Ino Enchanted escrita por Any29


Capítulo 10
Capítulo 10




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Fico sem graça. Eu nunca dormi na casa de um rapaz antes... eu deveria ficar calma, pois sei que ele não é  nenhum tarado e tudo mais, mas... eu fiquei muito tempo fora... eu meio que desacostumei com essa nossa “intimidade”. 

—Certo.—Eu concordo , soltando minha mochila no sofá, eu precisava relaxar mais...

—Então...—Ele começa , chamando minha atenção.—Vai me dizer sobre sua viajem repentina hm?

Droga... estávamos num clima tão legal aqui, que havia me esquecido sobre o resto.

—Bem...—Eu me ajeito no sofá.—Eu nunca contei isso pra ninguém mas... eu tenho parentes que são da realeza...—pela sua expressão, acho que ele não está acreditando—É sério!—Eu cruzo meus braços.

—Continue hm.—Ele disse depois de revirar os olhos.

—E minha prima... Izumi ... quero dizer princesa Izumi... ela vai se casar com um príncipe.. mas ela queria “curtir a vida” antes de se casar... então ela me pediu ajuda... e é isso, basicamente.—Eu fazia gestos.

 Ele me olhava com uma cara de quem não acreditava, furiosa pego meu celular e procuro uma notícia sobre “mim” e me surpreendo na quantidade de coisas que esses jornalistas escreviam sobre... 

—Aqui.—Eu viro o celular pra ele.—Como eu disse.. eu caí do cavalo.

Mostro para ele a notícia na qual eu caí “lindamente” do cavalo. E ele se surpreende com isso.

—Então... –Eu começo chamando sua atenção.—Sua vez de contar.

Ele suspira.

—Não é um conto de fadas como está sendo para você hm.—Ele parecia extremamente cansado.—É que... eu faço parte de uma organização criminosa hm.

Eu não esperava por isso. Fiquei em choque, eu achei que ele já foi tudo nessa vida, pintor , escultor... arquiteto... engenheiro , até mesmo eletricista.. mas criminoso? Por quê? O que ele ganha , destruindo a vida dos outros?! Não faz sentindo.

—O quê?—Eu repito, na esperança de ter ouvido errado.

—Sou um criminoso hm.—Ele responde frio.

Sinto um frio na barriga. 

—Por quê?—Eu pergunto.

Ele começa a pensar... fala sério.

—Porque... é uma boa vida hm.—Ele conclui bocejando. 

Não era a resposta que eu queria ouvir.

—Boa vida? Arriscar a vida?—Eu pergunto o olhando feio. 

Ele revira os olhos.

—Ino, não...hm.

—Não , você está arriscando sua vida! Deve parar ...—Eu comecei , mas fui interrompida.

—Não me dê sermão baixinha hm.

—Eu só...—Novamente, fui cortada.

—Não quero saber da sua opinião hm. 

Aquilo foi a cereja do bolo. Jogo uma almofada nele, e em seguida eu pego minha mochila. FODA-SE , eu estou indo pra casa.

—Aonde vai hm?—Ele perguntou , quando coloquei minha mochila nas costas.

—Não é da sua conta!—Eu grito , quando saio do apartamento.

Caminho pesadamente até o elevador... estava com raiva... a ponto de xingar diversos palavrões... 

Chego em minha casa, por volta das cinco da manhã. Meu pai, estava acabando de acordar...

—Filha?—Ele perguntou, coçando os olhos.

—Oi.—Eu digo , tentando controlar meus nervos.—Acabei de chegar... vou tirar um cochilo na minha cama.—Eu concluo já na porta de meu quarto.

Abrindo a porta, sinto um cheiro nostálgico, observo minhas coisas por uns segundos e logo me jogo na cama. Ah, que delícia. Era disso que eu precisa mais do que nunca... deitar na minha humilde cama, na minha humilde casa. Sem demorar muito, eu caio no sono e acordo por volta das uma da tarde. Vou até a cozinha e preparo algo para comer. Meu pai já havia ido pro trabalho... afinal, não é porque eu estou de “folga” que ele estaria também. Mas não tem problema... nos damos bem e isso que importa. Depois de comer, vou até meu banheiro e tomo um banho rápido. Logo, me troco e saio de casa.... precisava ter um pouco de contato com pessoas, então fui encontrar as meninas.

—Oi.—Eu disse quando as vi, saindo da faculdade.

Elas me olham animadas.

—Amiga, sumida!—Tenten disse me abraçando, logo todas me abraçam também.

Aquele abraço amoroso fez meus olhos encherem de lágrimas, era disso que eu precisava. 

—Cheguei.—Eu sussurrei. 

Conversamos sobre tudo. Claro, menos sobre o plano de Izumi, não faria a besteira de contar pra outras pessoas de novo. Mas foi agradável. Aprovei que estávamos próximas do centro e fui na floricultura , jogar uma desculpa qualquer por ter faltado. 

—Está tudo bem Ino-Chan.—Minha gerente disse.—A gente entende que assuntos familiares são muito delicados...

—Pois é.—Eu digo.—E daqui a uns dias eu vou dar uma sumida de novo...

Ela me olha surpresa.

—Poxa...

—Eu juro que é por uma boa causa.—Confesso que sou uma garota boa de papo.

Minha gerente por fim concordou em me dar mais uns dias de folga... pelo menos até Izumi chegar e ficar no meu lugar de novo. Fiquei feliz em saber que nos poucos dias que ficou aqui, ninguém notou que era outra pessoa... parece que nós somos bem parecidas. 

Assim que sai da loja, as meninas me esperavam do lado de fora.

—Para curtir essa sua vinda repentina...—Sakura começa, colocando o braço em volta do meu pescoço.—Vamos nos jogar na balada.—Ela pisca pra mim.

Uma onda de nostalgia me invade, fazíamos “bobeiras” sempre que íamos a baladas e afins na época do ensino médio... 

—Hum.—Eu disse com um sorriso malicioso.—Estou dentro.

.

.

.

.

.

Chegamos na balada, e a primeira sensação que eu tive, foi a de que aquele lugar mudou... estava tudo tão diferente, desde a última vez que estive aqui... me senti velha... 

—Vamos pra pista!—Tenten nos puxa, para o meio.

A princípio, eu fico relutante pra dançar... mas quando começou a tocar minha música preferida , não me contive. Me joguei no gingado e junto com as meninas, arrasamos na dança, todos os caras olhavam pra nós. E não demorou muito para eles se aproximarem... 

—Oi.—Um deles sussurrou no meu ouvido. 

Me viro e o encaro, era bonito... mas não fazia meu tipo.


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