Guardiões e os Enigmas da Nova Era escrita por Minnie Colins


Capítulo 1
|Prólogo|




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Natal de 2012

Há quilômetros de distância do Polo Norte podia-se escutar o alvoroço em que se encontrava a oficina de North, o Guardião Visionário. Mas já era um cenário típico. Sempre em noites de Natal, o lugar inteiro ficava em euforia completa: yetis, duendes e renas trabalhando a todo vapor para poder realizar a noite mais mágica da vida de crianças no mundo inteiro. 

Em seu escritório, North cuidava dos últimos preparativos antes de sair com seu trenó e visitar milhões de casas nos seis continentes terrestres. Animado, comeu o último pedaço do Panetone à mesa e terminou de conferir a lista, em suas mãos, das crianças que seriam presenteadas. Era quilométrica, mas fácil de memorizar para ele.

— Muito bem! Mãos a obra! – proferiu com seu sotaque russo característico e saiu do escritório. Ao abrir a porta teve de se abaixar, pois um avião de brinquedo perpassou sua cabeça quase o acertando. Algum yeti tinha perdido o controle sobre ele, mas North não se importou, ficava muito mais maleável no Natal.

Foi até o elevador e desceu até o andar da garagem onde guardava seu excelentíssimo trenó. Ao sair, Phill e Marshall, os yetis que ficavam encarregados da maior parte dos acontecimentos na oficina, vieram ao seu encontro trazendo um enorme saco contendo os presentes. Foi então que duas grandes portas se abriram revelando sete renas e um moderno trenó atrás delas.

North apressou-se em subir no veículo e depois ajudou os yetis à por o grande saco em seu encalço. Com um movimento, as renas começaram a ‘andar’ e logo ganharam velocidade para sair da oficina. Em pouco tempo o Papai Noel já estava sobrevoando as nuvens dando gostosas gargalhadas. Enfiou a mão no bolso e de lá tirou um globo de neve que servia como portal mágico.

— Vamos começar pela América do Norte. – e ao dizer isso a imagem dessa porção do continente americano apareceu em miniatura dentro do globo que em seguida foi quebrado, abrindo a passagem para North.

Ao chegar às cidades, faltava pouco para a meia noite. O velho tratou de pegar uma porção de presentes e começou sua distribuição rotineira. A primeira casa que escolheu foi de uma família com três crianças meninas. Elas sempre aguardavam ansiosas para a entrega dos presentes e North gostava muito de ver, mesmo que de longe, o semblante feliz de cada uma delas todos os anos. Foi até a chaminé e depositou três caixas coloridas que não demoraram muito a aparecer debaixo da grande árvore de Natal montada na sala de estar da família.

Quando as crianças perceberam sorriram umas para as outras. Caminharam, vagarosamente, até as caixas ali depositadas e abriram-nas. Foi então que North estagnou do lado de fora da casa enquanto observava pela janela toda a situação. As meninas admiraram seus presentes de forma breve e suspiraram com pesar.

— Será que errei nos presentes? – perguntou-se, preocupado. – Não. Eu nunca erro.

Mas foi o que pareceu. Cada uma deixou o que ganharam de lado e levantaram-se para fazer degustar a ceia. North não teve tempo para entender, ainda tinha de fazer milhões de entregas nessa mesma noite. Partiu para a próxima casa, dessa vez a dos gêmeos que amavam o natal.

— Elas deviam não estar em um bom dia. – concluiu ao se aproximar da chaminé dos garotos. – Tenho certeza que Colin e Logan irão ficar felizes. – depositou dois embrulhos verdes que depois apareceram debaixo da árvore natalina.

Novamente, North demorou-se um pouco para observar a reação das crianças e, tal como as meninas de antes, os gêmeos abriram seus presentes e pareceram indiferentes com os brinquedos. Ele não conseguia compreender, por que todos estavam agindo dessa maneira?

E foi assim que se seguiu o resto da noite com a entrega dos embrulhos. Em cada continente que ia, cada casa, cada criança e todas elas não ficaram felizes com as entregas que recebiam. Isso o preocupou demasiadamente e, além disso, sua Pansa não parava de doer. Algo estava fora dos eixos, mas mesmo assim não deixou de cumprir seus dever da noite inteira, embora a decepção que tinha aumentasse a cada nova visita que fazia.

Quando faltavam poucas horas para o amanhecer foi que North conseguiu terminar todas as entregas e voltou até sua oficina depois de atravessar o portal. Foi até a garagem e guardou o trenó, em seguida dando comida e água para suas renas. Assim que chegou a sala principal, onde o globo terrestre ficava junto da marca ao chão escolhida pelo Homem da Lua para comunicar-se com ele, os yetis vieram em sua direção bastante animados.

— Não, Phill, o Natal não foi como eu esperava. – revelou o velho abaixando as expectativas do grande peludo. – Não consigo entender, é o primeiro Natal em que isso acontece. – Ele começou a andar de um lado para o outro na oficina com os pensamentos trabalhando a todo vapor. Foi então que um dos duendes aos seus pés começou a bater os bracinhos para chamar as atenções para si. North o encarou com o cenho franzido e viu que ele apontava para a grande janela da oficina. Lá estava ele, o Homem da Lua brilhava em toda a sua essência.

Iluminou grande parte daquele lugar trazendo com si uma informação que mudaria a vida dos Guardiões para sempre.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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