The End escrita por HannahHell


Capítulo 1
1 Parte




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“Seja meu espelho, minha espada e escudo
Meu missionário em uma terra estrangeira”
 

 

-Relembre sua promessa -  Suzaku saiu, sério e impetuoso, ele sabia que Lelouch estava perdendo a cabeça, tinha de fazê-lo voltar a si, ou todo o plano que ele arquitetara tão insana e cuidadosamente irá ruir bem diante de seus olhos.

-Suzaku?

 

-Eu sou a espada, é meu dever acabar com os inimigos e fraquezas dele, e você C.C – ele virou lentamente para a misteriosa garota de cabelos verdes – você é o escudo, seu dever é protegê-lo.

 

C.C respondeu algo, mas Suzaku não deu muita atenção, ele apenas continuou seu caminho até parar  - ele é seu cúmplice, não é mesmo? – e voltou a andar.

 

-Meu cúmplice? – ela se perguntou em voz alta, enquanto pensava se Lelouch era mesmo apenas seu cúmplice.

 

A porta voltou a se abrir e a garota confirmou que Lelouch  não estava mais na sala, digerindo o choque do que acabou de acontecer. A jogada de Schneizel, de fazê-lo acreditar na morte de Nunnaly, para usá-la como desestabilizador psicológico, foi bem efetivo. Ele deve estar no quarto.

 

Ele estava sofrendo, ela pode observar pela maneira que ele olhava o chão sem realmente enxergá-lo.

 

-Estou impressionada, você não deixou cair sua máscara na frente da Nunnaly – ela comentou .

 

-Não importa qual ângulo eu use para atacar o problema, a resposta permanece a mesma  A conclusão que eu cheguei antes não estava errada – ele falou sem tirar nem mesmo mover os olhos, enquanto ela se aproximava lentamente, até se sentar  na cama, um pouco atrás de onde ele estava.

 

-Lelouch, você já não fez o suficiente?  Você lidou bem com isso – ela se acomodou de modo a encostar as costas na dele.

 

-Você entende porque eu estou fazendo este mão, não é?  Além do mais, sob as ordens do Democles as pessoas iam se tornar mascotes sem vida.

 

-Isso é verdade, mas Nunnaly está a bordo do Democles – ela olhou na direção dele – tudo que você fez, desde o começo foi por ela.

 

-Não posso mais tratá-la diferentemente . Tantas pessoas morreram desde que isso começou, pelo bem delas temos de fazer isto até o fim, não temos C.C? – era claro, a voz dele tremia, como se estivesse quase a chorar, embora as lágrimas não viessem a vontade estava lá.

 

Ela apenas se acomodou melhor e segurou a mão dele – sim, você está certo, Lelouch.

 

Não sabem por quanto tempo ficaram assim, mas se consolavam silenciosamente, a presença de C.C, e a maneira como ela parecia compreendê-lo sem que ele precisasse falar muito, sempre o agradou. Quanto a ela, toda a idéia do Plano de Lelouch era algo que a deprimia, mas não deixaria de passar esses momentos com ele. Eles tinham um contrato afinal de contas, ela não podia abandoná-lo.

 

-A batalha está muito próxima – ele voltou a se pronunciar.

 

-Está com medo? – C.C voltou ao seu tom debochado usual.

 

-Você sabe que não, mas enfrentar o Shneizel sempre é um desafio.

 

-Disso você tem razão, mas logo até o FLEIJA não será mais nosso grande problema.

 

-Eu gostaria apenas que essa batalha demorasse um pouco mais e que – ele parou, não sabia se deveria verbalizar esse desejo do seu coração.

-Que a Nunnaly não estivesse lá – ela o completou corretamente, como sempre.

 

 

 

“Eu costumava jogar os dados
Sentia o medo nos olhos dos meus inimigos”
 


 

Era chegada a hora, Lelouch nunca correra tanto na vida, mas teve de chegar a tempo. Fazer a gravação foi fácil, ele já tinha tudo pronto já há algum tempo. As ações de Schneizel sempre foram previsíveis, seu monólogo logo seria elevado a conversa.

 

-Eu estava esperando por você, Schneizel  - ele se viu na tela dando um sorriso arrogante, enquanto encarava o seu provável interlocutor.

 

-Eu vi, suponho que isso signifique que você me tem em check-mate – ele retrucou caminhando lentamente na direção do adolescente. Até mesmo o tempo que ele estimulou para a resposta óbvia do irmão batia. Pobre Schneizel, deveria saber que para tudo há uma primeira vez na vida, perder está incluso nisso – Por favor me diga, estou morrendo para saber, como você descobriu qual era meu plano? – ele se sentou no seu banco.

 

-Você está errado – até mesmo o ângulo da filmagem foi friamente calculado – o que eu antecipei foi o padrão da sua natureza – Shcneizel sempre pensou que Lelouch embora não mudasse, reparou que ele não mudava também -Você não tem o desejo de ganhar – agora o vídeo o mostrava girando uma peça de xadrez, o rei negro para ser mais especifico  - você se lembra daquela partida de xadrez na cidade proibida? Você só joga jogos que você não pode perder.

