Aracnídeo: Sangue Perdido escrita por Gabriel Souza, WSU


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Acho que este é o maior ou um dos maiores capítulos da história, tem muita informação, então qualquer coisa é só perguntar nos comentários.



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Estar preocupado com uma revolução que poderia ser instaurada em sua cidade à qualquer momento estava se tornando rotineiro para Jonas, haviam muitas semanas que ele tomou consciência de tudo o que estava acontecendo, e mesmo assim não sabia como impedir que os corrompidos seguissem um messias ala Robespierre. Para Jonas, deter aquilo era como um paradoxo: como derrotar um corrompido sem incitar o ódio de seus seguidores? Como resolver tudo sem que a população odeie os corrompidos? Como fazer qualquer coisa que não fosse ficar sentado olhando para a carteira ao invés de prestar atenção numa aula super importante?

— Jonas — O professor chamou sua atenção e ele rapidamente se endireitou na carteira e colocou sua atenção na aula — Foram quase 50 anos de segregação e regime extremamente racista — Edgar, um dos professores de Geografia continuava a dar sua aula, o Apartheid era um assunto que era do interesse de Jonas, toda a questão envolvendo os pacíficos movimentos anti-racistas de Mandela eram algo admirável e até comparável à situação a qual Jonas se encontrava, porém ele não era nem perto do ser humano sábio que Mandela foi, não era capaz de fazer algo tão importante daquela maneira.

— Uma das mais importantes e famosas frases de Mandela, que definia o objetivo e a forma com que Mandela agia era essa — O projetor da sala mostrava um slide de fundo cinza, ao fundo, uma foto de Nelson Mandela acompanhada de uma frase destacada, “Ninguém nasce odiando...” .

— “outra pessoa, pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar.” Tá aí uma frase que se encaixa até os dias de hoje. Creio eu que até o fim da humanidade — continuava o professor.

 

 

 

***

 

— Vamos todos comemorar — Bernardo levantou sua taça de vinho — Amanhã o mundo conhecerá o que os corrompidos renegados podem fazer — Algumas dezenas de pessoas, homens, mulheres e até crianças erguiam taças, nem todos tinham vinho dentro.

As pessoas exclamavam em meio à sorrisos o nome de Bernardo, para elas ele era o salvador, o messias que traria tudo de bom para o povo, que os livraria das amarras da sociedade opressora a qual viviam.

— Há três anos, eu era apenas um corrompido oprimido como todos vocês — O jovem padre se tornava nostálgico naquele momento, lembranças alegres e dolorosas surgiam em sua mente, o rosto de uma mulher ficava fixado entre elas — Há três anos eu apenas me chamava de Bernardo de Alcântara, um garoto franzino com habilidades inúteis para o combate ou preservação da própria vida em casos de vida ou morte, tudo que conseguia fazer era arranjar um pouco de comida ou dinheiro. Eu vivia com duas mulheres, duas garotas, não pensem que eu era bígamo — Ele comenta em meio à gargalhadas — Muito pelo contrário, eu era apaixonado por apenas uma daquelas garotas que me ajudavam à sobreviver àquela vida difícil, aquela sobrevida. A garota a qual eu amava se chamava Letícia, ela era perfeita, amava todos nós, amava a todos na verdade, porém isso veio com um preço, sua vida. As pessoas à qual ela se importava em demasia, que ela sonhava que um dia nos aceitariam, a mataram.

Um ódio crescia no coração de Bernardo naquele momento e ele era transmitido à todos os presentes devido à seus poderes:

— Eu aprendi uma coisa com a morte dela, eu aprendi à nunca desistir, não importava o quão doloroso fosse o processo, quantas derrotas eu sofresse, nada me parava, nada me para. — Andressa assistia à proclamação de Bernardo afastada do resto das pessoas, encostada numa parede próxima à saída — No leito de morte da minha amada deixei de ser aquele rapaz franzino inútil, eu decidi lutar pelo meu povo e aqui estamos, depois de tanta luta, de tantas derrotas.

