— Longe de mim querer se colocar no seu lugar, ninguém pode apontar o dedo e dizer o quanto o outro tem que sofrer ou o tanto que viveu. - segurou a mão dela. - Só você sabe a dor que carrega no peito e eu não sou ninguém para te julgar, mas eu estou aqui apelando pra que me ajude a convencer a sua mãe que ela precisa dessa cirurgia ou não sei o que será dela.

Maria suspirou e abaixou os olhos, ele não tinha mais nada a dizer a ela e apenas a soltou e voltou a Victória, tocou o rosto de seu amor e com calma foi a acordando. Victória piscou por algumas vezes e olhou o lugar se recordando onde estava e seus olhos foram a Maria e mais uma vez o choro agudo veio, mas ela não disse nada a ela e apenas olhou para o seu amor e disse:

— Me tira daqui, me tira daqui, por favor... - o agarrou em um choro terrível e ele a amparou em seus braços e nada mais disse apenas a pegou em seus braços.

Heriberto olhou Maria por um momento como uma última tentativa e ela apenas deu espaço para que eles passassem e ele passou levando dali uma Victória derrotada por suas lembranças. Maria bateu a porta e as lágrimas vieram com força e ela correu para o quarto e se jogou na cama deixando que sua dor saísse com suas lágrimas.

Heriberto colocou seu amor no carro e a prendeu com o cinto, ela chorava copiosamente se martirizando com tudo que lembrou, se via em um beco sem saia e tinha certeza que sua filha nunca a perdoaria depois de tudo. Ele tocou o rosto de seu amor e ela o olhou soluçando.

— Ela nunca vai me perdoar... - chorou mais e ele a abraçou.

— Ela vai sim, meu amor. - acariciou os cabelos dela. - Você precisa ficar calma.

— Como posso ficar calma com o mundo caindo sobre mim? - soluçou mais.

— Se desesperar não vai adiantar nada, Victória, você precisa se acalmar e pensar em como resolver os problemas. - a olhou. - Cadê aquela mulher corajosa que eu conheci e que não tinha medo de nada?

— Morreu naquele acidente. - falou logo.

Ele deu um meio sorriso limpando as lágrimas dela.

— Isso não é verdade, meu amor. - limpava as lágrimas dela. - Você só precisa raciocinar que tudo vai dar certo. - segurou as mãos dela. - Eu estou aqui pra você te ajudar em tudo e você vai vencer e teremos o amor de Maria, você vai ver. - sorriu passando segurança a ela.

— Eu te amo tanto. - o puxou para um abraço e ele beijou o ombro dela a apertando com todo seu amor.

— Eu também te amo e quero voltar a ver a minha mulher. - beijou mais e mais ela. - Vamos para o hospital. - a olhou.

— Eu não quero mais voltar para aquele lugar. - o beijou na boca para convencê-lo. - Me leva para a nossa casa!!!

Ele suspirou olhando aqueles lindos olhos e não podia se negar, ela já poderia ter alta e ele apenas assentiu e fechou a porta indo para o outro lado. Quando chegaram em casa ele a levou para o quarto e ligou para o hospital e pediu que mandassem tudo dela para casa e que depois iria ao hospital para falar com Laerte.

Victória o olhou e o chamou para que ficasse mais perto dela e ele a beijou com todo seu amor, tinha tanta saudade dela que invadiu sua boca a beijando como gostava e ela o correspondeu com o mesmo desejo. Heriberto sabia que não era momento para pensar em fazer amor, mas ela ali tão perfeita e cheirosa o estava enlouquecendo de desejo.

— Meu amor... - beijou o pescoço dela indo de encontro com aos seios. - Eu sinto tanto a sua falta.

— Eu quero te sentir Heriberto... - falou sem conseguir conter o desejo que sentia por ele. - Me faça esquecer do mundo em seus braços. - o olhou nos olhos.

— Você ainda precisa de cuidados... - falou respirando pesado.

— Você vai cuidar de mim... - sorriu.

Heriberto pensou por um momento e não podia mais resistir ao seu amor e a beijou nos lábios enquanto arrancava sua roupa e a camisola dela, queria e precisava estar com sua mulher assim como ela queria e precisava estar com ele para se sentir viva.

— Eu te amo tanto... - declarou sentindo os lábios de seu amor sobre sua pele quente.

Heriberto sorriu e nada falou já que seus lábios estavam ocupados demais beijando a pele de seu amor, Victória podia sentia a dedicação e o cuidado em cada toque, em cada carícia em seu corpo. Quando os lábios dele chegaram em sua intimidade ela tremelicou e o olhou abrir um pouco mais suas pernas e sugou com loucura, mas não ficou ali por muito tempo o gozaria tamanha a falta dela.

Victória sorriu e ele a virou de lado deixando que suas costas colassem em seu peito, ele achou melhor que fosse naquela posição para que ela ficasse mais comoda e não sentisse dor. As mãos grudaram uma na outra assim que o membro dele entrou em sua intimidade molhada e ela gemeu fechando os olhos enquanto ele enterrava sua cabeça em seu pescoço e urrava.

Era médico e estava tomando todos os cuidados possíveis, mas era homem e o marido dela e precisava de prazer assim como seu amor que sorria de olhos fechados sentindo as investidas dele em sua entrada. Eles temeram juntos se declararam e o gozo não demorou nada para chegar e ele sorriu respirando alto.

Era um amor tão puro e lindo que eles não precisavam de muito para serem felizes e apenas estar ali um nos braços do outro já os enchiam de vida. Era como uma injeção de vida sempre que seus corpos se fundiam um no outro e eles sorriram com as respirações em alta, era sem duvidas o melhor lugar para se estar.

— É o paraíso meu amor. - falou a enchendo de beijos.

— Meu amor... - gemeu as palavras. - Eu te amo tanto. - respirou fundo.

— Eu precisava tanto de você, meu amor. - acariciou o braço dela sem sair de dentro de seu corpo. - Eu senti tanto a sua falta.

— Me perdoe por te afastar esse tempo todo. - suspirou. - Eu não sei o que seria de mim sem você. - beijou a mão dele que saiu de dentro dela e a virou sorrindo.

— E você acha que eu sei o que seria de mim sem você? - a beijou nos lábios. - Você é o meu amor, a minha vida e eu quero que me prometa aqui é agora que vai se tratar e que vai permitir que aconteça a cirurgia e depois nós dois juntos vamos lutar por Maria, mas agora é você quem precisa de cuidado e quando mais demorar mais as chance de você ficar assim pra sempre. - revelou o que não tinha dito até aquele momento.

— Eu posso ficar inválida para sempre? - falou com o coração disparado.

— Não se você se permitir cuidar!!! - beijou seus lábios. - Preciso que você seja forte por você e por nos que te amamos.

Victória sentiu seu corpo retesar e o olhou bem dentro dos olhos ele estava certo e ela não podia mais se deixar abater ou não conseguiria nem o amor de Maria e muito menos voltar a andar. Tudo naquele momento só dependia dela e ela tocou o rosto do seu amor.

— Vamos cuidar de mim... - sorriu. - Vamos trazer a Sandoval de volta!!!

Ele sorriu largamente e a beijou com loucura.

— É assim que se diz, meu amor!!! - e nada mais foi dito porque ela o puxou e mais uma vez eles fizeram amor selando aquele momento em que juntos trariam ela novamente a vida...