Sorriso Insano escrita por LoneGhost


Capítulo 32
Assédio


Notas iniciais do capítulo

Isso, pensem besteira.
Bons garotos.

BOA LEITURA.



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 Eu tremia debaixo do cobertor, sentindo o cheiro forte de urina e suor. Estava com calor, mas meu corpo estava gelado. Gelado e paralisado. E a coisa me cutucava cada vez mais. Como se não fosse o suficiente, lentamente eu comecei a ouvir um ruído, ou um murmúrio... parecia que tinha um zumbi dentro do quarto, apenas fazendo barulhos, como se fosse alguém que quisesse falar, mas não conseguisse emitir nenhum som senão aquele arranhão na garganta. O barulho não vinha da mesma direção que a coisa que estava me tocando, parecia estar aos meus pés, no fim da cama.

 

Meus olhos estavam arregalados, mas eu não queria tirar o cobertor do rosto e ver o que era aquilo, e mesmo que quisesse, meu corpo estava tão paralisado que não haveria condições. O ruído continuava e o cutucão também. Então, apertei com força os olhos, como se aquilo fosse me proteger.

De repente, algo ecoou em minha mente, uma voz que quase me fez gritar.

 

"Eles podem entrar em contato." ouvi.

 

Aquela voz na minha cabeça parecia o ápice de minha loucura. Não sabia se eram as vozes que eu escutei há algum tempo atrás, se era minha consciência, se eram os fantasmas ou se tinha mesmo mais alguém físico ali no quarto. Eu não soube o que fazer na hora, então apenas pensei de volta:

 

O que?

"Lembre-se, Wendy. Você não está totalmente no plano físico. Os seres do outro lado podem falar com você."

...o que?

 

Um silêncio.

 

"Se você tirar esse cobertor do rosto e olhar para o seu lado, verá um homem batendo o dedo em você. Ele está deformado, Wendy. A boca escancarada, os olhos abertos demais. Três círculos perfeitos no rosto. É o homem que estava no banheiro. Ele quer a cama dele de volta."

 

Eu não sabia o que pensar direito, mesmo que já tivesse passado por situações semelhantes. A única coisa que eu queria naquele momento, era alguém para me abraçar e me proteger. Pela primeira vez em muito tempo, queria que alguém lutasse por mim ao invés de lutar por mim mesma.

 

Quem é você?

"Sou eu. Ticci Toby."

Toby?

"Você tem uma parte de mim. Estamos conectados para sempre."

 

Então finalmente reconheci aquela voz rouca e triste. Me lembrei de meu olho, do olho de Toby. Imaginei onde ele estaria naquele exato momento. Será que estaria em algum lugar do quarto, olhando toda aquela cena? De alguma forma, me senti um pouco mais segura.

 

Toby... quem está aqui?

Silêncio.

"Uma mulher e um homem. O homem não consegue falar, então só toca em você. A mulher está com o pescoço cortado, não pode falar também, só faz barulhos."

 

Engoli em seco.

 

Os donos do quarto. O casal que Jeff matou. Eles querem que eu saia?

"Sim."

Pela sua descrição, acho que não vou gostar muito de vê-los.

"Creio que não."

Estou com medo.

 

Por alguns segundos, não houve resposta.

 

"Saia de olhos fechados." enfim escutei.

 

Respirei profundamente, enchendo meus pulmões de coragem. Então, expirei toda a coragem para fora e tirei devagar o cobertor de cima de mim. De olhos fechados e apertados, comecei a caminhar até a porta. O ruído ficou mais alto, e senti vontade de chorar de medo, mas continuei andando. Senti minhas pernas molhadas e o cheiro forte de urina e suor subiu até minhas narinas. Me bati na beirada da cama na hora de fazer o contorno dela, e quando o fiz, senti como se algo tivesse passado pelo meu corpo, uma lufada de ar gélido entrando em mim. E eu soube que tinha passado pelo fantasma da mulher, no fim na cama. Cada célula minha deve ter sentido o impacto, assim como cada pelo do meu corpo se arrepiou. Andei um pouco mais depressa até que alcancei a porta e coloquei a mão na maçaneta. Girei-a e saí depressa do quarto, fechando com força a porta atrás de mim. Continuei de olhos fechados.

