The End escrita por HannahHell


Capítulo 2
2ª Parte




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“Este é o fim, belo amigo 
Este é o fim, meu único amigo 
De nossos planos elaborados, o fim
De tudo que está de pé, o fim
Sem segurança ou surpresa, o fim”

O dia chegava cada vez mais próximo, Suzaku estava impaciente por não poder sair do seu esconderijo. E Lelouch parecia indiferente, mas C.C sabia muito bem que ele não estava tão seguro e confiante assim. O dia seguinte seria o Grande dia, o Zero Réquiem.

C.C entrou na sala, Lelouch estava sentado olhando para o nada, pensativo, como sempre. Todas as ordens já haviam sido dadas, todos os arranjos já haviam sido feitos, só lhe restava esperar.

-Porque essa cara? – a garota perguntou se sentando do lado dela, não era uma hora para sarcasmo, mas alguém tinha de agir como se tudo estivesse bem.

-Porque o fim está chegando – ele respondeu – não é irônico como tudo vai acabar?

-Você fez o certo, Lelouch – ela sorriu quando ele se virou para ela – vim me despedir.

-Aonde você vai? – doeu ouvir isso, C.C sempre esteve com ele desde que essa loucura começara, porque ela iria embora quando tudo estava prestes a acabar.

-Não quero ver a conclusão do seu plano elaborado, ou melhor, não conseguirei ver. Por isso vim me despedir – uma lágrima rolou dos seus olhos. Já fazia muito tempo desde que ele chorou por alguém.

-Me perdoe, C.C – ele começou olhando-a nos olhos, a única pessoa que não era afetada por seu geass – me perdoe por não conseguir cumprir minha promessa.

-Eu te perdôo – ela deu um sorriso fraco e ele a beijou. De todos os seus beijos este fora o melhor e mais triste. Demoraram o máximo que conseguiram para separar suas bocas, mas essa hora teve de chegar – adeus, Lelouch – ela se levantou e foi para a porta.

-Adeus, C.C.

-Acho que você deveria se despedir da Nunnaly – ela sugeriu antes de sair.

“Nunca vou olhar em seus olhos outra vez”



Lelouch caminhou, passando pelas celas daqueles que, um dia foram seus companheiros de batalha. Aproximou-se da cela mais bonita. Não por ser decorada diferentemente, mas por nela estar Nunnaly.

Sentou-se na frente da cela, a garota o encarou surpresa. Ainda o odiava, mas ele não queria discutir com ela agora, queria a observar uma última vez. Ver aqueles olhos roxos, tão iguais aos seus, uma última vez.

-Nunnaly, há alguma chance de você me perdoar algum dia? – ele perguntou por impulso, baixo para que apenas ela ouvisse.

-Você não merece – ela respondeu desviando os olhos – sou uma prisioneira de guerra, você irá me matar antes deu poder pensar na possibilidade de te perdoar.

-Eu nunca te mataria, irmãzinha – ele retrucou e se levantou - Adeus irmã.

-Como? – ela não entendeu. Porque Lelouch iria até lá para dizer adeus? E porque justamente adeus, uma despedida que normalmente significa que será raro ou impossível se verem novamente – Lelouch, o que tem em mente?

-Adeus – ele repetiu e começou a andar na direção da saída.

-Lelouch, espere! Lelouch! – ela o chamou, mas já era tarde, ele havia saído.

“É o fim
Querido amigo
É o fim
Meu único amigo, o fim

Dói te libertar
Mas você nunca iria me acompanhar
O fim do riso e das leves mentiras
O fim das noites em que tentamos morrer”

Lelouch se sentou no seu trono, estava passando pela rua, levando os prisioneiros para a execução. O momento era transmitido para todo mundo.

Ele viu seus antigos amigos, todos presos. Abaixo estava Nunnaly , como ela estava bonita, mesmo assim carregava nos olhos apenas melancolia. Algumas vezes olhava para Lelouch, não entendia. No dia anterior ele pedira seu perdão e dissera que nunca a mataria. Hoje estava  a levando para a execução. O que seu irmão mais velho queria?

Ouviu os murmúrios de surpresa dos espectadores, ouviu alguém dizer Zero. Mas como podia ser, Lelouch estava lá, no carro. A garota olhou para frente e viu que era Zero. A mesma máscara, a mesma roupa, não dava para negar. Mas não era Lelouch. Se não era ele, quem seria?

