The cute one escrita por TMfa


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Huehue Aizawa é muito paizão. Ele não deve ter 30 anos, apesar da aparência acabada. Então eu entendo completamente quando ele vê os adolescentes sendo burros e irresponsáveis. Todas as possíveis merdas futuras perturbam o sono se você tem algum desses em casa. Imagina ele cuidando de 20.



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Aizawa começou a ficar preocupado. Ok, preocupado não era bem a palavra. Ele estava inquieto. Shota sabia que seus alunos eram incrivelmente mais avançados que os outros. Eles eram mais fortes, mais inteligentes e mais heroicos do que qualquer turma que ele tenha ensinado antes. Foi por isso que ele decidiu acompanha-los por todo o ensino médio com tanto afinco.

O problema era que toda essa precocidade também se aplicava aos hormônios adolescentes. Os mais preocupantes de todos eles eram Jirou e Bakugou. Eles pareciam estar se comportando como pessoas responsáveis nos últimos meses, Shota não podia negar. Então ele ouviu alguma coisa sobre uma discussão no refeitório principal e um beijo roubado no dia do aniversário do diretor.

Nada demais, até algo aceitável para alguém tão volátil como Bakugou. E ele não estava reclamando do leve efeito calmante que esse relacionamento causou no loiro, muito menos da confiança que atacou Jirou nos últimos meses. Parecia ser algo produtivo para os dois. Até agora.

Aizawa teve uma explosão de imagens desagradáveis em sua mente ao perceber uma macha arroxeada no pescoço de Jirou discretamente escondida sob o uniforme. Com quase dois anos acompanhando essas crianças dia e noite, Shota acabou desenvolvendo um sentimento paternal por todas elas (não o deixe saber que você sabe disso, pode ser perigoso) e esse pequeno detalhe ativou todo o seu instinto paterno e o deixou com a garganta seca ao imaginar todas as possíveis complicações que isso poderia indicar.

Você não pode culpar Bakugou por isso. Depois da provocação daquele Copiador Barato ele ficou irritado por ainda ter alguém que duvidasse do relacionamento dos dois. E como a Rabo de Lagarto claramente não sabia disso, ele imaginou que podia ter outras pessoas que não soubessem e tentassem alguma coisa com Jirou. Por isso ele quis deixar uma marca, para que todos soubessem que ela tem dono. Uma coisa que nunca mais faria, porque Kyouka enlouqueceu de raiva por isso.

Aizawa começou a vigiar os dois um pouco mais de perto. Inclusive perguntou dos representantes de classe se havia alguma reclamação sobre os casais nos dormitórios. Pelo o que o professor pôde perceber, eles eram discretos até demais. Shota já teve a idade deles, embora ele não fosse exatamente um adolescente disposto a gastar suas energias por causa dos hormônios, ele era amigo de Nemuri e Yamada. Ele sabia que o nível de descrição era proporcional à intimidade dos casais.

Foi por isso que ele começou a atribuir alguns exercícios mais pesados para Jirou e alguns mais complexos para Bakugou. Se eles estavam tinham energia para dispender um com outro, teriam para aumentar o treinamento. Ele ao menos não precisou garantir que os trabalhos em dupla foram separados. Já que ambos tinham seus companheiros de trabalhos pré-estabelecidos. Ainda assim, ele seguia os dois com os olhos sempre que estavam por perto, para garantir que não sumiriam de novo para o armário de limpeza (não importa se foi só uma vez que isso aconteceu, ele garantiria que não ia se repetir).

Shota percebeu os olhos estreitos de Bakugou quando Todoroki chamou Jirou à parte antes de um treinamento de herói. Considerando pelas reações da garota e os olhares de Todoroki para checar a distância de Yaoyorozu, Aizawa sabia que ele teria dores de cabeça com mais um casal logo logo.

E ele estava certo. Todoroki havia conseguido afastar Jirou de Momo como um milagre por alguns segundos. O Meio a Meio confessou que pretendia chamar Yaoyorozu para sair, mas eles moravam na escola, não tinha para onde sair. Por isso estava pedindo ajuda de Kyouka, para preparar alguma coisa digna da garota da criação.

— Eu diria finalmente se nós não estivéssemos tão perto da Yaomomo – Jirou provocou com um sorriso debochado – você já escolheu o dia e a hora? Dependendo disso, os planos podem mudar.

— Eu estava pensando nesse fim de semana, à noite – Shoto respondeu e Kyouka torceu o nariz – O quê? Não é uma boa ideia?

— À noite não é muito legal. Pelo menos ainda não. Ela vai pensar demais e acabar desistindo antes da hora – Jirou explicou. A verdade é que ela não poderia espioná-los se fosse à noite – No fim da tarde, oh, antes do sol se pôr – Jirou segurou o braço de Todoroki empolgada – Momo adora o pôr do sol.

— Ok então. O que eu faço? Não é como se nós tivéssemos autorização para sair – Shoto continuou pensativo – Eu pensei em encontra-la depois dos estágios, antes de voltarmos para a UA e convidá-la para um almoço. Mas até nisso temos o horário definido para voltar.

