O amor de Maria - Tda escrita por Débora Silva


Capítulo 10
Dez


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura meus amores ♥



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— Do que está falando? - sentiu outra pontada.

— Não se faça de inocente, senhora Victória!!! - sorriu com sarcasmo. - É mais fácil fingir do que assumir tudo que fez comigo!!!! - respirou pesado querendo chorar.

— Eu não... - sentiu a dor ainda mais forte e a outra mão foi a cabeça e como um filme tudo veio em sua mente desde o primeiro momento em que viu Maria em sua sala, tudo, como uma bomba e ela olhou para sua menina com os olhos cheios de lágrimas e logo tudo ficou preto deixando Maria paralisada com ela desmaiada em seu sofá.

Foi apenas alguns minutos em que ela se perdeu ali vendo sua mãe desmaiada, Victória não estava bem recuperada e os desmaios eram consequência daquele estresse todo e meses em coma. Maria correu a ela e a tocou no rosto e percebeu que ela estava gelada e seu coração disparou com ela correndo para o lado de fora.

Heriberto estava sentado ao lado de dois senhores e sorria de leve com eles contando algo de suas vidas, era uma vasta experiência e ele ficou empolgado e pode se distrair por um momento junto a eles enquanto elas conversavam, mas o momento não durou muito e ele praticamente pulou do banco quando a viu.

Sabia que para ela estar ali era porque algo tinha acontecido a Victória e ele correu para dentro da casa de Maria e encontrou Victória desacordada.

— O que aconteceu? - falou a arrumando no sofá.

— A gente estava discutindo...

Heriberto a encarou e ela se tremeu toda com aquele olhar.

— Eu disse pra conversar, sua mãe não está totalmente recuperada e eu a trouxe aqui pra te olhar e perceber ou entender que a força dela está em você e em mim, mas pelo que percebi você não quer ajudar e sim atrapalhar ainda mais. - falou bravo com toda aquela situação.

— Não fale assim comigo. - retrucou.

— E como quer que eu fale? - ficou de pé a encarando. - Você não consegue se quer ajudar a sua própria mãe a se recuperar. Você não quer ser como ela, mas sinto em te informar que você é o espelho dela até mesmo nesse seu orgulho torpe e esse nariz em pé. - falou como nunca tinha falo na vida com ninguém.

Heriberto sabia e entendia que as duas precisavam de um choque de realidade para acordar, mas entendia também que as duas eram orgulhosas e que nada seria fácil entre as duas, mas ele precisava da ajuda de Maria na recuperação de Victória. Ela era a sua força e se não estivesse por perto nem sabia o que poderia acontecer.

— Você não consegue deixar seu orgulho de lado e estar ao lado dela dando a mão. - se aproximou mais. - Eu entendo que esteja ferida com tudo que ela te fez, mas não é assim desse modo que você vai ser melhor que ela... - Maria ia retrucar mais ele não deixou. - Não estou pedindo pra esquecer tudo que ela te fez, até porque isso não é possível mediante a situação toda, mas Victória precisa da sua mão, da sua força.

— Eu não consigo... - falou sofrida e com os olhos cheios de lágrimas.

— Você sabia que ela está com uma lesão na coluna e se recusa a operar somente porque não te tem a seu lado?

Maria naquele momento sentiu seu sangue gelar, aquela informação era nova para ela que se sentiu sem chão, sem saber o que fazer ou o que sentir. Olhou para Victória desacordada ali em seu sofá e sofreu, ela era tão linda e cheia de vida para estar presa aquela condição, mas também não sabia se conseguiria deixar tudo de lado para estar com ela.

— Não a olhe com pena porque ela não merece. - ele a tirou daquele transe. - Victória te buscou durante esses 20 anos sem parar, foram tantos detetives e tantas informações falsas que ela deixou um pouco de lado sua vida e virou essa mulher que você conheceu, ou melhor, a mulher que você conheceu não era a minha Victória, a mulher que você conheceu foi uma leoa ameaçada e que atacou um inocente pra defender o que era dela... O que é dela. - não era uma justificativa para o que ela tinha feito.

— É fácil falar quando não se viveu... - estava muito ferida e Bernarda tinha envenenado direitinho a cabeça dela.

— Longe de mim querer se colocar no seu lugar, ninguém pode apontar o dedo e dizer o quanto o outro tem que sofrer ou o tanto que viveu. - segurou a mão dela. - Só você sabe a dor que carrega no peito e eu não sou ninguém para te julgar, mas eu estou aqui apelando pra que me ajude a convencer a sua mãe que ela precisa dessa cirurgia ou não sei o que será dela.

Maria suspirou e abaixou os olhos, ele não tinha mais nada a dizer a ela e apenas a soltou e voltou a Victória, tocou o rosto de seu amor e com calma foi a acordando. Victória piscou por algumas vezes e olhou o lugar se recordando onde estava e seus olhos foram a Maria e mais uma vez o choro agudo veio, mas ela não disse nada a ela e apenas olhou para o seu amor e disse:

— Me tira daqui, me tira daqui, por favor... - o agarrou em um choro terrível e ele a amparou em seus braços e nada mais disse apenas a pegou em seus braços.

Heriberto olhou Maria por um momento como uma última tentativa e ela apenas deu espaço para que eles passassem e ele passou levando dali uma Victória derrotada por suas lembranças. Maria bateu a porta e as lágrimas vieram com força e ela correu para o quarto e se jogou na cama deixando que sua dor saísse com suas lágrimas...


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