Neighbors escrita por ShisuiONagato


Capítulo 13
22/12/2018


Notas iniciais do capítulo

Olá genteee! Cá estou eu novamente com mais um capítulo saindo do forno kkkkk

Espero muito que gostem :) e deixem seu feedback se puderem

Boa leitura a todos vocês :)



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Fórum: "Os meus novos vizinhos"

Postado em: 22/12/2018 às 11:58pm

@bulletproof_boy123

 

Resolvi apenas ignorar meu pai, afinal como deveria estar a cabeça dele depois de saber que seu filho gostava de duas pessoas ao mesmo tempo? E uma delas ainda era um garoto! Nem conseguia imaginar.

Durante o café da manhã, ele mal olhava nos meus olhos e um pequeno suor escorria em seu rosto — via claramente sua expressão de desespero — e nesse momento eu rezava para que ele não contasse a verdade para ninguém, muito menos para minha mãe. Ela me amava, mas como aguentaria um filho que supostamente estaria gostando de um outro cara? Não consigo tirar esses pensamentos da cabeça. Com So Hee a história seria diferente e provavelmente eles aceitariam numa boa, mas e o Ji Soo? Nem mesmo sei ao certo o que sinto por ele, só tenho a concreta certeza de que não consigo mais ficar longe dele.

De repente, papai respira fundo e abre um sorriso no rosto. Ele levanta e vai até minha direção, na cadeira onde eu sentava em sua frente. Nesse momento sinto meu corpo gelar dos pés até o último fio de cabeço que eu tinha.

Na verdade, ele apenas bateu duas vezes nos meus ombros e continuou sorrindo. Até que de repente ele me disse que fazia tempo que não saíamos juntos e me perguntou se eu queria ir dar uma volta pela noite. Mesmo com medo, eu aceitei, pelo menos se fosse ter que esclarecer as coisas, seria sem mais ninguém por perto.

Minha mãe adorou a ideia — ela amava quando dávamos uma de pai e filho — mas o que ela disse fez os olhos de papai arregalarem no mesmo momento.

"Levem Ji Soo junto, assim eu Gyeol e So Hee podemos ter uma noite das meninas, enquanto vocês têm uma noitada dos rapazes, o que acham?"

Meu pai gaguejou para responder, mas logo o moreno animou-se e disse que adoraria ir conosco. Por um lado, até fiquei mais tranquilo, afinal ele não ia falar nada com o Ji Soo por perto, mas pelo outro fico ainda mais nervoso por ter que adiantar a conversa.

A noite não demora a chegar — durante a tarde, tudo que fiz foi ficar vendo So Hee e minha irmã chorando ao assistirem seus dramas na televisão. Não entendia como achavam aqueles homens fortões bonitos, eu sou bem melhor do que aquele tal de Seo Kang Joon¹. Logo papai pede para que o moreno e eu nos arrumemos para sair. Tomo uma ducha rápida e ele faz o mesmo. Quando ele bate na minha porta perguntando se eu estava pronto e vejo como estava se vestindo, meu coração palpita na hora. Aquela calça jeans rasgada com a camiseta polo de cor rosa conseguiram deixá-lo ainda mais perfeito. Meu pai sobe as escadas e chega nesse mesmo instante no meu quarto para saber porque demorávamos tanto, e ele me pega olhado fixamente para o moreno.

Eu não dou uma dentro, puta que pariu!

Logo entramos no carro e finalmente partimos. Ele não quis dizer para onde estávamos indo, era surpresa segundo ele. Seguimos por uma longa estrada — completamente escura — por muitos minutos, era toda esburacada e cheio de árvores ao redor.

De repente paramos. Estávamos em frente a uma construção iluminada por luzes de led em tons arroxeados e rosados. Sim, era uma boate... Para minha surpresa, meu tio — chamado Yu Oh Seong — estava nos esperando bem na porta de entrada. Ele antigamente morava conosco, mas mamãe o expulsou porque ele sempre levava uma mulher diferente para cada dia da semana para dentro de casa. Ele era uma figura, simplificando.

Ji Soo e eu ficamos receosos, eu jamais entraria ali por vontade própria. Mamãe ficaria furiosa caso descobrisse aonde era o nosso passeio noturno. No fundo eu sabia o motivo dele estar fazendo isso. Talvez o fato de que seu filho poderia estar gostando de um cara o deixasse desconfortável, então me trouxe para esse lugar imundo com mulheres esfregando tudo e mais um pouco na nossa cara.

Meu tia em pouco tempo já estava de pé na mesa, rodando a camiseta toda molhada de cerveja e berrando para as mulheres que trabalhavam na boate. Meu pai também fingia se divertir. Ele me ofereceu uma bebida, mas recusei, Já Ji Soo aceitou.

Logo o moreno estava tão alegre quanto meu tio. Ele diz que precisava ir ao banheiro, e eu digo que o acompanharia. Meu pai me olha com os olhos arregalados.

"Não quer que eu o acompanhe filho? Fique aqui e se divirta!"

Apenas respondo que aquilo não era algo que me divertisse, e seguimos para o banheiro. O garoto mal conseguia se sustentar de pé, tive que ajudá-lo segurando em sua cintura para que conseguisse abri o zíper de sua calça.

"Ei, não quer ver o tamanho do Ji Soo júnior?"

"Cala a boca..."

"Aishhh! Você ia se surpreender."

Eu não estava suportando o ver daquele jeito, claramente estava fora de si e esse não era o mesmo por quem eu supostamente me apaixonei. 

Voltamos para a mesa onde estávamos sentados depois de nós dois nos aliviarmos. Peço ao meu pai para que nos leve embora, aquilo não era nem um pouco divertido, e Ji Soo estava cada vez pior.

Ele — já arrependido de tentar me forçar a algo — apenas segue meu pedido. Nosso tio tem que ser arrastado até o carro, pois estava pior que qualquer cachaceiro pela rua.

Finalmente em casa, entramos todos no maior silêncio. Meu pai carregando meu tio e eu a Ji Soo. Minha mãe não poderia acordar de maneira alguma, senão nós quatro seríamos o jantar no dia seguinte.

Infelizmente, o pior acontece.

Quando estávamos para abrir a porta da casa dos fundos, o moreno acaba vomitando por causa da grande quantidade de álcool que havia ingerido. Não demora muita para as três mulheres da residência aparecerem — mamãe com uma panela nas mãos, So Hee com uma espátula e minha irmã com seu abajur cor de rosa.

"O que acontece aqui? Porque Ji Soo está bêbado? E o que esse peste faz aqui?"

Fudeu! Tivemos que contar a verdade.

Enquanto minha mãe corria com a panela atrás do meu pai e do meu tio, eu pego uns panos para ajudar o moreno a se limpar.

Passava perto de sua boca e em seus trajes, onde haviam sujado. Ele de repente começa a encher os olhos de lágrimas pedindo desculpas...

"Me desculpe, você faz tudo por mim e eu te dou esse trabalho todo..."

"Relaxa cara, acontece com todos."

Sorrio para tentar deixa-lo mais calmo, sem se sentir culpado.

"Obrigado por tudo mesmo. Você se tornou um verdadeiro irmão mais novo para mim... Eu... Eu..."

"Você o que?"

"Eu te amo..."

Ele diz isso e cai deitado nas minhas pernas, pegando no sono logo em seguida.

Ok! Vou parar por aqui, meu coração já está sofrendo demais de ter que lembrar de tudo isso. Eu só queria que aquele momento tivesse durado para sempre. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo :)



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