Primrose ▸ Edward Cullen escrita por Woodsday


Capítulo 3
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+ Oh WonderUltralife

 

+ 6 à 8 anos

— Um pedaço pro papai. — Prim cortou uma fatia generosa da torta que Esme fizera mais cedo. Era do seu sabor favorito: Chocolate e nozes. Terra, para os vampiros da casa. — Um pedaço pro vovô e um pedaço pro Ed. — Terminou orgulhosa observando o prato dos três vampiros ao redor da mesinha de madeira cor de rosa. — Vocês tem que comer tudinho. — Ordenou decidida. — Tudinho, ta bom? — Primrose ergueu o dedo indicador para dar enfase na informação.

Alice gargalhou ao ver a cara dos homens sentados na mesa de chá junto de Prim. A menina os estavam fazendo de massinha de modelar em suas mãos. Emmett tinha um laço cor de rosa no cabelo, as unhas das mãos pintadas e o rosto estava borrado com um batom que Alice gentilmente cedeu a sobrinha.

Rosalie, Esme e Jasper haviam saído para caçar e sobrou para Alice ser a babá de Prim naquela noite, no entanto, a vampira se recusou a fazer o papel que claramente quem devia fazer era o pai de Prim.

Foi dessa forma que Emmett acabou em tal situação degradante que só um pai passaria. Não é diferente com Edward e Carlisle, apesar de não estarem pintados, Prim já os fizeram experimentar cinco tortas diferentes. Duas delas eram de terra e essas foram as únicas que os três homens conseguiram escapar.

— Comida de verdade tem que comer! — Prim ordenou mais uma vez, a expressão séria e as bochechas gordinhas se erguendo quando sorriu satisfeita ao ver o pai dando uma garfada. — Come mais papai. Tá muito gostoso né?

— É papai. — Alice gargalhou mais uma vez. — Come tudo!

— Alice. — Emmett advertiu encarando a baixinha com irritação. Amava a filha acima de tudo e sabia que só por amor estava na situação em que estava. — Querida, o papai está bem cheião. —  Ele disse para Prim levando as mãos a barriga para dar ênfase à sua frase.

O biquinho se formou no rosto de Prim e Emmett suspirou. — Só mais um pedaço. — Advertiu a garota que sorriu imediatamente satisfeita.

— Obrigada papai! Eu te amo! — Ela pulou sobre ele rodeando seu pescoço com os braços e Emmett sorriu beijando a testa da filha. Era por isso que ele comia infinitas tortas com gosto de areia, para ver Primrose sorrir desse jeitinho que só ela conseguia.

— O vovô não ganha beijo também? — Carlisle abriu os braços soando ofendido e Prim abriu a boca surpresa.

— Puxa vovô! É claro! Você é o meu vovô preferido! — A menina pulou dos braços de Emm e em seguida jogou-se nos braços de Carlisle. Ele sorriu apertando-a em um abraço e cutucando-a em cosquinhas que faziam Prim se contorcer em risadas.

 — Eu sou seu único avô, monstrinha.  —  Carlisle resmungou brincalhão.

Prim suspirou e olhou para o avô como se fosse óbvio.  — É por isso que é o favorito, vozinho!

Os três brincaram com Prim até que desse o seu horário de banho e Alice arrastou a sobrinha para o andar de cima para deixá-la limpa e cheirosa antes que Rosalie chegasse e comesse Emmett e ela vivos.

— Ed, sai. — Prim disse quando Alice a avisou que a banheira estava pronta, Edward estava enrolando as mangas da blusa pronto para brincar com Prim e os brinquedos como sempre faziam. — Você não pode me dar banho mais, é um menino. — Pontuou como se fosse óbvio.

Edward sorriu achando graça. — Continue pensando assim até o fim da vida.

Prim olhou-o confusa. — O papai também disse isso.

— Muito inteligente seu pai. — Edward balançou a cabeça satisfeito. — Tome seu banho, minha criança. Eu vou esperar no quarto.

Prim sorriu satisfeita e Edward saiu do banheiro, sentando-se na pequena cama com colchoado das princesas. Demorou cerca de meia hora para Prim sair vestida com seu pijama de ursinhos e entregar o pente para Edward, ela sentou-se sobre a cama cruzando as pernas e puxando o ursinho sobre o colo e ele se pôs a pentear o cabelo longo e ruivo. Prim não gostava que Alice ou Esme penteassem seu cabelo, nem mesmo nenhum dos homens da casa, exceto Edward.

Os únicos permitidos a tocar nos cachos eram a mãe ou o vampiro. E Edward se sentia muito vaidoso com isso. Prim era sua menininha, afinal.

Não demorou para que Prim estivesse com os cabelos secos e penteados, então Edward os trançou suavemente para que não machucassem sua cabeça e cobriu a garotinha ajeitando-a sobre os travesseiros. Prim esticou a mão e Edward deitou-se ao seu lado, cantarolando sua canção de ninar. Prim dormiu em questão de minutos e Edward finalmente conseguiu aventurar-se nos sonhos dela.