 

Schneizel tinha tudo para ser o governante perfeito, não possuía desejos fortes, era inteligente, impetuoso e sabia tomar as decisões certas para o crescimento do país. Não era uma humanitário, mas provavelmente não haveria t5antos problemas sociais em seu governo. Mas isso se fosse numa outra época, agora ele não passa de um ditador, sua idéia de mundo perfeito passou a ser um governo a base do medo, Lelouch não podia deixá-lo vencer essa batalha e por isso, agora ele teria a primeira e última vitória contra seu irmão.

 

Seu pai sempre procurou o passado, deixando as o governo para os outros, sempre a procura de um poder maior. Schneizel procura o presente, não acredita que o futuro possa ser melhor, por isso quer manter as coisas do jeito que estão para sempre, mas Lelouch... Ele procura o futuro, viu as as pessoas acreditarem e lutarem por um futuro melhor, sabe que é a esperança de um futuro que move as pessoas. E é por essa esperança que ele luta é por ela que passou horas pensando no que falar e no que Schneizel iria falar, por ela que se tornou Zero e fez tudo o que fez. Por isso que ele não irá matar o irmão, mesmo que o loiro esteja disposto a morrer, não ele dará um destino bem mais útil.

 

Lelouch ordenou os guardas para imobilizar Diethard e Kanon e entrou na nave enquanto a gravação estava rodando, se aproximou de Schneizel e, no momento certo colocou a mão no ombro do irmão que, ao olhar para ele. Enqaunto entendia o plano do irmão mais novo, Lelouch lançou o geass.

 

-Você irá servir Zero – Lelouch ordenou com um sorriso de lado, sua jogada foi perfeita.

 

Deithard até tentou impedir, mas Schneizel o matou, tudo estava perfeito seu plano caminhava tão bem que a ser preocupante. E, como seus instintos previram, ao saírem da nave e ordenar Schneizel parar a auto-destruição do Democles, o primeiro balde de água fria chegou: a chave do FLEIA  estava com Nunnaly.

 

“Foi o terrível e selvagem vento
Que derrubou as portas para que eu entrasse
Janelas destruídas e o som de tambores
O povo não poderia acreditar no que me tornei”

 

Chegou a hora de correr mais uma vez, e agora seu oponente era Nunnaly. C.C o avisara que talvez ele teria de matá-la com as próprias mãos, mas Lelouch, embora aceitando isso na hora, agora não via como faria isso, Nunnaly era, afinal de contas, pra quem ele estava reconstruindo o mundo.

 

Chegou na frente da última porta, a porta que o levaria até o local onde a irmã estaria, abriu a porta e entrou no belo jardim interno. Nunnaly sempre gostou da natureza, na verdade ela sempre gostou das coisas belas, embora nunca pode vê-las.

 

-É você não é, irmão? – Nunnaly perguntou enquanto Lelouch andava calmamente em sua direção, ele nunca vira a irmã tão séria, ela segurava a chave do FLEIA com força e parecia muito mais madura do que ele se lembrava.

 

-Sim  - Lelouch também estava sério, mas era porque não podia mostrar o quanto ver a sua pequena irmã como uma inimiga o abalava.

 

-A razão para você vim deve ser isto, você veio pela chave?

 

-Sim, é perigoso, perigoso para você  – essa frase que outrora ele falaria com mais sentimento e cheio de preocupação, saiu sem sentimento, fria e seca.

 

-É por isso... Por isso... Por isso que não vou fechar mais meus olhos  - a determinação em sua voz preocupou o moreno, mas o que mais o assustou foi quando sua pequena irmã, cegada pelo Geass de seu pai, abriu seus olhos – então Lelouch, você usará seu Geas em mim também?

 

Lelouch não podia negar, ele sempre quis usar o geass nela, para fezê-la voltar a enchergar, mas ele conseguiu quebrar o Geass de Charles, com a própria força de vontade. Nunnaly sempre fora uma garota forte, disso Lelouch não duvidava, mas agora que ele sabia que assim como ele olhava para ela e ela olhava para ele, se surpreendeu com a força de vontade da pequena irmã. O que faria agora, não podia jogar o Geass em Nunnaly, tudo foi para ela, ele simplesmente não podia.

 

-Essa é a primeira vez em oito anos que eu vejo seu rosto, o rosto de um irmão e de um assassino – suas palavras tinham ódio. Doía para Lelouch saber que ao voltar a vê-lo a única coisa que sua irmã sentia era ódio, ódio por ele – e eu tenho o mesmo rosto, não é mesmo Lelouch?

-Então foi você que estava disparando o FLEIA até agora – ele deduziu, com a voz um pouco mais fraca que antes, ainda estava em choque por ver os olhos de sua irmã.

