A maldita carta escrita por TMfa


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Hue, eu escrevi isso bem tarde da noite, agora, olhando as expressões que eu usei, eu ri feito uma condenada. Tá longo para cacete, isso por que eu dei uma quebrada no final, do contrário seria maior.



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Jirou não estava muito interessada em sentar-se na sala comum do dormitório hoje. Ela não queria encontrar Bakugou de jeito nenhum, e ela sabia que Kirishima o arrastaria para lá por pelo menos uma hora antes de ele dar uma desculpa e ir para o quarto. Infelizmente, ela tinha que ir.

Veja, Yaoyorozu e Todoroki estão no meio de uma novela há algumas semanas. Kyouka está prestes trancar os dois no elevador e gritar “Só saem daí quando se beijarem”, mas ela não pode. Porque Yaomomo é sua melhor amiga, e ela também não está em condições de julgar a inércia amorosa dos dois.

O fato é, pelo menos duas vezes por semana, Yaomomo pede para Kyouka sentar com ela e Todoroki na sala comum para ajudar os dois a “conversarem”. Em outras palavras, Kyouka fica de terceira rodada e inicia um assunto quando os dois ficam constrangidos demais para fazerem isso por conta própria. É um saco, porém, é tudo por Momo.

Eles são tão retraídos que Todoroki sempre senta ao lado de Jirou, com medo de demonstrar demais seu interesse em Yaoyorozu e assustá-la. Como Kyouka sabe disso? Bem, o IceHot contou a ela. Isso mesmo. Esses dois estão plenamente cientes do interesse um do outro, e ainda assim precisam de ajuda para conversar. Como? E eu devia saber?

Enfim, Kyouka entrou na sala comum e suspirou resignada ao perceber que Bakugou e Kirishima estavam lá, jogando cartas com Sero e Kaminari. O loiro explosivo bufou e franziu o cenho. Jirou sentou, como de costume, ao lado de Momo e aceitou uma xícara de chá que a amiga preparou para ela (uma espécie pífia de pagamento para o trabalho entediante da noite). As duas ficaram no meio do sofá, deixando a abertura para que Todoroki escolhesse sentar ao lado de Momo ou Jirou.

Quando o heterocromo se aproximou ele cumprimentou as duas e ficou alguns segundos parado na frente de ambas. No fim, sentou ao lado de Jirou novamente. Kyouka esfregou a mão no queixo e deu um sorriso cínico, tentando não estapear a cabeça de Todoroki.

Eles tinham conversado sobre isso na noite anterior. Todoroki pediu ajuda da garota punk para se relacionar melhor com Yaoyorozu e a primeira coisa que Jirou o mandou fazer foi sentar ao lado dela, não do seu. Ele claramente recuou da ideia.

Os próximos 30 minutos pareceram uma eternidade. Kyouka temia que a qualquer momento Bakugou fosse ignorar a conversa que estava tendo com Kirishima e novamente tocar no assunto da carta. Do outro lado, ela ainda sendo responsável por metade da conversa desses dois. Sempre perguntando algo a Todoroki ou mencionando algo relacionado à Momo, porque, por algum motivo desconhecido do universo, o meio a meio às vezes dava suas respostas como se fosse uma conversa com Kyouka e não Yaoyorozu.

— Bem, é melhor eu lavar essa louça e ir dormir – comentou Yaomomo com o rosto corado.

Ah, pelo amor, Todoroki respira e Yaoyorozu cora. Como esse cara tem medo de ser rejeitado por ela?

— Deixa comigo, Momo. – se ofereceu Kyouka – Amanhã você e Iida tem aquela reunião com o Aizawa-sensei. Vai dormir.

— Não precisa, Kyouka-chan. São só algumas xícaras – Recusou Momo um pouco culpada. Kyouka já estava fazendo um favor de ajuda-la com Todoroki, não queria abusar.

— Então vou terminar rápido – Kyouka encolheu os ombros – Eu fico com a louça, você já fez o chá, e estava muito gosto por sinal, certo, Todoroki-san.

— Sim, muito bom, como tudo que Yaoyorozu-san faz.

Ok, Momo ficar vermelha a ponto de não conseguir agradecer é novidade. Ponto para o IceHot.

— Bem, eu vou levar isso aqui para a cozinha – Jirou anunciou estalando os dedos.

