Argentum escrita por ColibriMoriarty


Capítulo 2
Capítulo 2 - A Salvo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/772234/chapter/2

Havia algo macio sob seu corpo. Algo macio, quente e confortável.

Podia sentir que estava se movimentando junto a isso, rebolando cautelosamente de um lado ao outro. O movimento lento o fazia ficar levemente enjoado.

Recuperando os sentidos pouco a pouco, percebeu que seus ouvidos captavam um barulho baixo e constante, quase como um sussurro: o som de uma respiração.

Argentum abriu os olhos, dardejando o ambiente com dificuldade. Conseguia apenas visualizar o borrão desfocado que as árvores eram, não reconhecendo sua localização. O calor do ser que o amparava não era suficiente para aquecê-lo, seu corpo inteiro estava tremendo de frio. Parecia que até sua alma havia se transformado em um pedaço de gelo. Uma brisa soprou fazendo com que se arrepiasse. Com dificuldade, ele se encolheu, trêmulo, tentando conservar o pouco de calor que lhe era oferecido. Seus ferimentos doeram devido ao movimento.

O espírito esfregou levemente a bochecha no que lhe carregava, sentindo a textura sedosa de uma pelagem sob sua pele. Semicerrou seus olhos, protegendo-os da forte luminosidade ardente que vinha dos raios de Sol que se infiltravam pela cobertura grossa de folhas logo acima.

Aos poucos sua visão foi entrando em foco. Logo pode ver o chão passar lentamente abaixo de si, com algumas samambaias se enroscando nas patas brancas com manchas acizentadas que pertenciam ao ser que lhe carregava.

Mais especificamente ao lobo.

— Shiba? – Murmurou ainda desnorteado, correndo os dedos fracos sobre a pelagem macia.

— Se eu fosse minha mãe, você estaria sob minhas patas. – Retrucou o animal. – Agonizando. – Completou.

Argentum tossiu, sua mente estava enevoada. As palavras ditas pela loba não estavam sendo compreendidas em sua completa plenitude pelo guardião, chegando a fazê-lo divagar se ela estava a falar em latim ou em outra língua qualquer. A dor e o frio presentes estavam lhe impedindo de raciocinar.

— Aonde estamos indo? – Questionou com dificuldade, abraçando fracamente o corpo do animal para tentar aquecer-se.

— Tem uma clareira por perto com uma pilha de pedras que formam algo semelhante a um altar. – Explicou a loba. Ela teve que pular um galho que obstruía seu caminho, fazendo o guardião gemer com o movimento brusco. – Você precisa se aquecer ou vai morrer congelado.

— Como me encontrou? – Murmurou voltando a cerrar os olhos, desfrutando da maciez da pelagem lupina.

— Esqueceu que também sou uma guardiã? – Disse com um leve tom de brincadeira na frase. Um sorriso tímido dançando por sua face peluda. – Eu sei que você está com o Coração. Posso senti-lo pulsar junto a meu pelo assim como o seu está a fazer.

— Os humanos o roubaram noite passada. Foi difícil de obtê-lo. – Ele fez uma pausa. – Eles tinham prata. – Informou em um sussurro, a loba parou imediatamente ao ouvir o metal ser mencionado.

— E, mesmo assim, decidiu prosseguir, mesmo sabendo que é o mais sensível à prata dentre todos os outros seres. — Retorquiu Alba, ríspida.

— Minhas deficiências físicas não devem limitar meu dever de proteger a floresta. – Retrucou Argentum teimosamente.

— Deficiências físicas?! Se um pedaço de prata tocar seu corpo você perde as forças e desmaia! — Exclamou a loba, exasperada. – Os humanos sabem de nossa fraqueza, e eles a usam contra nós, mas nós ao menos temos como nos defender. Já você é fraco como um galho seco. O que os humanos fariam se soubessem sobre isso? Sobre como a prata é um veneno para você? Ela pode ter lhe dado a vida, mas pode retirá-la tão facilmente quanto um arquejo. — Ela fez uma pausa, soltando um suspiro melancólico. Sua voz ríspida abrandou, assumindo um tom tristonho. – Eu não quero que você morra nas mãos destes seres desprezíveis, meu amigo. — Confidenciou, cabisbaixa.

