Wintershock escrita por ariiuu


Capítulo 27
O resgate de uma estudante bêbada


Notas iniciais do capítulo

Hello, people!? Como estão?
Capítulo sábado a tarde pra quem está de folga (eu não tô, mas tirei um tempinho no meu freela pra postar pra vcs)
Nesse capítulo teremos o desfecho da briga dos dois embustes e o nosso lindo soldado indo salvar sua garota. Teremos também muitas provas de que o nosso casal parece estar se apaixonando ao mesmo tempo, embora ainda não saibam direito o que está acontecendo... já era hora né? Capítulo 27, ehehehe.
Não esqueçam de acessar o Tumblr, porque lá tem fotos e também a música que é tocada nesse capítulo. Se quiserem entrar na vibe dessa história de cabeça, eu recomento que se ouçam as músicas, porque as letras têm tudo a ver com o contexto das cenas, claro, pra quem quiser e curtir um bom rock, que é o gênero predominante na trilha da fanfic: wintershock.tumblr.com
Na capa, pra quem ainda não sabe quem são os personagens:
1 – Andrew
2 – Helena
3 – Nathan
4 – Robert
5 – Darcy
6 – Bucky
Meio obvia a ordem, mas prefiro desenhar do que deixar alguém boiando...
Divirtam-se!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/771169/chapter/27

Jane entrou na cena onde os dois marmanjos brigavam por causa de Darcy e então, a cientista foi logo foi fazendo o que sabia de melhor...

.

AMEAÇAS DE MORTE...

.

— Meninos... Se querem se comportar como dois cachorros raivosos, sugiro que briguem lá fora... podem até se matar, que logo depois chamamos um rabecão do IML mais próximo para retirar os corpos, mas aqui dentro não, pois estamos com o presidente e a filha do fundador da PYM Tech nesse local e não queremos dar um vexame, entenderam...? – O sorriso de Jane era diabólico e o tom de sua voz densamente fúnebre.

A astrofísica assustou os dois machos, que se afastaram um do outro no mesmo instante.

Ambos sabiam o que Jane fazia quando estava com raiva... Tanto Nathan quanto Robert já presenciaram o descontrole da cientista.

Era por isso que único homem digno de aguentar a intensidade daquela tempestade se chamava Thor Odinson, vulgo deus do trovão.

Jane Foster não estava de brincadeira...

— Ehehehehehe, quem vê essa carinha nem imagina que você faz o pior dos barracos, né, Jane!? – Darcy, fora de si, ria desvairadamente.

— Eu não vou deixar que seu ex estrague essa noite! – A astrofísica não tinha paciência com nada e nem ninguém, quando o assunto era relacionado ao seu trabalho.

— Sem essa Jane... Eu sei que sua alma barraqueira transforma qualquer briguinha de boteco num torneio de UFC! – A estagiária não conseguia deixar de fazer suas piadas nas piores horas.

— É melhor você aproveitar a brecha e sair daqui, antes que esses dois idiotas voltem a brigar e eu acabe atirando uma cadeira na cabeça de cada um deles.

— Você está certa... meu lema é: Perder sempre. Desistir jamais... – E tudo o que Darcy fez foi continuar bebendo sua vodka enquanto alargava os olhos e dava um giro de 180 graus meio dançante, no ímpeto de sair dali de fininho, como se nada tivesse acontecido e que não fosse com ela...

Mas...

O ex-namorado da garota não conseguia simplesmente desistir e correu na direção dela novamente.

— Kat, espera...! – Robert passou por Jane, ignorando-a totalmente e se reaproximou de Darcy, agarrando seu braço mais uma vez.

Vendo isso, Nathan imediatamente puxou do rapaz para longe da garota.

— Larga ela...!

Jane revirou os olhos em resposta. Devia ter trazido sua AR-15...

Mas Darcy se enfezou e resolveu se impor, dando um fim naquilo, puxando seu braço com muita força e raiva.

.

— CHEGA!!! CANSEI DE SER TROUXA!!! VOU SENTAR E DESCANSAR UM POUCO!!! AMANHÃ EU CONTINUO!!!

.

E então, a garota saiu cambaleando dali, derramando sua bebida no chão e deixando os dois homens a ver navios...

