Sorriso Insano escrita por LoneGhost


Capítulo 2
Floresta demoníaca


Notas iniciais do capítulo

Olá de novo :)
Se houver algo que queiram recomendar para melhorar a qualidade da fanfic, digam nos comentários.
Boa leitura para todos ^^



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Quando comecei a ouvir os pássaros, decidi me levantar. Eram cinco e meia da manhã, mas saí da cama, pois minhas costas já estavam doendo de tanto deixar meu corpo bolar de um lado para o outro tentando pegar no sono. Estava frio, mas quando tirei minha coberta de cima de mim, percebi que estava suada. Eu estava mesmo com tanto medo daquele jeito? Aquilo era ridículo. Eu era tão realista, como podia estar temendo algo como aquilo? Decidi ir para de baixo do chuveiro e tomar um banho. 

 Tranquei a porta do banheiro e coloquei meu corpo debaixo da água quente. Enquanto me ensaboava, pensei em ir olhar a floresta, para convencer a mim mesma de que não havia nada lá. Nada que pudesse ser como Jeff, pelo menos. 

 Saí de baixo da água e o frio percorreu meu corpo, uma grande mistura de temperaturas tomou conta de mim, comecei a tremer e ficou difícil de respirar. Foi mais ou menos assim que me senti na noite passada. Mesmo assim, me sequei e coloquei minhas roupas, sendo que uma delas já estavam no armário quando cheguei, uma simples camiseta preta escrito em lindas letras brancas “Never grow up” com mangas compridas, e coloquei por cima desta meu moletom preto com os olhos verdes e o grande sorriso do gato Cheshire. Pus também minha calça jeans e meu coturno cinzento, e fui arrumar minha bolsa. Peguei-a e coloquei uma garrafa de água em um bolso na lateral; coloquei um pote com um pouco de bolo caseiro na mochila e minha filmadora; no pequeno bolso da frente, meu celular e... apenas por precaução, coloquei meu canivete lá também.

 

 Coloquei a mochila nas costas e desci as escadas. Peguei um papel e uma caneta, escrevi um bilhete e deixei em cima da mesa do café da manhã, caso alguém acordasse e notasse minha ausência.

 

Seja lá quem estiver lendo isso, saiba que saí e fui explorar a floresta. Volto até as oito. Caso demore cinco minutos a mais, talvez Jeff tenha me matado, e aconselho a chamar a polícia. 

P.S.: Sim, mãe. Eu já comi.

—Wendy

 

Eu me alimentaria no meio do caminho com o bolo. Não estava com fome exatamente naquela hora.

 

 Fui para fora e senti meu corpo estremecer, e não por conta do frio: uma onda de negatividade se espalhou pelo meu corpo, mas ignorei aquilo e continuei andando. Me distanciei da casa, e até chegar à floresta, durou aproximadamente 2 minutos. Toquei na primeira árvore que me aproximei e hesitei um pouco. Meu estômago embrulhou, mas não me importei. Respirei fundo e adentrei a floresta. 

De perto, parecia mais assustadora. Algumas árvores estavam totalmente sem folhas e outras, pareciam ter folhas demais. Seus tamanhos eram aleatórios, assim como a largura e distância de cada uma. Era simplesmente o lugar mais estranho que eu já tinha visto. A única informação que me lembrava daquela floresta é que tinha poucos bichos, no máximo, alguns insetos grandes. Além de árvores, também via algumas pedras de diversas formas e tamanhos, mas todas pareciam ser exatamente para aquela floresta. Suas estranhezas combinavam. Eu tropeçava algumas vezes em alguns galhos que não via no chão. Andei mais um pouco e vi um rio raso cortando o lugar, aquela típica cena que há nos filmes. Havia cinco pedras nele e as usei para atravessar para o outro lado. Não que precisasse, pois aquela água batia até meus calcanhares. Quando cheguei ao outro lado, andei mais uns cinco minutos e pensei em começar a filmar tudo. Abri a mochila e peguei minha filmadora e a liguei. Ela gravava o local todo, que podia parecer sem vida, mas era absolutamente incrível.

 

 Eu estava gravando a 10 minutos quando a filmadora começou a apresentar algumas interferências, como se quisesse parar de filmar. Muito estranho aquilo, mas bati um pouco nela e voltou a funcionar. Imaginei que fosse a bateria, porém, quando a visualizei, percebi que a carga estava completa, então não havia como aquilo ser o problema. Comecei a recordar-me da história de Slenderman... aquele cara alto que vivia nas florestas e se interessava por crianças. Quando ele estava por perto, as tecnologias começavam a falhar, e me senti um pouco ameaçada. Levantei um tanto mais a filmadora para captar a copa das árvores, mas sem mover meu corpo. 

