— Pai, matar quem? – Ele desvia o olhar de mim e olha para Killian.

— Jones! – Eu arqueio as sobrancelhas e olho para Killian.

— O que? – Disse Killian com um olhar de espantado.

— Foi o Jones! Malditos Jones! – Disse ele me olhando de volta. Por que ele olhou o Killian ao falar dos Jones? – Quem é ele?

— Eu sou Killian, senhor... Ham... Killian Collins – Killian estendeu a mão e sorrio de lado.

— O que esta fazendo com minha filha uma hora dessa? – Ele não pegou na mão de Killian.

— Pai!!! – O repreendi. – Eu já sou bem grandinha, não acha? Por favor, cumprimenta ele 

— É um prazer conhecê-lo, Collins – Disse ele pegando forte na mão do Killian, Meu Deus. Isso esta mesmo acontecendo?

— O prazer é meu e, por favor, me chama de Killian. – Disse o moreno que agora sorria para o meu pai.

— Okay, Killian. Me chama de senhor Swan. 

— Sim senhor. – Meu pai se afasta. – Então, seu pai não gosta muito de mim e seu sobrenome é Swan? A partir de agora ti chamarei de Swan. Quer dizer, desculpa. Não é hora para brincadeiras. Sua mãe ela... 

— Minha mãe é forte e vai ficar bem. E você pode sim me chamar de Swan. – Disse dando um sorrisinho de lado e puxando ele para se sentar comigo.

(...)

Eu acabei adormecendo no ombro de Killian. Mas logo despertei ao ouvir a voz do doutor perguntando se somos os Swan’s para o meu pai. Eu me levantei rápido, assim como Killian. Eu olhei para o doutor. Ele não esta com uma cara nada boa. Eu estou com um pressentimento ruim.

— Sim, Somos nós. Alguma noticia da minha esposa? – Disse meu pai aflito.

— Tenho sim. Nós conseguimos tirar a flecha, mas ela perdeu muito sangue, ela entrou em coma senhor. Eu sinto muito.

— Não!! – Disse com a voz chorosa. Eu corri abraçando Killian que retribuiu o abraço e começou a fazer carinho em meus cabelos.

— Não, é mentira. Pai! – Meu pai abraçou Manuella que agora esta chorando.

— Shhh. Vai ficar tudo bem filha. – Disse meu pai. Ele olhou para o doutor. – Podemos vê-la?

— Apenas de dois em dois. – Disse o doutor saindo do local.

— Calma Swan, vai dar tudo certo. Sua mãe vai ficar bem. – Disse Killian ainda me abraçando.

— Espero que sim. – Eu estou parecendo uma menininha, estou chorando como um bebê. Droga. Eu me afasto de Killian e ele limpa as lagrimas que esta em meu rosto. 

— Mika, vamos eu e você primeiro, depois a Manu vai. – Eu olho para meu pai. Oh não, digo, Oh sim. Ele esta com aquela cara de “eu tenho uma idéia”.

— Eu já volto – Disse para Killian e ele assentiu com a cabeça. Eu corro para alcançar o meu pai. – Qual é o plano? – Sussurro

— Mika. Você pode acordar sua mãe tirando a dor dela. Eu consigo tirar mais apenas cinqüenta por cento porque eu sou velho. Você é mais nova e consegue tirar cem por cento. Você acha que consegue? – Ele fala olhando para mim.

— Claro que sim! 

— Ótimo. Vamos!

Ao chegar no local onde minha mãe esta, pedimos para o médico nos deixar a sós e assim ele fez.
Meu pai e eu nos aproximamos da mamãe. Ela esta tão branca, parece dormir profundamente. O mais velho pegou na minha mão e colocou no braço dela. Eu fecho os meus olhos tentando tirar a dor dela, mas não funciona. Eu olho para o meu pai e logo pra minha mãe novamente. Tento tirar a dor dela novamente, sem resultado. Droga!
Eu vou para tentar novamente, mas meu pai segura o meu braço, eu olho para ele e o mesmo balança a cabeça negativamente.
Eu suspiro, pego no rosto da minha mãe, uma lágrima cai dos meus olhos, eu aproximo meu rosto do dela e beijo a testa da mais velha. De repente, eu sinto algo passando nas veias do meu rosto e senti algo arder dentro de mim. Esta funcionando. Logo eu me sinto fraca e paro de beijar a testa dela, eu senti meu corpo ficar fraco. Meus pés amolecem e eu já ia caindo, mas o meu pai me pegou e me colocou sentada.