— Eu ajudo – Todoroki ofereceu já pegando a bandeja com o bule e as três xícaras. – Boa noite, Yaoyorozu-san.

Bakugou assistiu a Rabo de Cavalo subir enquanto a Orelha seguia o Meio a Meio até a cozinha. Bakugou podia estar jogando cartas com esses idiotas, entretanto seus ouvidos não perderam a conversa daqueles três. O que foi aquilo? Parecia que a orelha só estava conversando com o Meio a Meio. Oh, merda. Bakugou pensou. Ficou claro para ele. É óbvio que a orelha não ia se interessar por um sem cérebro que nem o Pikachu, ela é mais esperta que isso. E nem pelo inútil do Deku, ele é um bebê chorão. Tinha que ser o bastardo do Meio a Meio.

Bem, eles estavam com uma conversa meio esquisita ali na sala comum, paravam de vez em quando o assunto, como se tivesse alguém incomodando. Talvez a Rabo de Cavalo estivesse atrapalhando? Os dois estavam sozinhos na cozinha, por isso a Orelha se ofereceu para lavar a louça? Para se livrar da Rabo de Cavalo?

Ok, desde que Jirou ORDENOU que Bakugou não se intrometesse na sua vida, o orgulho do garoto determinou que ele descobriria quem era o garoto na carta nem que ele tivesse que ameaçar a mãe dela. Ninguém diz a Bakugou Katsuki o que fazer.

Foi esse orgulho que o fez levantar e caminhar até a cozinha.

Enquanto isso, na cozinha, Kyouka estava impaciente com Todoroki.

— Eu disse para você sentar ao lado dela.

— Eu não quis incomodar.

— Eu não consigo acreditar. Como consegue ser tão inteligente e tão burro ao mesmo tempo? – Ela franziu o cenho – Ela não vai se incomodar, ela está esperando por isso.

— Como pode ter certeza?

— Você já viu como ela fica quando você faz qualquer coisa? Uma pimenta parece pálida perto dela.

— Isso não é ruim? – Todoroki pôs a mão no queixo – Eu posso estar ofendendo ela sem perceber?

— Ah, pelo amor de deus, - Kyouka segurou Todoroki pelos ombros e o sacudiu – Isso não é ruim, Todoroki, isso quer dizer que ela gosta de você.

— Talvez nós devêssemos conversar mais vezes sobre...

Os passos de Bakugou entrando na cozinha os afastaram com um sobressalto (por parte de Kyouka, Todoroki permaneceu impassível como um nobre inglês). Não sem antes o loiro ouvir as últimas palavras de Todoroki e ver a reação exacerbada de Kyouka. Katsuki ergueu uma sobrancelha ao ver Kyouka três passos de distância de Todoroki e com as mãos cruzadas nas costas.

— Procurando alguma coisa, Bakugou? – perguntou Todoroki sempre neutro.

— Água – ele respondeu antes de abrir a geladeira e se servir. – Vocês não lavaram a louça – Katsuki constatou olhando para a bandeja em cima do balcão.

— Não que isso seja da sua conta – Kyouka resmungou fazendo um beicinho irritado.

Bakugou abriu a boca para reclamar e gritar contra Kyouka, entretanto a voz de Kirishima o avisando que era sua vez de jogar o interrompeu. Ele engoliu sua resposta e voltou para a sala comum. Ainda assim, ele não deixou de notar que aqueles dois passaram tempo demais na cozinha para estarem só lavando louça.

No dia seguinte, Jirou e Bakugou estavam claramente brigados. Todo mundo oficialmente percebeu, eles sentam um ao lado do outro e ambos viraram o rosto para não se encararem, e quando o fizeram, foi somente com olhares irritados.

Os outros ficaram curiosos (até Aizawa-sensei), contudo, nenhum dos dois era muito do tipo que compartilha. Mais provável alguém levar uma alfinetada dos fones de Jirou ou morrer por uma explosão de Bakugou.

Durante o treino de heróis, Todoroki tentou falar com Yaoyorozu sozinho e falhou miseravelmente. Acidentalmente ele incendiou seu uniforme ao tentar chama-la sem o pronome de tratamento “san”. Depois disso ele procurou Jirou e pediu que se encontrasse com ele em algum momento. Jirou sugeriu o dia seguinte, já que Yaoyorozu estaria ajudando Ashido e Kaminari no tempo livre. Então eles poderiam falar sem o assunto por perto.