Estava pensando em parar e voltar para casa e foi aí que ouvi... atrás de mim. Alguém estava atrás de mim. Como se a respiração que ouvi não fosse o suficiente, seja lá quem estivesse naquele lugar, também era péssimo em atacar sorrateiramente, pois ouvi uma grande pisada em cima de algumas folhas secas. Naquela hora, meu corpo não paralisou-se: soltei a filmadora no chão e corri, corri mais do que podia imaginar que pudesse correr. Corri entre todas aquelas árvores e pedras naquela floresta que não parecia ter fim, até que cheguei em uma casa bem pequena, parecida com um chalé. Não consegui observar direito como era por fora porque minha velocidade até a porta foi tamanha, que taquei a mão na maçaneta quando bati nela e a abri com tanta força que caí dentro da casa. Não virei-me para fechar a porta, apenas corri para algum cômodo e aí sim tranquei a porta. Percebi que era um quarto, bem pequeno. Não havia janelas, apenas uma cama de solteiro, um guarda-roupa e um baú grande. Corri até o baú e percebi que não havia nada nele, para a minha sorte. Me enfiei nele rapidamente e me encolhi lá dentro, e a tampa fechou-se sozinha. Senti-me tremendo e com a respiração acelerada. Havia um monstro perto de mim, sem dúvidas e eu não podia fazer nada. Puxei minha bolsa para perto de minhas mãos e peguei meu canivete e o apertei com força. Levantei a lâmina e saí do baú. Não escutava nada fora do quarto, mas ainda assim estava com um pouco de medo. Respirei profundamente e abri a porta. Que merda estou fazendo...?  Pensei. Percebi que não tinha ninguém ali e comecei a sair do quarto, lentamente. Vi que a casa era bem pequena e que não possuía nem lâmpadas. Observei-a cautelosamente, olhando para todos os lados e me preocupando com o perigo. A casa possuía apenas 3 cômodos, o quarto, um banheiro e uma sala. A porta da frente dava diretamente para a sala, que tinha um sofá bem pequeno, uma lareira e um quadro de alguma coisa que eu não consegui identificar nada. Vi alguns desenhos sobre a lareira. Desenhos... estranhos, do Slenderman e Jeff. Aquela casa não era nada normal, mas continuei olhando em volta. O banheiro era simples, apenas um chuveiro e um vaso sanitário. Havia também um espelho na parede. A casa parecia estar abandonada, porém, estava muito bem limpa. Eu precisava sair dali.

 

 Corri até a porta da frente e fui para fora, mas... quando olhei para frente vi ele. O Homem Esguio. Slenderman. Eu achei que estivesse louca. Eu PRECISAVA estar louca. Eu não queria ter visto aquilo, preferia ser cega. Ele não era assustador, mas lançava medo, muito, muito medo. Seu rosto não apresentava olhos, ou boca, sobrancelhas e nariz, mas nas localidades que devia haver tudo isso, havia pequenos sombreados, como se pudéssemos ver onde cada uma dessas estruturas deviam estar. Ele tinha bem mais de dois metros de altura e usava um paletó preto sujo e um pouco rasgado. Vi vários tentáculos negros sair de suas costas e ficarem apenas imobilizados no ar. Ele estava ereto, e, mesmo sem olhos, eu sabia que ele olhava para mim. Comecei a ouvir um zumbido tornando-se mais e mais alto e agudo e minha cabeça começou a latejar. Soltei o canivete e coloquei as mãos nos ouvidos e comecei gritar. Gritava de dor e agonia. Aquele som era estupidamente insuportável. Senti alguma coisa saindo de meus ouvidos e quando olhei para minhas mãos, estavam ensanguentadas. Meus ouvidos estavam sangrando. Caí de joelhos e coloquei as mãos nos ouvidos novamente e os apertei mais, para ver se aquele som sumia. Eu gritava muito, não aguentava mais aquilo e minha cabeça doía muito, muito mesmo. Abri meus olhos e olhei para Slenderman, e nessa hora, ele parece esticar uma das mãos para tocar em mim, mas enquanto sua mão chegava perto, vi clarões, como se fossem luzes de flashes, ligando e desligando, brancos e pretos, e o som horrível não cessava. A mão de Slenderman chegou bem perto, e, nessa hora, minha cabeça balançou, tudo ficou embaçado e caí no chão. Tudo se apagou.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por chegar até aqui.
Até o próximo capítulo



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