My idiot Lovecome, not exactly as i expected escrita por NewtAtysuka


Capítulo 6
A Princesa de Gelo




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[Quinta-feira, 5 de agosto]

Tenho que admitir que as coisas correram de forma muito mais confortável do que eu havia imaginado. Nos últimos dois dias, eu e Ester fomos e voltamos juntos do colégio, mas Ester foi muito discreta com sua relação comigo, e no fim, acabei não ouvindo nenhum rumor esquisito rondando pelo colégio, o que era o que eu mais temia antes.

Combinamos que eu faria duas refeições para ela todo dia. Uma delas era o almoço, que eu empacotava em uma marmita logo cedo e entregava para ela no caminho até o colégio. A outra é a janta, que comeríamos juntos toda noite. Claro, eu não me importaria de fazer todos os lanches e o café da manhã também, mas Ester já não estava muito confortável com o almoço e a janta, sem falar que na minha casa comíamos a refeição matinal mais cedo do que ela acordava.

E assim, rapidamente formamos nossa pequena rotina. Foi tão natural que eu até me assustei um pouco, pois antes pensara que aquela ideia seria sinônimo de confusão.

As coisas começaram a sair um pouco dos trilhos na quinta-feira.

Depois de já ter comido e feito uma caminhada de 30 minutos em uma praça perto de casa, tomei banho e me preparei para ir ao colégio. Eram por volta das 07:30 quando abri a porta do meu apartamento e encontrei Ester me esperando.

— Bom dia… — Disse ela em meio a um bocejo.

Ester estava meio desarrumada, como se tivesse acordado muito tarde e feito tudo às pressas. Além disso, parecia morrendo de sono.

— Humm… Bom dia… — Respondi, demostrando meu estranhamento — Só uma pergunta, que horas você acordou hoje?

— Umas 7 horas, 7 e 15, não sei bem na verdade.

Ok, metade do mistério resolvido.

Começamos a andar juntos até o terminal de ônibus.

— E que horas foi dormir? Você está com uma cara de quem dormiu em algum banco de praça.

— Não tenho certeza, mas não dormi nem um pouco bem.

— O que aconteceu?

— Uma barata.

— E o que é que tem? Levou a noite toda para matar a barata?

— Não, pior.

— O que?

— A barata sumiu sem deixar rastros…

Tossi um riso contido, e sorri levemente.

— Eu até pensei em pedir sua ajuda — continuou ela — se você já me salvou de um incêndio, por que não de uma barata?

Ester diferente de mim, não tentou esconder um riso reconfortante.

— Você sabe que é mais fácil cair um meteoro na sua casa do que eu te ajudar a caçar uma barata no meio da noite, né?

— Eu imaginei.

Havíamos acabado de chegar na parada; Ester, então, deu uns passos na minha frente, e parou, olhando para mim com um leve sorriso malicioso.

— Mas talvez eu pudesse dormir uma noite na sua casa, não é? Já que somos vizinhos, uma vez perdida não faz mal.

Brincadeiras assim já deixariam a maioria dos adolescentes propensos a uma paixão repentina, me pergunto até que ponto garotas como Ester sabem disso.

Respondi, então, com um tom de voz exageradamente desinteressado e monótono.

— Opa… parece que esqueceram de me avisar quando transformaram minha casa em hotel.

O sorriso de Ester se converteu de malicioso para um pequeno esboço de riso.

— Brincadeirinha! — Disse ela.

Passamos algum tempo em silêncio enquanto esperávamos o ônibus. Quando ele chegava, nós nos separávamos. Ester havia percebido que eu evitava atrair atenção no colégio, o que seria inevitável estando junto dela. Sendo assim, só voltaríamos a nos falar naquela mesma parada, quando o ônibus viesse nos deixar.

— Ei. As coisas na sua casa devem estar acabando bem mais rápido que o normal, né? — Perguntou Ester — Quando você vai fazer as compras?

— Eu ia fazer hoje, por que?

Ester olhou para mim com uma expressão incrédula, que, por sinal, combinou com o tom da resposta:

— E você não ia me chamar?! Que horas você vai?

