Ino Enchanted escrita por Any29


Capítulo 9
Capítulo 9




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“Tem algum lugar em mente?” perguntei.

“Não.” Ele manda.

“Algum lugar que tenha salada de frutas.” Eu sugeri.

Ele visualizou mas não respondeu. O que me deixou intrigada. Estaria ele bolando alguma coisa? 

—Chegamos senhorita... onde quer que a deixamos?—Perguntou o piloto.

—Podem me deixar no aeroporto mesmo, eu caminho até meu destino.—Informo.

“Estou chegando no aeroporto.” Eu mando para Deidara.  

“Te encontro lá.” Ele manda.

Quando o jato pousou, senti uma sensação de liberdade. Eu desço as escadas e digo adeus aos funcionários. Caminho então para a entrada do aeroporto e o vejo lá. Parado. Sem excitar, eu corro em sua direção e lhe dou um abraço apertado.

—Ino hm.—Ele diz.

Levanto minha cabeça e o encaro. Ele parecia surpreso com meu afeto.

—Deidara.—Eu digo.

Antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa...eu começo a chorar. A chorar como um bebê que acordou no meio da noite e precisa do amparo da mãe. Eu passei quase dois meses longe das pessoas que eu mais me importo nesse mundo.. eu achei que iria conseguir passar esse tempo longe deles sem problema algum... mas não. Foi difícil, foi amargo... foi duro. E agora, ao ver um deles eu não me contive.

—O que foi hm?—Ele sussurrou em meus ouvidos , ainda me abraçando.

Eu ainda não tinha fala. Apenas o apertei mais no abraço... e permaneci alí, por uns vinte minutos.

—Já está melhor baixinha hm?—Ele perguntou, secando meu rosto, com as mãos.

—Hai.—Eu disse.

Estávamos sentados num banco no parque. Estava deserto ali, pois era tarde da noite. Normalmente eu morreria de medo de estar ali sozinha...mas quando eu estava com ele... eu não sentia medo nenhum.  

—Quer começar por onde hm?—Ele perguntou. 

Eu olho para meus pés e começo a pensar. Tinha tantas coisas que eu fiquei confusa.

—Quero começar com comida.—Eu digo , abrindo um sorriso tímido. Agora que dou conta.. estou faminta.

Ele solta um suspiro.

—Está tarde, já está tudo fechado hm.—Ele diz olhando em volta.

Era verdade... as lojas estavam todas escuras. 

—Hum...—Eu disse triste.

—Meu apartamento não é longe daqui, quer ir lá hm?—Ele perguntou , quebrando o silêncio.

Fico corada... eu nunca fui na casa dele, acho que por falta de oportunidades não sei, mas agora... nessa situação eu fiquei sem graça. Eu apenas concordo com a cabeça e juntos começamos a caminhar. Qualquer um que nos visse agora, acharia que somos um casal... o que no final das contas, não parecia uma má ideia afinal. 

Caminhamos por uns dez minutos. E eu , fiquei em silêncio durante todo o percurso ... estava pensando como seria a casa dele... como era a decoração dele ... será que teria esculturas por todo o canto? 

—Chegamos hm.—Ele diz, quando chegamos num grande prédio.

Se conheço bem minha cidade, arriscaria dizer que aqui era o começo da área nobre da cidade... uau, eu não sabia que ele morava aqui. 

Nós entramos pelo portão da garagem, cumprimentamos o porteiro e caminhamos em silêncio. Eu estava chocada em quão bonito era lá dentro...

—Em qual andar você mora?—Perguntei quando entramos no elevador.

—Vigésimo quinto hm.—Ele informa.

—Legal.—Eu digo.

Saímos do elevador e para minha surpresa, tinha apenas uma porta... era a casa dele... uau. Sua casa ocupava um andar inteiro. Ele entra e faz um gesto para eu entrar. 

—Não repare a bagunça hm.—Ele diz despreocupado , fechando a porta atrás de mim e ascendendo as luzes.

Comecei a observar tudo... estávamos na sala dele. E ... a decoração dele não era nada exorbitante. Os tons escolhidos por ele foram cinza, branco e marrom. Os móveis eram escuros e o sofá cinza... era até bonito. Percebo que não havia fotografias em nenhuma parede ou em cima dos móveis... o que eu relevei pois seus já haviam falecido. 

—A cozinha é por aqui hm.—Ele diz, fazendo um gesto para eu ir por lá.

Caminho e entro na cozinha. Era enorme... e como esperado, não tinha decoração. Ele vem atrás de mim.

—O que preparou pra nós?—Pergunto em tom brincalhona, para descontrair. 

Ele sorri torto e se recosta na parede.

—Cozinhar não é minha praia hm.

Olho em volta e percebo que havia muitas caixas de fast food espalhadas pelo balcão.... certamente temos aqui um homem clássico que não cozinha. Caminho então até a geladeira e a abro, na esperança de encontrar algo comestível.  E levo um susto ao me deparar com diversas frutas.. 

—Frutas?—Eu pergunto, me virando para ele.—Pensei que não gostasse de doces...

—Não gosto hm.—Ele se recosta na cadeira e me encara.—Mas alguém me disse que queria comer ahn... saladas de frutas hm. 

Eu lhe mando um sorriso. Ele saiu e comprou frutas para mim... que cavaleiro. 

Pego algumas frutas e coloco na pia, eu as pico e coloco num pratinho e começo a comer. Fiquei tão acostumada a comer sendo observada que não me importei que ele ficasse me observando... 

—Vou tomar um banho hm.—Ele diz se levantando e caminhando.

Concordo com a cabeça. E ele sai da cozinha , me deixando sozinha. Enquanto estava ali, eu comecei a observar com mais precisão os detalhes da casa dele.. 

—Falta flores.—Eu digo a mim mesma , quando termino de comer.

Lavei meu pratinho e deixo no escorredor, saio da cozinha e volto a sala. Me sento no sofá e de repente me veio a ideia de assistir um filme. Pego o controle da Tv e a ligo, e gasto uns cinco minutos para achar um filme do meu agrado.

—Filme hm.—Deidara aparece na sala e se senta ao meu lado.

Eu me ajeito na cama e o encaro.

—Eu gosto de filmes.—Eu digo. 

—Quero dizer... já são três horas hm.—Ele olha pro relógio na parede.

Era verdade, estava bem tarde da noite... mas para ser sincera eu não estava nem um pouco cansada. Eu só tinha três dias  para aproveitar “sozinha” com certeza eu não gastaria esse precioso tempo , dormindo. 

—Eu estou bem acordada.—Eu digo.

—Hm.—Ele volta sua atenção pra Tv.

—Está cansado?—Pergunto o fitando.

—Um pouco hm.—Ele diz. 

Será que isso é uma indireta para eu ir embora? 

—Acho que já vou indo então.—Eu digo pegando minha mochila.

—Não prefere dormir aqui hm?—Ele pergunta


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