— E se vocês me perguntarem como, como eu consegui suportar tanta opressão, tanta desesperança? Eu lhes respondo, a dor de qualquer derrota não se equipara à minha dor no dia em que eu perdi àquela pessoa que me completava. A dor de perder alguém é imensurável e é por isso que eu estou aqui! Para que nenhum de vocês passe por tamanho sofrimento, porque somente aquele que conhece a dor é capaz de compreendê-la, e compreendendo-a, você se torna incapaz de desejar o mesmo para o seu igual. — Bernardo olhou para a taça em suas mãos e em seguida à levantou — E vocês são meus iguais — Uma breve pausa foi feita, Bernardo compreendia o quão motivados estavam seus seguidores — Irmãos.

 

 

 

***

 

— Passa a bola! — Muralha exclamava para um Jonas superdesatento que acabou por errar o passe para o companheiro de equipe.

— Então, você sabe sobre o segredo dele não é? — Beatriz estava sentada na arquibancada ao lado de Serena assistindo ao treino, que era um dos últimos antes da última competição do ano, a última de Jonas e Rafael pelo colégio.

— Sim... — Serena ajeitava seu cabelo, o vento forte do lado de fora do ginásio havia bagunçado ele por completo — Quer dizer, eu acho que sei.

Beatriz sorriu.

— É esse mesmo, olhos azuis — Beatriz comentou sobre os olhos de Jonas, dentre todas as formas dele demonstrar que era o vigilante mascarado que agia em Recife ele sempre, sempre se revelava da mesma forma, mostrando aqueles olhos penetrantes coloridos de um azul escuro forte.

— É... — Serena riu — Eu sei, não sabia que você também compartilhava o segredo dele.

— Digamos que o Jonas não é muito bom em ficar guardando segredo por muito tempo. Não sei como a mãe dele não sabe até hoje, talvez seja algum vodu especial.

As duas começaram a rir, a verdade é que ambas tinham se tornado boas amigas e compartilhar um segredo importante é algo que, dependendo das circunstâncias, aproxima mais as pessoas.

Dentro da quadra Jonas sofria pela falta de ritmo de jogo, estava visivelmente desconexo do restante dos jogadores da equipe, errava passes, não acompanhava jogadas como deveria e seu posicionamento dentro de quadra estava falho.

— Você tá bem? — Vinicius questionou ao capitão e principal jogador da equipe.

— Tou ótimo. Só recuperando ritmo. — Jonas sorriu e voltou a treinar arremessos no intervalo entre um exercício e outro.

— Nem parece o Jonas de antes... — Beatriz pensou em voz alta enquanto assistia seu amigo se esforçando para acertar as bolas na cesta.

— Como assim? — Serena questionou.

— Ah, ele nunca foi tão dedicado assim na vida, você deveria ter visto como ele agia antigamente, era um completo babaca. — Um fraco sorriso era visível no rosto de Beatriz — E a idiota aqui gostava do babaca — Foi a vez de Beatriz ajeitar o cabelo — Bem, outros tempos, as coisas mudaram muito esse ano.

Jonas resmungava com mais um arremesso de três pontos que ficava apenas no aro.

— Ele está nervoso, muito nervoso — Serena comentou, ela conseguia sentir todo o nervosismo que Jonas exalava, era quase uma bomba relógio, o que a fez pensar se talvez não seria melhor ela usar seus poderes para acalma-lo.

— Vai ver é você. — Beatriz comentou brevemente pegando Serena de surpresa.

— Como assim?

— Eu sei do beijo. — Serena sentiu seu rosto queimar. Não tinha nenhum espelho por perto, mas tinha certeza que seu rosto estava da mesma cor que seus cabelos — Conhecendo ele, ele está super nervoso por você estar assistindo ele.

— Ele te contou?

— Não — Bia se voltou para a amiga — Ele falou com o Rafael, que me contou e olha, por mim tudo bem, vocês são fofos juntos — Fez uma pausa até decidir prosseguir com a pergunta que já estava na ponta de sua língua à algum tempo — A única coisa que eu não entendo é porquê você se afastou dele, digo, você cortou o beijo de repente não é? Foi nervosismo?