— Filha? Você esta bem? – Disse ele colocando a mão em meu rosto.

— Estou, foi só uma tontura.

— Fiquem quietos. Eu quero dormir. – Eu e meu pai nos levantamos e sorrimos.

— Mãe!!!! – Sorrio. Meu pai saiu do quarto.

— Doutor...Doutor! Minha mulher acordou. - O medico veio, foi diretamente na minha mãe e começou a ver os olhos dela colocando uma lanterninha na frente dos mesmos.

— Isso é um milagre. Terá que passar alguns dias aqui de observação. – Disse o médico.

— Sem problemas. – Disse minha mãe sorrindo.

— Vá chamar sua irmã.

Eu já até sei o que ele vai fazer. Vai beijar ela, por mais que eu ache isso fofo, quero dar privacidade para eles.
Eu saio do quarto e vou correndo até a sala de espera. Quando chego, vejo meu irmão que pelo jeito tinha acabado de chegar. Eu sorrio para eles e todos levantam ao me ver.

— Qual é a graça Mika? – Diz Derek com o seu grande humor como sempre.

— A mamãe acordou, ela esta esperando vocês lá. – Falo sorrindo e eles começam a correr na direção do quarto. Eu já estava indo quando vejo Killian parado ali. – Hey, você não é da família, mas eu quero que veja a minha mãe, quero que a conheça.

— Eu não sei se é uma boa idéia, Swan. – Disse o moreno a minha frente.

— Ah, que isso Killian. Vamos, não fique com vergonha, venha! – Disse e puxei ele pela mão.

Nós chegamos ao quarto da minha mãe, todos estão ao redor dela e eu sorrio para eles.
Minha mãe esta alegre como sempre, ela ama ver toda a família unida. Eu e Killian nos aproximamos e o olhar da minha mãe foi diretamente em nós.

— Quem é o moço bonito? – Disse minha mãe.

— Mãe, esse é o Killian, meu amigo. – Sorrio. 

— É um prazer ti conhecer, Senhora Swan. – Killian se aproximou da minha mãe e deu um beijo na mão da mesma.

— E é muito gentil. O prazer é todo meu, Killian. – Disse a mais velha sorrindo enquanto meu pai e meu irmão bufam mostrando que não estam gostando nada daquilo.

— Okay, você, você e você vão pra casa. – Disse meu pai apontando para mim, para Derek e para Manu. – E você, príncipe encantado que na verdade parece pirata com esse delineador. Você vai para sua casa. 

— Pai!!! – O repreendi pela segunda vez.

— Tudo bem, Swan. Já esta tarde. Meu pai deve estar bravo comigo. Eu tenho que ir. Foi um prazer conhecer todos vocês. – Disse Killian sorrindo.

— Prazer nen.... 

— O que meu querido filho quer dizer, é que também foi um prazer ti conhecer Killian. – Disse minha mãe interrompendo o Derek.

— O prazer é todo meu. – Diz Killian enquanto eu me seguro para não rir.

— Eu ti levo até a porta. – Falo andando com ele.

— Por que? Ele não sabe o caminho – Disse meu pai, eu mostro língua pra ele e continuo andando com Killian.

— Desculpa por aquilo, eles são pirados. – Falo sorrindo.

— Isso porque não viu a minha família – Começamos a rir e por fim chegamos até a saída.

—Obrigada pelo dia e por ter agüentado me ver chorar – Falo sorrindo.

— Swan, você é muito linda. E fica mais linda ainda quando chora. – Diz ele sorrindo, eu sorrio e abaixo a cabeça. Ele leva a mão até o meu queixo e levanta o meu rosto. Eu olho nos olhos dele e observo enquanto ele se aproxima de mim. Ele aproxima os lábios do meu ouvido e sussurra – Seus irmãos estão nos olhando. – Ele ri de leve perto do meu ouvido e a sua voz rouca e linda me arrepia. Ele me da um beijo na bochecha e se afasta. – Boa Noite, Swan.

— Boa Noite, Killian. – Disse sorrindo. 

Ele se vira e eu aperto os meus lábios. Eu suspiro, passo a minha língua no meu lábio inferior e sorrio. Eu me viro aos calcanhares, começo a andar na direção do quarto e encontro meu irmão na porta.

— Não gostei dele – Ele fala olhando pra mim e se aproximando o rosto de mim.