.

Jane suspirou de nervoso e saiu atrás de Darcy, seguindo-a.

— Me esclarece uma coisa que até agora não entendi: Como o Robert descobriu que você estava aqui? – A astrofísica segurava no braço da garota, a impedindo de cair no chão de bêbada.

— Eu também não sei... Como você acha que ele descobriu que eu estava aqui...? – Devolvia a pergunta, em tom de ironia.

— Darcy... Se você beber mais um gole de vodka, eu juro que te jogo da ponte do rio Hudson na volta... – Jane sorriu majestosamente assustadora e Darcy exprimiu uma feição assombrada.

— Não... Eu ainda não sei nadar... Pode esperar que eu faça as primeiras aulas de natação antes...? – Ela estava tão embriagada, que não estava assimilando mais a realidade.

— Se o Robert está aqui, ele vai esperar você ir embora pra ir atrás, e o Nathan também. É melhor a gente sair de fininho pela porta dos fundos, sem que eles percebam. – A cientista tentava solucionar o problema, mas a estudante começou a rir.

Helena e Andrew estavam logo atrás observando tudo, com muita curiosidade.

— Eu tenho uma ideia melhor... – A risonha Darcy se desvencilhou do braço de Jane e correu para o canto do balcão com o smartphone na mão.

A garota discava um número e a astrofísica e seus colegas não tinham ideia pra quem ela estava ligando.

Depois de alguns segundos, Darcy sorriu e começou a falar ao telefone.

.

— Hey, James... Você pode vir me buscar...? — A embriaguez era muito notável...

.

O Soldado Invernal era o único que podia salvá-la [?]

— Você... Está bêbada...? – Bucky ficou chocado com o que ouviu do outro lado da linha. A estudante estava tão alcoolizada, que o chamou de James.

— Eu estou só um pouquinho, mas... Preciso que você venha me buscar porque... Tem dois caras me incomodando e eu não estou com o meu taser aqui... – A voz dela soava divertidamente trêmula e lenta em algumas partes.

— Onde estão as chaves do carro?

— Bem... As chaves estão comigo, então, você vai ter que pegar a moto... – Ela soluçava e ria ao mesmo tempo.

— A moto que você queria que eu usasse...? – O soldado achava que a garota estava delirando.

— A chave da moto está no chaveiro do lado da porta da sala. E a moto... Está na garagem... – E enquanto falava, a garota dava um giro e jogava o braço para o alto, se sentindo feliz além da conta.

— Já estou indo, mas antes me diga o endereço. – Ele já pegava a chave da moto, enquanto fechava a porta do apartamento.

— Fica na Time Square... Sexta Avenida, número 1135, 30º andar. Quando você chegar na recepção, vou estar te esperando... É um prédio espelhado...

Bucky estava um pouco preocupado. As poucas mulheres da sua época que bebiam em lugares indevidos tinham má fama, mas não tinham o costume de ficarem tão embriagadas a ponto de colocar sua integridade em risco.

— Fique longe desses caras até eu chegar. Se eles tentarem algo, terão de se ver comigo. – Quando deu por si, já havia dito tal frase, mas não se arrependia.

— É assim que se fala, garoto! – A estudante comemorou e desligou logo em seguida.

Aqueles dois vermes jamais venceriam o Soldado Invernal no braço... só de imaginar, sentia pena... ambos virariam pó nas mãos de Bucky Barnes.

Jane, Andrew, Helena, e agora Erik e Dylan que chegaram depois, ficaram com um ponto de interrogação estampado em suas faces.

.

Com quem Darcy acabara de falar ao telefone?

.

Meia hora se passou.

Jane ficou ao lado de Darcy o tempo todo, enquanto Robert e Nathan se encontravam alertas e à espreita de alguma brecha.

Algum tempo depois, um homem chegava ao local. Ele cruzou a entrada principal, passando por todos que estavam ali.

.

Bucky havia finalmente chegado.

.

Uma música começava, com o timbre de uma guitarra acústica, ecoando pelo local no volume máximo.

Foo Fighters - The Deepest Blues Are Black.

Darcy automaticamente saiu correndo, indo na direção do sargento.