— Não faça nada muito extravagante ainda. – Kyouka aconselhou, seus fones se agitando como alerta – Bem, não extravagante para Momo. Leve ela para um piquenique. O que não falta é espaço pela UA. Você conhece as comidas favoritas dela tanto quanto eu. Oh, e leve um chá. Imperial Golden Tips é o favorito, mas você já sabe disso.

— Vamos começar o treino – Aizawa anunciou, chamando a atenção de todos.

Todos se aproximaram. Jirou e Todoroki tiveram que apressar o passo para alcança-los. All Might estava lá também, assim como Ectoplasma-sensei, o que significava uma divisão minuciosa do grupo. Talvez em duplas ou trios.

— Hoje o treinamento vai ser feito em dupla – Ectoplasma anunciou.

— Eu pego o Meio a Meio! – Bakugou anunciou explodindo uma mão contra o próprio punho e caminhando na direção de Todoroki.

Aizawa já esperava por algo assim, por isso suas faixas o alcançaram rapidamente e Shota anulou a individualidade de Bakugou rapidamente.

— Eu avisei que não queria interferências no desempenho de vocês. – Ele alertou com uma pitada de impaciência, ele estava gastando muita energia com esses dois ultimamente – Então controle a porcaria do ciúme.

Bakugou bufou puxando a faixa de seu sensei do rosto. Ele estava pronto para responder rudemente, até que percebeu Jirou com uma sobrancelha erguida e uma expressão nada favorável.

— Quando essa porra vai começar? – Ele resmungou com os braços cruzados.

Se ele não podia espancar o Meio a Meio, ele pelo menos podia descontar um pouco da frustração durante o treino. Depois ele ia tirar a limpo que história é essa de Jirou estar com segredo com aquele idiota.

Katsuki quase se esqueceu disso ao final do treino. Acontecia de vez em quando. Não era algo realmente novo ele sentir ciúme sem motivo e depois esquecer, a maior parte disso era seu corpo pedindo para explodir alguma coisa. O que era um problema bem irritante que ele precisava controlar. Até porque Bakugou ganhava um tratamento especial quando não fazia nada estúpido durante o dia. Kyouka chamava de “recompensa por bom comportamento” e porra, ele nunca gostou tanto de ser um bom menino.

 O que o fez lembrar-se do IceHot foi a troca de olhares silenciosa e os acenos de cabeça que Jirou e Todoroki trocaram antes de realmente saírem do ginásio.

— Mas que porra foi essa? – Bakugou perguntou o mais baixo que conseguiu segurando Jirou pelo braço.

— O quê? – Ela pendeu a cabeça para o lado confusa.

— Você e o Meio a Meio, o que está acontecendo aqui? – Ele insistiu mal-humorado.

— Oh, isso. – Jirou suspirou em realização – Por favor, não fique bravo. Eu ainda não posso contar, mas eu prometo que não é nada demais – Ela sorriu divertida retirando a mão de Katsuki de seu braço e segurando-a com a sua.

— Que história é essa de ficar de segredo com aquele idiota? – Ele levantou a sobrancelha e a encarou desconfiado.

— Ok, você está fazendo de novo – Ela alertou estreitando os olhos, os fones apontando para Bakugou – Não seja paranoico. Não é nada disso que você está pensando, Todoroki me pediu ajuda com uma coisa. E eu prometo, que assim que tudo estiver resolvido, você vai ser o primeiro a saber. Ok?

Bakugou suspirou um barulho enquanto processava essa informação e tomava uma decisão.

— Quanto tempo vai demorar?

— Eu espero que não muito – Jirou bufou tão impaciente quanto Bakugou. Ela realmente queria que esses dois se acertassem logo. – Mas pare de fazer perguntas. Eu não quero estragar tudo.

— Eu não gosto disso – Ele resmungou fazendo beicinho.

— Bem, encare isso como um teste de comportamento – Jirou disse enrolando um dos fones no indicar sem realmente olhar para Bakugou.

Oh, isso despertou o interesse de Katsuki. Ele sorriu maliciosamente antes de fazer Jirou o encará-lo.

— E o que eu ganho se eu passar?

— Tsk. Você já sabe – Ela desviou o olhar com um rubor no rosto. Eles ainda estavam em público e Kyouka se sentia constrangida – Mas só se você só deixar isso para lá... – Ela murmurou juntando as pontas dos fones.

— Tch. Eu não sei nem do que você está falando, orelha – Bakugou debochou caminhando para longe.

Jirou piscou duas vezes antes de sorrir e sacudir a cabeça. Oh, pobre tolo, ele a estava acostumando mal. Se Kyouka realmente descobrisse a influência que podia exercer, Katsuki estaria com sérios problemas. Não que Jirou estivesse diferente, Bakugou era alguém que você facilmente seguia sem muitos questionamentos, e Kyouka tinha motivos cada vez mais fortes para acompanha-lo aonde quer que fosse.

Aizawa suspirou cansado. O Sensei já podia sentir sua cabeça latejando da falta de sono que esses dois iam causar para ele.


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Notas finais do capítulo

eihfr É tão divertido escrever isso. Recompensa por bom comportamento é um condicionador de atitude. Usado em qualquer idade, espécie e gênero. Basta saber com o que subornar o ser vivo e tudo dará certo.



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