Em um dia qualquer, durante o caos das Guerras Runicas, uma enorme runa foi perdida na selva das pragas.

Séculos se passaram, enquanto a grande runa emanava uma magia poderosa que enchia de sensibilidade e vitalidade a vida selvagem que estava por perto.

     Até que um dia o sábio macaco Zartan e seu grupo de macacos que também eram afetados pela magia da grande rocha prostrou se a adorar a runa como um poder divino. Entretanto, Zartan não possuía um bom coração e estava convencido que poderia aproveitar dos poderes dessa runa para tornar seus macacos imortais.

     Chegado o primeiro dia do primeiro mês do ano do macaco, reuniram todos os ingredientes que Zartan pediu para realizar um ritual que deveria extrair os poderes da runa. Era um ano de "Fogo", então para finalizar o ritual era necessário que um dos macacos fosse morto em uma fogueira. Os macacos do grupo não foram informados dessa parte do ritual e se surpreenderam ao saber que Zartan, o sabio lider do grupo, mandaria seu filho Zuko para ser morto naquela noite.

     A grande runa foi enterrada no chao ficando apenas com sua face gravada exposta. Sete pedras foram colocadas em um padrão circular ao redor da grande runa e Zuko foi amarrado no centro com laços de fibra de Dragão. Zartan não demonstrava remorso algum em entregar seu filho a morte naquela noite, pelo contrário,  sorria todo o tempo como se tudo estivesse acontecendo em sua mais perfeita harmonia.

     Quando a lua de atingiu seu ápice, a clareira ficou totalmente iluminada. Então Zartan deu a ordem para que seus irmãos apunhalacem Zuko. Seu sangue se espalhou por toda a runa polida sob seus pés, mas antes que estivesse morto, seu pai Zartan ateou fogo no corpo do filho e o observou queimar até a morte.

Houve silêncio após o ultimo suspiro de Zuko.

     Mas algo deu errado naquela noite. A runa explodiu em uma chama verde e brilhante, todos entraram em desespero, não sabiam o que fazer.

     - Aquietem-se! - bradou Zartan.

     Sua voz ecoou no grupo de macacos, como de costume. Uma vez que estavam quietos, perceberam que o corpo de Zuko havia se transformado em uma grande estatua de pedra. Zartan correu em direção ao corpo de filho parecendo perceber o erro que cometera e começou a chorar.

     Track.

     O som pareceu insignificante a principio, abafado pelo choro de Zartan, mas se repetiu.

     Track...

     O barulho continuava e aumentava com velocidade absurda. Até que estourou. A estatua de pedra cinza da cor do pelo dos macacos ali presentes se quebrou em mil pedaços e de dentro dela saiu um jovem macaco, de pelos cor de mel brilhantes, a cauda longa se movia velozmente como a de uma fera selvagem, os músculos a mostra demonstravam uma força jamais vista em Zuko, um macaco travesso e magro que não tinha nenhum senso de responsabilidade, e grandes olhos verdes como jade.

     - Zuko meu filho - correu Zartan para abraçar o filho - pelas barbas do Kraken.

     Assim que Zartan o abraçou, sentiu o filho desaparecer em seus braços, e antes que pudesse questionar a respeito ouviu uma voz.

     - Zuko? - a voz era suave e sarcástica - Escuta velhote, - disse ele cruzando os braços - eu não sei quem é esse tal de Zuko não... Mas pode me chamar de Kong!