— Ué… e por que exatamente você precisa ir?

— Eu vou pagar uma parte lembra?

— Mas você pode pagar sua parte depois, quando eu chegar com as compras.

Ester estreitou os olhos e me encarou fazendo uma expressão irritada.

— Tá bom, tá bom! Eu realmente não ligo muito, então pode ir comigo.

Ester sorriu.

— Obrigadinha!

Então o ônibus chegou e nós entramos.

 

[Mais tarde, na hora do almoço]

Sabe quando você está tranquilo em casa, no auge da sua intimidade doméstica, com aquelas roupas que você só veste em casa, cabelo desarrumado, olhar de peixe morto etc? E então, quando decide ir na cozinha, se arrastando como um zumbi, para beber um copo de água se depara com algum parente ou estranho no sofá da sala? Aquele momento em que um lugar completamente cotidiano e íntimo é invadido inesperadamente por alguma visita.

Foi o que senti quando vi Helen sentada no segundo degrau do lance de escada onde eu costumo almoçar. A surpresa foi tanta, por ver meu lugarzinho de comer sossegado invadido, que por alguns segundos eu fiquei simplesmente sem reação.

Helen levantou rapidamente o olhar do livro que estava lendo. Quando me reconheceu, rapidamente perguntou em tom sério e olhar de suspeita.

— Ei… você me seguiu até aqui ou algo assim?

Lá vem mais uma discussão esquisita…

— Na verdade não — Respondi e mostrei a minha marmita — eu costumo almoçar aqui.

Helen demostrou certa compreensão em sua expressão, e, então, voltou a ler.

É… acho que hoje não vai ter discussão.

Sentei no quarto degrau e comecei a comer a minha marmita. Enquanto isso, ficava tentando imaginar o que aquela garota fazia ali. Algumas pessoas já foram até as escadas antes, mas nunca para almoçar ou algo do gênero, era muito trabalhoso.

Olhei de canto de olho para Helen. Lá estava ela, a garota linda da biblioteca, a misteriosa garota transferida, tranquilamente sentada no lugar mais isolado do colégio, saboreando calmamente seu livro. Havia algo de bonito naquilo, como se eu estivesse vendo algo secreto e misterioso, como se aquele fosse um momento que apenas eu tinha o direito de presenciar.

— Por que você veio até aqui? — Perguntei.

Helen abriu os lábios para mais uma resposta seca, porém, hesitou e se calou. Por um momento, senti que ela não iria responder, mas, quando voltei minha atenção para a comida, a resposta veio.

— As pessoas lá em baixo falam demais…

Humm… as pessoas falam demais… né?

Depois disso, Helen e eu terminamos nossos próprios afazeres sem interagir novamente. Mas aquelas palavras se repetiram várias vezes na minha cabeça. Eu não sabia dizer exatamente o que elas significavam, mas, no fundo, queria pensar que entendia, que aquela garota estava ali pela mesma razão que eu.

Que saco… porque minha vida tinha que se tornar tão complicada tão rápido?

 

[Mais tarde, naquele mesmo dia]

Eu e Ester já caminhávamos de volta para o apartamento. Ester não puxou muito assunto, apenas observava o céu, as praças; parecia estar apreciando bastante aquilo, o suficiente para não me perturbar como costumava fazer. Enquanto isso, eu continuava pensando sobre Helen.

Antes que você me venha com esse tipo de comentário, não, não estou pensando nela pela razão que você está imaginando, deixe de insistir nessas ideias, que não é assim que a banda toca. Eu estava apenas curioso, e com razão, não acha?

— Ei Ester…

— Pois não?

— O que seus colegas de classe acham da Helen?

— Quê?!

Então Ester parou, e ficou olhando para mim com uma expressão confusa.

— Eu sei que não te conheço a muito mais do que três dias, mas, como assim? Não imaginei que você fosse o tipo de pessoa que se importa de saber sobre a vida dos outros.

Dei de ombros e retomei a caminhada.

— Não é bem isso, estou apenas curioso quanto a uma coisa.

