The cute one escrita por TMfa


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Esse está curto que só a p****. Mas foi um dos mais divertidos de escrever. Esse capítulo eu escrevi em inglês (e os outros três seguintes) porque queria postar no fanfiction.net Aí fiquei com preguiça, por isso ele vai ser o último hoje. Amanhã vou traduzir os outros dois e os 19 (sim, isso mesmo, eu disse que estava praticamente concluida).



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Duas semanas após a competição de vídeo game, Bakugou pensou que Jirou estava bem. Afinal de contas, a garota tinha sua língua afiada de sempre, o mesmo apetite e eles até tocaram com Kaminari algumas vezes sem perder completamente a paciência. O loiro elétrico descobriu sobre as sessões de música (que eles nem sabiam que era um segredo) e convidou-se para participar.

Tudo estava Ok até domingo. Era a vez de Sero levar de volta as vasilhas onde os almoços da turma A eram entregues de volta ao refeitório principal da UA.

— Ei, ainda tem comida aqui, alguém ainda não almoçou? –  Sero gritou da cozinha para ser ouvido na sala comum, onde basicamente todos estavam.

— Eu já almocei, mas não me importo de comer de novo – Kaminari disse esfregando a barriga.

— Sério, pessoal, quem está faltando? – Sero fez uma careta entediada – Eu preciso levar isso de volta.

A turma A se entreolhou até Momo erguer a mão.

— Eu acredito que seja o almoço da Jirou-chan. Eu não a vi na cozinha hoje.

— Cara, é verdade. Ela nem apareceu no grupo de estudos essa manhã – Kaminari comentou pensativo.

— Alguém a viu hoje? – Midoriya perguntou.

— Eu passei no quarto dela depois do grupo de estudos – Momo respondeu docemente – Ela estava bem, só disse que preferiu tocar guitarra ao invés de estudar por hoje.

— Mas já faz mais de três horas. Ela não saiu do quarto a manhã toda? – Kirishima perguntou um pouco preocupado.

Katsuki levantou sem dizer uma palavra e caminhou até o lado feminino do prédio. Não foi preciso pensar muito para saber onde ele estava indo.

Bakugou não se apressou para chegar ao quarto de Jirou. Quando já estava na frente da porta, ele não bateu e somente entrou, como sempre. O que Katsuki viu ali dentro o fez franzir o cenho. O quarto estava uma bagunça, na cama havia tantos instrumentos jogados que eles se amontoavam, um armário aberto no fundo do quarto estava vazio e uma dúzia de outros instrumentos estavam espalhados pelo chão.

O mais confuso, no entanto, era Kyouka deitada de costas na escrivaninha do lado esquerdo da porta, com os braços e a cabeça pendendo para fora em um ângulo estranho.

— Mas que porra você está fazendo aí? – Bakugou reclamou com uma careta.

— Eu estou entediada, Bakugou – Jirou respondeu monotonamente – E eu não sei o que fazer.

— Levanta a bunda daí – Katsuki ordenou se aproximando um passo – Você não tem nada para fazer, como almoçar? – Ele satirizou.

— É, eu tenho um monte de coisas para fazer – Ela gemeu torcendo o nariz – Mas todas elas são tão chaaaaatas. Eu tentei todos esses instrumentos e nenhum funcionou. Eu acho que eu morri por dentro – Ela suspirou dramaticamente.

— Tá drogada? – Ele indagou confuso. A garota não estava falando coisa com coisa e ela tinha um olhar estranhamente vazio.

— Não, Bakugou Katsuki, eu estou entediada. ENTEDIADA! – Kyouka segurou Katsuki pela camisa e o sacudiu antes de soltá-lo e sentar-se lentamente na escrivaninha.

Katsuki não sabia o que fazer. Ele não tinha certeza que porra que estava acontecendo aqui. Bakugou não pensou que Jirou fosse tão estranha quando eles começaram essa amizade e aqui estava ela, balançando as pernas e suspirando em cima de uma porra de uma escrivaninha.

Bakugou inclinou a cabeça para o lado e ergueu uma sobrancelha enquanto Kyouka começava a desenhar pequenos círculos com seus dedos da mão direita e descansava a cabeça na mão direita.

— Talvez... Talvez eu devesse ligar para ele... – Ela murmurou em um suspiro.

Katsuki demorou um par de segundos para perceber do que se tratava.

— Ah, pelo amor de deus, tudo isso por um cara?! – Ele exclamou rolando os olhos e deixando seus ombros cair – O que você é? Uma donzela indefesa?!

— Ele não era só um cara! – Kyouka protestou mal-humorada.

— Então era o quê? O All Might Boy?!

— Ele não era só meu namorado, Bakugou, ele era meu melhor amigo. Nós costumávamos ligar um para o outro toda semana e falar sobre tudo – Ela explicou sem olhar para ele – As vezes eu falava mais com ele do que com meus pais!

— E daí? Agora você tem a Rabo de Cavalo – Ele apontou cruzando os braços.

— Não é a mesma coisa, ok?! – Ela finalmente olhou para ele com uma expressão irritada – Eu amo Momo, ela é minha melhor amiga. E eu não estou nem aí para o que você diz, você é meu amigo também. Mas é completamente diferente – jirou baixou a voz no final – Eu conheço vocês por um ano e meio, eu conhecia ele por sete! – Ela suspirou entristecida – Ele viu minha primeira apresentação, ele estava lá quando minha mãe ficou doente, ele me defendeu quando o irmão dele disse que meus fones eram estranhos... Droga! Nós tivemos hora da soneca juntos! – Jirou franziu o nariz e os olhos para impedir as lágrimas – E agora eu perdi tudo isso – Ela precisou pressionar os olhos com as palmas das mãos – Eu nunca vou namorar um amigo de novo.

Bakugou ouviu tudo isso em silêncio enquanto Jirou lutava contra suas lagrimas. Mas quando ele percebeu que ela havia acabado, Katsuki andou até a frente dela, puxou-a pelo pulso bruscamente e a colocou nas suas costas, arrastando a garota para fora do quarto.

— Ei, o quê?! Espera! – Ela guinchou e remexeu-se surpresa.

 - Oh, você perdeu isso? Que pena, orelha – Bakugou debochou – Você quer saber o que fazer? – Ele a largou no meio do corredor e apontou o indicador no rosto da garota – Eu vou te dizer o que fazer. Você vai parar de choramingar e superar essa merda! Você é um herói em treinamento, porra. Você não nasceu para agir como um bebê, você nasceu para salvar pessoas e arrasar o mundo com a porra do teu som. Então saí da merda desse quarto e vai comer a porcaria da tua comida fria!

Jirou arregalou os olhos e prendeu a respiração por alguns segundos antes de sorrir determinada. Não importa quão rude foram as palavras de Bakugou, Kyouka sempre foi insegura e paranoica, consolos amorosos e doces nunca funcionaram com ela. Jirou precisava desse tipo de tapa na cara algumas vezes. Para sua sorte, Bakugou era o tipo de pessoa que sempre chutava a insegurança e gritava a verdade na cara da paranoia.

— Bom. Assim está melhor – Katsuki disse satisfeito – Depois de comer, arruma essa bagunça. Eu quero tocar, mas nem consigo ver a bateria nessa porra.

Bakugou virou as costas e desceu as escadas, deixando o elevador para Kyouka. Ele não queria ouvi-la provocando-o sobre suas palavras, ou pior, falando daquele idiota covarde como se ele uma espécie de deus.


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