Natal olicity escrita por CLAUDIA SOUZA MIRANDA


Capítulo 2
Um presente inesperado


Notas iniciais do capítulo

Donna encontra Oliver no aeroporto e o leva para a casa da sua filha Felicity. Um estranho, Natal, um filho que não sabe se Papai Noel existe e decoração natalina, vão levar Felicity à loucura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/771101/chapter/2

Felicity sentou-se ao lado de seu filho, William, na cama dele e pegou seu tablet, enquanto William se ajeitava.

— Vamos lá baby.

— Para o Papai-Noel, de William Palmer, saudações. Querido Papai-Noel, eu estou bem, espero que você também esteja. Esse ano eu quero um boneco do Arqueiro Verde e uma mochila do Flash. Ah, e dê um abraço no papai por mim.

— Muito profissional. O que é esse Arqueiro Verde?

— É um novo super-herói, ele atira flechas nos bandidos, tem uma caverna igual ao do Batman, muito legal mamãe.

— Tá bom, tá bom. Tem certeza que é isso que você quer?

— Tenho, não. Aliás, tem mais um pedido, só que esse é segredo.

— Tudo bem. O que é isso? – perguntou Felicity ao ver um bloquinho de anotações.

— Bem, os meninos da escola disseram que Papai-Noel não existe, então anotei algumas perguntas.

— Tipo?

— Como ele faz para entregar todos os presentes, numa noite só, se o mundo é grande? Como ele entra pela chaminé, e nos lugares que não existe chaminé?

— Wow, são muitas perguntas? Será que o Papai-Noel vai ter tempo de respondê-las?

— Se o papai estivesse vivo, ele responderia.

— Sim baby, o papai responderia. Quer saber, eu vou verificar todas essas perguntas. Agora, boa noite!

— Boa noite mamãe!

Ela apagou a luz, fechou a porta suavemente e foi terminar uma codificação que precisava entregar ao Curtis. Felicity olhou para o porta-retratos ao lado do seu notebook onde se via uma linda foto de sua família, ela, Ray e William, era a última foto que eles haviam tirado antes de Ray ser vencido pelo câncer. Então fechou o notebook e deitou-se.

— Espero que este Natal passe logo.

 ------------------------------------------------------------------

No dia seguinte, ao chegar em sua empresa, Curtis já a aguardava na porta do elevador.

— Aqui está o dossiê das Consolidações Queen. E tem uma surpresinha te esperando em seu escritório.

— Ah é?

— Sim, flores do Sr. Chase. O cartão diz “ótimo trabalho no portfólio Queen”.

— Curtis, quantas vezes vou ter que te pedir para não ler meus cartões!?

— Essa é a minha lista de codificação para hoje?

— É a lista de Natal do William. Eu tenho o melhor filho do mundo. Tem crianças que pedem uma lista infinita de coisas, mas William não, ele só me pediu um brinquedo.

— E qual seria?

— Um super herói, chamado Arqueiro Verde.

— Você está brincando né!?

— Por que?

— Por que? Bem, porque esse é o último lançamento da DC, e que está esgotado em todas as lojas?

— Se estiver na internet, eu encontro.

— Não esse. Não, não. Sinto muito.

— Então, larga tudo e tente encontrar para mim.

— Vou tentar. Tem mais uma coisa. Sua mãe antecipou a viagem, alguma coisa sobre reforma, chefe indo para o Caribe. E o Dig, não poderá vir, algo com a Argus, mas vem para o Ano Novo.

— E quem fará o peru? Nunca fiz um peru antes!

— Sua mãe?

— Curtis, quem você acha que eu puxei na cozinha? Nope. E além disso, os pais do Chase virão para o almoço de Natal, como eu vou fazer?

— Um Condon Blue!? Esquece, eu vou achar o seu Arqueiro Verde, pode deixar.

Curtis pegou a codificação e saiu correndo para a sua sala.

— E uma receita de peru. – gritou Felicity

—----------------------------------------------------------------

“Para um Natal inesquecível, venha a Joalheria Black Star,  onde os  diamantes ainda são os melhores amigos das mulheres. Ho ho ho!”

— Então, o que você acha, Felicity? Começa a veicular amanhã.

— Bem, eu acho que você não deveria estrelar seu próprio anúncio.

— As vendas aumentaram em 32%. Todos querem ver o bobo do anúncio.

— Está bem. Olha, eu preciso de um favor. O William pediu esse boneco, do Arqueiro Verde. E como você conhece todo mundo, onde posso encontrar?

— Felicity, você é a melhor no seu ramo. Como você mesma disse, se está na internet eu descubro. Posso tentar, mas vai ser difícil.

— Eu não sabia que esse maldito boneco era a nova sensação desse Natal, não sei porquê, me parece super ridículo. E minha mãe vai vir antes.

— Ahh!

— O que? Qual o problema com a minha mãe?

— Sua mãe, é sua mãe. Da última vez, ela chegou sem avisar e ….

— E deu tudo certo. Quer saber, eu acho ótimo ela vir antes, porque eu ainda não fiz as minhas compras de Natal, preciso terminas umas codificações e ela, ela vai poder ficar com o William.

Assim que Felicity saiu da empresa de Adrian, ela estava passando por uma rua e viu na vitrine de uma loja de brinquedos, o tal boneco, ela deu ré e consegui estacionar na porta.

— Não está à venda.

— Como assim, ele está na vitrine!?

— Ele está na vitrine para atrair mais clientes, como isca. As pessoas veem o boneco e entram na loja e acabam comprando outra coisa. Caso contrário, eu faço encomenda, para janeiro.

— Vamos fazer o seguinte, eu te compro o boneco, agora. Você fica com ele para atrair mais clientes e eu busco no dia 24. O que acha?

— Eu fecho ao meio dia.

— Estarei aqui as 11:59. Obrigada!

—-------------------------------------------------------------------

Donna estava arrumando as malas quando seu celular apitou.

— Oi meu bebê, eu estava pensando eu você. Estou acabando de arrumar as malas.

— Que bom que você está vindo mais cedo.

— Você mente mal, Felicity. Deve ser a única coisa que temos em comum.

— Eu tenho o cabelo loiro.

—  Você pinta.

— Esta certa. Nós somos diferentes e sempre vai ser assim. E não é fácil.

— Está tudo bem. É completamente culpa minha em ir mais cedo, mas fiquei tão empolgada em passar mais tempo com você e o William, que não raciocinei.

— Você vai vir de ônibus?

— De avião.

— De avião? Mas tem tanto tempo que você não viaja de avião.

— Desde o primeiro mandato do Obama. Eu preciso que me busque no aeroporto, use suas mãos mágicas e anota isso no seu tablet.  Já despachei algumas coisinhas antes.

— Espero que não pague excesso de bagagem.

Horas depois, Donna olhava para o painel de chamadas dos voos tentando localizar, Las Vegas e Star City.

“Senhoras e senhores, o vôo 747, para Nova York, pelo portão 07”

— Hei, você está cego? – Donna perguntou ao carregador quando este quase derrubou sua mala. Depois, uma aeromoça passa ao seu lado ignorando-a. – Oi, você. Será que pode me ajudar? Não estou conseguindo localizar o meu vôo.

— Sinto muito, senhora, mas estou atrasada.

— E por que te pagam afinal?

Um homem que estava cochilando na poltrona próximo, acordou com a confusão e viu o que se passava com a senhora loira, vestida com um vestido azul curto e colado ao corpo.

— Com licença, senhora.

— Olha meu querido, não tenho nenhuma gorjeta, ou quero assinar uma assinatura de revista, ou participar de algum culto, sou judia.

— Tudo bem, eu só queria ajudar.

Antes que o desconhecido fosse embora, Donna o puxou de volta.

— Você voa muito? Eu não consigo achar o número do meu vôo, para Central City, nesse painel idiota.

— Deixe-me ver seu bilhete. É o mesmo número do meu vôo, 4587.

— Então, em que fila eu entro.

— É bom, infelizmente, é naquela fila grande ali. Também, não fiz meu check-in, dormi demais.

— Donna Smoak.

— Oliver.

— O que fazemos agora, Oliver?

Oliver coçou a cabeça e apertou seu nariz.

— Eu tenho uma idéia, porém, ela não é muito honesta.

— Para quem nasceu em Vegas, acho que não tem problema para mim. Continue falando meu rapaz.

Ambos se dirigiram para a aeromoça que havia se negado a ajudar Donna, quando ela pediu informação sobre seu voo.

— Com licença, senhora, nós temos um probleminha aqui.

— É, você e mais um milhão de pessoas aqui.

— O seu carregador atropelou a minha tia aqui.

— E.

— E? Isso é o que chamamos de negligência.

— Não posso fazer nada.

— Podemos ir pelo jeito fácil, ou pelo jeito difícil. Está tudo gravado em vídeo, acredito que ...

— E a minha filha vai vazar em segundos, esse vídeo, ela é um hacker. E eu atendo uma mesa no Ceasar, com quatro advogados, quatro.

— Ok. O que posso fazer por vocês?

— Para começar, o check-in, segundo queremos ficar na primeira classe.

— Sei, está bem. Podem passar. - A aeromoça pega as passagens das mãos de Jonas e retira a faixa de isolamento. Donna passa por ela fingindo mancar.

Donna procurava sua poltrona quando Jonas pegou sua bolsa e coloco-a na poltrona a sua frente.

— Aqui, Donna, estes são os nossos lugares.

— Uauu, não sei porque tem gente que reclama de voar, isso está ótimo.