 

"Você pode abrir os olhos agora."

E eu o fiz. Iluminada pela luz da lua que entrava pelas janelas, eu vi a escada em minha frente.

—Onde eu posso dormir?- sussurrei.

"No sofá, talvez."

Desci cada degrau com cuidado, para não tropeçar em meio à escuridão. Quando cheguei na sala, percebi que a lareira ainda queimava, dando à sala um brilho amarelado e um ar quente. Me deitei no sofá preto e macio.

—Toby... Você está me ouvindo?

"Sim."

Tentei sorrir.

—Que bom.

De alguma forma, eu senti algo que pensei que nunca mais pudesse sentir. Senti a ternura de ter alguém ao seu lado, em um mundo negro. Um mundo onde você literalmente perdeu sua vida. Um mundo que não faz sentido nenhum.

—Você se sente chateado comigo?- perguntei.- Pelo que fiz com você.

Silêncio.

"Não, Wendy. Não me sinto chateado com você."

Suspirei.

—De qualquer forma... me desculpe.

Fiquei devaneando por algum tempo, pensando em minha mãe e como queria estar abraçando-a naquele momento. E depois, pensei em Thomas, e no que ele estaria fazendo.

Eu estava quase pegando no sono, mal conseguia falar, então, pensei pela última vez em Toby antes de dormir, e ouvi como resposta.

"Eu ainda estou aqui."

 

 

Quando acordei, a sala estava um pouco mais iluminada. Tons de azul escuro pareciam entrar pelas janelas. Ou era muito cedo, ou era muito tarde, mas de qualaquer forma, a casa parecia morta. Sentei-me no sofá e olhei ao redor.

—Jeff?- gritei.

Não houve resposta.

Olhei para o topo da escada e me lembrei da noite anterior, o que me deu calafrios. Me lembrei de Toby.

—Toby...?- sussurrei.- Toby, você está aí?

Ele também não respondeu.

Me levantei para ir à cozinha comer alguma coisa, mas senti o cheiro horrível que estava transmitindo e pensei em usar o banheiro para tomar banho primeiro. Eu precisava de roupas. Ainda usava aquele vestido maldito que Jeff tinha me dado e precisava de alguma coisa quente e limpa. Me lembrei das duas garotas que estavam mortas no banheiro e pensei que poderia usar as roupas delas. Não era mais questão de sentimentos, eu precisava mesmo de um banho e roupas limpas.

Subi as escadas e, ao colocar a mão na maçaneta do quarto que imaginei que fosse o delas, tremi ao lembrar da noite passada, quando os fantasmas dos donos da casa me assombraram.

—Toby?- sussurrei.- Eu preciso de ajuda.

Ele não respondeu. Suspirei profundamente e girei a maçaneta. Abri a porta de olhos fechados e fiquei parada por um tempo, até decidir abri-los devagar. Quando o fiz, vi o quarto que tinha visto na noite anterior. O papel de parede era rosa perolado, combinando perfeitamente com os móveis brancos. O beliche de escada de madeira era encostado na parede à esquerda, e estava com os lençóis e cobertores desarrumados. Logo na minha frente, ao lado do beliche, havia uma janela de vidro e borda branca. Na parede direita, uma escrivaninha comprida, com duas cadeiras e um notebook. Ao lado, uma prateleira cheia de livros. Havia bichos de pelúcia espalhados pelo chão e fotos grudadas nas paredes. As gêmeas estavam em todas, com pessoas que pareciam ser amigos e sua falecida família.