Era seu passatempo favorito. Até um ano atrás, Edward não conseguia ler a mente de Prim. Era um enigma, mas ele nunca se focou na mente de uma criança antes, então não saberia dizer se isso se devia a idade ou uma condição especial de Primrose. Mas então, quando ela fez seis anos, foi como desbloquear uma caixa... bem, quase isso. Prim tinha uma mente muito conturbada durante o dia, ela pensava em tantas coisas que Edward quase enlouquecia, por isso preferia se manter longe da mente dela. Mas quando Prim dormia, tudo se silenciava em sua pequena cabecinha.

Edward conseguia navegar em toda a imaginação fértil dos seus sonhos e suas noites eram repletas de aventuras infantis. Quase sempre ele estava nos sonhos de Prim e isso o deixava absolutamente contente. Às vezes também havia uma personagem especialmente parecida com Alice ou com Rosalie, noite passada ela sonhou que ambas eram fadas de um reino, onde Prim era a princesa e Edward seu príncipe. Emmett era o rei de um grande castelo feito de jujubas e Carlisle e Esme eram donos de uma floresta recheada de bolos de chocolate.

Edward sorriu se deixando levar pela imaginação de Prim. Nessa noite, ela estava viajando em uma borboleta e em baixo dela havia um rio de chocolate.

Rose realmente deveria se preocupar com o tanto de doce que deixava Prim comer. Um dia essa menina dominaria o mundo e o transformaria em doce. Ele sorriu se deixando levar pela imagem que formava em sua cabeça, aguardando ansiosamente o momento em que faria sua entrada na aventura daquela noite.

 

Quando faltava três meses para o aniversário de Primrose, a família Cullen decidiu se mudar. Foi torturante para todos eles verem Prim se despedir dos amiguinhos e implorar aos pais para ficarem. Rose teve que ser dura ao dizer para a filha que não podiam mais continuar na cidade porque vovô Carlisle conseguiu um emprego em outro lugar e ainda explicar para a menina porque eles tinham que acompanhá-lo.

Foi uma das coisas mais difíceis que Rose teve que fazer, mas Prim estava em uma idade que Rose precisava começar a lhe negar as coisas. Nem de perto queria que a filha crescesse como ela cresceu e fosse tão mimada quanto ela era. Não queria que um dia Primrose se tornasse cega quanto à circunstâncias perigosas somente porque aquilo era o seu ideal.

Por isso foi uma época difícil para Rose e Emmett, e principalmente para Edward. Quando a menina não conseguia nenhuma resposta positiva dos pais, corria para ele e com certa angustia Edward também dizia que não iria desobedecer seus pais.

Até que Rose finalmente cedeu esperar três meses para a mudança e para a festa de aniversário de oito anos de Prim. O tema foi ideia de Edward, que lembrou-se perfeitamente do sonho da menina e criou o maior castelo de doces que já existiu. Um grande castelo todo customizado como marshmallow, obra incrível de Alice, que estava fantasiada de fada, assim como Rose e assim como Emmett — que era o rei das fadas.

Carlisle e Esme eram fadas do campo e Edward era o príncipe da Princesa Primrose, que era a mais bonita e mais encantadora das fadas. Prim amou a festa e foi a melhor despedida que pôde ter dos amiguinhos. Inclusive do garoto chamado Adrian, por quem Prim ficava toda derretida.

Emmett e Edward não gostavam nada do garoto. Principalmente quando ele se despediu com um beijo na bochecha de Prim que fez a garotinha corar como um tomate e ficar toda sorridente o resto da noite.

Alice, Rosalie e Esme sem dúvida se derreteram por Prim estar tendo seu primeiro amor.

— É um sentimento totalmente puro, Edward. — Jasper o acalmou com um sorriso e Edward sabia disso, podia ver na mente de Edward a essência do sentimento das duas crianças. Uma nuvem rosa bebê que os envolvia. Um amor totalmente infantil. Isso não o incomodava tanto, o maior incomodo era pensar em Prim adolescente, quando ela realmente fosse sentir amor por alguém, paixão e desejo. Uh, estremeceu afastando o pensando. Jasper riu dando dois tapinhas em suas costas. — Cara, vai ficar pior. Melhor deixar o ciúmes para Emmett, já basta um arrancando os cabelos aqui.

Edward riu, concordando. Emmett com certeza arrancaria os cabelos, nesse momento mesmo olhava para Adrian como se pudesse chutar o pobre menino para fora da casa. As mãozinhas gordinhas seguravam a mão de Prim e eles conversavam banalidades como o desenho que passara na manhã daquele dia.

Mesmo assim, Edward conseguia ouvir pensamentos assassinos vindo de Emmett. Ele pensava a mesma coisa que Edward há pouco.

O que fariam quando Prim fosse uma garota adulta?


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam do capítulo? ♥
Summer Fontana é uma bebezinha né? Eu acho ela muito carinha da nossa Prim criança.

Espero que vocês tenham gostado desse capítulo! ♥



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