We Don't Bite. escrita por Audece123


Capítulo 3
Noite 1.


Notas iniciais do capítulo

Alô?Alô,alô? Hum... então, noite 1!O que pode dar de errado, certo? Não se preocupe, você vai ficar bem!



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  12 PM.

—Que tédio…-Thomas disse, enquanto usava a próprio cadeira para girar.

—Ora, se você calasse a droga da boca, estaríamos um pouco mais concentrados.- Akemi disse, enquanto mexia no tablet, verificando as câmeras.

—Cale a boca você, guria.- Ele respondeu, acendendo outro cigarro.

—Pessoal..-Rosaline tentou dizer.

—Por que você está fumando?! Estamos em uma sala fechada, seu idiota!

—Quem você pensa que é, minha mãe?- Ele disse, soltando uma outra baforada de fumaça.

—Não, mas sou um ser vivo que quer tentar não morrer de intoxicação!

—Gente, é sério…

— E desde quando isso é problema meu? Não me importo com nada que acontecer com você, garota!

   Um pouco irritado, Akemi simplesmente se levantou da cadeira e pegou a lanterna.

—Para onde você vai?

—Vou dar uma volta; Algum problema com isso?

—Acho que não; Eu sei lá. Você que se vire, sabe.

—Boa sorte se você for.

  Quando ela finalmente foi sair, ela pode ouvir a voz de Rosaline, vinda de dentro da sala.

—E de uma olhada nos Animatronics, sim? Tenho quase certeza de que eles estão ligados.

—Pode deixar.- Ela respondeu, sarcasticamente, ligando a lanterna.- Sou a consertar tudo agora. Acho que vou ter de recalibrar eles com minhas mãos.

—Não quis dizer isso. Quis dizer para você apenas dar uma olhada neles. Vai ver que eles passam a cantar?

—Okay, eu vou. Mas apenas por que vou receber um aumento.

     Enquanto andava pela pizzaria, Akemi sentiu um arrepio nas costas da nuca. Não soube o porque, mas acabou ficando um pouco preocupada; Sozinha, armada apenas com uma lanterna, qualquer coisa poderia acontecer. Ela já havia ouvido de terríveis histórias, mas nunca para pensar se elas eram verdadeiras. Além do mais, animatronics não tem vida, certo?

1 PM

Enquanto terminava de fiscalizar cada animatronic, Akemi olhou para a câmera. Ela a vigiava enquanto Akemi dava uma olhada em tudo. Não que ela estava incomodada; pelo contrário, ela estava um pouco aliviada.

  -BEM VINDOS CRIANÇAS!

Akemi tomou um grande susto. Ela olhou ao redor e percebeu que a voz vinha do animatronic que parecia um urso. Ele estava virando de um lado para o outro; Seus olhos eram azuis e brilhavam incansadamente. “Mas que diabos?” Ela pensou enquanto olhava para a câmera. Ela fez um sinal para a câmera olhar para os animatronics, e ela passou a virar a esquerda. Todos estavam com o rosto virado para ela.

—Estou voltando.

   Quando chegou ao escritório, viu que Thomas e Rosaline estavam em alerta. Rosaline verificava todas as câmeras, enquanto Thomas vigia a porta esquerda.

—Vocês viram aquilo, certo?

—Pode acreditar que sim.-Thomas respondeu.

—O que vocês acham que foi aquilo?-Rosaline perguntou, sem tirar os olhos da câmera.

—Não sei; Pode ser que eles quebraram, sei lá.

—Logo no primeiro dia? Eu acho que não.

—Quem sabe?-Thomas disse, trancando a porta.-Todos sabem que eles tem muito tempo de história.

—Mas e os outros?-Rosaline disse, trancando a outra porta, dando uma última olhada na janela de fora.- Tem mais do que só aqueles três, não é?

—Acho que sim.

—Será que eles quebraram também?

—Ninguém sabe.- Thomas respondeu, sentando na cadeira.- Mas vamos nos concentrar no agora, entendem?

   De repente, um som de telefone eclodiu pela sala. No início, foi apenas um toque. Mas ele continuou até se tornar insuportável. Ele vinha de um telefone vermelho, pendurado na parede esquerda da sala.

—Não sabia que aqui tinha telefone.

—Muito menos eu.- Rosaline disse, se levantando. Ela foi até o telefone e o tirou do gancho, para que todos pudessem ouvir.

