P.O.V. Nicole.

Quando eu acordei, não estava mais na igreja. Eu não sabia onde estava, mas sentia que já tinha estado ali antes.

Tenho que dar um jeito de sair daqui e voltar pra casa. Bom, eu não tenho mais uma casa.

Levantei daquela cama e comecei a olhar em volta e... entrei em pânico com o que eu vi.

Haviam roupas penduradas em cabides perfeitamente lavadas, passadas, arrumadas e fotos. Da mulher. A mulher grávida da Igreja.

E cara, eu era a cara dela. Eramos tipo, clones.

Senti o pânico me tomando. Estava acontecendo de novo e o nível de esquisitice tinha atingido novos patamares.

Abri a janela e era uma bela duma altura. Mas, eu tenho que dar o fora daqui.

—Ah, então você acordou.

Era o cara do píer.

—Fique longe de mim!

P.O.V. Elijah.

Eu posso sentir o cheiro da adrenalina no sangue dela, posso ouvir o coração dela batendo tão rápido que parece que vai explodir.

—Está tudo bem. Eu não vou lhe causar nenhum mal. Você está segura aqui Nicole.

—Porque isso sempre acontece comigo? Porque eu sempre atraio os malucos? Eu era noiva! Os meus sonhos foram roubados de mim e de repente, estou num pesadelo atrás do outro. Uma amiga perseguidora, um namorado perseguidor e agora você.

Ela subiu no parapeito da janela.

—Não! Desça dai.

—Nunca vai parar não é? Não acaba nunca.

É. Acho que foi um erro colocá-la neste quarto.

—Nicole, por favor. Não faça isso. 

—Ela morreu. A sua grávida morreu.

Então, ela pulou.

—Não!

Cheguei á tempo de pegar a mão dela e puxá-la de volta. O que acabou piorando tudo.

—Ahm, como... como você fez isso? Você tava do outro lado do quarto e me puxou com uma única mão. Eu peso cinquenta e seis quilos e você me puxou com uma mão!

O único jeito de fazê-la manter a calma era fazendo-a esquecer.

—Nicole, esqueça tudo o que acabou de acontecer. Você está segura aqui, eu não nunca vou permitir que nada de ruim lhe aconteça.

A compulsão funcionou, o que significa que ela não é um ser sobrenatural. O ritmo cardíaco dela voltou ao normal.

—Eu me lembro de você. Você me salvou no píer.

—Eu sou Elijah Mikaelson.

—Nicole Clark.

—Muito prazer. Qual é a última coisa da qual se recorda?

—Eu fui á igreja e tive umas alucinações. Estou perdendo minha sanidade.

—Alucinações?

—Quanto mais eu entrava na igreja mais eu via.

—E o que você viu?

—Me vi. Grávida, parindo e sendo degolada. Foi esquisito.

Ela possui algumas das memórias de Hayley, inclusive a do dia em que morreu.

—Não está com fome?

—Na verdade estou.

—Venha comigo.

P.O.V. Nicole.

Ele me fez café da manhã. Foi gentil. Estava comendo quando uma mulher loira chega empurrando dois carrinhos de bebê. Quando ela me vê só falta os olhos dela saltarem de dentro das órbitas.

—Você é esposa dele?

—Do irmão dele. E... como é que você tá viva?!

—Caroline.

—O que? É uma pergunta válida.

O homem negou com a cabeça.

—Qual é o seu nome?

—É Nicole. Nicole Clark.

A mulher parecia que tava em choque. Abria e fechava a boca sem dizer nada.

—Elijah... uma palavrinha.

P.O.V. Caroline.

Deixei as meninas nos carrinhos e arrastei o Nobre Original para dentro de um cômodo qualquer.

—O que está fazendo, seu Original maluco?!

—Ela estava sendo atacada Caroline.

—Pelo amor de Deus Elijah! Você tá pirando de vez. A Hayley morreu. Eu admito que essa Nicole parece a doppelgganger da Hayley, mas ela se foi Elijah. Não pode querer que essa moça seja uma substituta pra quem ela não é. Isso é doentio.

—É ela Caroline. Quando ela entrou na Saint Anne's viu a morte de Hayley. Sentiu.

—Elijah, você tá colocando dois mais dois e fazendo cinco! E mesmo se ela for, eu li alguns livros espíritas. Quando a alma reencarna ela não tem nenhuma lembrança da sua vida anterior. E você não vai querer arrastar ela pra isso.