murmurou para si mesma, bufando. –Não, Potter! Eu NÃO vou sair com você! Eu não gosto de caras arrogantes, egocêntricos e metidos que se acham os donos da razão! Por Merlin, desista!

Lily se levantou irritada e seguiu para o outro canto da mesa, bem longe dele. Ela sentou-se com Frank e Alice, já que ainda teria que levar os primeiranistas então não poderia deixar o salão. Perguntou-se se algum dia ele desistiria. Esperava que sim, pois estava cansada de dizer não tantas vezes.

Observando aquela situação de longe, porém, Severus Snape abriu um sorriso. Estava feliz por estar errado e esperava que continuasse assim. Evans merecia coisa melhor, ele sabia. Também sabia que essa “coisa melhor” estava longe de ser James Potter.

...

—Não acha que está na hora de desistir, Prongs? –Remus disse tentando segurar a risada, diferente dos outros que rolavam na cama sem nem se importar.

—Não vou desistir. –Falou firme se perguntando quantas vezes mais teriam aquela conversa.

—Não insista, Moony, não vê que nosso veado gosta de sofrer? –Sirius disse entre uma gargalhada e outra, bagunçando ainda mais os cabelos rebeldes do capitão do time da Grifinória.

—É um cervo! –Corrigiu empurrando-o. –E ela só está se fazendo de difícil, eu sei.

—Então nossa querida Evans entrará para a história como a garota mais difícil que já existiu. –Retrucou.

—São três anos, Prongs! Três longos anos! Por que não escolhe outra garota? –Wormtail disse se sentando ao lado do amigo. –Poderia facilmente conseguir qualquer uma que quiser.

—Se isso fosse verdade eu teria a Evans, não acha?

—Qualquer uma que não seja a Evans. –Acrescentou.

—Está tão apaixonado assim? –Remus perguntou arrancando mais gargalhadas de Sirius.

—Não estou apaixonado por ela, é só uma questão de orgulho ferido.

—Ferido? Estraçalhado, você quis dizer. –Sirius corrigiu. –E não ouse negar, sabemos que está apaixonado por ela.

—Assim como você está pela McKinnon? –James atacou, de braços cruzados.

—Não, de maneira diferente. Algo mais doentio no seu caso, já que Lene e eu não temos nada, apenas ficamos algumas vezes.

—Fala como se não soubesse que vimos vocês juntos no corredor antes do jantar ou na carruagem. Por um momento achei que iriam devorar um ao outro.

—Foi o que eu disse, Moony, ficamos algumas vezes.

—Estão juntos desde o terceiro ano, antes mesmo de James virar masoquista. –Peter falou, sorrindo.

—Não virei masoquista.

—Então vai desistir? –Lupin desafiou com as sobrancelhas arqueadas. Quando James ficou calado todos caíram na gargalhada mais uma vez, entendendo exatamente o que aquilo significava: ele tentaria de novo amanhã.

—Acham que da próxima vez ela vai citar suas qualidades, Prongs? –Questionou Sirius.

—Ah, eu adoro quando ela faz isso.

—“NÃO, James! E a resposta continuará sendo esta porque você não passa de um garoto arrogante, idiota, egocêntrico, metido, insuportável, mimado...” e por aí vai. –Peter disse arrancando mais risadas com sua horrível imitação de Lily Evans.

—Vocês são péssimos amigos, isso sim. –James se levantou, pegando sua capa de invisibilidade e o mapa, pronto para sair antes que matasse todos os três.

Ainda ouvia as risadas quando chegou ao salão comunal, mas não se importou com isso, apenas seguiu seu caminho passando pelo buraco do retrato. Torcia para que houvesse algum aluno fora da cama para que pudesse assustá-lo e se distrair um pouco.

Lumus.— Uma pequena luz surgiu na ponta de sua varinha, era o suficiente para que ele não esbarrasse em nada. Pegou o pergaminho que havia guardado no bolso e tocando-o com a varinha murmurou: Eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom.

Ficaria fora do quarto até que Sirius, Remus e Peter estivessem dormindo. Surpreendeu-se ao ver que Lily estava parada no corredor do segundo andar próxima a ninguém menos que Severus Snape. Sentiu a raiva crescendo dentro de si, e sabia que, se qualquer um dos amigos estivesse ali teria dito que ele estava com ciúmes. É lógico que não estou, disse a si mesmo.

Foi até lá o mais rápido que pôde, era a chance que tinha de saber se eles tinham alguma coisa. Mas embora quisesse saber, tinha medo do que poderia ver indo até lá.

Quanto mais se aproximava, mais claramente ouvia o que a Evans estava dizendo. Apagou a luz de sua varinha e chegou mais perto para ter uma visão privilegiada de tudo o que estava acontecendo.

—Por que me chamou aqui? –Ela perguntou de braços cruzados. Havia um pedaço de pergaminho em sua mão esquerda, enquanto a direita segurava a varinha, iluminando um pouco o lugar.

—Queria conversar. Vai continuar com raiva de mim, Lily? –Snape perguntou, olhando esperançoso para a garota.

—Não deveria ter me chamado daquela forma se não queria que eu ficasse com raiva. –Ela respondeu firme. –Você me humilhou, Sev!

Sev?? Que tipo de apelido era aquele?? James se perguntou fazendo uma careta ao ouví-la chamando-o daquela forma. O máximo que havia ganhado fora alguns xingamentos.

—Eu sei, eu sei e sinto muito! Quantas vezes quer que eu diga? Lily, eu falei sem pensar, não queria que o Potter ou qualquer um pensasse que dependo de você para me defender! –Mesmo no escuro, James pôde ver o rosto da garota adquirindo um tom vermelho, aquele que só via em seu rosto quando ela estava furiosa.

—Você é um idiota por pensar assim! Acha que eu o defendi por achar que era incapaz de fazer sozinho?! Não, eu fiz porque éramos amigos, e amigos defendem um ao outro! Só porque os imbecis com quem você anda não sabem o valor de uma amizade não significa que não seja real, que possa me ofender daquela maneira! –Lílian gritou sem se importar em ser pega.

Tudo o que ela queria era que ele soubesse exatamente o quão indignada estava naquele momento, que suas atitudes a machucaram. As lágrimas nos olhos dela fizeram com que James quisesse abraçá-la, tirá-la dali, mas não podia. Estragaria tudo se aparecesse agora. Mas a garota não chorou, apenas ficou olhando nos olhos de Snape.

—Me desculpa, Lily! Eu sinto tanto a sua falta e prometo que não vai acontecer nunca mais, só me perdoe, me dê mais uma chance? –Pediu pegando a mão dela. James não gostou de ver aquilo.

—Esse é o problema, Sev, não deveria ter acontecido nem da primeira vez. -E ela deu as costas, fazendo-o soltar sua mão.


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Notas finais do capítulo

Por favor, me diz aqui o que vocês acharam meus amores!! ❤
Meu WhatsApp: (32)98802-5635

Adeus 2018 e que vocês tenham um 2019 tão INCRÍVEL quanto o cabelo do Sirius hahahahaha ❤ Beijinhos de algodão doce!!