Serena ficou séria, ainda não havia superado tudo o que aconteceu com Arthur, esse havia sido um dos principais motivos para ela ter saído de Minas para Recife.

— Saí de um relacionamento à pouco tempo — Ela abaixou a cabeça — digamos que eu saí ferida. Não sei se estou pronta para ficar com outra pessoa ainda.

Beatriz encarou a amiga, compreendia que ela apenas estava insegura, reclusa e com medo de se abrir completamente para alguém.

— Posso dar minha opinião? Você e o Jonas merecem ser felizes, falo isso sério, eu conheço ele à tempo o bastante para saber que ele precisa disso. — Se espreguiçou enquanto Jonas retornava para o centro da quadra junto aos outros jogadores — E sendo sincera, acho que você também.

Serena ficou calada, apenas voltou sua atenção para quadra e mais especificamente para um jogador, o camisa 17 de 1,87 m que corria de um lado à outro do ginásio armando as jogadas da equipe sem colete.

— Camisa suja — Jonas exclamou e seus companheiros de equipe se reorganizaram na quadra, todos haviam entendido o chamado para uma jogada ensaiada que eles tinham treinado nas últimas semanas.

— Podem beber água — exclamou o treinador após o fracasso da jogada iniciada por Jonas — Vocês tem um minuto — apontou para o relógio em seu pulso direito — Cronometrado.

Serena aproveitou a pausa no treino e saltou direto para a grade que separava a arquibancada, da quadra no ginásio e chamou Jonas que foi ao seu encontro.

— Oi — O capitão da equipe de basquete chegou ofegante e nervoso, era a primeira vez que falava com Serena desde o ocorrido na casa da garota, ou seja, ele estava martelando na cabeça mil possibilidades de como ele poderia estragar qualquer relacionamento amigável com uma garota que ele estava começando a gostar cada vez mais — Quanto tempo.

Serena deixou seus dentes amostra em um longo sorriso. Para sua própria surpresa ela estava relaxada, quase em um estado de êxtase repentino.

— Oi — Seu tom de voz estava diferente do normal, mais introvertido.

Eles se encaravam sem trocar uma palavra, apenas olhavam nos olhos um do outro esperando que alguém tomasse alguma atitude que não vinha.

— Sabe, uma vez eu li, — Jonas deglutiu — que ficar encarando os outros por muito tempo é estranho.

Serena sorriu sem tirar o olhar dos olhos de Jonas. Eram castanhos, pelo menos naquele momento.

— É sim. — Sentia Jonas ficar mais nervoso — Mas quando duas pessoas se encaram assim, pode ser um bom sinal.

— Um sinal para o quê?

— Algo bom — Serena aproximou seu rosto com o de Jonas — Que não deve ser evitado só porque alguém tem medo de se machucar novamente — sussurrou antes de beijar o rapaz à sua frente até ouvir o grito do treinador. Ele estava irritado por um de seus jogadores, curiosamente o capitão, estar namorando ao invés de voltar para o treino.

— Foi mal — Jonas coçava a nuca com um sorriso no rosto — Tenho que ir mas...

— Eu sei que você gostou. — Serena sorriu e voltou a se sentar ao lado de Beatriz enquanto Jonas corria de volta para o centro da quadra envolto à zoações dos colegas de equipe.

 

 

 

***

 

Andressa estava do lado de fora da igreja que servia como sede da revolução corrompida, sua mente havia começado a se questionar cada vez mais nos últimos dias. Principalmente após seu reencontro com Jonas, que a fez pensar se ela realmente fazia o melhor para o seu povo, ou se era realmente uma oprimida que se transformou em opressora.

— Cansada das besteiras daquele cara? — Enrique, o espadachim relâmpago se aproximava de Andressa, sua espada estava, como sempre, em suas costas — Também não suporto ele, esse papo chato de dor, ódio e revolução é chato e cansativo.