“Alô? Alô, Alô? Uhmmm… eu gostaria de gravar uma mensagem para você. Para ajudar vocês em suas primeiras noites, ok? uhmm, vamos ver… Por onde começar? Ah! Os animatronics; Aqueles que ficam no palco, sabe? Eles tem um tempo livre de noite, por assim se dizer. Deixamos eles rodarem pelo restaurante para que eles não acabem ficando enferrujados; é totalmente comum de eles se mexerem. Alguns vão tentar ir na sua sala; Por isso que vocês tem uma porta, para fechá-la! Não se preocupem, eles não são hostis. *Pelo menos, por enquanto.*  O que mais? Bem, vocês tem total liberdade para andar por ai. O que vocês acham que somos? Monstros? Ao que parece, o último guarda noturno não entendeu muito bem essa parte, então… é. Tem uma cafeteria por perto; A bebida é por conta da casa. Tem uma parte da pizzaria que está fechada… nós a chamamos de Baby Area. Eu nem sei por que eu te contei isso, já que ela está trancada. Parece que temos um problema no nosso gerador; Um de vocês tem que ir lá para consertar. É bem fácil, não se preocupem; Apenas de um ou dois baques com a manivela e pronto. Bem, boa noite e boa sorte!”

3 PM.

—Thomas, acorda!

   Ele acordou com um susto, enquanto tentava se recompor. Que sonho bizarro havia sido aquele? Em seu sonho, ele via um tipo de homem roxo com uma arma na mão; Sua risada ecoava por sua mente.

—Já acordei!-Ele disse, rabugento.

—Então é melhor você ver isso; E rápido!

   Ele percebeu o tom na voz de Akemi. Não era sarcástico e muito menos cético. Era um tom assustado, quase desesperado.

—O que houve?

—Tem um daqueles animatronics na porta! Ele está assim desde cedo. Apenas nos encarando, sabe?

—Como assim?

—Ele ou ela, sei lá! Aquela galinha, que era amarela!

— Sim, eu sei de quem você está falando, mas como assim desde cedo?

—Desde duas horas! Nossa energia está acabando, e eu nem sei o que ela pode fazer se ela entrar aqui.

   Thomas se levantou e pegou a lanterna. A ligou no vidro da porta esquerda e deu de cara com a galinha. Seus olhos pareciam encarar sua alma, e sua boca aberta parecia querer devorar seu corpo.

—Mas que diabos…

—Ela só está ai, parada.- Rosaline disse, dando mais uma checada nas câmeras.- Não descobrimos como tira-la dali, então passamos a ignorá-la.

—Quantos por cento de energia ainda temos?

—Apenas 34 por cento.

—Não vai durar a noite toda, disso eu tenho certeza.

—Devíamos sair dessa sala.

—Para que? Para podermos sermos atacados pelos outros?

—Como assim?

—Pense comigo: Se um deles saiu do palco, os outros com certeza também vão sair. Não percebe? Nossa única opção é ligarmos o gerador de energia e esperar que eles não sejam fortes o suficiente para quebrarem as portas.

—E quem vamos mandar para lá?- Akemi perguntou, tirando o boné. A sala já havia começado a ficar abafada, e todos estavam começando a suar, ficando com calor.-Qualquer um que tentar sair pode acabar sendo demitido.

—Vamos tirar na sorte.-Thomas respondeu, puxando três cigarros e cortando um.- Aquele que pegar o menor cigarro vai até o gerador.

—Eu me recuso a usar cigarros. Eles têm um cheiro insuportável!- Rosaline disse, enquanto desligava a câmera.

—É a única coisa que temos, a não ser que você queira ir lá fora para catar uns palitinhos.

—Ele tem razão, Rose.

—Eu me recuso! Não devemos mandar ninguém! Vamos economizar o máximo de energia possível.

—A porta ainda vai ter de ficar trancada! Ela gasta energia, esqueceu?!

     Um baque abafado na porta direita assustou a todos.

—Ótimo! Agora estamos cercados!- Akemi disse, sentando de costas para a porta.- Não temos como sair! Vamos todos morrer em nosso primeiro dia de trabalho!

—Tem de haver outra saída…- Rosa disse, enquanto andava em círculos.

—Parece que não…- Thomas disse, acendendo mais um cigarro.

—Ótima hora para fumar!

—Me deixa relaxado, ok!

—Sim, mas apenas sai e entra pela… ventilação. A ventilação!

—O que houve?-Akemi perguntou.- O que houve com a ventilação?