— Não vai se acostumando, na volta você vai de segunda classe, lá atrás. O que você vai querer beber, Donna, ou comer? Nós podemos escolher Raviolli ao sugo, um frango Cordon Blue...

— Não, obrigada!

— É de graça. Tudo na primeira classe, é de graça.

— Sério?

— Sim.

— Wow, então, vamos começar, com uma taça de tinto, depois o Raviolli, por último, um espumante.

Tempos depois, Donna terminava seu espumante quando resolveu saber mais sobre Oliver.

— Então, Oliver, o que te leva a Star City?

— Eu fiquei longe por 5 anos ………….  então, estava na hora de voltar pela minha irmã. Ela vai abrir um restaurante e eu serei seu chef.

— Você é chef, chef de cozinha? Oh, meu Deus! Como você faria um peru?

— Veja bem, você não sabe o que é um peru, quando eu te assar um.

— Minha filha vai precisar de seus dotes culinários. Você acredita que ela queima até água, se bem que, eu também sou uma negação na cozinha. Veja, vou te mostrar a foto dela e do meu neto.

— Ela é linda, solteira?

— Viúva. Ray era uma ótima pessoa.

— E o pai dela?

— Nos deixou quando ela tinha sete anos.

— Eu sinto muito.

— Não sinta, estamos melhor sem ele. Ela se formou no MIT, em 2009, duas graduações de segurança cibernética, essas coisas que não sei o nome, ela é um gênio certificada.

— Isso é incrível!

— Mas no momento namora um cara sem graça, bonito, mas sem graça, não faz seus olhos brilharem como uma árvore de Natal. Ele é um grande empresário, mas na minha mesa, no Ceasar eu aprendi que não se confia em homens que usam sapatos de 800,00 dólares.

— Não vou me esquecer disso.

“ Senhores passageiros, por favor, afivelem os cintos, estamos nos aproximando do aeroporto de Central City, o tempo está instável. ”

—-----------------------------------------------------------------------

— Vamos, William, a vovó está nos esperando e estamos atrasados.

Ao bater à porta, a guirlanda caiu.

— Mamãe a guirlanda está grande.

— Não está, só precisa colocar direito, o gancho que é pequeno demais. Vamos pegar um maior, vou colocar isso na lista.

— Bom dia, Felicity!

— Bom dia, Sra. Fernandez.

— Eu notei que ainda não instalou as suas luzes. E você não vai querer que a sua casa seja a única escura no dia do Natal.

— Não, claro que não.

— Nós vamos decorar a rua toda este ano, com luzes brancas.

— Maravilhoso! Eu contratei um rapaz para instalá-las, mas ainda não retornou a minha ligação. Quem instalou as suas?

— O meu marido, é claro.

William acompanhava a conversa aborrecido no banco de trás e puxou o casaco da sua mãe para que ela se apressasse.

— É claro. Nós vemos mais tarde. – Felicity fechou a porta do carro e girou a chave. – “Meu marido”, é claro. Humm, larga do meu pé.

— Mamãe, você está falando sozinha.

— Eu sei, mas vou parar em 3,2,1

Felicity sintonizou a rádio de culinária e regulou o volume quando o locutor começou a dar dicas sobre como assar um delicioso peru.

— “Toda família adora um belo e suculento peru. Então, você deve começar embrulhando em folha de alumínio, antes de iniciar, você deve pré-aquecer o forno, comece com 150º., depois 200º., então 230º …..”

— Ah, decidi logo isso. – após várias informações Felicity desligou o rádio. – Isso vai ser um desastre.

  -----------------------------------------------------------------

 “O voo 4587,  para Star City está cancelado. Voltaremos a informar”

— Star City, cancelado - Oliver olhava frustrado para o painel a sua frente quando viu uma funcionária do aeroporto. – Com licença, quando sai o próximo voo para Star City?

— É difícil dizer senhor, Star City está sob uma forte nevasca. Sinto muito.

— Obrigado!

Oliver passou a mão no rosto frustrado e quando virou para procurar a saída, ele viu uma mulher loira com uma criança ao lado se aproximar e atrás deles um carregador com um carrinho lotado de malas até em cima, então correu em direção a eles.

— Cuidado, cuidado. – Oliver puxou mãe e filho para o lado.

— Você está bem? – perguntou Felicity para William.

— Estou.

— Obrigada!

— Ah, a sua mãe só foi ao banheiro, Felicity. – Oliver gostou da sensação do nome em sua boca. – Você deve ser o William, como vai?

— Bemmm. – respondeu William.

— Desculpa, nós nos conhecemos? – Felicity perguntou segurando William mais perto dela.

— Eu sou ….

— Ahhhhh, hahahahahah. Minha menina linda! – Donna agarrou Felicity dando pulos com ela em seus braços.

— Mamãe!

— Vovó!

— Oi, meu menino lindo! – Donna puxou William para o seu colo e o cobriu de beijos. Enquanto isso, Oliver olhava fascinado pela interação familiar a sua frente, o que o fez se lembrar da sua família e ficou triste. Nessa hora Donna olhou para ele. – Então, e o seu voo?

— Sem sorte.

— Sinto muito.

— Não tudo bem, já passei bastante tempo em saguão de aeroportos, a gente acaba conhecendo pessoas legais da segurança. Foi um prazer te conhecer Donna. Feliz Natal!

— Muito obrigada por tudo, Oliver.

— E este é? – perguntou Felicity assim que Oliver saiu.

— Um grande amigo meu.

— Ah, é, um grande amigo seu!?

— Baby, preciso de um grande favor seu. O Oliver pode passar o Natal com a gente?

— Como é que é?

— O voo para Star City, foi cancelado. E ninguém sabe ….

— Mãe, mamãe. Eu sinto muito, mas não vai dar.

— Felicity, é Natal. Onde está o seu espirito natalino?

— Eu sou judia. Aliás, nós somos, você esqueceu? E eu só comemoro o Natal por causa de William, porque pra mim é uma festa de fim de ano. Não vou convidar um estranho pra minha casa, e se ele for um malandro?

— Eu sou garçonete de cassino por longos tempo, sei reconhecer um cara safado. E ele. – Donna apontou para Oliver. – Não é esse tipo, confie em mim.

— Que tal um hotel?

— Querida, eu acho que ele não tem um centavo.

— Que ótimo, é um bolso furado!

— Ele é chef. E poderia cozinhar o seu peru. O que acha?

— Ele é chef? - Felicity enrugou a testa e apertou os olhos olhando para Oliver novamente e tomou sua decisão. – Ok, só uma noite.

— Só uma noite. Hei Oliver venha cá. Oliver, Felicity, Felicity, Oliver.

—---------------------------------------------------------------------------------

Sra. Fernandez assim que viu Felicity chegando saiu correndo pela porta.

— Felicityyyyy.

— Oi, sra. Fernandez.

— Você quer conhecer o Barry? – William perguntou para Oliver.

— Claro, quem é o Barry?

— Você vai ver.

Enquanto Donna, Oliver e William entravam na casa, Felicity foi ao encontro da sua vizinha.

— Passou um rapaz procurando um serviço, e eu falei que você estava interessada em instalar suas luzes. O Natal é daqui há três noites e não vai querer ser a única casa…

— A única casa sem luzes de Natal.

— Aqui, tome. – Sra. Fernandes entregou-lhe um ramalhete de flores vermelhas.

— Pra mim? Obrigada!

— Quem é seu amigo?

— Oh! Ninguém, quero dizer, é claro que ele é alguém, o que eu quis dizer é que, eu não sei. Minha mãe o encontrou no aeroporto. Obrigada pelas flores.

Felicity deu as costas e saiu em direção a sua casa, deixando uma Sra. Fernandes de boca aberta.

William abriu a porta de seu quarto para que Oliver entrasse, depois foi em direção ao seu aquário de peixes.

— É uma tartaruga de orelha vermelha.

— Você tem o seu quarto arrumadinho, William!

— A organização poupa tempo.

Oliver inclinou a cabeça em sua direção e andou até onde estava o aquário.

— Não posso discordar disso.

— O nome dele é Barry.

— Ele me parece bem familiar. Já trabalhei com tartaruga.

— Não diga!

— Pode crer. O melhor está na costa da Austrália, um amigo meu, Slade Wilson, criava-se principalmente estrela do mar, tartarugas eram um negócio secundárias. E pode se conhecer pelas marcas, eu não tenho certeza, mas eu acho que o nome desse cara é Cisco. Cisco? – Oliver pegou delicadamente a pequena tartaruga colocando-a na palma de sua mão, depois sentou-se na beirada da cama. – Olha só, é o Cisco. Wow, quais são as chances, viajei milhares de quilômetros e encontrei um conhecido.

— Que anel legal!

— Sabe de qual pedra é feito!

— Não, qual?

— De larva derretida.

— Uauuuu!

— É. Eu estava em Lian Yun, quando o vulcão entrou em erupção, acampei fora de uma encosta na montanha, durante cinco dias até a fumaça sumir. – Oliver virou a tartaruga de barriga para cima verificando suas marcas. – Ah, Cisco! Olha só isso, uauuu.

Donna estava arrumando as coisas de Oliver no escritório de Felicity, enquanto Felicity foi atender a porta.

— Oi, sou o iluminador.

— Oh, ótimo. Quanto é?

— Vou ter que ver a metragem.

— Pago 100.

— hahahaha Mas, a senhora não vai querer…..

— Ser a única casa sem iluminação no Natal. Eu sei, e se você continuar falando isso, eu baixo para 75. De acordo?