Lelouch encarava Zero assustado, ou pelo menos era o que suas feições mostravam, por dentro ele estava feliz, feliz que seu plano estava correndo conforme o planejado .

Zero correu na direção deles, numa velocidade e agilidade que Lelouch jamais teria, desviando de todas as balas e oponentes da guarda de Lelouch. Essa velocidade e habilidade, Nunnaly conhecia, só podia ser ele: Suzaku.

O mascarado passou por ela e parou na frente de Lelouch que se levantou apontando uma arma para o oponente, mas ele fora facilmente desarmado pela espada que Zero carregava.

Ele sorriu, lembrando-se de quando falou para Suzaku o que ele deveria fazer, do momento em que lhe deu a máscara do Zero. De que lhe falou de como, quando morresse levaria consigo o ódio do mundo, abrindo as portas para um futuro melhor. Lelouch faria isso pelo mundo, ele daria o poder do geass, para o mundo.  “Os únicos que devem matar, são aqueles preparados para morrer”.

A dor de ter seu peito perfurado, não foi não chegou a ser nem mesmo um por cento do que Lelouch imaginara, ele estava preparado para aquilo, preparado para a dor, para morrer assim como estivera preparado para matar tantas outras vezes. A espada transpassou seu corpo e ele se aproximou de seu melhor amigo, sua mão for tentar inutilmente estancar o ferimento. Seu sangue quente corria e manchava sua roupa.

-Lelouch – Suzaku falou, pela sua voz deu para perceber que estava chorando.

-A punição pelo o que você fez será esta, então – Lelouch apoiou a cabeça no ombro do amigo e assassino – você irá viver sempre usando essa máscara servindo como um caveleiro pela justiça e verdade – ele tirou a mão do ferimento e a colocou na máscara - Você não viverá mais sua vida como Suzaku Kururugi . Você deverá sacrificar os prazeres ordinários da sua vida pelo benefício do mundo pela eternidade.

-Eu solenemente aceito esse geass – Suzaku retirou a espada do corpo do amigo de uma vez e o viu cair pela rampa até parar do lado de Nunnaly.

Pequena Nunnaly, ela estava tão bonita usando vermelho, o olhando com pena e dor. Não havia mais ódio, ela entendeu seu plano. Nunnaly não o odiava mais. Como isso trouxe paz para seu coração.

-Lelouch, você está – nunnaly olhou bem para ele. Seu coração doía tanto, seu irmão havia morrido, e pelas mãos de Suzaku, ambos lutaram pelo bem do mundo e lutaram para serem odiados, ambos morreram. Agora Suzaku era Zero e Lelouch estava na sua frente, gravemente ferido e a única coisa que ela podia fazer era sofrer pelo que via. Segurou as mãos do seu irmão mais velho, pois sabia que seria a última vez que sentiria aquele calor tão familiar que sempre a fez sentir segura. Não soube como, mas viu as lembranças de seu irmão, cada lágrima que ele derramou e cada sacrifício que fez. Tudo por ela, por um mundo onde ela e todos no mundo viveriam mais felizes – Você quer dizer, tudo que você fez até agora– sua voz estava cheia de dor. Dor por não ter visto isso antes. Levou a mão dele até bem próximo do seu rosto, elas já estavam esfriando – Oh! Irmão, eu te amo.

Nunnaly, eu também te amo. Lelouch pensou, como ele queria ouvir mais uma vez essas palavras saindo da boca de sua amada irmã: Irmão, eu te amo. Esse sou foi como mágica para seus ouvidos. Ela o perdoara. Ele não morreria com o ódio dela, e sim com seu amor. Lelouch não poderia estar mais feliz.

-Eu destruí o mundo e criei um novo – essas foram as últimas palavras do 99° imperador da Britannia, palavras que apenas Nunnaly ouviu. Seu último adeus, embalados pelo choro da querida irmã. Com certeza ele não conseguiria uma morte melhor que aquela.

Sim, Lelouch, seu fim chegou, você conseguiu. Destruiu o mundo, o uniu e recriou, você trouxe a paz dando sua vida e a de tantos outros, você criou o melhor futuro possível para a pequena Nunnaly, seus amigos e o resto do mundo.

Mas este não é o fim. É apenas o começo.


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Notas finais do capítulo

Heeeeeeey
espero que tenham gostado *-*
e não se esqueçam de comentar *-*
Caso não tenha mencionado, eu usei trechos da música Viva la Vida- Coldplay na 1ª Parte
e da música The End - The Doors na 2ª Parte.



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