— Que coisa? — Respondeu Ester, acompanhando meus passos.

Por um segundo, julguei se devia ou não contar a ela sobre meu encontro com Helen, mas rapidamente descartei a possibilidade.

— Ela chamou muita atenção na manhã de segunda-feira, mas de tarde ela já estava sozinha, imaginei que ela não deu lá a melhor das primeiras impressões.

— Humm… entendi — Respondeu Ester — Na verdade, eu me preocupei com isso também, parece que ela foi meio grosseira com as pessoas que andaram tentando falar com ela.

— Como assim grosseira?

— Disseram que ela age de forma muito fria com todos, não se interessa quando as pessoas começam a puxar assuntos. Responde qualquer pergunta, mas faz isso sem qualquer interesse… esse tipo de coisa.

— Você tentou falar com ela?

— Sim, mas não acho que ela seja tão fria por mal, ela só me pareceu tímida.

Repassando os meus encontros anteriores com Helen, tímida não parecia o adjetivo mais adequado, mas quem sabe né? Existem tímidos esquisitos também.

“As pessoas lá em baixo falam demais…”

— Alguém anda falando mal dela? Algo além de fria e grosseira? Espalhando boatos e coisas assim? — Perguntei.

Ester hesitou em responder.

— Saiba que eu sou completamente contra isso, mas sim, as vezes as pessoas falam algumas coisas meio cruéis sobre ela.

— Que tipo de coisas?

— Não gosto muito de espalhar boatos, principalmente desse tipo.

— Acredite, é mais fácil cair uma vaca do céu do que eu acreditar em fofoca idiota de estudante sem o que fazer.

— Então… por que exatamente você quer saber sobre isso?

Droga…

Ester me colocou em uma situação difícil. De fato, se eu não acreditava nos boatos, não fazia sentido eu querer escutá-los, e se for simples curiosidade eu não estaria sendo muito melhor que uma boa parcela dos fofoqueiros do colégio. Eu não estava disposto a ajudar ela ou algo do gênero também. Né?

Por que, afinal, eu estou tão interessado nisso?

— Eu meio que me identifico um pouco com ela — Respondi, depois de alguns momentos de silêncio.

Espiei Ester rapidamente, e a expressão dela parecia mais desanimada.

— Você também passa por isso? — Perguntou ela, em tom compatível.

— Sim. Mas não se preocupe — Respondi, como quem faz pouco caso — Eu sou do jeito que sou porque eu gosto, não por sofrer bullying ou algo do tipo…

Eu tentei livrar ela da preocupação falando isso como quem não liga muito, e até mesmo gesticulando com as mãos, para dar pouca importância ao fato. Mas me veio um impulso, sabe-se lá de onde, talvez eu quisesse deixar uma pista, chamar atenção, não sei… mas destoando um pouco eu acrescentei:

— …e no fim, eu meio que mereço isso.

Droga! Por que eu falei isso?

Eu esperei Ester responder algo, soltar aquele discurso previsível de que eu não mereço nada de ruim que alguém faça comigo, diria isso mesmo me conhecendo apenas a poucos dias.

Mas ela não disse nada, apenas continuamos caminhando. Talvez ela não tivesse ouvido, ou então, ao contrário do que imaginei, ela julgou mais sensato não comentar. Meu lado racional elogiava a decisão, e em grande parte eu estava aliviado, mas no fundo, eu sentia um pouco de frustação também.

A contradição é a marca registrada do ser humano não acha? Mesmo negando com todas as forças, existem vontades que simplesmente não podemos evitar. Em algum lugar, eu queria que ela se preocupasse comigo, que tentasse ajudar, mesmo que conscientemente eu preferisse o contrário.

Já havíamos chegado ao apartamento e subíamos as escadas quando Ester finalmente comentou.

— O que me dizem… é que Helen é uma garota esnobe vinda de alguma família tradicional, e que é por se achar de uma casta maior que ela trata todos com tanta indiferença.

Absorvi um pouco, em silêncio, aquela nova informação.