— Éeee, tá.

— Ótimo! Vou abrir a garagem.

Felicity faz sinal para que o iluminador se dirigisse aos fundos da casa e fecha a porta seguindo para a garagem.

— Sinto muito, Oliver, mas você terá que dormir nesse sofá cama. – Donna avisa logo que ver Oliver entrar no escritório de sua filha.

— Ah, tá, sem problema. – Oliver vai até a janela para ver a vista e vê um estranho com a porta da van aberta e carregando alguma coisa numa mala. – Donna, dê uma olhada ali.

— O quê? Oh, meu Deus! Ele está roubando a minha filha?

— Eu vou lá dar uma olhada.

— Espere, eu vou com você.

Ambos saem do escritório decididos a dar um flagra no bandido, saem pela porta da frente e vão até a van estacionada na porta da garagem.

— Estamos atrapalhando? – pergunta Donna ao estranho, segurando a porta da van.

— Hei, olha, não é o que está pensando.

— Oliver, você está pensando o que eu estou pensando, e o que você está pensando eu estou pensando?

— Definitivamente, Donna.

O ladrão tentou fugir, mas Oliver o impede dando-lhe um soco fazendo cair de costas dentro da van, então ele fecha as portas da van, trancando-o.

— Você é um ninja? Por que isso foi, incrível!

— Eu vou ficar aqui, e você, Donna, chama a polícia.

Tão logo chegou ao topa da escada, vindo do porão, Felicity viu uma movimentação estranha na porta de sua casa.

— Policial Dinah, o que está havendo aqui?

— Essa cara que você contratou, limpou a vizinhança toda. Estávamos procurando ele há um bom tempo.

— Wow, obrigada!

— Você deve agradecer ao Oliver, foi ele quem percebeu que se tratava de um ladrão.

— Você devia ser tira. – Renê, o parceiro de Dinah, comentou apontando o dedo para Oliver.

Assim que o carro de polícia saiu, Felicity olhou para Oliver e sua mãe sem entender o que havia acontecido realmente.

— Da próxima vez, bebê, peça referências. – falou Donna antes de entrar novamente.

— Obrigada, Oliver. Mas vocês não podiam ter esperado ele colocar as minhas luzes, tipo, serviço comunitário!? Eu vou ser a única casa da rua sem iluminação. E a senhora Fernandez parece uma patrulha nazista do Natal.

— Não se preocupe com isso, eu coloco para você Felicity. E essa guirlanda, está muito grande.

— Não está não. -  respondeu Felicity pegando a guirlanda do chão. – O gancho que está pequeno demais.

— Ela pesa uns 15 quilos. - Oliver tentar tirar das mãos de Felicity. – Pode precisar de um prego grande.

— Pode largar a minha guirlanda? – Oliver soltou a guirlanda e fez sinal com as mãos se rendendo. – Obrigada!

— Está bem.

— E fecha a porta.

— Claro.

Assim que a porta foi fechada, Felicity tentou pendurar a guirlanda, mas sem sucesso, a mesma caiu novamente, deixando-a frustrada.

—---------------------------------------------------------

Adrian ficou pensativo por um momento olhando para o seu celular, quando ele resolver ligar para Felicity.

— Alô!

— Oi, você está em casa?

— Sim, estou por que?

— Eu vou dar uma passadinha aí.

— Ahhh, agora!? –  Felicity vê Oliver passar pelo lado de fora com as caixas de luzes nas mãos. – Mas é que eu estou meio ocupada.

— Eu não demoro, até já.

Felicity olhou para o espelho a sua frente, passou a mãos pelos cabelos e correu escadas acima entrando no seu quarto e indo direto ao banheiro.

Enquanto isso lá fora, Donna ajudava Oliver a desenrolar o fio das luzes que ele iria pendurar em frente à casa.

— Sua filha para ser uma mulher notável.

— Está brincando, ela é um gênio, já te disse.

— E como ela deixou esse cara entrar na garagem?

— Porque no computador, ela é como Bill Gates, mas quando se trata da vida, ela não é muito notável. Você devia ter conhecido seu namorado do MIT e seu marido. Cooper Seldon, era um pilantra, pegou um programa que minha filha havia feito e tentou roubar a faculdade, apagando os créditos educativos de todos os alunos, a minha menina acabou com ele, então foi preso pelo FBI, e acabou se suicidando na prisão. Ray Palmer, seu falecido marido, parecia um príncipe da Disney, mas os  olhos de Felicity não brilhavam como uma árvore de Natal para ele, então, a única coisa boa disso tudo é meu neto. Agora, Adrian Chase…

— É, eu sei, o cara dos sapatos caros. – Oliver falava enquanto subia as escadas em direção a janela para pendurar as luzes.

—  Que mais parece um vilão de histórias em quadrinhos que meu neto lê, um tal de Prometheus, acho que é esse o nome. Felicity sempre foi uma menina diferente. Aos sete anos ela montou seu primeiro computador, foi quando seu pai nos deixou, aí, minha menina ficou mais estranha e ligada a suas tecnologias.

Felicity abriu a porta do box, enrolou-se em uma toalha vermelha e quando estava se olhando no espelho, ela ouviu um barulho do lado de fora da pequena janela do banheiro, então pegou um papel toalha e começou a limpá-la, levando em seguida um susto e gritou.

— Aaaaaaaaaaaaaa

— Socorro. – gritou Oliver ao sentir a escada balançar.

— Segura firme, jogo o corpo para frente. – Donna gritava embaixo.

A escada estabilizou-se jogando Oliver para frente e ele consegui segurar no parapeito da janela.

— O que você está fazendo? – perguntou Felicity

— Eu estou pendurando suas luzes de Natal. – ele respondeu.

— É que. Deixa pra lá. Você está bem!?
— Sim.

— Ai, que susto!

— Ela estava nua? – perguntou Donna.

— Não, não. – Oliver gesticulou negando.

— Ainda bem, porque seria mais um trauma para ela lidar.

Momentos depois, Felicity ao descer das escadas, encontrou sua mãe na cozinha sozinha.

— Mãe. Adrian está vindo aí.

— Hum.

— Então, é.. – Felicity apontou para Oliver – Ele pode parecer meio estranho.

— Por que? – Donna olhou por sobre a xicara – eu estou junto.

— É, eu sei, mas, só não queria ter que explicar para ….

— Ahhh, está me dizendo que ele é ciumento!

— Não, que ele seja ciumento. Só, só que não quero entrar em detalhes como Oliver veio parar aqui. Por favor, mamãe. Você pode mantê-lo longe daqui?

— Claro meu bebê, vou mantê-lo longe daqui.

Oliver estava de costas para a entrada da casa, pendurando mais luzes de Natal, quando ouviu o barulho de um carro sendo estacionado, ele olhou para trás e viu um cara pomposo sair e olhar para ele com desdém.

Adrian ao sair do caro, viu um cara de costas, em cima de uma escada, em frente à casa de Felicity pendurando alguma coisa, mas resolveu ignorar, então andou até a porta da frente que estava sendo aberta pela sua namorada.

— Oiiii.

— Oi.

Eles se beijaram e não perceberam que estavam sendo observados por Oliver, que olhou para o casal com os olhos revirados.

— Vamos entrar. Lembra da minha mãe?

— Um prazer te ver.

— O prazer é meu.

— Isso que é um par de sapatos.

Adrian olha para os próprios pés.

— Ah, obrigado! Fez boa viagem.

— Obrigada, vim de primeira classe, sabe que eles dão toalhinhas quentes…

O celular de Adrian começa a tocar e ele faz sinal para que Donna espere um minuto.

— Desculpe, tenho que atender.

— Fique à vontade.

Donna sinalizou para que Adrian fosse para a sala de estar e virou os olhos em direção a sua filha.

— Mãe. Seja gentil.

— Desculpe-me, estou abrindo uma nova loja. Como está no cassino, servindo muitos coquetéis?

— Muitos coquetéis.

— Ah, Felicity, eu quero dar isso para o William. – Adrian entrega-lhe um envelope.

— Wow, isso é um vale presente, muito caro, muito, muito caro. Mas, Adrian, crianças gostam de ganhar presentes e não envelopes. Você poderia ter comprado só algum brinquedo.

— Eu não sabia qual, então…

Enquanto Donna olhava de esguelha para sua filha, a porta de repente se abre e Oliver entra na cozinha.

— Desculpe-me, eu só vim pegar um café.

— Deixa comigo, eu vou mostrar ao senhor iluminador, onde fica a cafeteira.

Donna apressou-se em ir até Oliver e ambos ficaram cochichando a respeito de Adrian, enquanto ele e Felicity ficavam tentando resolver sobre o presente de William.

— Felicity. – Oliver levanta a xicara em direção a ela. – Seu leite está acabando.

Felicity  olha em sua direção sem saber o que responder.

— Tudo bem, está perfeito. Eu vou com William escolher seu presente. Obrigada meu amor.

Antes que Adrian e Felicity dessem um beijo, o celular dele toca, fazendo com que Adrian se afastasse, deixando ela com Donna, que havia se aproximado deles assim que Oliver saiu.

— Mamãe, eu não sei qual o jogo aqui, mas Oliver vai embora amanhã bem cedo, nem que tenha que ir a pé.

As duas olham pela janela em direção a Oliver vendo-o desenrolar os fios das luzes de Natal. Em seguida, Adrian despediu-se e foi embora.

