Amor e Vingança-Reneslec escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 19
Meu Pai




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P.O.V. Gwendolyn.

Chegamos a uma Mansão que ficava numa área bem afastada. Era grande, estilo vitoriano cheio de colunas, com uma abóboda. Os portões de ferro muito bem trabalhados, rebuscados.

—Esse é o seu lugar seguro? A Mansão está á ponto de afundar no pântano!

—O que?

Eu perguntei e Aeon rapidamente respondeu:

—Não. Não está.

—Está sim. O teto vai cair na nossa cabeça.

Então eu me dei conta do que estava se passando. Deve haver algum feitiço de ocultação que faz a mansão parecer abandonada, só que como Gideon é humano ele não consegue ver a propriedade como ela é de verdade.

—Oh! É claro, você é humano. Não consegue ver além do encantamento.

—Encantamento?

—Isso que está vendo, a mansão abandonada... é uma ilusão. Um feitiço de ocultação.

—Correto. Podemos?

—Claro.

P.O.V. Gideon.

Por dentro, o lugar estava caindo aos pedaços, sujo, cheio de teias de aranha, poeira.

—Parece real pra mim.

Gwendolyn agarrou na minha mão e eu vi o lugar todinho mudar, tudo o que estava quebrado se concertou, a poeira, as teias de aranha, tudo aquilo sumiu. Dando lugar á uma bela, chique e brilhante mansão.

—Que lugar é esse?

—A Mansão Gracey.

—A Mansão Gracey? A lendária, super assombrada Mansão Gracey?!

—Não se preocupe Princesa. As almas já foram mandadas embora á algum tempo. Nós compramos da imobiliária Evers e Evers a alguns meses.

Uma entrada linda, toda feita de mármore, um arco e haviam escadarias dos dois lados do arco que levaram para o andar de cima. Um enorme relógio embutido no arco e luminárias na base das escadas. Um belo lustre de cristal com todas as velas acesas.

Apesar de ser uma belíssima mansão, havia um Q de sombrio na residência. Retratos de várias pessoas pendurados nas paredes, retratos mesmo. Daqueles quadros pintados com tinta á óleo.

Então, uma moça vem descendo as escadas.

—Mamãe!

—Oi querida. Estou tão feliz em ver você de novo, saber que está segura.

As paredes eram de mogno eu acho. Era uma madeira escura, entalhada a mão, o estilo gótico estava ao meu redor.

Gwendolyn e a jovem se abraçaram. Olhando melhor, eu a reconheci. Ela era recepcionista do Hotel Nottingham quando éramos crianças. Ness.

—Você é a mãe da Gwendolyn?

—Sou.

—Você não mudou nada. Não envelheceu nem um dia.

—Uma das vantagens de se ser uma imortal, lembra?

Então, apareceu um homem. Um jovem. Ele era muito bonito, bonito demais.

—Quem é você?

—Eu estou tão feliz que eu finalmente consegui encontrar vocês. Que finalmente posso te conhecer. Você era um bebê pequenininho da última vez que a vi. O bebê mais lindo do mundo, que fazia cocô na fralda e tentava engolir a lagarta de pelúcia colorida.

—Isso não responde a minha pergunta.

—Eu sou seu pai. 

—Você é? Mas, você tava morto. Morreu num incêndio.

—Sim. Porém fui trazido de volta logo após a explosão, eu, sua tia Jane, Dimitre, Felix.

—Como?

—Eu pensei que havia sido obra da sua mãe, mas na verdade foi você.

Ela correu até ele e o abraçou.

—É tão bom conhecer você pai.

—É bom vê-la novamente querida.

P.O.V. Alec.

Eu finalmente as encontrei, finalmente posso abraçar a minha filhinha. A minha pequena Gwendolyn.

—Irmão? Me permite?

—Você é a tia Jane?

—Sou.

Gwendolyn abraçou Jane.

—E ai baixinha?

—Quem é você?

—Félix.

—E você deve ser o Dimitre, certo?

—Certo.

—Vocês querem um abraço também?

Eles responderam rapidamente:

—Não!

—Que tal conhecer a mansão?

—Claro.

O pai de Gwendolyn nos levou para um tour.

—Originalmente construída em mil oitocentos e dois, a Mansão Gracey foi assombrada por mais de três séculos, mas depois que as almas se mudaram ela passou por várias reformas, restaurações. A imobiliária investiu um bom dinheiro na Mansão, mas com medo de perturbarem o descanso dos espíritos o cemitério foi mantido. A propriedade tem duzentos e sessenta quartos, uma enorme biblioteca, belos jardins internos e o lindíssimo jardim da frente. Os Evers colocaram eletricidade, depois que a adquiri instalei internet sem fio. 

—Legal.

—E eu contratei empregados. Este lugar foi projetado para duzentos e poucos empregados. 

—E você contratou duzentos e tantos funcionários?

—Não! Só alguns. 

Eu a apresentei aos novos empregados.

—Esta é Leslie, a governanta.

—Muito prazer.

P.O.V. Gwendolyn.

Leslie era uma moça de uns vinte e poucos anos, cabelos ruivos que estavam presos num coque rosquinha, olhos azuis. Estava usando um vestido longo preto com um avental branco, aquela toquinha no cabelo.

—O prazer é meu, alteza.

—Ainda to me acostumando com isso. Você sabe que não precisa usar este uniforme do século retrasado, certo? Não se depender de mim.

—É muita gentileza da vossa parte, porém eu prefiro vestir-me adequadamente no serviço.

—Tudo bem.

—Este é o Senhor Crowley, o mordomo.

—Muito prazer.

O homem de meia idade, careca e rechonchudo usava um típico traje de mordomo inglês.

—Esta é Marie, ela será sua Valet.

—O que?

—Sua criada pessoal. Ela será responsável pelas suas roupas, seus pertences. Vai te ajudar a se preparar...

—Isso tá ficando muito estranho. Sem querer ofender. Primeiro os malucos tentam me matar lá no baile e agora eu tenho uma imersão no século dezoito?

E realmente, esta seria uma autentica mansão vitoriana do século dezoito se não fossem as mulheres de preto, com aquelas roupas apertadas e armas de fogo.

—Eu sei que é muito para absorver, mas você precisa aprender etiqueta, esgrima, arco e flecha. Tocar piano, violino.

—Porque?

—Você é uma Princesa. 

—Não pedi para ser Princesa. Ser uma híbrida já é o suficiente.

—Precisa aprender se quiser sobreviver querida. Precisa ser adaptável.

—Adaptável?! Vocês estão querendo voltar no tempo ou algo assim?

—Como a única e verdadeira herdeira legítima do Trono Vampírico, precisa aprender estas coisas porque grande parte da alta sociedade vampira é tão velha quanto eu. Se quer fazer mudanças, tem que mostrar a eles que respeita seus costumes.

—Tudo bem. Então, onde é o meu quarto?

—Me acompanhe, por favor Alteza.


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