Ele estava com trajes escuros... Sua pose era intimidante...

A estudante estava quase chegando até onde o mesmo estava, mas tropeçou no meio do caminho e quase caiu no chão.

O soldado a ajudou a se manter de pé.

.

♫ Shame on you (Que vergonha de você,)

Seducing everyone (Seduzindo todo mundo)

Faded you (Você enfraquecendo)

Your diamond in the rough (Seu diamante bruto)

.

Bucky a observou com o rosto vermelho, totalmente bêbada, alheia a tudo... sem noção que mesmo naquele estado, se encontrava deslumbrantemente linda...

— Até que enfim você chegou... Eu estava ficando preocupada... – Ela alargou um sorriso insano e ele a olhou espantado.

Era ele quem deveria estar preocupado com ela naquelas condições...

— O quanto você bebeu pra ficar nesse estado, Lewis?

— Só um tiquinho... – Ela sorriu, sem ter noção de nada em sua frente.

James estava vestido com seus típicos trajes de quando tinha insônia e resolvia espairecer nos bares ao redor da Upper West Side: O boné de baiseball, camiseta escura, uma jaqueta preta, calça jeans e coturnos.

Jane, Erik e os outros se aproximaram da dupla e não entenderam porque o tal homem que acabara de chegar, estava ali, segurando Darcy para que a mesma não caísse no chão.

O soldado observava tudo ao redor cautelosamente, atento caso alguém reconhecesse o Soldado Invernal, embora tenha sido um fantasma todos aqueles anos e o rosto do sargento James Buchanan Barnes não fosse lembrado pela maioria das pessoas, precisava tomar cuidado.

Então, Darcy resolveu se despedir e sair dali o mais rápido possível, se livrando dos dois encostos que a fitavam com ódio do outro lado.

— Pessoal, eu vou nessa, então até mais! – Ela acenou e deu de costas enquanto segurava o braço do soldado.

— Espere aí mesmo, Darcy! – Jane gritou e a garota virou o rosto, confusa.

— O que foi...? – Ela expressou uma carranca engraçada.

— Quem é esse cara!? – A Astrofísica protestou, tentando entender porque depois de dois homens brigarem por ela, a mesma agora saia com outro homem, desconhecido, do nada do local.

— Você quer que eu fale com ela? – Bucky sugeriu, sussurrando no ouvido da estudante.

— Não. Você precisa preservar seu disfarce. Eu sabia que esse dia ia chegar, então... eu cuido disso... – Darcy largou o braço do soldado e andou alguns passos na direção de Jane.

Erik semicerrava os olhos, tentando assimilar a fisionomia do rapaz.

Ele desconfiava que já o tinha visto de algum lugar... Mas não se recordava de onde...

A garota  tentou se explicar para astrofísica.

.

— Ele é meu primo. Está aqui em Nova York por um tempo, então pedi para que ele me levasse pra casa...!

.

Não havia outra desculpa melhor do que aquela. Teria de mentir que James na verdade era um parente e só assim poderia sair bêbada na companhia de um desconhecido sem levantar suspeitas. Darcy teria de se esforçar para escolher as palavras com cuidado, ainda mais estando bêbada.

— Primo!!!? – Os dois homens logo atrás, gritaram em uníssono.

Robert e Nathan mantiveram distância, mas Jane já estava prestes a chutá-los dali, pelo olhar letal que a mesma lançou para ambos.

Bucky percebeu que os dois logo a frente pareciam ser as pessoas que estavam incomodando a estudante.

Os colegas de Darcy prestavam muita atenção na cena.

— Então é ele...? – Andrew sorria de orelha a orelha, cochichando consigo mesmo, deixando Helena confusa.

— Ele quem...?

— O novo Crush da Darcy...

— É sério!? Mas ela acabou de dizer que ele é primo dela.

— E você leva mesmo a sério as afirmações de uma bêbada? – Andrew indagou, sabendo que o rapaz ao lado de Darcy, com certeza não era seu primo.

— E mesmo sóbria, a Darcy também não passa muita seriedade... – Helena completava, enquanto analisava a situação.

— Mesmo não vendo muitos detalhes de seu rosto por causa da pouca iluminação, é notável que ele é um tipão... – O rapaz analisava Bucky da cabeça aos pés.

