The cute one escrita por TMfa


Capítulo 25
Capítulo 25




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— Só tira essa bunda do meu quarto, Cabelo de Merda! – Bakugou expulsou seu amigo pela terceira vez.

— Ah, qual é Bakugou, só temos mais dois fins de semana antes das aulas começarem, com os estágios e as aulas nós não vamos ter tempo para zerar o jogo! – Kirishima insistiu com o controle nas mãos.

Bakugou sabia que Kirishima estava certo. Eles estavam de férias e mesmo assim o único tempo livre deles era as tardes dos fins de semana, porque de manhã eles estavam em alguma agência de heróis. E Bakugou nem sequer podia contar as noites como tempo livre, já que ele dormia junto com o pôr-do-sol de tão cedo (Ok, agora não tão cedo, já que ele queria passar algum tempo com a sua mais nova namorada).

— Atrapalho alguma coisa? – Jirou sorriu debochada com o ombro apoiado na porta do quarto de Bakugou.

— A morte do Cabelo de Merda – Bakugou respondeu batendo os punhos.

— O que foi dessa vez? – Kyouka perguntou entrando e sentando-se na cama ao lado de Kirishima.

— Eu estou tentando convencer Bakugou a zerar esse jogo antes de começarmos as aulas – Kiri explicou mostrando a tela para Jirou – Quer jogar com a gente?

— Claro. Quem começa? – Jirou concordou cruzando as pernas em cima da cama.

Bakugou estalou irritado. Ele tinha outros planos para a noite. A chegada de Kyouka não foi aleatória, Katsuki estava esperando por ela. Kirishima a convidou para jogar com a esperança de convencê-lo pelo voto da maioria, sem o menor conhecimento da importância da decisão de Jirou.

Eles estavam juntos a pouco mais de uma semana. Com todo o treinamento durante a semana, não é como se eles tivessem muito tempo para ficarem juntos. Além do mais, no primeiro beijo como oficialmente namorados, Bakugou acabou se empolgando demais e acabou assustando Kyouka um pouco com a velocidade que as coisas estavam andando. Com isso, Bakugou ficou um pouco receoso de tomar a inciativa e fazê-la sentir-se pressionada.

Em resumo, cada beijo foi um grande evento nessa primeira semana. E Katsuki tinha planos de conseguir mais alguns antes das aulas retornarem. Pelo visto, não era a mesma intenção de Kyouka.

Um pouco frustrado, Bakugou sentou-se no chão, entre os dois, puxou o controle principal da mão de Kirishima e começou uma partida. No fim, ele realmente se divertiu (você não ouviu isso de mim). Depois de algumas rodadas, Kirishima decidiu pegar alguns lanches na cozinha enquanto não era sua vez de jogar. Jirou pediu alguns também e o ruivo prometeu trazer para todos.

Bakugou observou seu amigo fechar a porta com o canto dos olhos e olhou para o rosto de Jirou acima de si rapidamente antes de focar no jogo. Eles estavam sozinhos, finalmente o Cabelo de Merda tinha saído. Talvez se ele só o impedisse de voltar...

— Você sabe que só precisa pedir, não é? – Jirou brincou com um sorriso irônico. Bakugou a encarou com uma sobrancelha erguida – Ou, você pode também só vir aqui e me beijar – Ela encolheu os ombros mexendo os controles do vídeo game. O rubor no rosto não passou despercebido por Katsuki e ele sorriu.

— O mesmo vale para você, orelha – Ele debochou voltando sua atenção para a tela.

Bakugou ouviu Jirou bufando e não precisou olha-la para saber que a garota havia revirado os olhos. Kyouka deixou o controle na cama e deslizou de lado para que a cabeça de Bakugou se apoiasse sobre suas pernas cruzadas, não é como se ela conseguisse ganhar de Bakugou nessa rodada mesmo.

— Ao menos pause o jogo – Ela pediu puxando a cabeça do loiro para trás e inclinando-se para beijá-lo.

Jirou riu da posição em que estavam, especialmente porque Bakugou enrijeceu os braços ao lado do próprio corpo. Desde que eles começaram a namorar (o que, convenhamos, foi bem recente), Katsuki estava fazendo de tudo para ser um cavalheiro.

 Nesse curto período de tempo Jirou percebeu que Bakugou vivia nos extremos até na sua forma de demonstrar carinho. Ou ele praticamente a engolia ou a beijava tão castamente que seus lábios mal a tocavam. Kyouka estava tendo que afastar um pouco seu lado tímido e tomar alguma inciativa para equilibrar seu namorado.

Depois do pequeno incidente no primeiro beijo, Bakugou mal a tocou quando eles se beijavam. Era até divertido para Kyouka, o menino prodígio ficava sem jeito toda vez que estavam juntos. Isso não fez os beijos menos incríveis.

— Ei, gente! – Kirishima bateu na porta com a ponta dos pés, assustando Jirou e Bakugou com o barulho repentino – Alguém abre a porta, minhas mãos estão cheias.

Kyouka levantou da cama como um raio, sacudindo a cabeça de Bakugou bruscamente de sua perna e abrindo a porta para o ruivo. Kirishima ergueu uma sobrancelha ao ver o rosto corado de Jirou e a irritação no rosto de Bakugou.