Quando o momento chegou, Kyouka estava esperando Todoroki terminar seu treino com Midoriya. Ela estava na sala comum, sentada no sofá e comendo alguns doces que Sato havia feito para depois do jantar.

— Ei orelha! – Bakugou chamou ao lado de Kirishima e Sero – Eu vou dar uma surra nesses dois no PS4, mas precisamos de mais um para fechar as duplas, quer vir?

Ok, isso não era esperado. Até hoje de manhã Bakugou estava tão irritado com ela quanto ela com ele.

— Ahn... Não, obrigado – ela respondeu desconfiada.

— Vamos, Jirou, vai ser divertido – insistiu Kirishima empurrando Bakugou para frente.

A verdade? Krishima perguntou o que estava acontecendo entre ele e Jirou e o porquê de ambos pareciam prestes a se matar na primeira oportunidade. Depois de muita insistência – muita, mas muita mesmo –, Bakugou contou para o amigo o que aconteceu.

Com uma conversa de quase uma hora, algumas perguntas bem direcionadas de Kirishima, algumas negações, ameaças e algumas explosões, Bakugou percebeu que talvez, só talvez, houvesse uma ínfima possibilidade de toda essa curiosidade sobre a possível paixonite de Jirou ser ciúme. 

E agora o ruivo estava tentando ajudar o amigo explosivo a resolver tudo isso.

— Valeu, Kiri, mas eu não posso – ela sorriu sem jeito, era difícil negar qualquer coisa para Kirishima tanto quanto era para Yaomomo – Eu estou esperando Todoroki, ele pediu para falar comigo.

— Tch. Claro, porque é isso que você quer fazer com ele – Bakugou debochou com uma careta de desprezo.

— Como é? – Ela piscou e ergueu uma sobrancelha.

— É o meio a meio, não é? – Bakugou acusou – O garoto na carta da tua mãe.

Jirou pulou assustada e irritada. Ele nunca tinha mencionado isso na frente de ninguém, e agora estavam ali Kirishima e Sero.

— Eu disse para você não se meter nisso! Qual o seu problema?!

— O que está acontecendo aqui? – Foi Shoto quem perguntou.

Ele e Midoriya estavam chegando da academia no exato momento em que a gritaria começou.

— Não é da sua conta, Meio-a-meio! – Bakugou berrou irritado. Ele não tinha nada que existir, esse bastardo intrometido.

— Eu discordo – começou Todoroki inabalável – Você está gritando com Jirou-san. Você estava esperando por mim, certo? – perguntou ele olhando para a garota. Ela acenou com a cabeça – Então, por favor, venha comigo, poderemos falar mais a vontade no meu quarto, esse assunto não diz respeito a nenhum deles.

— Morre!

Isso foi audácia demais, o Meio a Meio o ignorou completamente! Bakugou avançou com uma explosão com a mão direita sobre Todoroki, ataque que Midoriya recebeu com os braços cruzados.

— Kachan! O que você está fazendo? – perguntou o garoto verde ainda ofegante do golpe.

— Não se mete, Deku!

Bakugou afastou Midoriya com um movimento e preparou outra explosão quando Jirou se pôs entre ele e Todoroki.

— Você ficou maluco?! – Ela gritou com os braços abertos e os fones dançando como cobras prestes a dar o bote.

Todos os outros estavam assustados, gritando e prontos para atacar Bakugou caso ele continuasse insistindo nessa loucura.

— Sai do meio, orelha! – Bakugou ordenou pronto para pular em cima do Meio a Meio.

— É você seu idiota! – Ela grita com os olhos fechados.

— Quê? – Bakugou perdeu o equilíbrio na confusão e baixou a guarda.

— Seu idiota. Bastardo. Estúpido – Ela xingou, cada ofensa um empurrão em direção ao corredor – Tá feliz, agora, seu imbecil? Você finalmente descobriu! Agora você já pode rir da minha cara!

Ela havia aproveitado a confusão do garoto e o guiado para longe dos outros, agora ela estava batendo nele com os punhos fechados, descontando toda a frustração no peito do garoto.

— Por que, caralhos, eu ia rir da sua cara? – Ele perguntou segurando-a pelos pulsos.

