The cute one escrita por TMfa


Capítulo 7
Capítulo 7




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Haviam se passado três meses que o semestre havia começado. Bakugou estava tão fodidamente feliz. Ele estava para receber uma medalha de honra por ter ajudado Best Jeanist e Endeavor em uma batalha tão louca que todo mundo em um raio de cinco milhas morreria se ele não tivesse agido. Uma grande cerimônia estava para acontecer e, Katsuki morreria antes de admitir, mas ele queria seus amigos lá. Cabelo de Merda, Orelha, Pikachu, Tapeface e a Alien Rosa estariam lá, nem que ele tivesse que mata-los para isso.

Quando ele voltou para a High Alliance, seu primeiro passo foi procurar por aqueles imbecis. Ele achou Kaminari, Ashido e Sero sentados no sofá, comendo pipoca e jogando baralho.

— Bakugou! Nós vimos você na TV. Cara! Aquilo foi tão legal! – Kaminari pulou do sofá e sorriu radiante.

— Tch. Vocês não tem nada melhor para fazer nos fins de semana? – Ele acusou com um olhar arrogante.

— Você quer jogar com a gente? – Sero ofereceu embaralhando as cartas – Nós vamos começar uma nova rodada.

— Já que vocês não tem o que fazer no fim de semana, todos vocês extras vão para a minha cerimônia me ver recebendo minha medalha de honra amanhã – Bakugou andou para o elevador, porém ouviu todas as parabenizações atrás de si com um sorriso satisfeito.

Esses estágios estão ficando cada vez melhor. Antes que o elevador fechasse, Katsuki ouviu Todoroki perguntou sobre Yaoyorozu e Ashido responder que ela estava com Kyouka na cozinha.

Bem, Bakugou poderia falar com ela depois de um banho. Ele teria que achar Kirishima primeiro e garantir que o Cabelo de Merda estaria na cerimônia.

Katsuki tomou um banho rápido, mudou de rouba e bateu na porta de Kirishima (só porque estava trancada, ou ele entraria sem bater). Quando ele não teve resposta, Bakugou desceu as escadas e voltou para o salão comum. O ruivo estava lá, como Bakugou supôs.

— Cabelo de Merda! – Ele gritou com as mãos no bolso – Amanhã, 4 da tarde. É melhor você estar naquela cerimônia estúpida ou você vai morrer, está me ouvindo?! – ele ameaçou com violência.

— Claro, bro! Eu não perderia por nada!

— Bom. Agora, sai da minha frente – Bakugou começou a andar em direção à cozinha. Contudo, Jirou estava vindo com Yaoyorozu.

Por um segundo, Bakugou hesitou. Ok, ele não era bom nessa coisa de respeito. E desde o incidente do pocky, eles testaram os ‘limites” uma vez, quando Katsuki tentou tocar bateria quando Jirou estava ocupada ( alguma porcaria sobre Deep Dope) e ela removeu um parafuso da bateria e COLOCOU NA BOCA. Pela primeira vez, Bakugou pensou que só ameaçar a garota não a faria ir à cerimônia.

— Ei, você voltou – Jirou cumprimentou com um aceno.

Ela estava bebendo uma caixinha de suco com sua atitude inexpressiva de sempre. Bakugou a seguiu com os olhos enquanto ela caminhava até o sofá e sentava-se ao lado de Momo com as pernas cruzadas.

— Orelha – Katsuki chamou autoritariamente. Quando ela olhou para ele, Bakugou perdeu a ameaça e não sabia o que fazer.

— O quê? Tem alguma coisa estranha em mim? – Ela perguntou olhando em suas roupas.

— vamos conversar lá fora – Ele respondeu mal-humorado e desviando o olhar.

— Hã? Por quê? – Ela levantou do sofá e inclinou a cabeça para o lado – você está estranho, o que foi?

— Só ande e eu vou te dizer, droga – ele resmungou guiando-a para longe.

— Cara, está tudo bem? – Kirishima interrompeu-o preocupado.

— Sim, saia.

— Bakugou, o que está acontecendo? – Kyouka insistiu segurando-o pelo braço.