Mas a discussão ainda era se Darcy ia mesmo sair naquele estado com um rapaz que ela dizia ser seu “parente”.

Jane e Erik olharam desconfiados para o soldado, que permanecia calado e inexpressivo.

Sabia que os dois em sua frente eram os superiores de Darcy, com qual a garota trabalhava, já que os viu anteriormente, da vez em que estava no prédio em frente ao apartamento da garota, segurando uma sniper.

— Jane... Por favor... Ele está me esperando e você está deixando a situação complicada... Amanhã eu juro que te explico tudo, então...-

— Não precisa explicar nada. Você não me disse que um primo seu estava em Nova York, mas isso não importa. Se ele é seu parente, então você pode ir. Mas não se meta mais em confusão com aqueles dois enquanto estivermos a trabalho, senão vou procurar outra estagiária. – Retorquia, ríspida.

— Me desculpa... Isso não vai acontecer de novo. – A estudante falava calmamente, se esforçando intensamente para não estragar tudo.

— Assim espero. – A astrofísica finalizou, severamente.

E então, quando Darcy passou entre os dois idiotas, Robert puxou seu braço

De novo...

Pela terceira vez naquela noite...

— Por que você nunca me falou sobre esse primo? – A feição do rapaz era de decepção e... Ciúmes... Estava desacreditado que o homem desconhecido atrás de sua ex, era realmente algum parente.

— Eu nunca te falei sobre muitas coisas, seu idiota... – Redarguiu com ódio, lançando seu olhar rancoroso sobre ele, tentando puxar seu braço de volta, porém...

O olhar do Soldado Invernal cintilou sombriamente... e antes que Darcy pudesse ver, o braço metálico por baixo da jaqueta do sargento já se encontrava no pulso de Robert.

.

— Tire suas mãos dela... - James replicou, com a voz mais grave e intimidante do que de costume. Um brilho feral, selvagem e colérico podia ser facilmente vislumbrado em seus incríveis olhos azuis...

.

Robert sentiu um potente e impiedoso aperto duro em seu pulso, como se um metal incrivelmente gelado estivesse prestes a estraçalhar seu osso.

O Soldado Invernal estava às portas... quase saindo... jamais permitiria que nenhum homem tocasse Darcy e a machucasse...

Mas Robert não desistiu...

— A Kat nunca mencionou nada sobre você antes, então por que deveria deixar que ela saia daqui com você!? – O rapaz tentava intimidar o sargento, mas aquilo estava muito longe de ser uma ameaça real ao ver dele.

— Você não tem que deixar nada... – E então, o soldado jogou o pulso do rapaz com muita violência para frente, ignorando-o logo em seguida.

Bucky passou por coisas muito piores em sua vida, tanto como sargento quanto como o punho da HYDRA. Enfrentou diversos inimigos perigosos, entre eles, o Capitão América, um super soldado que possuía a força magistral. O que era um mero protesto de alguém tão fraco como Robert? Aquilo não era nada...

Andrew e Helena sorriam como dois abestados, rindo da cena, numa representação grotesca do meme do Michael Jackson com a pipoca na mão, torcendo para que o barraco ficasse ainda pior.

— Quem jogou praga na minha vida amorosa tá de parabéns! – Darcy olhava para as duas hienas rindo de nervoso atrás dela.

— Kat, você não pode ir embora desse jeito! – Robert insistia, completamente indignado em deixa-la sair dali com um desconhecido.

— Você não ouviu o que ele disse!? Eu faço o que bem entender da minha vida! Adeus. – A garota virou de costas, acenando.

— Espera! – Dessa vez, o rapaz agarrou o ombro da estudante.

Ela se virou, assustada e acabou gritando.

— ME LARGA!!!

E então, Robert sequer percebeu o movimento veloz e potente em sua direção...

Tudo o que conseguiu sentir, foi um empurrão...

.

Que o fez ser arremessado a quatro metros de distância, resultando numa bela queda ao chão.

.

Darcy só conseguiu ver o braço cibernético de James estendido para frente...

O olhar dele era...

.

Implacavelmente sinistro...

.