Mais tarde, Oliver sobe as escadas do porão com a caixa de enfeites de Natal que Felicity pedira para subir para que sua mãe enfeitasse sua casa, enquanto ela ia ao supermercado comprar o peru.

— Isso que ela quer que a gente monta.

— Ah, não. Uma árvore de mentira! – falou Oliver horrorizado – Uma árvore falsa prateada!?

— Bem, ela também tem uns detalhes dourados. Se bem que, em Vegas, não vendem árvores de verdade, então Oliver, dê um desconto ao meu bebê.

— Nunca tiveram uma de verdade?

— Mamãe disse que elas soltam agulhas.

— Elas têm que soltar agulhas. Escute William, quando eu era garoto, eu andava com o meu avô na floresta por horas até encontrar a árvore perfeita, a minha irmã Thea adorava o cheiro do pinho fresco, era incrível.

— Bem, se quer uma assim, vendem no fim da rua.

— Então vamos lá, no fim da rua!

—-------------------------------------------------------------

— Ok, vamos ver. – Felicity olhava para o peru congelado à sua frente tentando escolher o maior apartando-os. – Qual de vocês vai ficar bem, bem suculento.

— Que bom te encontrar aqui! – Isabel Rochev falou quando viu Felicity na seção de congelados.

— Olá, Isabel!

— Peru congelado?

— Ohh, são horríveis não são? Quem pode imaginar que alguém serviria para a família.

— Você tem toda razão. Os frescos acho que estão no corredor 6.

— Obrigada! – Felciity acenou com um tchauzinho e exclamou para si assim que viu Isabel Rochev virar o corredor. – Ela é mesmo uma Isabelbich.

—--------------------------------------------------------------------

“Árvores de Natal, aqui”. Dizia o cartaz.

Oliver e Donna andavam lado a lado enquanto William andava apressado na frente deles.

— Não é uma floresta virgem, mas.

— É melhor que as árvores que a minha filha tem.

— Gente, gente, vejam eu achei!

— Vamos lá ver. Ohhh! Ela é linda Will!

— Não é grande?

— Enxerga longe heim!

— Tá legal, essa eu pago. Eu pago.

— Não, não, é minha família.

— Donna, essa é a minha ideia. Só porque eu durmo nos aeroportos de vez enquanto, não quer dizer que não tenho dinheiro para pagar por uma árvore de Natal. E no mais, a minha mãe ficaria horrorizada se não me comportasse como um cavalheiro.

— Está bem, mas só desta vez.

— Aí, Oliver, obrigado! – William aproximou-se de Oliver abraçando-o pela cintura, o que deixou Oliver emocionado e Donna encantada.

— É isso aí amigão. Legal, é essa aqui.

— Então onde é o caixa? Vamos lá pagar.

—--------------------------------------------------

Donna estava fazendo uma refeição leve na hora do almoço, quando Felicity chegou.

— Olá!

— Oi. Veja, Oliver fez o almoço, ele é tão caprichoso. O meu é de vegetais e filé de atum, acho que ele fez um para você.

— Humm, obrigada, mas não estou com muita fome agora. Que cheiro é esse?

— Acho que é da árvore de Natal.

— É de verdade? – peguntou Felicity apontando para a árvore. – Com espinhos e, onde está a minha árvore?

— Mãe. – gritou William ao vê-la. – Você viu a nossa árvore? Não é grande? Eu que escolhi, e o Oliver comprou para mim.

— Eu acho que a árvore é muuuito bonita. -  respondeu Felicity olhando bem para William, depois ela se virou para Oliver. – Mas eu já tinha uma árvore.

Oliver cruzou os braços esperando outra reclamação, mas Felicity preferiu sair sem dizer mais nada.

— Aquela árvore prateada com bolas douradas. – Oliver abaixou falando no ouvido de  William.

— Parecia um desastre de trem. – respondeu William

— Ela vai se acostumar, confiem em mim. E Oliver, isso está delicioso! – Donna apontou para o próprio prato e sorriu.

—----------------------------------------------

— Oliver. - Chamou Felicity ao bater na porta aberta do seu escritório, onde Oliver dormia, ela carregava um conjunto de toalhas, foi quando ouviu o barulho do chuveiro. Felicity colocou as toalhas no braço do sofá e olhou para a mala de Oliver e seu passaporte no fecho de fora, então ela pegou o passaporte olhando em direção a porta do banheiro, abriu e uma foto caiu de dentro dele. Era uma foto de Oliver com uma mulher de cabelos castanhos, muito bonita, depois ela virou a foto e leu a inscrição “ para Ollie com amor, Laurel Lance”. – Laurel Lance, acho que já ouvi esse nome em algum lugar. – resmungou  Felicity para si mesma.

De repente o barulho da maçaneta fez com que Felicity guardasse rapidamente o passaporte antes que ela conferisse o nome completo de Oliver.

— Ahh, oi! – comprimentou Oliver ao sair do banheiro com uma toalha enrolada na cintura.

— Oi, é, desculpe, mas eu bati, e você estava… ahhh… Trouxe algumas  toalhas, mas vejo que não precisa delas. – Felicity sentiu um rubor subir pelo rosto enquanto encarava Oliver meio semi nu à sua frente.

— Eu tenho algumas.

— É, eu estou vendo isso. – Felicity tentou desviar o olhar do abdômen dele e lambeu os lábios sem notar, mas Oliver notou e sorriu pensando o quanto ele a afetava.

— Imagina como seria embaraçoso se eu não tivesse.

— É, eu posso imaginar, quero dizer…

— Ah, pode é?

— Não que eu esteja imaginando, só estou dizendo que eu vou levar as toalhas, e eu vou parar em 3,2,1

— Está bem.

Antes que deixasse o escritório, Felicity deu meia volta.

— Poderia me fazer um favor?

—------------------------------------------------------------

O estacionamento do supermercado estava cheio quando Felicity estacionou o mais próximo da entrada.

— Então, o pai do William faleceu há muito tempo?

— Ray foi um ótimo pai, e amava o Natal, por isso que faço questão de manter a tradição pelo William.

— Isso é um bom ponto.

— Você tem filhos? Quero dizer, nunca falamos muito desde que você está hospedado em minha casa.

— Quase tive, é complicado.

— Desculpe-me, não queria invadir sua privacidade.

— Está tudo bem. Samantha abortou três meses depois, e nunca casei.

— Ahhh, parabéns para você! Não, quero dizer, não pelo aborto claro, mas pelo casamento. Sinto muito. – Felicity apertou os lábios constrangida.

— Está tudo bem, Felicity. – Oliver colocou a mão sobre seu ombro tranquilizando-a. O que acabou tornando o gesto um pouco intimo fazendo com que ambos entrassem no supermercado e Oliver indo direto nos carrinhos de compras.

— Fale-me sobre o restaurante que você e sua irmã vão abrir em Star City

— Speedy, quero dizer, Thea, ela me ligou precisando de ajuda, e eu resolvi voltar para ajudá-la. Já passei muito tempo fora, cinco anos é um bom tempo.

— Só por isso, não tem ninguém te esperando? Espere um minuto, tenho que ir ali.

Antes que Oliver respondesse, Felicity saiu correndo e  uma voz chamou sua atenção.

— Ollie, hei Ollie. Meu Deus! Não acredito que é você!

Laurel abraçou Oliver antes que ele se recuperasse da surpresa.

— Laurel, hei, o que faz aqui?

— Eu me mudei há uma semana.

— Uauu,  incrível! Eu, eu ….

— Oliver, eu preciso te mostrar o que …. Acabei totalmente de entrar no meio de alguma coisa, não é?  - Felicity apontou para os dois.

— Desculpe, quem é você?

— Ninguém. Quer dizer, eu não sou ninguém. Eu sou alguém, obviamente. E você também. Você é a Laurel, certo? Aquela, Laurel. Linda Laurel.

Oliver sorriu ao ouvir o balbucio de Felicity e por um momento esqueceu-se de Laurel ao seu lado.

— Essa é Felicity. Estou hospedado na casa dela. Nós estamos fazendo compras para a ceia de Natal.

— Vamos assar um peru. E eu preciso mostrar ao Oliver algo muito importante relacionado a isso.

— Eu vou deixar você ir, então. Vou bom te ver, Ollie. Prazer em conhecê-la, Felicity.

Laurel por um momento quis dizer algo mais, mas desistiu ao ver que Oliver nem sequer prestava mais atenção a ela, e sim para a tal Felicity com um sorriso no rosto que ela nunca tinha visto ele dar. Então, ela se virou e foi embora.

— Como você sabia o nome dela?

— Eu não sei, talvez eu tenha adivinhado…

— Fe.li.ci.ty

— Está bem, eu confesso. Quando entrei no escritório e você estava no banho, eu vi seu passaporte e peguei, então, uma foto caiu de dentro dele e eu vi o nome dela escrito no verso da foto. Por isso que eu sabia o nome dela. Desculpe-me.

— Só isso? Você não bisbilhotou mais nada?

— Não, só isso. Nem consegui ver seu nome completo, você chegou antes. Ela é só uma amiga?

— Aí, eu falei alguma coisa do “Adrian”?

— E o que tem para falar do Adrian? Ele é brilhante, ele tem charme, é muito atraente…

— Eu devia sair com ele.

— Ele é bem-sucedido, e muito organizado.

— Uauu, isso desperta uma paixão!

— Pare. – Felicity socou o peito de Oliver. – Vamos só comprar o peru, está bem!

Ao saírem do supermercado, Oliver e Felicity andavam lado a lado pelo estacionamento, cada um com seus pensamentos.