— Vamos, Jirou, só ande...

— Oh, porra, ele disse meu nome! – Jirou pulou com os olhos arregalados, e colocou as mãos na boca em preocupação.

“É tão sério assim?” “Cara, você está legal?” “O que está acontecendo?” todos estavam preocupados. Bakugou não chama as pessoas pelo nome. É uma lei da natureza.

— vocês estão surtando! – Ele berrou tentando não matar a todos.

— Só desembucha! Você está me assustando! – Jirou gritou. Ela estava nervosa.

Bakugou esfregou seu rosto e rosnou impaciente. Ele estava cercado por idiotas.

— Eu só quero perguntar se você quer ir para a porra da cerimônia! – ele respondeu revirando os olhos.

— Quê? – Ela retrucou duvidosa.

— Minha cerimônia, imbecil – Ele resmungou. A garota ergueu uma sobrancelha e Bakugou lembrou dos limites estúpidos de novo – Bem, não só minha, o Trapo velho também, e os outros... Porra, a cerimônia para receber a medalha de honra! – Ele se perdeu com as palavras.

— Hey, por que você perguntou para ela e nos obrigou? – Kaminari gemeu – Nós somos seus amigos também.

— Morre!

— É isso? – Jirou olhou para ele desconfiada – Tudo isso por causa da cerimônia?

— Você quer vir ou não? – Ele gritou irritado.

— Você me quer lá?

— Não, eu estou perguntando para alertar a segurança do--É claro que sim.

— Então, sim, eu vou estar lá.

— Bom. É às 4 da tarde, não se atrase – Foram as últimas palavras de Bakugou antes de subir para o seu quarto.

No domingo, mais da metade da turma 1-A saiu em grupo para a cerimônia de entrega das medalhas de honra. Aizawa-sensei os acompanhou – devido ao grande número de alunos – e dormiu durante o discurso sobre superação do cerimonialista (Ok, ele não era o único, o cara parecia estar dormindo com o próprio discurso).

Jirou sentou ao lado de Momo, que foi a pedido de Todoroki (convite do Endeavor), assim como Midoriya entre outros. O nome de Bakugou foi anunciado antes de o garoto subir no palco com um sorriso pretensioso e tomar a medalha das mãos do cerimonialista e sair sem dizer uma palavra.

Ainda demorou um pouco para terminar, Endeavor fez questão de um discurso antes de descer as escadas e arrastar Todoroki para um conversa que o garoto não parecia interessado em ter.

Bakugou se aproximou da turma A e foi muito bem recebido, Midoriya parecia mais feliz do que quando recebeu sua licença provisória.

— O que nós temos que fazer para ter uma festa dessas? – reclamou Ashido pondo os braços no pescoço de Bakugou e Kirishima ao mesmo tempo, o loiro livrou-se rápida e bruscamente do abraço da garota.

— Ser adorável, heroico e se explodir até ser salvo pelo seu mentor? – Brincou Kaminari com suspiros falsos e as mãos unidas.

— Morre! – Ameaçou Bakugou explodindo suas mãos bem próximas ao rosto de Kaminari com fúria nos olhos.

— Você está realmente levando o Kaminari a sério? – Jirou provocou cruzando os braços – E eu pensei que você não era trouxa.

— Cala a boca, pingo de gente! – ele berrou erguendo o punho – Não é como se você tivesse moral para falar!

— Mais moral que você, pelo menos Death Arms-sensei não precisa me salvar – Ela retrucou, ela se irritava quando falavam da sua altura e Bakugou sabia disso. Se for para por sal na ferida, ela também sabia jogar.

— Grandes bostas, eu pelo menos consigo alcançar meu armário sem precisar subir em ninguém.

— Isso foi uma vez! – ela gritou batendo o pé como uma criança – E não é como se você fosse o cara mais alto da turma.

— Eu me pergunto se deveríamos interromper ou só deixa-los ali – comentou Sero apoiando a mão no queixo.