— Cala a boca! – Empurro o rosto dele e ele quase cai. Eu entro. – Manu, melhor irmos e deixar a mamãe descansar.

— Ta bem. – Disse minha irmã, ela deu um beijo na testa da mãe e logo eu dei um beijo nela. – Se cuida. Tchau pai

— Tchau. Cuidado em moças e Derek. – Diz meu pai sorrindo.

Nós saímos do quarto e começamos a caminhar em direção a saída do hospital.

(...)

Finalmente chegamos em casa. Eu preciso de um carro ou uma moto. Eu suspiro e me espreguiço. Meu irmão se joga no sofá e minha irmã tira os sapatos e coloca no canto ali, ela se senta no braço do sofá e começa a fazer massagem nos pés.

— Meus pés estão doendo muito. – Resmungou a mais nova.

— E eu fui forçado a vir a pé com vocês, vocês sabem que eu poderia muito bem me transformar em lobo e vir para casa. – Manu pega o travesseiro e joga na cara do Derek.

— Para de reclamar, chato. – Diz ela.

— Nanica – Ele pega o travesseiro e joga nela fazendo ela cair do braço do sofá. Eu começo a rir e eles dois começam a brincar de guerra de travesseiro.

— Hey crianças, o que vão querer para comer? – Disse sorrindo.

— Macarrão da Mika. – Falaram juntos.

— Uh...Okay, Vocês que mandam. – Disse sorrindo para eles.

— Uhuuuuuuuullllll – Gritaram eles e eu rio.

Eu vou até a cozinha agradecendo a Deus que nós não temos vizinhos, porque minha família grita muito. Parecem loucos.
Prato de hoje, Macarrão da Mika. Traduzindo, meu famoso macarrão de manteiga e alho que é uma maravilha,
Eu ando até o armário e eu o abro. Eu pego uma panela grande e coloco água nela e bem pouco óleo, coloco em cima do fogão e acendo o fogo. Eu caminho até a geladeira, a abro e pego um alho que tinha ali. Vou até a pia, pego a tábua e coloco em cima da pia, pego a faca e começo a descascar alguns alhos e depois eu os amasso.
A água começa a ferver. Eu vou até o armário e pego o macarrão, abro o pacote, quebro o mesmo em dois pedaços e coloco dentro da panela. Espero o macarrão ficar bom e coloco ele no escorredor de macarrão. A panela, eu coloco no fogão novamente, pego a manteiga na geladeira e coloco uma colher não muito cheia de manteiga e espero ela derreter, eu abaixo o fogo e coloco o alho, eu mexo ele com uma colher de pau até dourar. Corro até a pia, pego o escorredor de macarrão e coloco a massa na panela e misturo tudo. Depois eu desligo o fogo, esta pronto.

Eu abro o armário, tiro três pratos e os coloco na mesa assim como os talheres e os copos que eu peguei. Caminho até a geladeira e a abro, pego um refrigerante, coloco na mesa e vou até a sala.

— Não vale trapacear no Mortal Kombat, Derek!!!! – Grita minha irmã.

— Eeeeeeeee... Ganhei!!! – Disse Derek sorrindo para Manu.

— Isso é um sorriso? Eu estou vendo um sorriso em Derek Swan? – Disse colocando as mãos na cintura e sorrindo.

— Não. – Diz ele ficando sério.

— Droga, eu podia ter tirado uma foto. – Disse Manu sorrindo e eu ri.

— Quieta. – Disse Derek.

— Não fico. – Disse a mais nova dando uma travesseirada no mais velho.

— Ahhhh não, Manuella. Chega!! – Disse ele se levantando bravo e indo bater nela com o travesseiro.

— Okay, fiquem ai brincando de guerrinha de travesseiro. Eu estou indo comer meu macarrão. – Falo sorrindo e me virando para ir para a cozinha.

— Não. Espera. Fica ai pirralha – Ele joga o travesseiro no rosto da Manu e vindo correndo na minha direção. 

— Heeeeyy, Derek!!!!! – Disse uma Manu raivosa. Ela correu também e entrou na cozinha, enquanto eu revirei os meus olhos olhando eles.

Nós chegamos à cozinha e cada um se serviu. O macarrão esta maravilhoso, como sempre. Uma coisa que eu amo fazer é cozinhar, cantar e tocar violão. São as três coisas que mais me acalmam.