— Esse lugar é incrível, como você descobriu? Eu moro aqui há anos e nunca vi.

— Eu te disse. Eu gosto de ler sobre comida.

— Ah é mesmo. Então me fale mais sobre o restaurante.

Ambos colocavam as compras no portas malas quando Felicity fez a pergunta, mas Oliver tentou desviar de dar mais informações.

— Eu não tenho muito para falar, por enquanto só o nome. Verdant, vai se chamar Verdant.

— Está bem capitalizado? O ponto é bem frequentado? Que tipo de cozinha?

— Ah, pera aí, está um pouco baixo aqui. – Oliver arrumou o pequeno chapéu preto que Felicity usava.

— Evitando, queria ….

— Eu queria que mais mulheres usassem chapéu. Sabe, tem mulheres que podem usar chapéu e outras não, mas você, com certeza fica linda.

— Obrigada! Então, podemos voltar a falar sobre o seu negócio?

— Quer saber, a minha vida é um pouco vaga.

— Você não quer falar nem um pouco sobre isso..

— Não..

— Não quer mesmo.

Felicity entrou no carro e esperou que Oliver fechasse a porta do passageiro para que ela arrancasse.

—-------------------------------------------------------------

Donna estava vendo o noticiário do tempo quando Oliver e Felicity chegaram com as compras.

— Temos o peruuu. – gritou Oliver.

— É temos.

— Mel, venha cá.

— Já estou indo mamãe. O que foi? – perguntou Felicity ao entrar na sala de televisão.

— Olha isso. – Donna aponta para a TV. – Star City ainda está debaixo de neve. O que acontece se o avião dele não decolar amanhã?

— Eu já disse, amanhã, com ou sem neve, ele vai embora.

— Você vai expulsá-lo na noite de Natal?

— Não comece agora.

— Vai? Ahhh.

— Estou de olho em você.

— Que megera!

A companhia toca antes que Felicity falasse mais alguma coisa com sua mãe. Ao abrir a porta, ela dá de cara com a Sra. Fernandez.

— Ahh, oi.

— Posso de mostrar uma coisa? – Sra. Fernandes puxou Felicity para fora.

— O que foi.

— É vermelha. – Sra. Fernandes apontou para o telhado de Felicity.

— Ahh, é, é sim.

— Eu te trouxe uma lâmpada branca.

Sra. Fernandes tirou uma pequena lâmpada branca do bolso, e antes que Felicity a pegasse, Oliver vai ao seu encontro.

— Ahh, é muito consideração sua, mas não. Obrigado! É uma velha tradição portuguesa baseada na lenda da vela vermelha, que tenho certeza que a senhora conhece. - Oliver então puxa Felicity pela mão e a leva para dentro de casa, deixando a Sra. Fernandes segurando a lâmpada na mão. – Traz boa sorte. E temos uma extra aqui se tiver interessada.

—Ahh, é…

— Feliz Natal. – foi a última coisa que Oliver falou antes de fechar a porta.

— Não existe essa tal lenda da lâmpada vermelha, existe?

— Com certeza existe em algum lugar por aí.

— Mas você colocou a lâmpada com um proposito?

— É.

— Você sabia que ia deixa-la completamente pirada.

— É, eu tinha uma vaga ideia.

— Obrigada!

— Foi um prazer.

Os dois ficaram por um momento se olhando e sorrindo um para o outro, até que Felicity quebrou o encanto e saiu.

Horas depois, Oliver sem sono, resolveu descer para a sala de estar quando parou estático ao ver a decoração de Natal.

— Uauuu, é muito Natal para essa sala.

Ele então viu Felicity sentada no balcão da cozinha, largou o travesseiro e a colcha no sofá e foi até ela.

— Oi.

— Oi. Insônia?

— Eu não durmo muito tempo, já estou acostumado. Quantos amigos você tem? – Oliver perguntou ao ver Felicity com uma caneta vermelha entre os lábios olhando para os vários cartões de Natal espalhados sobre o balcão da cozinha.

— Conheço?

— Por que você faz isso? Você realmente conhece essas pessoas? Quem é Nyssa  Al Ghul?

— Ela é, ela é… quer sabe, não é seu  negócio. – Felicity arranca das mãos de Oliver o cartão de Natal.

— Essas pessoas nem te conhece, você jogou fora os cartões de Natal que recebeu. Seu foco no Natal está errado.

— Acho que você deveria ir dormir.

— O Natal é muito mais que isso, ele tem magia. Hoje as pessoas só pensam em lucrar, tomou uma proporção absurda, ficam todos estressados e zangados. Todo ano ouço alguém dizendo “mal posso esperar que o Natal passe”. O dia mais triste para mim, é o dia 26 de dezembro.

— Já terminou?

— Já.

— Sabe, deve ser maravilhoso não ter responsabilidades, e ficar mudando de país, de trabalho a trabalho. Para ser franca, parte de mim inveja isso. Mas eu tenho um garotinho lá em cima, e uma casa e trabalho. Tá bom, talvez eu exagere um pouco com as coisas, mas quer saber, são os meus negócios, e com certeza não gosto de receber sermão às uma e trinta da madrugada minha casa, de coisas que faço de errado. E não acredito em magia.

— É, você está absolutamente certa. – Oliver passou a mão pelo rosto constrangido. – Isso foi rude, se não fosse por você, eu estaria dormindo no saguão de um aeroporto. Desculpa.

— Obrigada! Boa noite. - Felicity deu as costas e saiu subindo as escadas, mas antes que chegasse ao topo, ela ouviu Oliver resmungar e voltou deixando cair sua caneta no chão. – O que foi, aconteceu alguma coisa?

— Eu pisei no quebra-nozes. – Oliver pegou o quebra-nozes e mostrou para ela, depois ajoelhou-se a sua frente e lhe entregou a caneta. – Felicity, eu acredito em magia!

— Bem feito, devia tomar mais cuidado. – Felicity resmungou para ele e ficou sem graça ao pegar a caneta de suas mãos, ela sentiu borboletas voando no seu estomago.

— Boa noite!

— Boa noite!

Oliver a olhou por um segundo e sorriu, depois desabou no sofá e dormiu.

—---------------------------------------------------------

— É isso que acontece quando compra congelado.

— Ela não sabe nem assar um peru.

— Felicity, você decepcionou os meus pais.

— Puxa, que coisa mãe!

— Ho ho ho, você bagunçou o Natal Smock, vou levar de volta todos os presentes.

— Aaaaaaaaaaaa

Eram nove da manhã quando Felicity acordou assustada do seu pesadelo, ela havia sonhado que tinha queimado o peru .

Ao descer as escadas, sua mãe e seu filho estavam sentados ao redor do balcão tomando o café da manhã enquanto Oliver trabalhava no fogão.

— Humm, que cheirinho bom!

— O Oliver fez panquecas.

— Espere só para provar uma dessas.

— Agora, o segredo é só deixar a massa só um pouco granulosa, se deixar lisa demais perde a textura. - Oliver falava para Felicity enquanto ia colocando o prato cheio de panquecas a sua frente e enchia seu copo de suco de laranja, e Felicity enchia seu prato de mel saboreando um pequeno pedaço em seguida. – Estamos quase sem ovos.

— Hum hum! – balbucio Felicity com a boca cheia de panquecas.

— E aí. – perguntou Donna.

— Humm, muito bom.  – Felicity tomou um gole de suco e olhou para seu filho. – Faço isso se quiser para você.

— Hahahaha. – Donna e William começaram a rir.

— Qual é a graça?

—-------------------------------------------------------

“ A frente fria que se moveu para as rochosas, há dois dias, está causando problema para os viajantes nesse feriado”

— Hei, Felicity, queria ver o tempo? – chamou Donna da sala de televisão

— Eu quero. Como está o tempo em Star City? – Felicity perguntou para sua mãe, sentando-se no sofá ao seu lado.

“ O aeroporto de Star City, não deverá abrir até amanhã à tarde. Os viajantes terão que aguardar por uma longa noite de inferno, bruuu, que frio, pensem só nisso!?. Susan William para o Canal 52.”

— Espere aí. Ela fez essa mesma brincadeira idiota ontem. Eee, usava o mesmo vestido. – Felicity levantou do sofá e cruzou os braços olhando para sua mãe desconfiada. – Hã, o que você está aprontando?

— Euuuu? – Donna apontou para si.

— É, você?

— Aposto que ele faz um peru excelente.

— Eu posso fazer o meu próprio peru. Escute, mamãe. – Felicity gesticulava nervosamente. - Ele não é um mal sujeito, mas esse possa ser o Natal mais importante da minha vida. E não posso ter um completo estranho dormindo aqui na minha casa. Além de .....

O DVD apitou informando o fim da gravação e Donna desligou sem graça, confirmando as suspeitas de Felicity que sua mãe tinha aprontado a TV ligou em seguida mostrando o tempo real.

“ O tempo em Star City melhorou, liberando o aeroporto, boas noticias para os viajantes  retidos devido a pior nevasca em dez anos.”

— Então, me da uma carona até o aeroporto? – perguntou Oliver, que estava escutando a conversa entre mãe e filha.

—----------------------------------------------------

William estava pendurado na janela do carro de sua mãe com a carinha triste pela partida de Oliver.

— Ele tem mesmo que ir mãe?

— Tem querido, tem gente esperando por ele em Star City, e ele vai querer passar o Natal com a sua família.

Oliver e Donna aproximaram-se do carro, ele jogou sua mala no chão ao lado de William, que se virou para ele com os olhos lacrimejando, Felicity olhava com tristeza para o seu filho, mas ela achava que estava fazendo o certo.