As pessoas ao redor observavam Robert no chão... assustadas...

A estudante ficou atônita. Não poderia deixar que o Soldado Invernal despertasse na frente de todos... Se James fosse exposto, a culpa seria dela.

Jane, Erik e os outros estavam perplexos pela cena... Os astrofísicos sabiam que para um homem do porte de Robert ser tão facilmente jogado para longe naquela velocidade, era porque o suposto ‘primo’ de Darcy possuía uma força fora do comum.

A estudante sentia os olhares de seus superiores, colegas e pessoas curiosas ao redor... inclusive o de Darren Cross, que parecia extremamente curioso sobre o soldado, mantendo seus olhos fixos na figura dele.

Hope observava a expressão do presidente da PYM Tech, já imaginando que pensamentos mirabolantes passavam em sua mente.

— Hey, hey... Bucky, vamos embora... estão todos olhando, então por favor, se acalme.

O olhar do sargento queimava em cólera... um brilho funesto podia ser visto, deixando o azul de sua íris mais clara... quase brancas e transparentes como gelo...

Não havia usado nem vinte por cento de sua força real...

Já Robert se levantava, assustado, percebendo a real força do soldado...

“Quem é esse cara...?” – O ex de Darcy pensava.

Nathan ficou imóvel e calado. Também estava muito alterado por conta do álcool e por testemunhar a briga de dois homens desconhecidos que se aproximaram de Darcy na mesma noite.

Ele não tinha ideia de que a estudante era o tipo que despertava a atenção dos homens daquela forma...

A garota se manteve próxima de James, encostando-se nele, cruzando seu braço no braço humano, puxando-o dali, rumo à saída.

Ainda que estivesse tensa por causa da cena onde o mesmo arremessou Robert para longe, não podia negar o quanto estava feliz...

Seu semblante era um tanto obstinado naquele instante...

Darcy sorriu cinicamente triunfante para Robert e Nathan, jogando uma mecha de cabelo majestosamente para trás com muito charme e glamour, enquanto passava por eles, ao lado de Bucky Barnes.

Não existia vingança mais saborosa que aquela... Sair leve, livre e plena, com um homem do porte do sargento, totalmente protegida e escoltada... despertando o olhar raivoso dos dois cachorros sarnentos ao seu lado, que rosnavam de irritação...

— Adios, amigos! – E então, a garota acenou, saindo do local com estilo, segurando o braço de seu “primo” bonitão, causando ciúmes no verme do Robert e deixando o satã intrigado, já que ele amava encrencar com ela e a presença de um homem como Bucky o intimidaria, causando medo em qualquer um que ousasse chegar perto.

Sentia como se tivesse lavado a alma, ainda que estivesse bêbada.

James estava um tanto incomodado por ter caído em si do quão alterado ficou apenas porque um deles tocou em Darcy daquela forma.

Quando pensava que alguém podia machucar a estudante, automaticamente seus instintos assassinos acordavam e seu corpo parecia obedecer a tendência natural de um combate...

Aquilo era a prova concreta de que situações como aquela ativavam o Soldado Invernal.

E também era inacreditável saber que dois homens daquele porte estavam atrás de Darcy... isso significava que a garota não era apenas uma reles estudante universitária que gostava de ufologia, trufas de chocolate, estações de rádio com rock das antigas, filmes de terror e cappuccinos, mas...

.

Era uma mulher desejada e disputada... ou seja, a imagem de alguém que ele nunca teve antes, mesmo convivendo com ela por mais de um mês...

.

Tal impressão era inédita e ele se sentia um tanto possessivo, odiando pensar que algum deles tocassem num fio de cabelo dela...

.

Mas naquele momento, Bucky decidiu ficar omisso a maior parte do tempo, pois qualquer passo que desse, seria fatal, porque sabia que havia pessoas ali de olho nele.

Um deles era Erik Selvig.

O outro, se encontrava ao lado de uma mulher com trajes requintados e um corte de cabelo chanel.

Darren Cross.

A dupla desceu o elevador, e todos eles desceram no elevador do lado, extremamente curiosos.

Robert desceu as escadas, porque ainda não acreditava no que tinha presenciado.