— Alba. — Ele correu as mãos pela pelagem dela em um carinho reconfortante. – Eu não vou morrer pelas mãos de nenhum humano. — Assegurou, então um sorriso debochado surgiu em seu rosto. – Eles precisam me alcançar primeiro. — O comentário fez a loba rir levemente. – Eu sei que teme por mim. – Prosseguiu com o olhar vazio, pensativo. – Mas acredite quando digo que estou seguro no que estou fazendo.

— Seu corpo está coberto de ferimentos. – Retorquiu a loba, impassível. – Meu pelo branco está mais escarlate que o de uma raposa!

— Mas continuo vivo. – Respondeu-lhe.

— Não se minha mãe te encontrar antes de chegarmos à Matrem. – Retrucou com uma risada.

— Depois do que fiz hoje, com certeza ela desejará palitar os dentes com meus ossos. – Murmurou pesaroso, abaixando o olhar.

— O que você fez? — Questionou a loba, curiosa.

— Eu pulei de um penhasco para fugir dela... — Contou Argentum, relutante. Alba explodiu em gargalhadas, obrigando o guardião a segurá-la com mais força para não cair de seu lombo.

— Você escapou dela pulando de um penhasco?! — Repetiu incrédula, ainda rindo. – E eu estava preocupada com o que os humanos poderiam fazer com você! — Exclamou. – Argentum, por Matrem! Você é mais perigoso para a si mesmo do que os humanos! 

O guardião não respondeu e ambos ficaram em silêncio por um momento.

— Os humanos são seres curiosos. — Murmurou o espírito, de repente. Sua voz estava fraca, não mais alta que um sussurro. – Um deles se prostrou contra os outros para me proteger. — Contou. Lembrando-se de Murchowich que interveio a seu favor no alto do penhasco.

— Humanos são seres que matariam até do próprio sangue para conquistar seus objetivos. — Retorquiu a loba, pessimista. – Eles não se importam com nada nem com ninguém, desde que possam alcançar o que desejam.

— Eu não tenho mais tanta certeza quanto a isso... – Murmurou com um suspiro.

Alba ficou em silêncio, imersa em pensamentos. Argentum era o que mais tinha contato com os humanos, fazendo com que sempre saísse ferido de alguma forma. Porém, o guardião não conseguia manter-se indiferente quando um deles pedia ajuda. Era comum que caravanas de mercadores cruzassem a estrada Gohlar, que cortava a floresta quase que ao meio, para poderem chegar à uma pequena vila que ficava a noroeste. Ladrões e gatunos sempre permaneciam ocultos na orla da estrada, prontos para atacar esses comerciantes. O guardião costumava intervir quando era necessário, atacando os ladrões, normalmente com as mãos nuas para não feri-los. Quanto altruísmo exercido a favor de uma raça constituída da mais podre escória.

A loba espiou por cima do ombro. O espírito estava encolhido, trêmulo de frio. Seus dedos agarravam fracamente a pelagem branca de suas costas. Os ferimentos feitos pelas flechas já estavam quase curados, mas os que haviam sido feitos pela prata permaneciam horríveis, assim como os rasgos que cortavam o peito do espírito de um lado a outro. Argentum havia cerrado seus olhos, mas não estava dormindo, pelo contrário, deveria estar imerso em pensamentos assim como a própria lupina. Ela desviou o olhar com pesar.

“Esse seu amor pelos humanos irá custar sua vida, meu amigo...”, pensou Alba com um suspiro melancólico.

. . .

Após muito caminhar, a dupla finalmente irrompeu em meio às árvores que cercavam uma pequena clareira. No centro da área descampada, havia uma formação rochosa semelhante a um altar em pedaços. Estava de tal forma destruído que parecia que os Céus haviam se zangado quanto ao culto pagão que talvez ali fora realizado, que lançaram um raio e o partira em milhares de cacos.