— O que você e o papai fizeram? Foi só vocês entrarem que a mamãe acordou. – Disse Manu me olhando.

— É mesmo Mika, o que vocês fizeram? – Disse Derek antes de colocar o macarrão na boca.

— Eu tirei a dor dela. 

— O QUE? – Disse os dois juntos.

— Como conseguiu? Eu e o papai somos os únicos que sabe esse truque. – Disse Derek.

— Agora eu também. Eu estou com dificuldade na minha parte loba. Eu não consigo me controlar. Tudo que eu consigo é ativar as garras e brilhar os olhos. Eu tenho que aprender. – Disse e tomei um pouco do refrigerante.

— Mika. Até a Manu sabe se controlar. O seu problema é que você não tem uma ancora, você ainda não achou uma ancora. – Disse Derek olhando para mim.

— Minha família. Minha família é a minha ancora. – Disse olhando ele.

— Talvez você precise de algo mais forte, precise de duas ancoras. – Disse Manu me olhando.

— É, talvez. – Disse olhando eles. – Não quero ser mais um problema na lua cheia.

— Relaxe maninha, vai ficar tudo bem. Bom, eu já terminei. Estava muito bom Mika. Eu vou ir dormir. Boa noite. – Disse o mais velho.

— Boa Noite! 

— Boa Noite! – Disse sorrindo. – Eu lavo e você seca e guarda. Pode ser?

— Sim.

Eu me levanto pegando os pratos e colocando na pia enquanto minha irmã pega os copos e os talheres para colocar na pia.
Eu começo a lavar os pratos e minha irmã começa a secar. Ela esta em silencio, eu estou com medo. Por que? Porque quando ela fica em silencio, é porque esta pensando e ás vezes não é bom que ela pense. Ela se virou pra mim e sorrio. Ihh, lá vem bomba.

— Eu vi Killian lá na porta do hospital. Ele ia ti beijar. Só não beijou porque eu e o Derek estávamos olhando. E ele é muito bonito. Já rolou algo entre vocês? – Disse ela me olhando e secando os pratos.

— Bem... Quase rolou beijo. Mas toda vez que ele se aproxima de mim algo ou alguém interrompe. – Disse sorrindo.

— Que droga! Ele parece tão legal. 

— Ele é. Ele é muito legal. Mas... Quando estávamos no hospital ele disse que o nome dele era Killian Collins.

— E o que isso tem haver? – Disse ela colocado o prato na mesa.

— O coração dele estava batendo muito rápido. Como... Como se ele tivesse mentindo o sobrenome – Disse olhando ela.

— Mika, pensa. Ele estava conhecendo o papai. O papai não deu mole para ele. Com certeza ele estava nervoso em conhecê-lo. Deve ser por isso que o coração dele estava acelerado.

— É, deve ser isso. – Disse colocando o ultimo copo na pia.

— E ai, você passou o dia todo fora com ele?- Disse a mais nova com um sorriso no rosto.

— Sim. Nós fomos tomar sorvete, foi muito bom. Nós conversamos sobre nossas famílias e outras coisas. – Disse sorrindo.

— Como o Killian é? – Disse a morena.

— Ah, ele é engraçado, muito sedutor, fofo, gentil, eu nunca conheci ninguém igual a ele. – Disse sorrindo e caminhando até a garrafa de café.

— Ih, você esta apaixonada. – Manu se senta à mesa e me olha.

— O que? Não... Não. Eu não estou apaixonada. – Disse pegando duas xícaras e colocando na mesa.

— Claro que esta. E ele esta apaixonado por você. – Minha irmã disse olhando para mim.

— Você acha mesmo que ele esta apaixonado por mim? – Disse colocando café nas xícaras e entregando uma para ela.

— Sim. Eu vi o jeito que ele ti olha. Ele ti olha de um jeito diferente. – Disse ela tomando um gole de café.

— Eu não sei, Manu. – Olho ela. - E se ele fizer isso com todas.

— Eu acho que não. Bem... Eu vou ir dormir. – Ela toma o resto de café e coloca a xícara na pia. – Boa noite Mika.

— Boa Noite.