Quando Darcy e Bucky saíram do prédio, notaram que a Time Square se encontrava extremamente movimentada, como de costume, mesmo aquela hora da noite.

O soldado atentava para o máximo de câmera de segurança que se encontravam ali, mas como estava escuro, seria difícil ser encontrado pelo governo, porque havia muitas pessoas transitando pelo local.

Enquanto atravessavam a Avenida, indo para onde a moto estava estacionada, a garota passou a andar rapidamente e mais uma vez tropeçou, quase caindo no chão.

Bucky a segurou pela segunda vez.

— Desculpe... – Ela sussurrou, completamente bêbada.

O sargento não se incomodava de Darcy quase cair, mas sim pelo fato de que os amigos da garota, seus chefes e os dois marmanjos que a incomodavam na festa, terem saído de dentro do prédio onde estavam, com o objetivo de observarem os dois na calçada.

Seus instintos de espião lhe alertavam...

— Acho que alguém pode ter desconfiado sobre minha identidade. – Ele disse perto do ouvido dela.

— Quem...?

— O senhor mais velho e o rapaz ao lado dele.

A estudante olhou para trás, no intuito de averiguar.

— O Erik é um senhor de idade que às vezes dá uma pirada na batata, e o Darren Cross nem é daqui de Nova York, então relaxa.

— Vamos discutir isso mais tarde. – E então, Bucky tirou a chave da moto de seu bolso.

Ao se aproximar do veículo, Darcy se deu conta que ele não havia trazido os capacetes.

— Onde estão os capacetes?

— Na pressa, esqueci.

— Que descuidado... e olha que sou eu que estou bêbada!

— Pare de reclamar e suba... – Replicou, ríspido. Sua voz soava áspera e Darcy não entendia o porquê.

A estudante subiu no banco da carona, com uma cara birrenta.

Ao se posicionar no banco, ela puxou a bainha do vestido para baixo, já que a mesma tinha subido consideravelmente para cima, expondo mais do que devia de seu corpo...

A visão mesmo de longe era instigante...

A garota estava com as pernas engatadas no banco, mostrando suas coxas torneadas...

Robert e Nathan encaravam a cena com muito ódio... por que Darcy simplesmente sairia dali com aquele cara? O quão íntimos eles eram? E será que realmente eram primos?

Andrew e Helena sorriam, maliciosos... Se aquele cara não era primo da estudante, então a garota tirou a sorte grande, já que Bucky Barnes tinha uma aparência sedutora, mesmo naqueles trajes não tão elegantes...

Os dois homens que antes brigavam pela garota, se faziam as mesmas perguntas... eles observavam a cena com fúria...

James percebeu a posição de Darcy em cima da moto. Aquele vestido não somente realçava completamente seu corpo, como também deixavam boa parte de suas pernas à mostra...

A estudante se endireitava em cima da moto, arrumando sua postura, mantendo a espinha ereta...

Bucky deu a volta, para montar no veículo e então saírem dali...

Ele tentou não se concentrar no belo par de pernas que Darcy possuía, mas era difícil...

De qualquer forma, sua atenção estava voltada para as pessoas logo atrás...

Discretamente, Bucky olhou para trás mais uma vez e percebeu que todos permaneciam ali, apenas esperando que ambos fossem embora.

Apesar dos dois homens que a incomodaram na festa expressassem através de seus olhares que queriam mata-lo apenas por tirar a garota dali, o que mais lhe preocupava não era eles, mas sim o rapaz alto, de olhos claros ao lado da mulher com corte chanel.

Seus instintos de espião estavam gritando, lhe dizendo para tomar cuidado com o sujeito que Darcy chamou de “Darren Cross”.

E então, o sargento engatou a chave na moto, pisou no acelerador e finalmente os dois saíram dali.

E ao partirem, todos resolveram voltar para o prédio...

Com exceção de Robert e Nathan.

Ambos os homens ainda estavam desacreditados... Como Darcy conseguia manter o interesse de tantas pessoas nela, sem nem ao menos fazer esforço?

Depois de inúmeras indagações, o satã passou por Robert, e a expressão em seu rosto era diabólica.