O guarda-roupa branco estava em frente ao beliche, encostado na parede. Fui até ele e abri, encontrando vestidos, muitos vestidos. Mexi em todos os cantos e não encontrei calças jeans ou quaisquer outras. Então, decidi pegar um vestido de lã, cinza, de mangas compridas. Para proteger minhas pernas, peguei uma meia calça grossa e branca que encontrei em uma gaveta, onde também encontrei roupas íntimas. Em qualquer outra situação, eu nunca usaria roupas íntimas de outra pessoa, mas aquele momento era inquestionável. Percebi que, quase atrás da porta estava uma sapateira lotada. Alcancei um coturno preto, que achei por sorte. Aquele me parecia o único sapato adequado para invadir uma casa e correr da polícia, já que os outros eram quase todos sapatilhas ou sandálias.

Quando saí do quarto, fechei a porta com mais força do que o desejado, e um barulho alto ecoou pelo corredor.

—Wendy?

A voz de Jeff veio do banheiro ao lado, onde estavam os corpos. Pensei em não responder e apenas correr para o banheiro de baixo, mas estava tomando cuidado com minhas reações. Eu não queria que Jeff me machucasse de novo.

—Sim?- perguntei.

—Venha cá.

O tom de voz dele parecia convidativo. Admito que não estava muito curiosa para saber o que ele fazia lá dentro, mas me senti obrigada a entrar. Quando abri a porta, percebi que o banheiro ainda estava ensanguentado, mas os cadáveres não estavam mais espalhados. Todos estavam amontoados no canto direito do banheiro, manchando aquela parte de sangue. Mas eles pareciam bem mais mutilados do que antes: pernas, braços, pescoços. Do outro lado, vi Jeff deitado na banheira, que estava cheia de sangue. Eu pude ver apenas de sua cabeça até um pouco abaixo do peito, pois o resto do corpo estava mergulhado naquela cor vermelha escura. Ele encostava a cabeça na parede atrás da banheira, como se estivesse relaxando aquele corpo doente e despido, do qual eu desviei o olhar no mesmo instante em que vi. A pele dele parecia muito pior sem o casaco, cheia de cicatrizes e marcas escuras. Parecia dura e áspera, e o vermelho do sangue dava contraste a ela, como se sua pele branca fosse algo puro sendo banhado em algo mau. Mas é claro que era o extremo oposto: a pele branca era o mau que tinha tirado o sangue puro dos inocentes.

Ele virou a cabeça lentamente para mim.

—Nossa, que cheiro horrível.- disse calmo.

—É. Aqui está mesmo.- falei, sem olhar para ele.

—Não aqui. Você está cheirando mal.

Ele cheirou o ar.

—Isso é urina?- e seu tom mudou para deboche.- Não me diga que se mijou enquanto dormia?

Não respondi. Ele riu e me fez sentir vergonha e raiva ao mesmo tempo.

—Eu vou tomar banho. No banheiro de baixo.- falei.

Ele ficou quieto por um instante.

—Por que não entra aqui comigo?- perguntou.

Meu coração disparou e olhei para ele. Eu não conseguia nem piscar de desespero. Ele estava falando sério? Eu sempre tive medo de escutar uma proposta daquelas, algo que eu teria de cumprir. Ele estava sorrindo, mas não como sempre fazia. Parecia um demônio sádico, prestes a pular no meu pescoço e fazer coisas abomináveis comigo.

—Eu...- minha voz falhou.

Saí rápido do banheiro e bati a porta atrás de mim. Desci correndo as escadas, pulando alguns degraus e fui até o banheiro de baixo, onde tranquei a porta. Coloquei as roupas no chão e encostei a orelha na porta, mas não escutei nada. Convencida de que Jeff tinha ficado lá em cima, tirei aquela roupa ridícula e a joguei no chão. Fui para debaixo do boxe e tomei um banho, o qual tinha sonhado há muito tempo. Fiquei horas ali, com a água quente pingando em minhas costas e imaginando até quando teria aquele luxo todo. Minhas bochechas arderam muito sobre a água, mas eu já tinha me acostumado. Esfreguei um sabonete com cheiro de rosas em meu corpo e lavei meu cabelo com um shampoo com cheiro de coco. Quase chorei de alegria por ter um pouco de minha humanidade restaurada.