—Nada, mas pode ser nossa saída daqui!

—Como assim?-Thomas perguntou, esmagando o cigarro no chão.

—Eu tenho tamanho suficiente para poder entrar na ventilação e sair no gerador.-Rosa disse, explicando seu plano.

—Sim, mas como você vai voltar?

   Ela parou para pensar por um momento e disse, devagar.

—Posso tentar achar um tipo de banco ou caixa para me dar impulso e subir novamente. Seria bem rápido; Vapt e vupt.

—Ela até que tem razão.- Thomas disse, se sentando na cadeira.- Vamos tentar te monitorar por câmera; Mas você tem que agir rapidamente; Nossa energia está quase acabando.

—Pode deixar comigo.

4 PM.

—Boa sorte, Rosa.-Akemi disse, enquanto entregava baterias extras para Rosaline. Ela já estava dentro da tubulação, e ia em direção do gerador.

—Vou tentar não morrer.

—Esperamos que sim.-Thomas disse, dando mais uma olhada no registro de energia. 28 por cento.- Seja rápida. Precisamos daquela energia, e rápido.

   Com isso, Rosaline ouviu a porta da tubulação fechar. Olhou para frente e não conseguiu nem ver a própria mão; Por isso, ela puxou a lanterna e a botou na boca, mas poder se locomover melhor. Decidiu arriscar que o gerador era a direita, e passou  a andar. Pareceram horas de engatinhamento; Seus membro começaram a ficar doloridos, até que ela finalmente sentiu uma brisa. Vinha de um lugar abaixo dela.

—Aleluia!-Ela disse, enquanto abria uma passagem. Ela retirou a porta da tubulação e pulou para dentro do gerador. Não pode ver muita coisa, por isso religou a lanterna. Pode então distinguir o gerador; Era totalmente preto, com alguns cabos metálicos conectados a uma caixa de fusíveis. Estava muito empoeirado, mas não importava.- Agora, vamos ver o podemos fazer aqui.

   Ela pegou a manivela e bateu no gerador, como havia sido instruído. Nada. bateu novamente. Nada.

—A terceira sempre funciona, não?

Bateu uma terceira vez. Mesma resposta. Ela ficou um pouco intrigada. Apontou a lanterna para ver o gerador mais de perto; Havia interruptor que estava desligado.

—Era só o que me faltava…- Ela diz, enquanto o ligava. De repente, todas as luzes acenderam; Havia funcionado!- Agora, como sair daqui?

  Ela olhou ao redor para ver se conseguia alguma coisa para dar impulso a sua subida. Acabou encontrando algumas coisas de metal.

—Acho que podem me servir.

No entanto, foi um pouco difícil de botá-las uma em cima da outra. Alguns minutos depois, ela conseguiu alcançar-Com muito esforço- a tubulação.

—Muito bem.-Ela disse, voltando a engatinhar.-Vamos voltar para o escritório.

          Akemi foi rever a porcentagem de energia; Ela havia voltado a 100 por cento, por seu alívio.

—E então?-Thomas perguntou, enquanto soltava sua última baforada.- A garota conseguiu?

—O nome dela é Rosaline, Thomas.- Akemi respondeu.

—Não me importa. Ele conseguiu?

—Sim, ela conseguiu.

  Ele suspirou aliviado.

—Que bom.

—Voltei!- Rosaline disse, abrindo a porta da tubulação.- O que acharam? Me saí bem?

—Você foi extraordinária!-Akemi respondeu, enquanto mostrava os registros de energia.- Agora, podemos relaxar em paz.

—Parabéns, guria.

6 PM.

“Alô? Alô, alô? Hummm… parabéns por terem completado seu primeiro turno! Ehh… eu os dou meus sinceros parabéns. É sério! O que mais eu posso dizer… Ah sim! Alguns novos funcionários vão aparecer para trabalharem nos novos setores, então… sejam gentis. Os animatronics começaram a agir um pouco estranhos ultimamente, sabe? Acho que vamos acabar contratando aquele técnico… qual o nome dele mesmo… Ah, sim: Heitor. Tenho um último recado: Como vocês sabem, o pagamento é apenas 4 dólares por hora, mas acho que vamos reduzir para 3. Não me culpe, é a decisão do chefe. Ao que parece, tem um estranho odor na sala de vocês, então… Acho melhor vocês evitarem isso, sabe? Bem, boa madrugada e até logo!”


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