P.O.V. Alec.

Agora que os Volturi foram destronados isso criou um vácuo de Poder. E o mundo vampiro está mergulhado no caos.

E muitos vampiros estão morrendo, clãs sendo dizimados. E muitos estão vindo até os Cullen para buscar apoio. Por mais que Aro jamais admitisse, ele foi superado pelo seu discípulo. Carslile é o chefe de um dos Clãs de vampiros mais poderosos do mundo.

—Não sabíamos mais o que fazer ou para onde ir.

—Fala o que tá acontecendo.

—A situação está ficando crítica. Especialmente na Itália.

—Porque?

—Aquelas coisas. Estão matando vampiros. Caçando-os.

—O que?! Os híbridos estão caçando vampiros por esporte?!

—Sim.

—Eu vou fazer as malas. Vou entrar no primeiro avião e colocar um fim nessa zona!

—Aquelas coisas não morrem.

—Eles morrem, mas eu não vou matar ninguém. Eu tenho... um truque na manga.

E nenhum de nós viu aquela vindo. Fomos todos para o Castelo de São Marcus e quando as criaturas a viram eles recuaram.

—Nós viemos falar com o Clay.

A híbrida nos levou até o salão dos Tronos. E haviam apenas dois tronos agora. E Num deles estava o tal do Clay.

—Olha só, os todo poderosos Volturi.  Que bom que está aqui Ness, eu preciso que faça uma coisa pra mim. Transforme a Elena.

—Eu não vou fazer isso.

O híbrido tentou avançar encima dela, mas os outros se voltaram contra ele.

—Fique longe dela!

—O que?

—Eu disse pra ficar longe.

—Eu sou o Alfa!

—Está certo Clay, você é o Alfa, mas eu sou a criadora. 

—E daí?

—Quando eu te transformei e a sua matilha, deixei uma pequena parte de fora. 

Ela falava com uma voz suave e amedrontadora.

—Meu sangue, foi o que os fez serem tão especiais, tão poderosos. Vocês são a minha prole, estão ligados á mim. Meu desejo é o seu comando. Literalmente. E eu quero que vocês parem de matar os vampiros agora! A partir deste momento vocês estão proibidos de matar qualquer vampiro que seja á menos é claro que seja em legítima defesa ou em defesa da sua família. Está claro?

—Isso é besteira.

—É mesmo? 

Então, ela fez uma voz de pânico como se sua vida estivesse em perigo.

—Mindy, Mindy ele vai me matar e vai matar você também. Ele pensa que híbridos são muito perigosos pra viver e você tem que pará-lo. Você tem que matá-lo.

A híbrida negra fez exatamente o que ela mandou e matou um dos membros da matilha.

—Viu, Clay? Eles nunca foram seus.

Ela avançou encima do tal Clay e arrancou seu coração.

—Eles são meus.

—Ai Meu Deus! Clay!

Ela jogou o coração fora como se fosse uma bola de tênis. Subiu os degraus e se sentou no Trono.

—Xeque-mate.

—Cacete! Você não é uma Cullen.

—Sou sim. Só que eu tenho um lado negro. Todo mundo tem. Atenção! Vamos convocar uma assembléia, todos os Clãs de vampiros que sobraram terão que vir para Volterra para decidirmos o próximo passo. Podem trazer os seus amigos lobisomens também. 

E assim foi feito foi feita uma assembleia.

—Essas coisas devem morrer.

—Ninguém vai morrer. Estamos aqui porque o mundo dos vampiros está em Colapso, há um vácuo de poder que precisa ser preenchido e vamos preenchê-lo.

—Como?

—Vamos fazer uma eleição.

—Uma eleição?

—Isso. Mas, haverão regras. Todo e aquele que é vampiro ou parte vampiro pode ser candidato, mas apenas aqueles que são vampiros ou parte vampiros tem direito á voto.

—O que?!

—É. E além da eleição do novo ou nova presidente, vamos formar um comitê com um representante de cada espécie. Um vampiro, uma bruxa e um lobisomem. Cada raça indica um candidato para representar o seu povo.