— Ai, William, foi muito bom te conhecer.

— Pra mim também.

Os dois apertaram as mãos se despedindo, mas William, num momento de emoção, deu um abraço apertado em Oliver.

— Desculpa não te dar um presente.

— Bem, a árvore foi muito legal!

— Verdade, só não deixa sua mãe exagerar na decoração tá, é bom ver um pouco de verde.

Depois, Oliver levantou-se para abraçar Donna, enquanto Felicity observava tudo de dentro do carro.

— Tudo bem garotão, faça uma ótima viagem.

— Obrigado por tudo.

— O que foi ? – perguntou Donna para Felicity.

— Nada, eu não estou dizendo nada.

— Venha meu menino lindo, vamos entrar.

Ao chegarem ao aeroporto, assim que Felicity estacionou, Oliver abriu a porta de trás para retirando sua mochila.

— Escuta, você tem que pré aquecer o forno há 230 graus.

— Tá, 230.

— E... é, depois – ele mexia nos bolsos e na mochila procurando alguma coisa – Depois embrulha a ave em folha fina.

— Entendi, tudo bem – Felicity perguntou ao ver que ele não encontrava o que estava procurando.

— Ah não! Meu passaporte. Eu não estou achando.

Felicity  insistia com a atendente da companhia aérea, no balcão de informações.

— Esse é o ultimo voo para Star City, não vai dar tempo de voltar em casa.

— Sinto muito, mas  sem identificação   reconhecida pelo governo não pode embarcar.

— Você não tem carteira de motorista? – perguntou Felicity zangada para Oliver .

— Tinha, quando tinha 18 anos.

— Qual seu endereço atual?

— Esse é um problema, eu ainda não tenho.

— Hã, ele faz panqueca, isso ajuda.

— Eu acho que não.

— Olha, deve estar lá em casa, vamos até lá.

Oliver colocou a mochila novamente nas costas e saiu do balcão da companhia aérea, mas Felicity voltou para falar com a atendente deixando-o esperando logo a sua frente.

— Ajuda-me, por favor, é noite de Natal, eu tenho que despachar esse cara da minha casa.

— Por que? – a atendente olhou para Oliver sorrindo dando-lhe um tchauzinho, depois olhou para Felicity com um ponto de interrogação em seu olhar.

— Ah meu Deus! Eu não acredito.

O ar ficou meio pesado dentro do carro quando ambos voltavam para casa de Felicity.

— Eu sinto muito pelo passaporte, eu não sei o que aconteceu, deve ter caído do casaco.

— Eu tenho um monte de coisa para fazer hoje, tenho que embrulhar os presentes. Ahh! O Arqueiro Verde do William, eu tinha que estar lá ao meio dia.

Felicity deu meia volta na pista e acelerou o carro em direção a loja de brinquedos que havia encomendado o presente de seu filho.

— Ohh não, fechada. Não, não, não, nãooo.

— Está tudo bem, relaxa.

— Relaxar ? Você está brincando, esse foi o único presente que William pediu, ele nem acredita mais em Papai Noel. Se não estiver um Arqueiro Verde pendurado na árvore de Natal, eu nem acredito que isso aconteceu. – falou Felicity consternada.

— Tudo bem, nós vamos pegar o boneco.

— Como vamos pegar o boneco, a loja está fechada. Totalmente fechada. O Natal é amanhã, e.. e não tem...e não tem...

— Fe.li.ci.ty  -Oliver segurou ela pelos ombros e olhou bem nos seus olhos. – Eu prometo que vou pegar o boneco.

Felicity apertou os lábios, fechou os olhos e balançou a cabeça concordando esperançosamente.

— Ok.

— Ok.

— Você não vai arrombar, vai?

— É uma opção, mas antes, eu achei que a gente podia tentar isso. – Oliver apontou para o bilhete pregado na porta da loja.

— Em caso de emergência ligar. Tá bom, com certeza essa é uma emergência. Qual o número? Roy, oi, aqui é a Felicity, estou aqui na porta da loja. Eu vim pegar o boneco.

— Ah é! Sinto muito moça.

— Como assim, sente muito, eu já paguei por ele.

— Que penaaaa!

— Mas é Natal!

— Sabe de uma coisa, eu odeiooo o Natal. Pra mim não existiria.

— Ahhh, ele desligou. Essa é a única coisa que ele queria.

— Tá, é.. olha, se esconde do outro lado da rua.

— Por que

— Porque a loja tem alarme, barato, mas tem, eu já instalei um desses.

— Foi antes ou depois da fazenda de tartaruga?

— Hã. Vai se esconder do outro lado da rua.

— Eu não vou passar o Natal presa.

— Você quer o boneco, ou não?

— Oh meu Deus! – Felicity começou a andar – O que você vai fazer?

— Vai logo, vai.

Ela correu para o outro lado da rua e ficou observando o que Oliver ia fazer. Oliver olhou de um lado para o outro e discretamente forçou a fechadura, então, o alarme disparou e ele correu para onde Felicity estava escondida.

Os dois ficaram olhando de longe para a porta da loja esperando alguém aparecer.

— O que vamos fazer agora?

— Só esperar, não deve demorar.

— Isso não fazia parte do meu pleno hoje.

— Acabou com a sua lista né. Desculpa, desculpa.

O barulho de uma sirene ficava mais alto à medida que se aproximava da loja, um carro de policia passou parando em seguida em frente à loja.

— E agora?

— Agora a gente espera.

Os policiais saíram do carro e olharam para dentro da loja, mas não viram nada suspeito. Minutos depois, o dono da loja, Roy, apareceu.

— Oh, está trabalhando hoje? – perguntou o policial

— Não, não, só dando uma passadinha.

— Não vimos nada suspeito, só o alarme que disparou. Você deve olhar isso.

— Esses alarmes baratos. Obrigado pela dica.

— De nada, bom Natal.

Roy abriu a loja depois que se despediu do policial, ele olhou procurando alguém suspeito, mas não viu nada, e antes que fechasse a loja novamente, Oliver e Felicity foram ao seu encontro barrando a saída dele.

— Oi, já que está aqui, por que não nos entrega o boneco?

— Hã, eu devia saber que era você. Esqueça.

— Hei abre a loja e nos dê o boneco. Então, pode ir.

— Não.

— Vamos esquecer isso Oliver, está tudo bem.

— Hei, você e eu na viela. Eu ganho e fico com o boneco, você ganha fica com a grana e o boneco.

— Está combinado.

— Bom.

—O dinheiro nem é seu. Ah, eu não acredito!

Os três entraram num beco ao lado da loja, Felicity ficou parada enquanto Oliver e Roy se posicionavam para a briga com os punhos levantados.  De repente Oliver começou a tirar os sapatos e juntou as mãos como um monge.

— Você é um ninja, ou algo assim?

— Você logo vai descobrir. – Oliver inclinou a cabeça como os lutadores fazem em competição.

— Hahahahaha, eu também sei fazer isso.

Quando Roy inclinou a cabeça, como Oliver havia feito, Oliver aproveitou e deu-lhe um pancada com a lata de lixo que estava ao seu lado, então Roy caiu para trás desmaiando, fazendo com que Felicity desse um grito assustada. Oliver correu e tirou do bolso do casaco de Roy as chaves da loja.

— Eu tive que fazer isso! Vai, vai, vai, vem.

— Nossa isso foi incrível!

Ambos correram dali e pegaram o boneco, depois voltaram para o beco e jogaram as chaves em cima de Roy.

— Ok, vamos esconder na garagem - Oliver perguntou assim que chegaram à casa de Felicity.

— Isso, perfeito. Olha eu só queria te agradecer, eu nem sei o que teria feito. Apesar de não estar na minha lista de hoje, foi divertido. – Felicity sorriu.

— Uauu, de fato essa é a primeira vez que a vejo sorrir espontaneamente.

— Hei, eu sorrio.

— Não.

— Eu sorriu muito. Só que você me pegou num momento meio difícil.

— E os bons momentos?

— Dia 26 de dezembro.

— Haaaaa.

— Eu sei, eu sei, é o dia menos favorito não é. Mas, eu não sei, eu acho que eu sou meio rabugenta, divago às vezes.

— Não. Com certeza não é rabugenta, e eu gosto quando você balbucia. Só tem que aprender a aproveitar o Natal, mesmo que seja judia.

Eles ficaram se olhando por um momento, até que o momento foi quebrado por um carro que passava por eles.

— Acho melhor entráramos e guardar esse boneco  na garagem.

— Ele não está aqui, não é

—---------------------------------------------------------

Donna olhava para sua filha despreocupada.

—Esse passaporte lhe parece familiar Você o pegou, não foi?

— Você está me acusando, eu sua mãe?

— Eu estou, e as palavras correm livres pela minha boca.

— Tem testemunhas?

— O que esta fazendo? Por que faria uma coisa dessas?

— Ah, meu Deus! O que aconteceu?

— Nada .

— Você esta com a cara que fez aos 7 anos , quando roubou a coleção de eletrônicos do seu pai e fez um supercomputador. Meu Deus! Você e Oliver transaram no aeroporto, você fez sexo no aeroporto?

— Não, mãe!

— Eu sempre quis fazer sexo no aeroporto.

— Muitos detalhes, que nojo!

— O que?

— Acho que Adrian vai me pedir em casamento.

— E você está pensando em aceitar?