— Como eu disse, eu não gosto muito desse tipo de coisa… — Disse Ester.

— Tudo bem…, mas mesmo assim, não se deixe enganar. A probabilidade de grande parte do que falam da Helen ser apenas por inveja é grande.

— Inveja?

— Não pense muito sobre isso.

Coincidindo com o concelho, eu parei diante da minha casa e coloquei a mão sobre a maçaneta, antes apenas fazendo um rápido comentário:

— Eu tenho que resolver uma coisa agora, então, daqui a uma hora e meia nós vamos ao supermercado, ok?

Ester assentiu, um pouco mais animada.

 

[Alguns minutos depois]

Tok Tok Tok…

— Quem é?…

— É o Arthur.

Então, rapidamente a porta em minha frente se abriu, e do outro lado estava Michael, ele parecia ter acabado de tomar um banho, seus cabelos ainda estavam um pouco úmidos.

— Ora ora! — Exclamou ele — A que devo a honra da sua visita, meu caro?

— Queria te perguntar umas coisas, nada muito demorado.

— Hum… tudo bem, pode entrar, vou só terminar de enxugar meus cabelos.

Sem fazer muita cerimônia, fui logo entrando. Eu costumava ir bastante à casa de Michael. Apesar do pouco dinheiro que ele e seu pai possuem, Michael sempre foi apaixonado por computação e games, então, haviam vários jogos legais ali para passar o tempo, meio antigos, mas com certeza divertidos.

Mas quando Michael fez 18 anos, ele assumiu vários serviços de assistência na administração do colégio, e desde então teve pouco tempo para esse tipo de coisa.

Como o pai de Michael não parecia estar em casa, fui direto ao sofá da sala e desabei nele, deitando fogosamente. Aquele dia estava sugando minhas energias um pouco mais rápido do que o normal. Coloquei o braço sobre os olhos por alguns momentos. Quando tirei o braço dos olhos e olhando para o lado, me surpreendi com Michael agachado, me observando enquanto palitava os dentes com a unha do dedão. A toalha estava aberta sobre sua cabeça como um véu.

— Michael, o que exatamente você está fazendo? — Perguntei.

— Te olhando.

— Não pensei que você jogava no outro time.

— Sério? Pensei que estivesse óbvio — Brincou Michael.

Levantei, e sentei no sofá, meio incomodado com o olhar de Michael.

— Você está meio estranho hoje, não é? — Perguntei.

— Jura? Eu estava para comentar exatamente a mesma coisa sobre você.

Olhei para Michael, como quem pergunta “como assim? ”.

— Bem… — Explicou ele — Você chegou aqui, foi direto para o meu sofá, desfaleceu, cobriu o rosto, suspirou… foi quase como gritar: “Nossa! Olhem como eu estou tendo que pensar muito hoje! Olhem como estou cansado e sério! ”

— Sem falar que… — Concluiu — Você parecia realmente no mundo da lua, fiquei quase 2 minutos agachado do seu lado e você nem notou.

Olhei para Michael com certo sinal de irritação, mas ele simplesmente sorriu, como quem se diverte com uma brincadeira.

— Você se acha bem esperto né? — Perguntei.

— Eu sou bem esperto.

Sabe quando excesso de confiança irrita um pouquinho? Pois é…

— Se você é tão esperto… então sobre o que eu vim aqui conversar contigo?

Então Michael, que ainda estava agachado, sentou no chão e jogou os braços e a cabeça preguiçosamente sobre o sofá. Eu pensei que ele iria tirar um tempo para pensar sobre aquilo, então desvie o olhar dele e comecei a observar o cômodo, que nada tinha de diferente desde a última visita.

Mas a resposta de Michael foi instantânea.

— Você veio me perguntar sobre Helen Froster.

Voltei rapidamente meus olhos para Michael, espantado. Ele sorria maliciosamente.

— Opa! Pela sua reação presumo que acertei.

— Como?…

— Nada demais, foi só a primeira coisa em que pensei — Disse ele. — Eu não pensava realmente que era isso, só imaginei que seria muito engraçado se fosse.

Então ele começou a rir.