— Me solta, seu imbecil! - A garota estava se debatendo pela liberdade e com os olhos fechados para conter as lágrimas.

— Olha para mim! – ele a prendeu e segurou o queixo dela com força, tentando fazê-la olhar para ele – Por que você acha que eu fiquei tão puto com essa maldita carta?!

— Como eu vou saber?! – ela respondeu ainda apertando os olhos e ainda tentando se libertar.

Bakugou bateu os lábios contra os dela bruscamente. Jirou parou de se debater e abriu os olhos pela primeira vez, arregalados de surpresa. Os dois se encararam por alguns segundos.

— O que foi isso? – Jirou perguntou ainda surpresa, a voz um tom mais agudo.

— Você não é burra, Orelha, você sabe o que é um beijo.

Novamente um silêncio. Jirou não tentou se soltar e Bakugou também não moveu um músculo.

— Por quê?

— De novo, por que você acha que eu fiquei tão puto com a carta? – Ele repetiu como se fosse óbvio.

— V-você gosta de mim?!

— Finalmente! – ele revirou os olhos e desceu as mãos pela cintura dela, segurando-a firmemente – Eu já estava planejando matar todos os caras da turma se não descobrisse o certo.

— Mas... como? Por quê? Você... E-eu.... – Ela gaguejou com o cenho franzido em confusão.

— Você realmente precisa de uma explicação? – Ele perguntou torcendo o nariz.

Ela abriu e fechou a boca.

— Não, na verdade.

— Bom. Eu vou te beijar de novo – ele avisou, soltando o rosto dela e deslizando a mão para o pescoço – Do jeito certo, dessa vez.

— Vocês acham que eles se mataram? – perguntou Ashido mordendo o punho fechado.

— Claro que não, eles são heróis, não vilões – Sero negou nervoso – Eles não fariam isso, certo, pessoal?

— Eu não sei, está muito quieto. Isso me deixa nervoso – Comentou Kaminari sacudindo as pernas.

— Isso deve ser um bom sinal, certo? Eles devem estar conversando – argumentou Yaoyorozu tão apreensiva quanto os outros.

— Ou limpando a cena do crime – ponderou Todoroki.

— Todoroki-kun! – Todos repreenderam com um pulo assustado.

O fato é que, depois que Jirou e Bakugou sumiram no corredor, toda a turma desceu para a sala comum. As explosões de quando Bakugou atacou Todoroki haviam ecoado por todo o prédio. Quando todos chegaram, Midoriya e Kirishima contaram tudo o que sabiam.

Bem, Kirishima nem tudo. Ele havia conversado com Bakugou, e sabia que essa reação toda era por causa do ciúme. Entretanto, o garoto explosivo ainda estava relutante em admitir isso, e as coisas aconteceram tão rápido que tudo parecia um borrão. Tudo que ele lembrava era dedo no cu e gritaria.

— Acho que nós deveríamos ir lá – Sugeriu Iida.

— Você acha? – Minetta engoliu em seco.

Bakugou tinha o temperamento mais temido de todos os seus colegas, Jirou era o segundo, ele não gostou muito da ideia de se intrometer em uma briga dos dois.

— Nós temos que salvar a Jirou-chan – Concordou Uraraka – Quem sabe o que Bakugou pode fazer se perder a cabeça.

— Cara, vocês já foram atacados pela Jirou? – insistiu Minetta com uma lembrança dolorosa – Talvez Bakugou é quem precise ser salvo.

— E nós não ouvimos nenhuma explosão – Tsui ponderou – Sem os amplificadores, os ataques da Kyou-chan são silenciosos. E se podem quebrar concreto, podem quebrar ossos, certo?

— Gente, gente, vamos parar de assumir que eles estão brigando ok? – Pediu Kirishima começando a ficar preocupado.

O silêncio era algo assustador, se eles não tivessem parado de brigar, um dos dois já estava seriamente machucado. Porque Kirishima ainda não conheceu ninguém mais teimoso que Bakugou Katsuki.

— Como? Eles saíram daqui brigando! – lembrou Sero.

— É isso, vamos todos juntos – decidiu Iida – Yaoyorozu-san, você pode criar um escudo? Assim podemos nos aproximar sem nos ferir acidentalmente com as explosões de Bakugou.

— Claro! – confirmou Momo já ativando sua individualidade.