Eles pareciam estar brigando, contudo, os amigos sabiam melhor, a postura sarcástica e provocativa dos dois indicava que era tudo uma brincadeira debochada, a especialidade dos dois.

— Neh, eles se divertem assim – Menosprezou Ashido com um aceno – Vamos deixar eles sozinhos um pouco – Ela sorriu como o gato de Alice no país das maravilhas.

— Eu não sei, Mina – Kirishima ponderou – Você não estava lá quando rolou aquela coisa do pocky.

— E eu me arrependo amargamente disso – Ashido disse dramaticamente, fingindo prender o choro. – Oh-oh, alerta de Yaomomo – ela anunciou antes de largar os dois.

Ashido aproximou-se de Yaomomo e a desviou do caminho para junto dos outros garotos. Yaoyorozu estava andando até os dois (que ainda estavam discutindo) para interrompê-los e Mina não estava interessada em deixar isso acontecer.

— Mina-chan, você sabe que Kyouka não gosta disso – Momo alertou.

— Então é só você não contar para ela – Mina cantarolou antes de gritar: – Vamos atacar a comida!

Então todos se dirigiram à mesa com quitutes disponíveis. Bakugou e Jirou ainda estavam se alfinetando e não perceberam os amigos se afastarem.

— Ok, você me pegou – Katsuki resmungou com o nariz torcido.

— Isso! – Kyouka vibrou com os punhos fechados.

— E daí? Grande coisa, eu não gosto de piadas idiotas. Pelo menos eu não sou o idiota que faz as piadas – ele bufou enfiando as mãos no bolso e desviando o olhar orgulhoso.

— Nem mesmo tente, bomberman, você sabe que seu senso de humor é mais denso que esse chão debaixo de nós.

— só cala essa maldita boca e vamos comer – ele rosnou começando a andar – Cadê aqueles idiotas?

— eles simplesmente foram embora? – perguntou Kyouka surpresa.

— Tch. Bando de esfomeados.

Eles começaram a caminhar tranquilamente.

— Hey, eu estou muito feliz por você, sabia? – Kyouka sorriu levemente. Bakugou apenas olhou para ela e encolheu os ombros – Bem, pelo menos você sabe. Eu queria poder devolver o que você fez por mim, mas é meio difícil quando você é bom em tudo – Ela brincou socando de leve o ombro dele.

— Do que você está falando? – ele ergueu uma sobrancelha – Eu não fiz nada.

— Claro que fez – Kyouka parou e o olhou como se tivesse crescido uma segunda cabeça – Eu me sinto um pouco mal por ter metido você naquela história toda sobre... bem, você sabe – ela juntou as pontas dos fones de ouvido – Mas eu agradeço muito por você ter sido legal e não ter contado para ninguém.

— Tch. Como se eu fosse uma velha fofoqueira – ele bufou afundando a cabeça entre os ombros. – Não foi nada demais.

— Você me ouviu chorando minha miséria e chutou minha bunda de volta à realidade – Ela apontou com um olhar cético – Pode não ter sido nada para você, mas foi bastante para mim. Então você vai aceitar meus agradecimentos querendo ou não.

— Você é um pé no saco para alguém tão baixinha – Ele retrucou com um sorriso satisfeito.

Kyouka não ficou ofendida. Ela sabia que esse era a resposta mais educada que alguém receberia de Bakugou. Não era algo que a incomodasse, no final das contas. Jirou nunca teve problemas com apelidos ou piadas provocativas, claro, desde que ela soubesse que eram piadas. Às vezes podem deixar ela um pouco envergonhada ou irritada, contudo, nada que uma boa resposta não revide. E quando não resolver, seus fones sempre estão coçando por um pouco de ação.

Jirou tinha amor à vida, então sabia que com Bakugou seus fones estavam fora de cogitação. Ainda assim, ter o garoto como um amigo era algo surpreendentemente bom, talvez não fosse tão ruim assim ceder de vez em quando.


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Notas finais do capítulo

Como podem ver. aqui há uma ligeira mudança de comportamento por parte dos dois. Bakugou começa a entender um pouco sobre limites enquanto Jirou começa a se soltar um pouco mais.



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