O Sol estava a pino no céu e seus raios banhavam a grama rala. Alguns pássaros diversos cantavam na mata, fazendo com que a atmosfera fosse extremamente agradável. Uma brisa soprou, fazendo os galhos das árvores sussurrarem confidentes.

A loba observou ao redor, estavam quase que no coração da floresta. Mas, mesmo assim, ela não poderia baixar a guarda, os humanos que haviam caçado Argentum poderiam ainda estar perambulando pela mata. Ela ergueu seu focinho, farejando o ar em busca de qualquer cheiro que denunciasse o perigo eminente.

— Estamos seguros, Alba. – Assegurou o guardião com a voz cansada. Ele acariciou levemente o ombro da loba, sentindo os músculos tensos sob sua pele peluda.

— Argentum, mesmo que tudo pareça calmo, ainda podemos estar em perigo. — Insistiu o animal, nervoso.

— Aqueles humanos foram enxotados pela alcatéia de sua mãe. – Contou em voz baixa. – Eles não seriam loucos de voltar... – “Eu espero.”, adicionou mentalmente, também receoso.

A loba hesitou, mas deixou-se vencer dessa vez.

Eles saíram da cobertura segura de folhas e o Sol se derramou sobre seus corpos. O espírito soltou um suspiro de alívio ao sentir os raios esquentarem sua pele frígida após o mergulho forçado. Ele não havia percebido o quanto havia sentido falta da luz solar até aquele momento. Ao ser capturado pelos humanos durante sua perseguição, ele chegara a se questionar se sentiria a luz cálida sobre sua pele novamente.

Por quanto tempo mais conseguiria flertar com a Morte antes que ela decidisse que estava cansada demais para seus joguinhos tolos e decidisse ceifá-lo? Mais algumas luas? Até o próximo solstício? Ele não sabia e isso era algo que lhe amedrontava, e muito.

Alba subiu o amontoado de pedras e deitou-se sobre uma rocha plana. O espírito aninhado em seu lombo deixou-se rolar de suas costas e parar sobre a superfície aquecida pelo Sol do meio-dia. Seu tremor já estava desaparecendo a medida que sua temperatura corporal ia se elevando, permitindo que seus músculos fatigados relaxassem com o calor oferecido. Argentum se reencostou contra o ventre albino da loba, não deixando escapar um murmurar de satisfação com isso. Alba não demostrou resistência, e esfregou o focinho na mão do guardião, recebendo um carinho em troca.

— Você deveria descansar. — Murmurou a loba. – Você ainda está muito fraco devido à prata.

— Eu vou ficar bem. — Assegurou cerrando os olhos e reprimindo um bocejo. – Tudo que eu preciso é de alguns minutos sob o Sol.

— Você estava no rastro dos humanos desde ontem a tarde. Não comeu ou dormiu desde então. — Expôs Alba após fechar os olhos e escutar o farfalhar das árvores. – Deve estar exausto. – Concluiu.

— As ninfas deveriam se calar às vezes. – Retrucou, levemente irritado pela intromissão, lançando um olhar irritado para o cinturão de árvores.

 E você deveria pedir ajuda mais vezes. – Retorquiu a loba de forma ríspida. – Elas acabaram de me contar que se não fosse pela alcatéia e pelas naiádes, você estaria morto.

— Recuperei o Coração, então minha missão está cumprida. — Disse, acomodando-se com um gemido devido aos ferimentos. – Se eu morresse não faria diferença. Matrem tem outros guardiões que poderiam confrontar os humanos e retirar o Coração de meu cadáver. Eu sou descartável assim como a casca velha de uma árvore. — Sua voz estava fria, de uma maneira que a loba nunca havia visto. – Sou um espírito defeituoso, Alba. Não há porquê continuar a mentir para mim mesmo.

