Fatale escrita por Any Sciuto


Capítulo 1
Fatale




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A paz reinava na sede da NCIS. Depois de uma investigação completa do diretor assistente Vance, a equipe pode seguir em frente. Eles tinham seus próprios segredos guardados.

Todos sabiam do relacionamento retomado de McGee e Abby, logo depois do pesadelo com Mike Mauher, ex de Abby e o fã obcecado e assassino de Tim. O que eles não faziam idéia é que Gibbs e Jenny estavam namorando a quase um ano.

Eles foram cuidadosos o suficiente para não revelarem ou para esconder. Claro, que quando Gibbs planejou comprar a aliança, precisou lidar com Tony.

A loja de alianças ficava ao lado de uma cena de crime e Gibbs achou que poderia escapar até lá, com a desculpa de fazer perguntas.

— Dinozzo. – Gibbs olhou para o agente. – O que pensa que está fazendo?

— Vindo com você, chefe. – Tony tinha uma cara de inocente. – Não era isso que você ia fazer?

E então seus planos acabaram suspensos. Ele precisou realmente fazer perguntas quando tudo o que ele queria era comprar um anel para Jenny. Eles tiveram sua história em Paris e ele não queria perder nenhum minuto mais.

Depois que a coronel Mann saiu de sua vida, ele fez um movimento estratégico e agora eles estavam aqui.

Gibbs pediu ajuda de Abby, uma garota que considerava sua filha desde que a conheceu. Ela o ensinou o básico de computadores. Ele deu a Tim sua aprovação para namorar Abby. Ele estava mais do que feliz em fazer isso.

Tony olhava por cima e tentava encontrar o que Gibbs estava fazendo, tão concentrado. Ele pegou um dos arquivos esquecidos e deu a volta por trás. Ele tentou olhar do melhor jeito escondido eu podia.

Ele conseguiu ver um anel antes de sentir que Gibbs o observava.

— Dinozzo... – Era a única coisa que ele disse.

Tony engoliu em seco. Não havia como ele olhar e descobrir, mas ele sabia que Gibbs e Jenny costumavam desaparecer por duas horas durante as tardes. Juntos. Se aquilo era uma indicação, então ele sabia.

Ele mesmo estava tendo um relacionamento não divulgado com Ziva. Parte por meio do pai dela descobrir. Ah, sim. Eli David era um homem ”bom”, mas sendo diretor do Mossad ele saberia que algo estava errado antes de realmente ter.

Ziva entrou na agência e viu Tony a olhando. Ela realmente adorava saber o eu ele sentia a olhando e estava louca para contar a mais alguém.

— Bom dia. – Ela o beijou, em um corredor vazio. – Você não estava na cama hoje.

— Precisei cuidar de algumas coisas. – Ele a aproximou dele. – Acho que temos outro casal na agência.

— Sim. – Ela riu. – Tim e Abby.

— Além deles e nós. – Tony a corrigiu. – Gibbs e Jenny.

— Eles são só amigos, Tony. – Ziva começou a rir. – Adoro quando banca o detetive.

— E eu acho que ele vai pedir ela em casamento. – Tony viu Ziva chocada. – Não acho que um anel de diamantes é algo que você dá para uma amiga.

— Poxa. – Ziva sorriu alto. – Finalmente. Achei que eu precisaria empurrar um contra o outro. Que bom.

Timothy acordou com Abby em sua cama. Outro daqueles dias maravilhosos que ele teve com a mulher da sua vida. Eles tentaram ficar com outros, mas acabaram voltando.

Desde que Abby quase foi morta duas vezes, em menos de dois anos, sem contar o incidente do carro, ele decidiu que não poderia mais viver sem ela.

— Bom dia. – Ela rolou para ele. – Eu acho que dormi demais.

— Não importa. – Ele a beijou. – Ver você dormir está entre as melhores coisas que eu adoro fazer.

— Ah é? – Ela piscou para ele. – Então quem sabe você me pega um café agora?

— Claro. – McGee levantou. – Gosta do que está vendo?

— Adoro. – Ela deixou o cobertor cair. – E você?

— Senhorita Sciuto. – Ele rastejou até ela. – Está tentando me seduzir?

— Claro. – Ela riu. – Apesar de termos que ir para o trabalho.

Ele gemeu. Ele estava preparando uma surpresa para ela no dia seguinte. Ele sabia que ela não era do tipo diamante, então ele mandou fazer algo único para ela.

Um anel, em diamante negro, com uma pequena caveira no centro e decorado ao redor.

Ele colocou a caixa na pasta e foi buscar o café dos dois. Eles nem faziam idéia do que estava por vir.

Vance acordou outra vez em seu carro. A noite anterior havia sido uma bosta total. Ele encheu a cara. Sendo repreendido outra vez por querer revisar a investigação contra o NCIS.