Ela subiu e eu decidi subir também. Eu suspirei, me levantei, coloquei a xícara na pia e subi para o meu quarto. Eu entrei, andei até o banheiro, tirei as minhas roupas, fiz um coque e entrei dentro do box para tomar banho. Dessa vez optei tomar banho na água morna. Aquela água me relaxou de uma maneira maravilhosa, era realmente o que eu precisava.
Após tomar banho, eu saio do banheiro enrolada de toalha, pego uma roupa no guarda roupa e me visto.
Eu me deito na cama, pego o meu celular e começo a mexer nas redes sociais. Será que Killian tem Facebook? Bem, não faz mal pesquisar. Vou até a barra de buscas e pesquiso Killian Collins e pra minha surpresa apareceu “Sem Resultados”, que estranho. Pesquiso também Damon Collins e Isabella Collins e não achei nada. Isso é muito estranho ou não, ás vezes ele não gosta dessas coisas.
Coloco o celular de lado, e me espreguiço. Eu fecho os meus olhos como uma maneira de tentar dormir mais rápido e isso estava funcionando, até eu escutar um grito, eu me levanto, pego o meu taco de beisebol e corro na direção do quarto da minha irmã. Eu abro a porta.

— O que foi? Cadê? Cadê? – Disse procurando e com o taco levantado. O meu irmão surge atrás de mim e ruge. – AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH!!!!! – Eu bato com força o taco na cabeça dele e ele cai. – MEU DEUS!!! EU MATEI ELE! – Eu olho pro taco e o solto. 

— Meu Deus Mika!!! Você o matou, você matou o Derek! – Manu saiu da cama.

— A culpa é sua, você gritou. A culpa é sua! Ai meus Deusinho, eu matei meu irmão. – Eu subo em cima do Derek. – Vamos Derek, acorda. Não brinque assim comigo. Vamos lá, acorda. – Falo balançando ele com força – Derek!!! Me ajuda a colocar ele na sua cama, pega na cabeça que eu pego nos pés. 

— Ta brincando? Ele pesa mais que um elefante. – Disse a engraçadinha da minha irmã.

— Foi culpa sua que eu matei ele. Anda, me ajuda. – Peguei nos pés dele e Manu pegou nas mãos dele. – No três nós levantamos ele. Um.

— Dois.

— Três – Nós o levantamos, meu Deus, como ele é pesado. Eu estou tentando carregar ele, minha irmã começa a fraquejar – Não solta, Manu. Não solta!

— Não dá. – Ela sem querer solta e o Derek bate a cabeça no chão, eu solto os pés dele e coloco as mãos na boca.

— Parabéns. Se ele não tinha morrido pelo taco, ele acabou de morrer de traumatismo craniano. – Falo colocando as mãos na cintura – Vamos lá, de novo. – Eu pego os pés dele e a Manu os braços e com muito esforço conseguimos colocar ele na cama.

— Amém, Jesus. Eu cansei, afe. Misericórdia! – Disse ela deitada.

— Temos que acordar ele. Derek, Derek acorda! – Disse balançando ele – Derek me perdoa por isso. – Eu suspiro, levanto minha mão, bato forte no rosto dele e nada. – Meu Deusinho, eu matei ele pra valer. Papai e mamãe vai nos matar. Derek!!! – Eu bato mais forte no rosto dele, ele acorda, avança em mim me fazendo cair deitada na cama, ele pega em meu pescoço, começa a apertar e rugi muito alto. – AHHHHHHHHHH!!!!!! PARA....ME SOLTA SEU IDIOTA. – Disse aquilo e dei um soco no nariz dele.

— Ai!!!! – Ele sai de cima de mim e desce da cama com a mão no nariz.

— Qual é a sua Derek? – Disse olhando séria pra ele.

— Foi impulso. Desculpa. Espera, qual é a minha? Você bateu na minha cabeça com aquele bastão de ferro, me deu tapas na cara pra acordar e me deu um soco no nariz que agora esta sangrando. Eu que ti pergunto. Qual é a sua Mikaella? – Disse Derek bravo.

— A culpa é dela. Ela gritou, depois você chegou e rugiu, eu me assustei e ti bati. A culpa é de vocês dois, okay? – Disse apontando para os dois.

— Quer saber. Eu vou ir colocar gelo no meu nariz e ir dormir. Vocês são loucas. LOUCAS! – Ele sai do quarto e me viro para Manu.

— Pode me dizer o motivo pela qual você gritou? O que houve? – Disse olhando a mais nova e coloco as mãos na cintura.

— Desculpa, é sério. É que eu fiquei tão animada com a noticia que...

— Opa, opa, opa. Você deu aquele grito porque estava animada? – Disse olhando a morena. – Foi um grito de alegria?