—Me parece razoável.

—Isso é piada certo?

—Não. Bem vindos ao século vinte e um.

P.O.V. Jane.

E foi por isso que eu aprendi a respeitá-la. Ela passou a maior rasteira no líder híbrido, podia ter tomado o Trono para si, mas ela quis ser democrática.

—Todo mundo de acordo? Quem concorda, por favor... levante a mão.

Os vampiros e todos os híbridos concordaram.

—Isso não é confiável! Os híbridos estão ligados á você. Você pode usar isso para manipular a votação.

—Eu podia ter usado isso para dizimar os outros Clãs de vampiros e tomado o Trono pra mim, mas eu não usei. Eu sou uma grande fã do livre arbítrio. Jamais usaria minha ligação com os híbridos para roubar a vontade deles. Certo, a ligação existe e sim todos os híbridos estão ligados á mim. Porém, eu os transformei pra matar os Mestres e destronar os Volturi. Admito, foi crueldade e vingança, mas eu jamais usaria a ligação desse jeito. Isso é uma maldição, com uma palavra te levo á escravidão. Minha prole ou não, os híbridos tem direito a votar em quem eles quiserem e eu não vou interferir.

—Me transforme.

—Ainda quer ser transformada?

—Quero. Eu quero a escolha que eu nunca tive.

—Não posso te transformar agora. Ainda está de luto, como um híbrida você vai começar a experimentar os sentimentos com maior intensidade, vai levar tempo para aprender a controlar. Se eu te transformar com você estando de luto, você vai se afundar.

—Não estou de luto. Eu não nasci lobisomem, eu fui transformada. Pelo Clay.

—Então, o mito é verdadeiro. Se você é mordido por um alfa na lua cheia, contrai a maldição.

—Sim. Por causa dele estou amaldiçoada e não desejo isso pra ninguém.

—Como você ativou a maldição?

—Ativar a maldição?

—É. Quem morreu?

—Ninguém morreu. Porque alguém morreria?

—Tudo começa e acaba na linhagem sanguínea. É a única que funcionou contra ela, a mãe de Inadu a matou, mas antes que ela pudesse matar a filha, Inadu também conhecida como The Hollow lançou um feitiço final. Um empoderado pela energia de sua própria morte, uma maldição que recaiu sob todos os que estavam presentes aquela noite. Ela atou o feitiço á lua cheia assim uma vez por mês eles seriam forçados a se transformar na mesma besta que usaram para caçá-la. O lobo. A Hollow criou a maldição do lobisomem.

—Isso ainda não explica porque alguém teria que morrer.

—Como Inadu empoderou a maldição com a energia de sua própria morte, para ativá-la o portador do gene tem que tirar uma vida. Uma vida humana. Um lobisomem pode passar toda a sua vida sem jamais se transformar, sem nem saber o que é de verdade. Se não ativa a maldição, não se transforma.

—Isso não se aplica no meu caso.

—Tem certeza? Eu já vi de tudo. Desde homicídio doloso até acidente de carro que é o mais comum. Acidente de barco, etc. Uma vida. Uma única vidinha humana.

—Eu não matei ninguém. Logo que ele me mordeu, na lua cheia seguinte... eu passei pelo inferno. Não quero aquilo nunca mais.

—Tem certeza que é isso o que quer? É Elena não é?

—É.

—Elena, vampiros raramente podem ter filhos. Eu, Nahuel e Hope Mikaelson somos exceção á regra. Mulheres vampiras ou parte vampiras são estéreis. Não podem procriar. É realmente isso o que você quer? Se for transformada nunca vai poder ter um filho.

—Não. Eu quero ter ao menos uma criança. Clay me tirou a escolha, impôs isso a mim. Eu nunca quis... ser lobisomem. E eu o odiava por isso. Quando ele apareceu na minha porta, quis expulsá-lo, mas ele disse que podia concertar o que me fez, porém aparentemente era mais uma das mentiras dele. Ele convenientemente esqueceu de mencionar que eu seria estéril.

—Vai ver ele não sabia.

—Eu tenho certeza que sabia.