— Eu espero que você deixe a Darcy em paz... se você incomodá-la de novo, pode ter certeza que não vai ter ninguém para me impedir de quebrar a sua cara. – O estagiário ameaçava o rapaz, que sorria petulante em resposta.

— Não há ninguém aqui para nos separar... Por que não tenta a sorte agora...? – Robert claramente o desafiava ali mesmo, mas Nathan não cederia as suas provocações.

— Aquele cara te deu uma bela persuadida, mas você se acovardou... essa sua pose de machão não engana ninguém.

— Por que você não tira a prova então...? Vamos resolver isso aqui e agora... – O ex de Darcy chamava Nathan para uma briga, mas o estagiário não compraria uma confusão com ele ali, na Time Square, sabendo que aquele não seria o melhor momento.

— Você está avisado. – E então, o estagiário saiu dali, deixando o Robert sozinho.

Por mais que tivesse odiado aquele sujeito, o rapaz sabia que a pessoa que mais representava perigo para ele era o cara que tirou Darcy dali, e não o satã.

Robert podia farejar o interesse de outros homens em sua ex há milhas de distância.

E ele tinha certeza que aquele cara não era primo de Darcy.

Mas de qualquer forma, não desistiria da garota e estava pronto para tê-la de volta, custe o que custar...

Darcy seria sua outra vez...

.

O soldado e a estudante cruzavam a sexta avenida, mas naquele dia em específico o trânsito estava travado e Bucky resolveu pegar a décima segunda avenida para cortar caminho.

Aquela estrada contornava o rio Hudson e era bem mais tranquila de transitar.

A estudante estava totalmente bêbada e por isso não conseguia se equilibrar muito bem em cima da moto.

Percebendo isso, James puxou uma das mãos da garota para sua cintura.

— Segure forte em mim, senão você vai cair...

— Eu posso...? – Indagou, com um sorriso idiota nos lábios, típico de um bêbado desorientado.

— Sim...

A garota sorriu e cruzou os braços em torno da cintura do soldado.

Ambos sentiam o vento forte bater em suas faces...

Darcy tinha chegado a conclusão do porquê havia se embriagado...

Ela queria esquecer, mesmo que por algum momento, o quão incomodada estava ficando ao lado do sargento no decorrer dos dias. 

A estudante percebia uma reação estranha por sua parte, alguns dias atrás, logo depois de lhe ver perdendo o controle quando ainda estava dormindo.

Ele pronunciou o nome “Katherine” e aquilo lhe deixou intrigada.

.

Darcy Katherine Lewis...

.

O seu segundo nome era Katherine... Mas como ele sabia daquilo? Ou será que ele a confundiu com alguém que tinha o mesmo nome?

Mas a garota se lembrou que quando mostrou sua identidade para ele, logo quando se conheceram, seu segundo nome estava lá... ou talvez não, porque não se recordava, já que na maioria dos documentos ele sempre ficava oculto ou abreviado.

Seja como for, ela não estava preparada para a mudança repentina de mentalidade e personalidade dele, e aquilo lhe confundia... deixando-a sem saber como agir...

Bucky parecia bem irritado naquele momento... mas por quê? Ele estava tão diferente durante o dia e a conversa entre os dois foi tão descontraída...

Os minutos foram se passando e...

Desprovida de seus reais sentidos por se encontrar embriagada, a garota agarrou-se ainda mais no soldado, apertando os braços com mais força em torno do abdômen firme...

Embora fosse estranho senti-la tão perto e achegada a ele como estava agora, James continuou conduzindo a moto perfeitamente pela Avenida.

O contato com ela lhe aprazia em todos os sentidos... e também servia como um calmante natural, já que o sargento se encontrava um tanto irritado depois de presenciar a cena grotesca onde dois homens brigavam descaradamente por causa dela.

Não era agradável pensar que Darcy estava envolvida diretamente ou mesmo indiretamente com aqueles dois palermas. E só de imaginar, um impulso veemente começava a tomar conta de seus sentidos, lhe fazendo ter a impressão de que o Soldado Invernal quisesse sair da jaula e matar todos que se aproximassem dela...

Era patético e insano. Não havia motivos para que se sentisse tão alterado a ponto de seu humor mudar drasticamente... havia...?