— Foi.

— Eu vou matar você. E se eu tivesse matado o Derek? O bastão é de ferro. Sorte que ele é lobisomem se não ele já estaria morto. Ai eu ti mataria e ainda iria tocar no seu velório. – Disse olhando ela.

— Nossa exagerada. Calma. Pega leve comigo. Vou falar a noticia. O pessoal da minha escola irá fazer um baile e nós podemos levar quem nós quisermos e eu to feliz, to muito feliz, aaaaaaaa me abraça. – Ela me abraça e começa a pular.

— Hey, para. Para, é sério. – Disse me livrando dos braços dela.

— Precisamos de dois vestidos, um pra mim e um pra você. Eu preciso de um par também. – Disse ela toda empolgada.

— Manu. Eu não sei se vou. Com quem eu iria? E eu não gosto muito de bailes.

— Mika, você é burra?? – Disse a morena na minha frente.

— Como é que é? – Cruzo os braços.

— Ain, com quem eu iria. – Ela disse tentando me imitar. - Mika. Esqueceu do Killian? Meu Deus!!

— E-eu não sei se ele irá querer ir. Eu tenho 23 anos e acho que ele tem 24. Não somos mais adolescentes. - Falei tentando achar uma escapatória.

— Ta de brincadeira?? Eu estava brincando quando disse que você esta velha, sabia? – Disse ela sentando na cama.

— Digamos que eu o convide. Você acha que ele vai aceitar. – Disse indo até a porta.

— Claro Mika. Tenho certeza. – Ela sorrio e deitou. 

— Okay. Eu pergunto a ele amanhã. – Falei olhando ela.

— Promete? – Ela se sentou

— Prometo. – Sorrio

— De dedinho? – Ela estica o dedo mindinho pra mim. Eu reviro os meus olhos, ando até ela e seguro o dedinho dela com o meu dedinho.

— De dedinho. Agora fui. – Sorrio e caminhei até a porta. – Boa Noite.

— Boa noite.

Eu apago a luz do quarto dela. Fecho a porta e vou para o meu quarto. Eu apago a luz, caminho até a minha cama e deito nela. Eu penso no dia que eu e Killian tivemos e o quase beijo. Eu sorrio de lado lembrando daquilo. Depois de alguns pensamentos eu finalmente consigo dormir.


Narração do Killian


Eu entro em casa furioso. Eu não entendo o porquê meu pai quis matar a mãe da Mika. Ele quase estraga os meus planos.
Eu caminho até a sala, ele esta ali sentado, bebendo e rindo com um velho que eu não faço a mínima idéia de quem seja. Eu me aproximo dos dois e olho para o meu pai com raiva.

— TEM NOÇÃO DO QUE FEZ!!?? – Grito com raiva enquanto ele me olha sério.

— Desculpe pelo meu filho. – Disse ele para aquele velho.

— Sem problemas. Eu volto outro dia. – Ele se levanta e anda até a saída. – Até depois Chris. - Meu pai sorri pra ele. Escutamos a porta bater. Meu pai pega em meu pescoço e me prensa na parede ainda me enforcando.

— PAI PARA, DEIXA ELE EM PAZ!!! – Disse Bella.

—-Sai daqui Isabella ou a próxima será você! – Ela olha pra mim com dó e sai. – QUAL É A SUA KILLIAN? ACHA QUE PODE CHEGAR AQUI E ME ENFRENTAR NA FRENTE DOS OUTROS? QUEM VOCÊ PENSA QUE É?? – Disse meu pai gritando comigo.

— Você quase estragou meus planos. Quase matou a mãe da Mikaella. Eu que ti pergunto, QUEM VOCÊ PENSA QUE É? ESSA MISSÃO É MINHA, MINHA PAI!!!! – Gritei com ele.

— Quase matei? Eu a matei!

— Não, Não!! – Ele tira a mão do meu pescoço e eu começo a rir. – Ela esta viva pai, eu a vi. A maldita loba esta bem e você, você falhou. Como se sente? Espero que esteja se sentindo péssimo. – Disse rindo. Ele levantou a mão e me deu um tapa muito forte no meu rosto. Eu suspiro de raiva e olho pra ele. Eu passo a mão no canto dos meus lábios, estão sangrando. Que ódio dele. Eu o odeio profundamente.

— Se ela não morreu. Então eu terei que matá-la. E não duvide Killian. Eu vou matar Melissa Swan.