Fechei o chuveiro e peguei uma toalha estendida em um gancho de ferro na parede. O banheiro estava cheio de vapor, e o vidro do boxe e do espelho estavam embaçados. Me sequei e coloquei as roupas limpas, que couberam perfeitamente em mim. Passei a mão no espelho para ver meu rosto e, apesar de horrível, me senti um pouco mais aliviada. Esfreguei bastante a toalha no cabelo para tentar secá-lo o máximo que pudesse, e depois, a estendi no mesmo lugar.

Quando abri a porta, gritei de susto ao ver Jeff, ensanguentado e com apenas uma toalha enrolada na cintura. Aquela cena foi terrível, e quase vomitei meu coração. Virei meu rosto e tentei passar pela porta sem o encarar, mas ele me empurrou de volta para dentro.

—Ah, meu Deus! Por favor, me deixa sair!- implorei.

—Você ainda é virgem?- ele perguntou, sádico.

Arregalei os olhos. Senti mais medo ali do que senti no quarto na noite anterior. Ele fechou a porta atrás dele.

—Jeff...- comecei, mas não consegui terminar.

Minha voz saiu tão trêmula quanto minhas pernas. Levantei as duas mãos com o intuito de repreendê-lo.

—O que você quer?- perguntei.

Ele riu. Sua expressão estava diabolicamente terrível. Ele sabia que estava me aterrorizando, e gostava disso. Eu tinha tanto medo daquela vontade chegar nele.

—Acho que Liu tinha razão.- falou se aproximando devagar.- Preciso me divertir um pouco.

—Se divertir?!- gritei e senti as lágrimas escorrerem em meu rosto.- Se quiser satisfazer seus prazeres sexuais... por que não pega um daqueles cadáveres que estão lá em cima?!

Ele ia devagar para cima de mim e eu recuava o quanto podia, quando percebi que começamos a andar em círculo pelo banheiro.

—Não... não deve ser tão divertido.- falou sorrindo.

Quando cheguei perto do espelho, me virei e bati com força minha mão fechada nele, que se quebrou em vários pedaços. Peguei um, afiado, que caiu na pia e o apontei para Jeff.

—Você nunca, NUNCA vai fazer isso.

—Jura...?- perguntou irônico.

Apertei tanto o pedaço de vidro que senti uma ardência na minha mão, e logo vi o sangue manchando o chão branco de vermelho.

—Jeff...- tentei me controlar.- Por favor... eu faço o que você quiser, mas vamos deixar isso pra lá. Por favor.

Nós paramos de andar e ficamos nos encarando. Eu chorava muito, e ele sorria. Sim, ele sorria com meu sofrimento, sorria com o fato de que poderia fazer aquilo comigo se tivesse vontade, e eu teria de me submeter a ela.

—Acho que não.- por fim, falou.

Ele foi agressivamente para cima de mim e eu recuei até me encostar na parede. Quando ele se aproximou, tentei bater o caco de vidro nele, mas ele arrancou o vidro de minha mão. Com um movimento rápido, me colocou contra a parede com uma força brutal.

—Não! Não! Não!- gritei.

Tentei me mexer, me debater, mas ele segurou minhas duas mãos ao alto, e paralisou minhas pernas com as suas. Colocou o caco de vidro debaixo do meu pescoço, o que me fez parar com o escândalo na hora, ou teria um corte no meu pescoço.

—Você sabe...- ele disse baixo.- que você não morre, não é? Mas aposto que isso doeria muito. Doeria muito mesmo.

Engoli em seco e senti o vidro perfurando levemente meu pescoço.

—Por favor...- tentei por uma última vez.