— Aconteceu alguma coisa?

— Não é da sua conta, Cabelo de Merda! – Bakugou berrou irritado, com o punho erguido.

Katsuki não queria admitir que quase tivera um infarto ao ouvir a batida na porta. Tudo o que ele queria era que Kirishima saísse e deixasse os dois voltarem ao que estavam fazendo. Contudo o orgulho falou mais alto, ele não diria para o Cabelo de Merda que sentia falta de Jirou tendo estado com ela no dia anterior.

O problema no namoro recente e desconcertado de Bakugou e Jirou era o fato de ambos não terem conversado absolutamente nada sobre a logística da coisa. Bem, eles começaram o namoro no meio de uma semana, eles tinham outras prioridades para cuidar. E quando tiveram um tempo juntos, eles estavam interessados demais em se esquivar da timidez para realmente discutir sobre como eles fariam isso tudo funcionar.

Em resumo, eles não contaram a ninguém sobre o namoro e nem sequer conversaram se isso seria segredo ou não. E como eles já eram amigos próximos e nenhum dos dois é realmente dado a demonstrações de afeto em público, seus colegas de classe não suspeitaram de nada.

Agora Jirou estava inclinada a pensar que Bakugou não estava disposto a contar isso a ninguém. Ponderando um pouco, ela não se importou realmente. Ela mal conseguiu se livrar das perguntas embaraçosas das garotas sobre Kaz, tudo o que ela não precisava eram de novas perguntas. Oh, pior que isso. Iida a impedindo de visitar o quarto de Bakugou ou vice-versa. Demorou semanas para que ela tivesse paz sobre isso quando as garotas começaram a perturbá-la sobre sua amizade com Bakugou.

Porra, ela iria ouvir pela eternidade de Ashido. Ela realmente acabou namorando Bakugou no final das contas. Jirou já podia ouvir o “Eu sabia” de Mina ecoando em sua cabeça.

— Ei, orelha, se você não vai jogar, entrega o controle para o Cabelo de Merda – Bakugou resmungou, tirando-a de seus pensamentos.

— D-desculpa – Ela corou novamente entregando o controle para Kirishima – Eu vou ahn... comer isso aqui, ok? – Ela apontou para um dos lanches que Kirishima trouxe.

Os garotos começaram a jogar e ela se encolheu no canto da cama para comer e assisti-los, um pouco envergonhada ainda. Com mais algumas rodadas, Kaminari bateu na porta de Kirishima, Jirou ouviu pela sua audição aprimorada e abriu a porta para avisar o loiro elétrico que eles estavam no quarto ao lado.

Kaminari acabou se juntando a eles. Jirou decidiu que não queria mais jogar e ficou só comendo e assistindo os três. Não demorou para tudo o que Kirishima trouxe acabar. Bakugou percebeu e viu nisso uma oportunidade.

— Porra, você acabou com a comida, orelha – ele reclamou remexendo nas embalagens vazias.

— Ei, eu não estou jogando, eu vendi minhas rodadas por comida – Jirou argumentou deitada na cama que ela havia tomou posse, deixando os três garotos no chão.

— Então você vai comigo pegar mais – Bakugou bufou levantando.

— Eu pego, Bro – Kirishima se ofereceu.

— Não, ela comeu tudo, ela pega essa merda – Bakugou recusou abrindo a porta e chamando Jirou com um movimento de cabeça.

Kyouka bufou uma risada antes de levantar com as mãos no bolso do casaco e acompanhar Katsuki para fora do quarto.

Assim que os dois entraram no elevador, Bakugou a puxou para si com força e a beijou bruscamente. Jirou ainda não estava acostumada com esses rompantes do namorado e guinchou um ruído agudo que alertou Katsuki de seu excesso.

Ele a soltou com a mesma rapidez e limpou a garganta antes de apoiar as mãos no ombro da garota. Kyouka estava com os olhos arregalados e um mordendo um sorriso brincalhão nos lábios.

— Só para você saber, eu não sou um petisco – Ela brincou. Contudo, Kyouka retirou as mãos de Bakugou dos seus ombros e as colocou em sua cintura, depois apertou o botão do primeiro andar e apoiou as mãos no peito de Katsuki.

— Vamos deixar esses idiotas e ir para o seu quarto – Bakugou sugeriu apertando-a um pouco mais.

— Eu tenho a impressão de que eles não são tão burros assim a ponto de não perceber que nós não voltamos – Jirou debochou brincando com a camisa de Bakugou.

— Quem se importa se eles perceberem? – Bakugou bufou – Contanto que nos deixem em paz, eu não estou nem aí – Ele encolheu os ombros antes de tentar beijá-la novamente.

Os fones de Jirou acertaram os lábios de Katsuki enquanto a garota sutilmente se afastava dele. Em poucos segundos o elevador abriu e Kyouka saiu com as mãos enfiadas nos bolsos do casaco, caminhando rumo à cozinha tranquilamente.

Katsuki revirou os olhos e a seguiu mesmo assim. Ele mataria aqueles imbecis por atrapalharem sua noite. Mas por hora, ele iria jogar um pouco mais de vídeo game antes de dormir.


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