— O que é de errado comigo? Ele é brilhante. Ele parece um príncipe da Disney, Ele é o homem perfeito.

— Você não ama o Adrian porque está apaixonada pelo Oliver.

— Você nem conhece o Oliver. Você o conheceu num vôo de poucas horas.

— Querida, você se iluminou como uma árvore de Natal quando ele estava se despedindo de William hoje mais cedo.

— Mas ele está totalmente indisponível!

— Você só tem que tomar uma decisão.

— Eu não vou estragar isso, amanhã Oliver vai embora antes que Adrian e seus pais cheguem aqui. Chega de jogos, você promete?

— Eu prometo.

— Ok.

—---------------------------------------------------------

Oliver estava em cima da escada colocando os últimos enfeites de Natal, Felicity arrumava as meias na lareira quando percebeu que a escada era um pouco frágil para o peso de Oliver.

— Hei, cuidado, quer se matar? Eu seguro a escada.

— Sabe como eu sou mais pesado, então, por que eu não seguro.

— Tá.

Então Felicity e Oliver trocam de lugar.

— Quais suas tradições na noite de Natal?

— Fazer comprar de última hora, talvez!

— Ainda dá tempo de fazer alguns bolinhos de Natal. São sempre bem vindos à noite de Natal.

— Eu, eu vou a um jantar.

— Serio?

— Tenho um jantar especial.

— Quem vai a um jantar especial na noite de Natal?

— Os pais do Adrian.

— Ahhh! Entendi.

— O que isso quer dizer?

— Nada demais.

— É só uma reunião família, alguns amigos...

— Parece divertido.

— O que acha, ficou bom? – Felicity perguntou assim que colocou a estrela no topo da árvore.

— Está tudo lindo. – respondeu Oliver olhando-a.

— Ótimo! Então, é melhor eu ir... – Felicity começa a descer as escadas lentamente e pare de frente a Oliver, eles se olham nos olhos deixando-os um pouco desconsertados. – Deixa eu me arrumar. Obrigada!

— De nada. – Oliver ficou observando-a se afastar e passou a mão no rosto frustrado.

Uma hora depois, Oliver acendia as velas na lareira e se virou ao ouvir passos na escada, ele ficou embasbacado com a visão de Felicity vestida de vermelho.

— Então, como estou?

— Uauu. Está adorável.

— Obrigada! Você também. Quer dizer, adorável não, mas o equivalente masculino para isso, Você está muito bem.

— Bom, é noite de Natal, eu achei que devia me ajeitar um pouco. - Oliver vestia um meio terno, sem paletó, com colete e gravata na cor cinza e camisa branca. – Escute Felicity, este tem sido o melhor Natal nos últimos cinco anos, é muito bom estar em família novamente. Então, só queria te agradecer.

— Não eu que devia te agradecer. A árvore foi uma ideia fantástica, William amou.

— Queria que não saísse essa noite.

— Pois é, você sabe, planos.

— É, planos.

Antes que Oliver tomasse a atitude de beijá-la, eles ouvem uma batia na porta.

— Bom, eu acho que vou para o meu quarto.

— Não precisa, você está na minha casa e é meu hospede. - Felicity desviou do olhar de Oliver e foi abrir a porta. – Oi.

— A sua guirlanda caiu.

— Pode deixá-la ai.

— Nossaaa, você está linda!

— Adrian, Oliver, Oliver Adrian. Boa noite mamãe, Will, não chegarei tarde.

— Eu acho que  já te vi em algum lugar.

— Eu estava colocando as luzes de Natal.

— Não é isso, é outra coisa.

— Meu rosto é muito popular.

— Talvez!

— Vamos?

— Boa noite! – Oliver despediu-se pesaroso vendo Felicity nos braços de Adrian.

Enquanto Felicity e Adrian se divertiam na festa na casa dos pais dele. Donna, William e Oliver se divertiam jogando Caça ao Tesouro.

— O que você tanto olha para a árvore, o que é que tem lá?

— Bem, eu gostaria muito de acreditar em Papai Noel, mas é muito difícil de acreditar. Bom, ele desce pela chaminé, certo?

— Sim.

— Mas se tiver o fogo acesso?

— Bom para isso ele tem um extintor guardadinho no seu trenó.

— Bem, alguns garotos mais velhos da escola disseram que Papai Noel não existe, eu só queria acreditar nele e tudo mais. Mas a coisa toda para impossível.

— Will, você me faria um grande favor? – perguntou Oliver. – Relaxa, é Natal, essa é a melhor noite do ano.

— Vamos fazer o seguinte, você sobe escova os dentes e faremos outra coisa.

— Que tal assistir Rodolf?

— Boa ideia, eu mesma estarei com o meu nariz vermelho quando você descer.

— Ele é muito sério, né!?

— Depois que Ray morreu, Felicity perdeu um pouco de seu humor.

— Que tal a gente reforçar a crença de William em Papai Noel?

— Vai falando, estou gostando da ideia.

Donna estava no quarto de William, contando algumas historias de Natal,  quando Oliver pegou a escada e subiu pelo telhado da casa.

— Vovó, conte uma historia real.

— Eu tinha que me vestir de Elfa, para atender alguns clientes cheios da grana, Frank Bertinelli, certo, então ..........

— O que foi isso? – William perguntou ao ouvir barulhos de guizo.

— Xii, eu acho que ele está aqui. E se você não estiver dormindo, ele vai embora. Agora, cubra-se, vou apagar as luzes e fechar a porta. Não se mexa e não sai da cama. Ho ho ho, o que será que você vai ganhar de manhã.

Oliver saltava no telhado fazendo barulho como se houvesse alguém caminhando, de repente, ele escorregou, tentou segurar na ponta do telhado, mas acabou caindo de costas.

— Já estou indo. – Donna abriu a porta da cozinha para que Oliver entrasse. – Você está bem!?

— Machuquei  um pouco, mas estou bem. Ele acreditou?

— Sim. Vou arrumar uma bolsa de água quente.

— Aproveita e me faz aquela gemada.

Na casa dos pais de Adrian.

— Pai, desculpe interromper sua historia, mas, agora que estamos todos reunidos aqui, família e amigos, eu tenho um anuncio a fazer. – ele se ajoelha em frente à Felicity e ela o olha sem entender. – Felicity, quer se casa comigo?

Felicity engole o restante do seu vinho e começa a engasgar.

— Parabéns, felicidades!

Todos os presentes começam a bater palmas e a felicitar o casal, sem que ninguém sequer ouvisse a resposta de Felicity.

Oliver estava pendurando o boneco na árvore de Natal quando ouviu o barulho de um carro chegando.

— Oi. William já dormiu?

— Acho que sim. Mas é melhor você ir checar.

— Boa noite. – Felicity beijou no rosto de Adrian e deixou-o sozinho na sala de estar com Oliver, subindo em seguida para o quarto de seu filho.

— Oliver, eu quero falar com você um instante.

— Tudo bem.

— Felicity e eu, ficamos noivos esta noite.

— Uauu, é? Meus parabéns!

— Obrigado. Sendo assim, não quero ser rude, mas espero que você vá embora amanhã bem cedo.

— Importasse de eu falar com a Felicity.

— Sim, eu me importo. Não quero a minha noiva perto do playboy Oliver Queen. Você achou que eu não ia descobrir?

— Não é nada disso.

— Você pode ter engano as Smocks, mas não a mim. Eu te conheço, conheço o seu passado nada glamouroso.

— Você não sabe nada de mim.

— Talvez não toda a historia, mas acredito que Felicity não vai gostar de saber que um playboy a estava fazendo de boba, ainda mais um bilionário fingindo não ter dinheiro. Mas, vamos continuar fingindo, eu te pago um quarto de hotel, a sua escolha, até você partir, presente de Natal.

— Eu vou arrumar as minhas coisas.

— Por favor.

Oliver subiu as escadas e viu que a porta do quarto de William estava aberta, e mãe e filho deitado juntos na cama conversa sobre Papai Noel, ele ficou encostado no batente da porta vendo a cena se desenrolar a sua frente.

— Então nós ouvimos sinos.

— Meu Deus, eles tocavam o que?

— Oliver! Eu estava contando para a mamãe.

— Eu sei, eu sei, não quero interromper. Só vim dizer boa noite!

— Boa noite!

— Boa noite! A gente se vê ela manhã.

— É.

Oliver entra no escritório, pega sua mochila e vai até a cozinha para deixar instruções sobre como assar o peru.

— Olha, não precisa me pagar um quarto de hotel, é noite de Natal, eu vou dar minhas espiadas no aeroporto. Eu vou deixar isso aqui.

Oliver deixa um envelope, com o nome de Felicity escrito, em cima do balcão da cozinha e sai. Adrian que o estava observando o tempo todo pegou o envelope e o guardou no bolso do seu casaco.

— Pegou suas coisas?

— É só isso.

No dia seguinte, a neve caia suavemente do lado de fora, William acordou e saiu correndo para o quarto de sua mãe.

— Mãe, acorda, é Natal! Levanta, levanta.

— Já vai, já vai. Feliz Natal!

Eles desceram correndo as escadas, com Will a frente.

— Mãe, ele trouxe, ele trouxe o Arqueiro Verde!

— Claro que trouxe, é Papai Noel.

— Nossa que legal!

— Não tem cheirinho de café, Oliver. - Felicity fechou o roupão e foi até a cozinha, encontrando-a vazia e fria. – Oliver?

— Hei, que gritaria é essa?

— Cadê o Oliver?

— Ele não está lá em cima.