— Argentum, eu... — Começou ela, mas não conseguiu continuar a falar. Não sabia o que dizer na verdade. Fora pêga de surpresa pela confissão do guardião.

— Os filhotes fracos e doentes acabam morrendo antes dos saudáveis por sua invalidez. É o ciclo da vida, minha amiga. Você, acima de todos, deveria saber disso.

Ambos ficaram em silêncio. As palavras que ele havia lhe dito a feriam por dentro. Ela nunca pensara que ele tinha tal visão sobre si mesmo.

Sim, Argentum poderia ser defeituoso pelo fato de ter ganho a vida pela prata, divergentemente dos outros, que foram pelos Corações da Grande Árvore. Mas isso não lhe dava o direito de acreditar nas palavras rudes e cheias de veneno que os outros guardiões falavam para si. Certo?

— Então... – Murmurou o animal após um longo hiato. – Você pretendia morrer em cima daquele penhasco? – Sussurrou baixinho como se pudesse ter a língua cortada pela frase. Argentum, porém, não lhe respondeu de imediato. Um suspiro infeliz deixou seus lábios quando seus olhos amarelos fitaram o céu anil sobre suas cabeças. As nuvens deslizavam preguiçosamente por sua vastidão celeste, semelhantes às folhas que caíam na água cristalina de algum riacho. Um gavião surgiu em seu campo de visão, planando graciosamente com suas asas pardas arreganhadas, como se quisesse abraçar o vento que soprava, bagunçando suas penas lustrosas. O guardião deixou o queixo tombar de encontro ao seu peito ferido, o desânimo que lhe tomava o corpo era quase que infeccioso.

— Isso faria a vida de outrem mais plena. – Ela pôde sentir a dureza do ressentimento que o espírito carregava em suas palavras. – Quanto antes eu desaparecer, melhor será e a floresta voltará a seu habitual fluxo.

. . .

Alba estava com a cabeça amparada pelas patas. Sua mente estava em uma confusão de pensamentos devido às palavras amarguradas do amigo.

Ela não podia acreditar como o guardião havia se deixado afetar pelas palavras rudes proferidas contra si pelos outros guardiões. Sim, ele era diferente, mas qual era o problema? Não eram todos? Ela mesma não era coberta por uma espessa camada de pelos brancos enquanto que seu amigo não? Aquilo nunca havia interferido em sua amizade, nem mesmo o ódio pessoal que sua mãe sentia quanto a Argentum devido a acontecimentos de quando a loba era apenas um filhote recém-nascido. Por que todos naquela floresta não podiam cuidar de suas próprias vidas e respeitar as diferenças? Não eram as divergências que os tornavam mais fortes? Tudo que alguns animais faziam era excluir os que não se encaixavam, todavia, ela nunca havia pensado que seu amigo se importava com aquilo ao ponto de se sentir daquela forma.

Alba espiou o rapaz pelo canto dos olhos. A exaustão havia, finalmente, se abatido sobre ele. Argentum ressoava, pesadamente adormecido, contra o ventre da loba. Sua cabeça estava tombada contra o peito, sua boca se encontrava levemente aberta, e suas mãos repousavam sobre o colo coberto pelas folhas que usava para cobrir sua nudez. Alba necessitava admitir, ele parecia um filhote indefeso estando a dormir daquele jeito. Um sorriso tímido crispou os lábios da lupina, talvez ela devesse descansar também, havia caminhado por uma longa distância e suas patas doíam. Fechou os olhos lentamente, relaxando os músculos tensos.

Uma soneca não faria mal, afinal, em seu estado era até crucial.

Mas, de repente ela ergueu a cabeça com suas orelhas eretas, em estado de alerta. Havia ouvido um barulho - um graveto se partindo - vindo de dentro da mata.

“Humanos?”, o pensamento cruzou sua cabeça fazendo com que os pelos de sua nuca se arrepiassem. Alba semicerrou os olhos tentando discernir qualquer movimento na orla da clareira. De esguelha, ela percebeu que Argentum ainda estava dormindo profundamente, sequer havia se movido devido ao barulho.