 

-Sim, eu quero parar com tudo isso, parar você. Eu faria qualquer coisa que eu precisasse, até mesmo se eu tivesse de matar r meu irmão mais velho. É por isso não  posso permitir que você tenha o controle do FLEIA. Por que eu não posso dar essa chave para você  e eu não iria, mesmo se você... Mesmo se você usasse seu Geass em mim! – seriedade, determinação e ódio, ela estava disposta a ficar com a chave, custe o que custasse e ela tinha medo disso, mas estava pronta. E isso assustou, e muito, Lelouch. Ambos estavam sofrendo com a perspectiva de se enfrentarem, mas Nunnaly estava pronta para matá-lo se fosse necessário. Será que ele estava disposto a fazer o mesmo com ela?

 

O que ele poderia fazer, Nunnaly não iria entregar a chave, o único modo seria tentar tirar de sua mão a força, mas isso só a faria o odiar ainda mais. A outra era lançar o Geass nela, mas ele não poderia. Não nela, não em Nunnaly.

 

-Lelouch, você não tem o direito de querer o controle do mundo. Você de todas as pessoas, que assumiu o nome Zero e ignorou a vontade das pessoas para seu benefício.

 

-Você está dizendo que seria melhor se tivesse nos mantido escondidos? – o que Nunnaly queria, ela estava diferente, ele estava diferente. Tanta coisa mudou nesses anos desde que ele ganhou o Geass – você queria um futuro de medo constante de assassinato? Isso é por seu futuro também, Nunnaly.

 

-Meu futuro? Quando eu disse que queria isso? Lelouch, eu estaria perfeitamente satisfeita vivendo com você – ela estava indignada.

 

-Você não vê? Nossa realidade é restringida por muitos tipos de coisas. Nossa história é sufocada – como ele queria a fazer entender. Como queria que ela visse o que ele planejava, como ele queria contar tudo para ela, explicar que estava lutando, assim como ela para um mundo melhor, mas não podia. Dessa vez ele tinha de ser o vilão. Ele tinha de ser odiado, até mesmo por ela, caso contrário seu plano não terá significado.

 

-Isso é horrível! Usar o poder do geass um poder que manipula a mente das pessoas e viola a dignidade humana delas  - Nunnaly odiava o poder do geass e suas propriedade, mas ela mesma não estava agindo de maneira certa usando o Democles.

 

-E quanto ao Democles?  Então você concorda que esse é uma maneira horrível de forçar as pessoas a obedecer?  - será que dessa forma ele a faria ver que o Geass não é um poder tão ruim?

 

-O Democles irá se tornar um símbolo do ódio. Todo ódio será focado aqui Assim as pessoas poder ir em direção a um futuro – ela contou calmamente seu plano. O mesmo plano de Lelouch, ela pensou no mesmo que ele. Sua irmã, sua pequena irmã chegou a mesma conclusão que ele. Ele não podia mais impedir, se ambos estão com o mesmo objetivo, chegou a hora de usar o Geass.

 

-Lelouch vi Britannia ordena, entregue-me agora  a chave do Democles – ele não conseguia verbalizar o quanto doía lançar o geass nela, foi pior do que com Euphemia.

 

E assim como sua irmã mais velha, Nunnaly lutou contra o geass com toda sua força, mas no final acabou sucumbindo ao grande poder do Geass de Lelouch e, assim entregou a chave para o moreno.

 

-Eu te agradeço, eu te amo irmãzinha – ele disse após pegar a chave das mãos da pequena. Estava feito, Lelouch agora tinha a chave do FLEIA em suas mãos. Nem mesmo Nunnaly conseguiu o impedir.

 

-Você usou seu geass em mim, não é? – raiva, decepção, indignação e ódio, depois que o efeito do geass passou era apenas isso que havia nos olhos de Nunnaly.

 

Como foi doloroso lançar para ela um olhar de desprezo, como desprezar a pessoa que ele mais amava no mundo?

 

 -Volte! – ela o seguiu com a cadeira até a escada, Lelouch continuou andando sem olhar para ela, a ignorando completamente – pare Lelouch! Espere! – foi tão para frente que caiu da cadeira . Lelouch parou. Ah! Como ele queria ajudá-la, ela caiu por sua causa.  Mas ao invés disso apenas olhou para ela - você se tornou um demônio Lelouch,  horrível, covartde! – toda força dela se converteu em lágrimas. Ela estava chorando por sua causa. Como doía para Lelouch saber disso. Mas ele não podia fazer nada, com sua força de vontade no limete apenas lançou para a amada irmã um olhar de desprezo e continuou seu caminho.

 


"Eu costumava dominar o mundo
Mares se agitavam ao meu comando"



Tudo deu certo, mundo agora era seu, não havia forças ou exército que podiam detê-lo. O controle, o poder, tudo era seu. Lelouch, conseguira o que muitos desejaram ao longo da história.

Pena que não iria aproveitar por muito tempo essa vitória.

 

 


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Notas finais do capítulo

espero que vocês gostem.
Não se esqueçam das reviews



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