— Kirishima, eu, você, Midoriya e Todoroki vamos na linha de frente, ao lado da Yaoyorozu-san. Kaminari, Tokoyami e Sato bem atrás de nós. Shouji, por favor, seja nossos olhos e ouvidos. Os demais se agrupem como se sentirem melhor.

E assim foi montada uma força tarefa para separar a briga de Bakugou e Jirou. A turma 1-A entrou no corredor cautelosamente, dividido em quatro colunas de pessoas, protegidas pelo escudo largo criado por Yaoyorozu.

A cinco passos da primeira curva, Iida olhou para Shouji e o Octopus encostou um de seus braços em forma de ouvido à parede. Ele inclinou a cabeça de lado com uma expressão intrigada.

— Duas pessoas, no final do corredor – Ele informou o mais baixo que pôde – Eu não entendo. Tem uma espécie de farfalhado, talvez alguma interferência?

— Vamos continuar – coordenou Iida.

Eles continuaram os passos e pararam exatamente antes da curva do corredor. Gesticulando com as mãos, Iida deu o sinal para todos avançarem ao mesmo tempo.

— Parados os dois! – ele gritou.

— Puta merda!

— Puta que pariu, caralho!

Os dois gritaram ao mesmo tempo. Bakugou e Jirou tomaram um susto tão grande que empalideceram. Jirou apoiou-se nos joelhos e Bakugou escorou as mãos na parede. A mudança de clima quase os matou. A meio segundo atrás Bakugou tinha Jirou contra a parede em um beijo tão inebriante que eles estavam oscilando entre o consciente e o inconsciente.

— Mas o quê?! – Kaminari foi o primeiro a se expressar.

— Eita – Sero foi o segundo.

— Vocês finalmente se acertaram! – Comemorou Kirishima.

A turma 1-A atrapalhou o momento, isso quer dizer que eles viram exatamente o que estava acontecendo no segundo em que os dois se separam.

— Eles estão bem – Momo suspirou aliviada, assim como Midoriya e Iida.

— Eu não acredito! A gente achando que vocês estavam ocultando o cadáver um do outro quando na verdade estavam dando uns amassos! – Mina chiou – Eu não sei se eu odeio ou amo vocês!

— Não é assim! – Jirou protestou corando furiosamente, a palidez do susto sumiu por completo.

— Não? Então como é então? – Foi a vez de Hakagure.

— De outro jeito – Jirou murmurou olhando para o chão, sem jeito.

Ela não tinha uma resposta melhor. Bem, a verdade dói (nesse caso, nem tanto, certo?).

— Ei, deixem minha namorada em paz – Bakugou ordenou bem alto e puxando Jirou pela cintura.

— Sua o quê?! – Jirou chiou olhando para ele de olhos arregalados.

— Ei! Eu não posso beijar você daquele jeito se você não for minha namorada, a bruxa velha arrancaria minha pele se eu fizesse isso! – Ele explicou corando um pouco.

— Own, o primeiro casal da 1-A! – Mina suspirou piscando várias vezes.

— Espera aí um segundo – Kaminari estreitou os olhos para pensar melhor – Toda essa coisa com o Todoroki foi por ciúme?

A turma 1-A olhou para ele incrédula, ele realmente só percebeu agora?

— A propósito, Meio a meio, o que você queria com a minha garota?

— Não é da sua conta – Todoroki respondeu impassível, porém a cor em suas bochechas indicava sua vergonha.

Bakugou deu um passo à frente para atacar Todoroki, contudo, Jirou segurou-o e sussurrou algo em seu ouvido.

— Você, está brincando comigo! E eles ainda não resolveram isso?! – Bakugou reclamou.

— Eles precisam de tempo! – Jirou sibilou baixinho puxando o braço de Bakugou para impedir o garoto de fazer seja lá o que estivesse planejando.

— É, tanto faz. – Ele encolheu os ombros e a enlaçou pela cintura e começou a caminhar pelo meio da turma – Cabelo de merda, Cara de Fita, o vídeo game é de vocês até eu voltar.

— Para onde vocês vão? – perguntou Kirishima com um sorriso.

— Sair.

 Jirou se limitou a corar e esconder um sorriso enquanto Katuski a guiava por meio dos amigos. Ela ia ouvir horrores das meninas quando voltasse. Por hora, ela ia se limitar a curtir o seu novo namorado.


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