Verdade seja dita: o que ele queria era o cargo de diretor da agência e tirar Jenny dele. Ele não queria mais ser apenas o assistente. Ela era uma mulher e ele era um homem mais competente.

Ele estudou a equipe por dois meses até decidir pelo casal de nerds. Abby Sciuto havia dado uma prova consistente, mas ela foi completamente ignorada pela chefia. Ele sabia que não podia mais deixar isso ditar algo.

Ele dirigiu para a casa de McGee, onde ele tinha certeza que Abby estaria agora. Ele entrou na garagem, usando a desculpa de ser o diretor assistente. Estacionando longe do carro deles, ele sabotou ambos.

Eles só notariam o problema quando estivessem quase no caminho mais deserto que eles sempre pegavam. Então ele partiu tão rápido quanto chegou. Hoje ele começaria sua vingança.

McGee inspecionou o carro, seu instinto o chutando e querendo sempre proteger Abby. A cena de um homem apontando uma arma para sua namorada no ano passado nunca sairia da cabeça.

— Vamos logo, Tim. – Abby pediu. – Afinal, já estamos atrasados.

— Certo. – Algo não parecia certo. – Estamos indo.

Eles entraram no carro e começaram a ir para a agência. O caminho mais deserto era bom para dias assim.

— Assim que chegarmos a agencia. – Abby olhou para a caixa em seus braços. – Eu quero dar isso para Jenny. É algo que eu terminei ontem à noite.

No momento em que Tim iria perguntar o que era, o carro começou a morrer. Ele olhou para o ponteiro de gasolina e percebeu que havia algo errado.

— Há algo errado. – Ele tentou fazer o carro ligar. – Não tem gasolina, mas eu enchi ontem.

— Tim. – Abby estava assustada. – Estou com medo.

— Eu não vou deixar nada acontecer com você. – Ele a beijou. – Apenas fique no carro e tranque as portas.

— Tim... – Abby estava com medo. – Fique.

— Não temos sinal de celular. – Realmente tinha algo errado. – Abby, você ainda sabe atirar como eu te ensinei?

— Sim. – Ela recebeu a arma reserva de McGee. – Não se renda por mim.

Olhando para o lado, McGee virou quando uma van veio na direção deles.

— Se prepare para correr. – Ele a fez trocar de calçado. – Não pare, por nada.

Quando o veículo parou, Abby apertou a arma em seus dedos e saiu correndo. Ela correu para o matagal ao lado da estrada e correu tudo que pode.

— Volte aqui! – Um dos capangas de Vance foi atrás dela. – Eu vou pegar você.

— Abby! Corre. – McGee já estava preso pelos braços. – Não pare.

Ela não sabia quanto tempo passou desde que ela começou a correr. Parando e virando, arma em suas mãos, ela mirou um deles quando ele chegou perigosamente perto dela.

— Onde McGee está? – Ela estava disposta a matar o home a sua frente. – Deixe-o em paz.

— Seu namoradinho já está na van, garotinha. – Ele sorriu para o homem vindo por trás de Abby. – E você vai se juntar a ele.

O homem agarrou Abby forte e a arma caiu no chão. Ele pressionou um pano com clorofórmio em sua boca e nariz e Abby tentou resistir, mas em algum momento se tornou difícil e ela sucumbiu a droga.

Caindo mole nos braços do homem, ela foi arrastada para a van. McGee já estava amarrado a barra de ferro da van, completamente apagado.

Eles não se preocuparam com evidencias. Vance queria que Jenny e Gibbs soubessem que havia sido ele e quando os encontrassem, eles estariam longe.

Deixando o carro abandonado na estrada, com os telefones e tudo mais, inclusive a caixa de Abby, eles deram ré e foram embora. Uma carta foi colada antes de eles deixarem o lugar endereçada a Gibbs e Jenny.

— Estamos com os dois. – Um dos homens falou ao telefone. – Chegamos em meia hora.

— Maravilha. – Vance respondeu. – Estou pronto e ansioso para começar.

Vance riu e olhou para a sala. A casa estava sob o nome falso que ele usava para operações ilegais e estava ligado a um homem já morto.

A sala estava equipada com cadeiras com coleiras adaptadas como imobilizadores nas mãos e nos pés. Algemas de metal, e uma mordaça para as bocas. Ele pensou em tudo mesmo.

Se eles sobrevivessem, Vance duvidava que eles não ficariam com sequelas, ao menos emocionais.

Ele não iria desistir. Destruir a garota que era como filha para Gibbs se tornou parte de sua vida. A porta foi aberta quando os capangas chegaram. Abby ainda dormia e tinha um machucado na testa.

Vance se surpreendeu em como a especialista forense foi lutadora. Ele adoraria quebrar a garota na frente de seu namorado impotente.

Ah, ele se divertiria com os dois. E ele garantiria isso. De um jeito ou de outro.


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