Não tinha ideia do por que tais pensamentos vinham em sua mente, mas por ora estava disposto a esquecer, só que...

Repentinamente, Darcy fez um movimento ousado, pegando-o desprevenido, acarretando uma reação surpresa...

Bucky sentiu seu corpo enrijecer quando a estudante repousou o rosto em seu ombro humano...

Por um momento, o sargento sentiu seus batimentos cardíacos intensificarem... o que não fazia sentido algum, ainda que as circunstâncias fossem aquelas...

Darcy apenas sentia-se sonolenta e inebriada pela fragrância particular dele...

Um cheiro de ferro e eletricidade... misturados com um perfume amadeirado, levemente gélido e refrescante...

Era extasiante... e a garota tinha a sensação de estar nas nuvens...

A musculatura das costas de James era firme e definida, mas se encontrava intensamente mais rígida enquanto ela o segurava... Uma reação natural por imaginar coisas que provavelmente não existiam...

Pensava que a estudante não estava agarrada a ele apenas para não cair, mas sim...

Abraçando-o afetuosamente com outras intenções... O que era ilógico se Darcy não fosse uma pessoa tão facilmente aberta com qualquer outra...

Era incoerente imaginar que a garota talvez fizesse aquilo porque confiava inteiramente nele...? ou porque o mesmo era alguém especial...? Ela faria isso com qualquer homem ou ele era a exceção...?

Não... tais ideias eram ridículas... Darcy estava bêbada...

Não podia ter aquele tipo de pensamento com uma garota como ela, que era alguém tão inocente, que se encontrava embriagada e num momento vulnerável... era obvio que estava confundindo as coisas...

O soldado terminava de cruzar mais uma das avenidas, indo direto para a estrada que contornava o rio Hudson...

A noite estava linda e iluminada... a primavera era uma estação gélida, mas os dias se encontravam mais quentes que o normal...

Enquanto conduzia a moto pela Avenida, Darcy abriu os olhos e se aproximou ainda mais do rosto dele, no ímpeto de dizer algo...

— Bucky... será que podemos fazer isso de novo...? – A voz dela saiu mais alta, já que estavam a 60 por hora.

Não entendendo o que a mesma queria dizer, ele apenas a indagou.

— Isso o quê...?

— Passear de moto pra olharmos o rio...? – A garota articulava, com o olhar absorto em uma das paisagens mais lindas de Nova York.

— Quem sabe... é só você me dizer o dia e a hora... – Ele sorriu, impressionado em como ela podia ser tão imprevisível e surpreendente...

E efemeramente, o soldado se acalmou, deixando aquela aura densa e enfadonha que carregava a poucos minutos, completamente de lado...

Darcy era a única que conseguia tais efeitos sobre ele... Ela era um forte sedativo quando seus ímpetos violentos tentavam tomar conta de seus sentidos, quase lhe fazendo perder o controle...

— Vamos voltar aqui no final da primavera... – E então, ela repousou seu rosto entre o pescoço e a nuca dele mais uma vez, apenas sentindo-se entorpecida enquanto se deleitava com seu aroma singular tão delicioso...

Bucky sorriu ternamente... O toque compassivo da garota lhe desarmava completamente...

— Como quiser, boneca... – Sussurrou, impactado, porque...

Naquele momento, James sentiu-se vivo... Vivo como nos anos 40...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Evoluíram de queda pra paixonite ou paixão no primeiro estágio? Eu chuto que já é o primeiro estágio da paixão, o que vocês acham?
O próximo capítulo será algo bem lindo... Nosso soldado tendo uma crise, Darcy o salvando, os dois estreitando ainda mais os laços e se conectando de uma forma muito íntima, mas sem perceberem que estão totalmente envolvidos e atraídos um pelo outro. Tenho certeza absoluta que vocês vão amar o próximo.
Não esqueçam de comentar, ok? Estou dando todos os meus fins de semana nessa fanfic, pra trazer algo legal pra vocês. Nem estou saindo de casa, só pra me dedicar nessa história. Mereço ou não sua opinião nos comentários? *Tô parecendo o Peter do Ei Nerd pedindo joinha e comentários, hehehehehehehe, nerd, dá um comentário aí, vai, custa nada! xD



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Wintershock" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.