Ele apertou mais um pouco a faca e depois me soltou por completo. Colocou as mãos na barriga e começou a rir. Já eu, coloquei as mãos no rosto e comecei a chorar. Ele deu bastante risada e eu chorava, sem entender o que estava acontecendo. Quando ele parou, tomou fôlego e disse:

—Você é tão idiota. Como alguém poderia sentir alguma coisa por você? Você é horrível. Acho que eu realmente poderia preferir os cadáveres. Mas admito, gostei de te ver com medo. Na verdade... adorei.

Comecei a soluçar e corri para a porta do banheiro.

—Eu também tenho nojo de você!- gritei com toda força antes de ir para fora.

E Jeff riu muito.

Mesmo que tenha tomado banho, ele me sujou toda de novo. Porém, a questão era a minha sujeira interior. Me senti humilhada, indesejada e insegura novamente. Me senti repugnante, como aquele garoto era.

Subi as escadas e fui para o quarto das gêmeas, onde me joguei na cama debaixo e comecei a chorar. Acho que aquele era uns dos mais doloridos choros. Eu estava com medo, confusa e me sentia péssima comigo mesma. E meu humor oscilava tanto há algum tempo, que eu não sabia mais o que estava acontecendo dentro de mim.

Vai passar. eu tentava me confortar.

—Toby...- tentei chamá-lo em meio ao choro.

Não houve resposta.

Mas eu logo deixei aquilo pra lá. Só queria chorar até minha cabeça explodir.

 

 

Abri os olhos. Percebi que tinha caído no sono por algum tempo, mas ainda parecia dia.

—Eu preciso parar de ficar chorando.- eu queria apenas ter pensado, mas escutei as palavras saindo de minha boca.

Me levantei e desci as escadas. Fui em direção à cozinha e revirei a geladeira à procura de alimento. Encontrei ovos e bacon, e os fritei para comer.

Enquanto estava sentada, degustando de comida que senti ser de rei, ouvi uma voz atrás de mim.

—Vocês, jovens, são muito chatos.

Não me virei para saber que era Jeff, mas respondi (tentando não parecer tão cínica):

—Gostei de saber que não sou seu tipo.

—Tem razão. Não é.

Ele deu tapinhas nas minhas costas e me assustei, o que me fez morder a língua.

—Merda!- falei.

—Uau. Você beija sua mãe com essa boca?

Me virei para ele e o encarei com ódio. Ele estava vestido com a mesma porcaria de moletom e calça que sempre vestia, aqueles trapos encardidos. Ele sorriu.

—Opa. Foi mal.

Ignorando, me virei e voltei a comer.

—Viu aquele notebook lá em cima? É aquilo que vamos usar para vender os órgãos.- falou.

—Aham.

—E a polícia pode chegar a qualquer momento. Precisamos nos preparar.

—Aham.

—Repita!- ele disse agressivo.- "Sim, mestre!"

Larguei meus talheres na mesa com raiva e respondi como uma criança obedecendo o pai às forças:

—Sim, mestre!

—Ótimo.

Senti seu corpo se afastar e continuei a comer.

"Wendy?" escutei em minha mente.

Quase engasguei.

—Toby?!

"Seu eu."

Pensei em continuar a me comunicar por pensamentos, para que Jeff não escutasse.

Por que você sumiu?

"Eu não consigo controlar isso muito bem."

Você viu o que aconteceu?

Ele suspirou.

"Sim, eu vi sim. Posso ver tudo o que acontece com você"

Você pode ver tudo o que acontece comigo?

"Sim. Você tem o meu olho."

Coloquei a mão em meu rosto, mas lembrei de algo mais importante.

Você sabe onde está Thomas?

"Seu primo?"

Sim.

"Sinceramente, eu não lembro nem ao menos da última vez em que o vi."

Entendo.

Terminei de comer e levei os talheres e o prato para a pia, e lá os deixei.

Por que você está fazendo isso? Falando comigo.

Ele demorou para responder.

"Porque eu sei como é se sentir sozinho."

Meu coração bateu de emoção.

Obrigada, então.

E aquele agradecimento foi sincero, porque eu também sabia.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por chegar até aqui.



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