— Ele partiu mãe, ele me deixou o anel e isso. - William levantou um pequeno pedaço de papel e mostrou a mãe, lendo em seguida. – Vai crescer para usar isso, feliz Natal, Oliver!

Felicity olhou surpresa e decepcionada, mas fingiu não se importar.

— Vem cá, foi muito bonito da parte dele te deixar isso, né? Não fique triste, vem cá. – Felicity abraçou seu filho e o beijou no rosto. – Ele foi muito gentil te deixando isso de presente. Mas o mais importante, quem mais te deixou presentes?

— Papai Noel.

— Ho ho ho, qual vamos abrir primeiro!?

—---------------------------------------------------------

Felicity pegou as instruções que Oliver havia deixado e começou a preparar a peru, sua mãe tomava uma caneca de gemada observando-a andar de lá para cá.

— Olha só como ele foi rude. Francamente, apenas foi embora, assim sem um adeus, nem obrigado, nem nada. Ele tem a clássica síndrome de Peter Pan, bom de fuga.

— Will estava muito entusiasmado ontem à noite.

— Ele achou que ouviu alguma coisa ontem no telhado.

— Ele ouviu Oliver no telhado.

— Então foi o Oliver?

— É. Então esse desmiolado, irresponsável quase se matou ontem a noite, caindo do seu telhado ao tentar mostrar ao seu filho, que Papai Noel  existe. Então, por favor, não fale mal dele perto de mim. E outra, ele não é seu pai, Felicity.

Donna saiu aborrecida da cozinha deixando Felicity sem saber o que a atingiu.

A mesa já estava toda arrumada quando Adrian e seus pais chegaram para o almoço de Natal.

— Olá.

— Olá querida.

— Feliz Natal.

— Feliz Natal! Donna, meus pais, Clayborne e Amélia, pais, Donna, mãe de Felicity.

— Prazer, Donna. Esse é o William.

— Como vai William?

— O peru está cheirando bem, Felicity.

— Obrigada!

— Ah, William, tem um presente para você no bolso do meu casaco, espero que goste.

— Humm, vamos ver o que é. – falou Felicity sorrindo.

— Mãe. – William olhou para o envelope em suas mãos, com o nome de sua mãe escrito nele. – Isso é para você.

— Não, Will, espere isso não é para você.

— Tem o meu nome aqui. Vamos ver. – Felicity leu o bilhete e olhou furiosa para Adrian. – Adrian você pode vir aqui um momentinho. – ela o puxou para a varanda.

— William, querido, vai alimentar sua tartaruga.  – William subiu correndo pelas escadas. – E vocês, vamos sentar aqui.

— Felicity, deixa eu te explicar.

— É deve mesmo me explicar, explique direitinho o que isso fazia em seu bolso.

— Apenas não achei apropriado que você...

— Apropriado? O que? Escrever uma carta de agradecimento? Porque é isso que eu tenho aqui. Você leu?

— Não li isso, jamais leria sua correspondência. Só queria te proteger.

— Me proteger me proteger do quê?

— Do playboy , Oliver Queen.

— Oliver Queen? Das Consolidações Queen? O meu Oliver quer dizer, o Oliver que estava hospedado aqui, era esse Oliver Queen?

— Sim. Eu não queria que ele prejudicasse sua reputação, que alguém descobrisse que era ele que estava na sua casa. O que os meus pais diriam?

— Eu não estou nem ai para o que eles diriam. Porque o Oliver que eu conheci, tinha um grande coração, se mostrou um homem mais honesto que você. Você roubou minha correspondência, me pediu em casamento no meio de um monte de gente estranha. Isso é inaceitável, que criancice é essa?

Felicity usava sua voz alta, e Donna tentava amenizar os pais de Adrian, mas sem sucesso, porque ambos olhavam para a varanda, apreensivos.

— Então, o Adrian é joalheiro. Eu conheço alguns joalheiros no cassino, mas eram uns ladrões, não que eu estou chamando seu filho de ladrão, aqueles caras se você vacilassem, roubavam suas abturações.

— Era noite de Natal, nunca me senti tão entediada na minha vida. – gritava Felicity

— Tal pai, tal filho.

— Hã!?

— Os sapatos brilhantes. – Donna apontou para os pés do pai de Adrian.

A porta da varanda se abre de repente.

— Pai, mãe, mudança de planos, temos que ir.

— O que está havendo?

— Espere. – Felicity tirou o anel do dedo e entregou para Adrian. – Não esqueça isso.

Adrian olhou para a mão de Felicity e quis dizer algo, mas não conseguiu, então pegou o anel e deu-lhe as costas.

— Pai, mãe, vamos. Donna.

— Adrian. Boas festas.

Donna acompanha-os até a porta.

— O que foi que eu fiz? Não acredito que rompi com o Adrian por um cara que nem está aqui.  – lamentou Felicity.

— Acho que viver é assumir riscos, porque você não se levanta e vai atrás dele?

— O que eu devo fazer? Correr até o aeroporto atrás dele e dizer o que? Mãe, ele é Oliver Queen! O playboy mais famoso de Star City, cheio de mulheres correndo atrás dele. Eu e ele somos impensáveis.

— Lembra quando você era criança, e eu disse que não podia ir ao acampamento espacial? Você ficou trancada no seu quarto dois dias.

— Claro que sim, era o acampamento de ciências.

— Eu disse que não aguentaria ficar longe de você durante oito semanas.  Mas na verdade, filha, era que eu não tinha como pagar.

— E por que não me disse isso?

— Porque eu estava com vergonha, não tinha dinheiro e não sabia onde estava seu pai, e mesmo se eu soubesse, ele nunca pagou pensão.

— Sinto muito. Eu não sabia.

— Eu apostei tudo no seu pai. Meu amor, minha confiança, meus 20 anos . O que eu quero dizer é que você não é igual a mim. Você é CEO de uma grande empresa. E o Oliver não é como seu pai. Ele a ama. Ninguém olhou para mim como ele olha para você.

— Ele é maravilhoso. De milhões de maneiras diferentes. Mas esse é o problema. É muito fácil me perder nele.

— Minha filha, é assim que nos sentimos quando amamos alguém. Acredite ou não, ele se perde em você. E vocês vão se encontrar um no outro. Não complique as coisas. E não estrague algo que a maioria não consegue ter. Porque se fizer isso, acredite, nunca encontrará outro gato que sabe cozinhar.

 Felicity abraçou sua mãe e sorriu.

— Agora escuta, o peru fica pronto daqui a uma hora, está no timer, não toque nele.

— Não toque nele.

— Obrigada!

—----------------------------------------------

“ O voo para Star City, últimas chamadas”

Oliver levantou desanimado da cadeira e foi para a sala de embarque.

— Não pode entrar na aérea de embarque sem uma passagem.

A atendente falava para Felicity.

— Mas eu não quero embarcar em nenhum avião, só preciso tirar alguém do embarque.

— Tá, tá. Deixa eu ver se entendi, é o mesmo homem de ontem, que você queria mandar embora da sua casa?

— Eu sei, tá bom, eu sei. – Felicity debruça sobre o balcão ligando sem querer o alto falante. – É completamente complicado. No começo ele estava me deixando doida, mas daí eu percebi que estava apaixonada por ele. É tão novo pra mim, eu não cresci exatamente com o melhor exemplo de relação saudável.

— Bem-vinda ao grupo.

— Meu filho o adora, ele é divertido, minha mãe gosta dele, e ela na gosta de ninguém. Sabe cozinhar, e calou a chata da Sra. Fernandez, o que foi demais. Ele é lindo, e o mais engraçado que eu não gosto de Natal, eu sou judia, e quando ele apareceu, ele fez tudo ficar  realmente especial. Ele é um presente inesperado.

Oliver ouvia tudo isso da fila do embarque, sem entender o que esta acontecendo, até que teve certeza que era Felicity.

— Você pode verificar para mim? O nome dele é Oliver, Oliver Queen.

— É ela. Sou eu, ela está falando de mim. – Oliver jogou a passagem em cima da aeromoça e correu. – Com licença, preciso passar.

— De acordo com isso, o voo para Star City acabou de decolar. – a atendente falou ao verificar o nome de Oliver no embarque.

— Já foram?

— Já foram.

— Obrigada! – Felicity pegou sua bolsa do balcão e saiu cabisbaixa.

Oliver corria para a saída, no segundo andar do aeroporto, quando viu Felicity indo em direção a saída no andar de baixo, ele debruçou sobre o parapeito e gritou.

— Fe.li.ci.ty

Felicity olhou para cima e sorriu ao ver Oliver, e ele sorriu de volta.

—-------------------------------------------

— Por favor, vovó Donna, por favor, só um pedacinho.

— Você acha que eu também não quero. Mas ela nos mataria. Ela fez um grande trabalho aqui não fez? Nossa! Esta uma beleza.

— Oh! - William pulou da cadeira e correu para a porta da frente ao ouvir o carro da sua mãe estacionar na garagem. – Ela achou ele.

— Haha, venha cá. – Oliver falou para William ao sair do carro.

— E ai!?

— Oi, mamãe.

— Vamos lá, vamos lá.

Oliver desceu William do seu colo e abraçou Felicity ao entrarem na casa dela.

— Isso sim é Natal. – falou Donna alegremente.

— Isso é um presente inesperado. – disse Felicity contente.

Então Oliver a segurou nos braços e a beijou apaixonadamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Essa fic foi baseada no filme " A época mais maravilhosa do mundo" https://youtu.be/n9S3V4kvekE



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Natal olicity" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.