A loba grudou o ventre ainda mais contra a pedra na tentativa de passar despercebida. Ansiosa, fitou as árvores, porém nenhuma brisa as sacudiu para que pudesse ouvir o sussurro das ninfas.

Seu coração lupino acelerou no peito, a tenção da fêmea era quase palpável. Poderia se esconder na cobertura de folhas, mas deixar o guardião para trás, vulnerável como estava?

De súbito algo irrompeu do cinturão de árvores. Era um lobo escuro como a noite, ele vinha mancando como se estivesse ferido. Caminhava devagar, como se temesse um ataque.

Finalmente uma brisa leve soprou pela clareira carregando o cheiro familiar do macho até a fêmea. Alba relaxou os músculos tensos ao reconhecer o outro lobo, sentiu-se até aliviada por ser um outro animal e não um humano desgarrado.

— Yosay! – Chamou baixinho, o lobo virou o focinho na direção da formação rochosa tentando sentir o cheiro de Alba, porém o vento não estava a seu favor. A fêmea ergueu a cauda e a sacudiu levemente como uma bandeira branca para chamar a atenção dele.

— Alba? – Exclamou Yosay surpreso, reconhecendo-a. – O que está fazendo aqui? É perigoso, há humanos na mata! — Comentou enquanto que corria até a fêmea. Alcançou-a, erguendo-se nas patas traseiras, e lambeu-lhe o rosto de forma afetuosa.

— Estamos bem. – Assegurou Alba de forma carinhosa. – Mas você está ferido, o que aconteceu?

— Apenas tive um desentendimento com Leigh, nada mais.

— Por quê? — Questionou a fêmea preocupada.

— Ele me acusou de traição. Disse que eu havia traído a alcatéia por ter ajudado Argentum a salvar um humano. — Contou, então ele assumiu um ar tristonho. – Argentum desapareceu após tentar escapar de Shiba. Sinto muito...

— Está tudo bem. — Assegurou a loba. – Encontrei-me com ele.

— Onde? Quando? Ele está bem? – Disparou Yosay, apreensivo.

— Por que não vê por si mesmo? – Sugeriu a loba. O macho deu a volta na formação rochosa e subiu nas pedras, tendo a visão de Alba deitada sobre uma rocha plana descorada pelo sol e, encostado contra seu ventre, encontrava-se o corpo desfalecido do guardião.

— Ele está... - Começou a falar sentindo seu coração parar dolorosamente por um momento em seu peito.

— Dormindo apenas. – Acalmou-o, a fêmea.

— Graças à Matrem. – Suspirou aliviado, deitando-se ao lado da loba. – Você não deveria se arriscar desse jeito. — Repreendeu.

— Eu estou bem, e os filhotes também. Não há motivo para preocupação, Yosay. — Assegurou Alba.

— Contou a ele? — Perguntou com ar animado, porém recebeu uma negativa da fêmea. – Ainda não contou para ele?! — Pasmou o macho.

— Sei que está animado com nossa primeira ninhada, porém ainda é muito cedo para contar a alguém, principalmente para Argentum.

— Ele é nosso melhor amigo, Alba. – Insistiu. – Ao menos ele deveria saber.

— Não, isso apenas pioraria tudo. Você o conhece tão bem quanto eu, ambos sabemos o que ele faria. – Disse a fêmea com ar cansado.

— Preocupar-se-ia demais, expondo a si mesmo ao perigo apenas para protegê-la. – Concordou com o olhar preso sobre o guardião adormecido. – Como ele sempre fez... — Completou com ar pesaroso lembrando-se de acontecimentos passados.

Alba tinha razão, Argentum morreria se isso significasse a segurança e a preservação da vida de seus amigos e da floresta.

— Ele tem a cabeça tão dura quanto esta pedra onde estamos descansando. – Falou Yosay, e ambos desandaram em gargalhadas pelo comentário.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Argentum" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.