— Então porque está aqui? Por que não faz como resto do exército de Cassandra e fica fora, apenas seguindo as ordens de sua líder?

— Eu vim pela emoção. — Ele desembainhou sua espada. Caliburnus era longa e afiada, uma arma letal — Infelizmente não encontrei o tipo de emoção que eu gostaria.

— Como assim?

— Você sabe, eu quero a excitação de uma batalha, quero saber qual é o meu limite, mas tudo o que sou designado a fazer é torturar vereadores. Que por sinal, não faz o meu feitio.

— Então você não tá nem aí para essa revolução? Só veio pela possível guerra que ela trará?

Enrique sorriu.

— Não me entenda mal, eu não sou assim tão sem coração. Eu me importo com os corrompidos tanto quanto vocês, só não acho que uma revolução seria a chave para acabar com os problemas de nós, os diferentes. — Ele guardou sua espada — Sofrer preconceito é o preço a se pagar por ser diferente. A forma que você reage à ele é o que importa, a forma que vocês reagem, é com mais preconceito.

Ele se virou para seguir seu caminho:

— Minha forma de reagir é viver dia após dia lutando, Cassandra foi só alguém que me deu uma razão pela qual lutar.

Andressa conseguia entender o espadachim por trás desse seu discurso, ele não era alguém ruim como a mulher que ele seguia, era apenas alguém em busca de algo que desse sentido à sua vida, ela entendia isso. Não queria admitir até aquele momento, porém essa era sua realidade também, desde a morte de seus pais havia vagado sozinha, uma criança estranha tentando sobreviver e sem motivo para viver. Bernardo e Letícia mudaram isso, eles eram essa razão, o sonho dos dois se tornou seu e ela cresceu uma guerreira, se tornou aquilo que ela era.

Uma imagem de Letícia veio à sua mente, a garota sempre fora sorridente, confiante. Quando foi que mudamos? Ela sabia a resposta, após a morte de Letícia. Andressa e Bernardo mudaram bastante, principalmente o padre que viajara por todo o país, uma jornada em busca de vingança.

— Quer uma razão pela qual lutar? — Andressa se aproximou do espadachim — Vamos acabar com a revolução.

 

 

 

***

 

— Então você foi treinado por aquele cara, o Soldado Fantasma. — Serena estava sentada num banco da praça da república, ao lado de Jonas.

— Sim, se eu posso chamar aquilo de treinamento. — comentou se lembrando das provocações do Soldado, além de um acontecimento bem doloroso para ele — Ele me deu um tiro, não foi muito legal. Mas hoje eu tou legal, se não me curasse mais rápido do que uma pessoa comum, eu com certeza teria me ferrado.

— Minha nossa... — Serena havia se espantado um pouco, porém entendia que dada à reputação do Soldado, aquilo não seria algo muito difícil de se imaginar ele fazendo, Temerário que o diga — E a K-Max? Ouvi falar que ela é muito poderosa, a mais forte de nós.

— É — Jonas sorriu se lembrado da amiga. Karen realmente era uma garota muito poderosa e consequentemente perigosa, Jonas com certeza não teria a mínima chance numa luta contra ela — Ela não é uma de nós, digo, corrompida, mas é bem poderosa, não só em força... em outros poderes também...

Lembrou-se da noite em que se conheceram, Jonas havia descoberto que ela podia ler mentes ao toque, o que o deixara nervoso e pressionado para não pensar besteira com a garota, o que foi bem difícil, até porque ela poderia saber e isso seria muito constrangedor. O engraçado é que essa situação se repetia com Serena, ela não poderia ler os pensamentos dele, porém tinha a capacidade de sentir os sentimentos das pessoas, o que era quase a mesma...

— Droga.

— Ahn, tudo bem ? — Serena encarava Jonas que fazia o típico sorriso nervoso, a garota decidiu tentar ignorar o ciúmes que queria aflorar em si, até porque, ele havia mudado repentinamente após falar sobre outra garota e mesmo que ambos não tivessem nada sério ainda, ela não poderia deixar de sentir ciúmes. — Você disse... — Serena tentava puxar assunto para não se concentrar em sentir ciúmes — que ela não é corrompida, então o que ela é?