— E você se entregou tão fácil hahaha…

Suspirei, imaginando até que ponto ele estaria sendo sincero. Michael tende a esconder o quão inteligente ele realmente é.

— Mas por que você pensou nela? — Perguntei.

— Como você sabe, eu trabalhei selecionando os currículos de alunos que queriam se transferir para a sua escola, e o dessa garota era com certeza um dos mais excêntricos que havia lá, se não o mais. E quando ela passou, foi designada justa para a sua sala.

Michael sorriu, se preparando para mais um comentário sarcástico.

— Aí eu pensei logo: o Arthur e uma garota como essa até que formariam um casal extremamente interessante…

— Por acaso minha vida é um reality show para você?

— Por que não? — Respondeu ele, rindo.

De alguma forma, o bom humor contagiante de Michael venceu minha indiferença cotidiana, e eu sorri, me divertindo.

— Mas de qualquer forma, o que você descobriu sobre ela?

— O certo não seria você me dizer de onde vem esse interesse primeiro?

— Talvez depois, eu tenho que ir ao supermercado hoje, e arrumar umas coisas em casa, então preciso agilizar aqui.

— Haaaaa, claro! Esqueci que você é dona de casa nas horas vagas.

— Foca Michael!

— Tá bom, tá bom! — Respondeu ele gesticulando com a mão.

Então fico uns poucos segundos pensando, e enfim, disse:

— Bem, primeiramente, essa garota é tão genial que eu tive que ir na coordenação averiguar se o seu currículo não era falso.

— Como assim?

— Ela sabe fazer de tudo. Consegue tocar violão, piano e violino a nível profissional, e também flauta e outros vários em nível avançado. O exame de proficiência matemática e linguística dela deram absurdamente altos. É habilidosa em vários esportes. A garota é a definição de “faz tudo”, passou com a nota máxima em todos os testes acadêmicos que o colégio exigiu para a transferência.

Bem… a notas dos testes é feita pública no mural na secretaria do colégio, provavelmente todo mundo lá já sabe sobre isso.

Isso talvez explique algumas coisas.

— Além disso… — Continuou ele — O impressionante é que ela não tem registro de nenhum tipo de formação educacional, no currículo só tem indicando uma educação domiciliar, e nada mais.

— Quer dizer que essa garota estudou e aprendeu tudo isso em casa?

— Exato! Ela deve ser um baita gênio não é mesmo?

Talvez sim…

— E por último… — Concluiu ele — Eu, por simples curiosidade, fui atrás de saber mais sobre a família dela, a família Froster. Existem mais de uma, provavelmente, mas a primeira que eu encontrei foi uma família extremamente rica e tradicional, com o controle de algumas multinacionais de extremo sucesso. Uma família com tantas pessoas influentes que chega a ser assustador. Claro que pode ser que essa garota não seja dessa família, mas pensando bem até que faria sentido, né?

Ficamos em silêncio por algum tempo.

— Então, o que você acha? — Perguntou Michael.

— Sinto como se eu estivesse estudando ao lado de uma celebridade esse tempo todo. Mas eu preciso pensar um pouco mais sobre isso ainda.

— Entendo… pois isso é o que eu tenho a oferecer.

Levantei do sofá.

— Muito obrigado Michael.

— De nada! E volte sempre. Por sinal, venha o quanto antes me explicar o que tá pegando, se não eu talvez morra de ansiedade aqui.

— Mas você não já sabe de tudo?

— Será que sei? — Respondeu ele, de forma misteriosa.

 

[Uma hora e pouco depois]

Saí da minha casa, já arrumado, e encontrei Ester me esperando do lado de fora. Como eu sabia que ela ficaria insistindo para arrumar meu cabelo, eu fui já com ele preso, deixando meu rosto e os furos nas orelhas expostos. Era muito improvável que algum aluno fosse ao supermercado, muito menos um tão longe de onde a maioria deles mora.

Ester sorriu para mim, e então disse:

— Iai? Vamos?

Acenei com a cabeça, e então saímos adentrando aquela simpática noite.


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