— Bem — Jonas coçou sua nuca, sabia que a origem de Karen era uma coisa complicada de se explicar, ele lembrava-se como Rafael reagiu à informação e começara a fazer piadas e referências à filmes sobre viagem no tempo — Já assistiu Exterminador do futuro? Ou super man?

Serena levantou uma sobrancelha e afirmou com a cabeça.

— Bem, digamos que uma pessoa nasceu no futuro, lá as pessoas evoluíram de uma forma muito foda e que por algum motivo eles são super humanos, no sentido super mesmo, tipo, super-homens e mulheres. No caso dela, aconteceu aquele tipo de problema em que os pais, para salvar a vida da filha a mandaram para um lugar distante no espaço... e tempo, ela vai, chega no presente e cresce como uma pessoa extremamente superior, porém com extrema bondade, se tornando uma super-heroína.

— Você tá me contando uma história em quadrinho? — Serena questionou cruzando os braços.

— Parece né — Jonas sorria pensando em como não era bom em dar explicações sobre coisas complicadas, com certeza professor de física é algo que ele não seria — Mas essa é a história da Karen, quer dizer, mais ou menos.

— Tudo bem, viajante temporal... — Serena era inicialmente relutante à ideia de uma garota do futuro realmente existir, porém tentava dar algum crédito à Jonas — Soldado aprimorado, corrompido, no caso, você — puxava na mente as outras informações que Jonas havia dado sobre os membros da Frente Unida — um cara com Alzheimer, um detetive e um esquizofrênico — A sua idealização da Frente Unida caía cada vez mais, pareciam mais um bando de desajustados do que um grupo heroico — Acho que você é o mais normal aí.

Jonas sorriu.

— Pior que não.

— Tá... pelo menos mais bizarro do que um boxeador que fala com animais não tem.

Jonas sorri.

— A agente Trap.

— A agente o quê?

 

 

 

***

 

O uniforme amarelo se mostrava cada vez mais desgastado, ele havia recebido sim um upgrade durante os acontecimentos do Rio, porém Jonas não tinha o material ou habilidade costureira necessária para ajeitar o uniforme após suas batalhas, o que inicialmente não era problema, bandidos de rua não apresentavam ameaça à roupa. Porém seus confrontos contra outros corrompidos fizeram o favor de acabar com o uniforme que agora estava todo remendado e estragado. Seria inconveniente eu ligar para a Karen só para pedir outro uniforme?

Ele saltou do prédio em que estava, entrando em queda livre por poucos segundos, até acertar uma de suas teias no prédio vizinho e assim começar mais uma ronda noturna em busca de crimes, corrompidos e dos membros da revolução.

— Aracnídeo na escuta? — Rafael estava do outro lado da linha como de costume — Tem indícios de uma batalha de corrompidos acontecendo em Nova Descoberta, pelo que deu à entender, a coisa tá feia lá.

— Manda o endereço no Whats — Aracnídeo fez uma manobra no ar caindo em cima de um carro que começou a alarmar, péssima escolha de local de pouso, puxou seu celular e esperou a mensagem chegar. Olhou o endereço e saltou antes que o dono do veículo viesse ver o que estava acontecendo.

 

 

 

***

 

Enrique sacava sua espada, à seu lado Andressa se mostrava com os punhos erguidos, ambos estavam cercados por seis corrompidos que seguiam ordens de Cassandra, as ordens eram simples, matar a dupla desertora.

— Sabe — Uma voz familiar à Andressa ecoou no local, todos os oito corrompidos se voltaram para o alto de um galpão, nele, um adolescente de uniforme amarelo dourado estava sentado — Eu sabia que chegaria o dia em que veria um samurai enfrentando um exército, só não imaginava que seria no meio da minha cidade, nem com a minha ex-envolvida


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