Thema Nr1 escrita por Berka


Capítulo 18
Novo amor?


Notas iniciais do capítulo

Surpresa;
Andy;
Bill.



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 Arrumei a pequena mala e olhei pela janela mais uma vez. Ainda estava claro e iria demorar a escurecer. Peguei as ultimas coisas que precisava e joguei-as na bolsa sem paciência. Era a primeira vez no ano que tinha convencido meu pai de voltar pra casa da minha mãe, mesmo que ele não gostasse da ideia porque Peter já tinha sido solto e ainda vivia com ela.

Não me preocupei com a presença do retardado do meu padrasto, mas o fato de minha mãe não ter se separado dela me agoniava. Enfim, estava disposta a passar um tempo olhando para o cara mais nojento do mundo só para rever aquele que eu ainda gostava.

Tom e eu nunca mais nos falamos. Eu que pedi para que não me procurasse mais, mas mesmo assim senti que nunca iria esquecê-lo. Será que ele me esqueceu? E ainda tinha Bill e Kate, pessoas muito especiais que faziam muita falta.

Desci as escadas correndo e encontrei meu pai assistindo TV num canal de seriados americanos. Apesar de hilários, ele não ria.

- Se ele fizer qualquer coisa, eu o mato! - ele resmungou sem me olhar nos olhos.

- Calma, pai... é só uma semana. Tudo vai dar certo. - sentei no sofá ao lado.

- Por que você quer voltar? - desligou a TV me fitando chateado.

- Por causa da mamãe e dos meus amigos. Sinto a falta deles. - choraminguei.

- Mas você viu sua mãe faz um mês! E ela vem até aqui pra te poupar de ver aquele imbecil!

- Pai! - interrompi. - Pera, me explica uma coisa. Por que ela nunca se separa dele?

- Por que sua mãe inexplicavelmente o ama. Foi por causa dele que nosso casamento acabou. - o rancor tomou o tom de suas palavras.

Um silêncio tomou a sala. Eu sabia que minha mãe tinha se apaixonado por Peter durante o casamento com meu pai, mas ainda não entendia como ela conseguia ficar ao lado do homem que tentou violentar sua própria filha. Engoli o choro e abracei meu pai ternamente.

- Eu te amo, pai. Não vou embora, só vou visitar umas pessoas. - sorri de lado.

- Tudo bem, Kris... Me ligue se precisar, ok? - ele me encarou sério. Referia-se a Peter.

- Claro, pode ficar tranquilo. Agora vamos antes que eu perca o ônibus. - levantei-me do sofá e segui até a porta com as malas.

Embarquei sob o olhar triste do meu pai e beijos mandados através da janela escura do ônibus. Tudo estava pronto. Já era noite e eu chegaria a casa de minha mãe de manhãzinha. Mal esperava por ver Tom e poder beijá-lo com todo o amor que eu ainda sentia por ele. Coloquei os fones de ouvido e dormi rapidamente.

- Hamburg! - a voz do motorista soou pelo ônibus.

Peguei toda a minha bagagem e desci do ônibus, dando de cara com minha mãe e um casaco enorme. Que ótimo.

- Oi, filha! Vista isso antes que pegue um resfriado! - sorriu e me abraçou.

- Não precisa, mãe... Eu estou bem. - beijei sua bochecha. - Vamos pra casa?

- Sim, mas vamos para a antiga casa. Ainda não consegui vendê-la e lá você pode ter mais privacidade... - baixou os olhos sem graça. - Pelo menos Bill e Tom ainda moram lá. - meu coração disparou de alegria. Poderia ver Tom e não ficar na mesma casa com Peter.

- Ótimo! Você vai ficar comigo? - perguntei enquanto colocava as bagagens co carro.

- Bom, como você já tem quase dezessete anos e já é uma moça, pode ficar sozinha, mas prometo passar o dia com você. - ela sorriu.

- Ou seja, Peter não quer que você durma aqui comigo, né? - bufei e entrei no carro. O silencio condenou que eu estava certa.

Chegamos em frente ao conjunto habitacional que eu vivia há um tempo atrás. Respirei aquele ar de nostalgia e corri para meu quarto, largando todas as bolsas.

- Mãe, valeu por ter deixado tudo arrumado! Tá uma gracinha. - dei um beijo estalado em sua bochecha. - Mas, você vai ficar muito brava se eu quisesse passar o dia com os meninos hoje? É que faz um tempão que eu não os vejo...

- Tudo bem, querida! - ela riu e retribuiu o beijo. - Aqui tem dinheiro caso precise, me ligue se precisar, ok? - me abraçou e desceu as escadas indo para porta.

- Te amo! - berrei do segundo andar e ouvi a porta fechar.

OMG! A casa toda pra mim! Aeeeeee! Uhules! Corri para meu quarto e ajeitei todas as coisas rapidamente. Ele continuava igual, menos os posteres e enfeites que agora estavam guardados na gaveta do armário.

Uma forte tentação de correr para a varanda e invadir o quarto de Tom pela janela me atingiu, mas resisti. Se iria tentar concertar as coisas, seria do jeito certo. Dei um tapa no visual, coloquei uma calça jeans justa, All Star vermelho e um moletom cinza mais largo. Meu cabelo já sem tinta, estava pela altura do meu queixo e com uma franjinha de lado. Baguncei a parte de trás e alisei a parte da frente. Rímel, lápis e sombra preta, perfume de frutas vermelhas com baunilha, o favorito dele, e já estava pronta.

Desci as escadas, tranquei a porta e toquei a campainha da casa ao lado. Meu peito doía de tão forte que meu coração pulsava, tudo diante de mim, prestes a acontecer.

- Kris! - Bill pulou em meu pescoço e me abraçou rindo e me esmagando. - Sua besta, por que nunca mais veio nos visitar? - largou-me e me fitou fingindo irritação.

- Ora, eu não tô aqui? - sorri e lhe beijei a bochecha.

- Tudo bem, vamos! Minha mãe está na cozinha fazendo um bolo... Vou chamar Tom! - ele sorriu e virou-se para escada. - TOOOOOOOOOOOOOOOOM! - meu coração disparou.

Demorou um tempo para a figura de uma garota surgir do alto da escada. O que tá acontecendo?! Ela me encarou e sorriu.

- Olá! - acenou e virou-se para Bill. - Tom está trocando de roupa, acabou de acordar.

- Certo, assim que ele estiver pronto fale pra ele descer aqui. - ela acenou com a cabeça concordando com Bill e voltou ao quarto.

- Kris! - Dona Simone apareceu tirando um avental de cozinhar e me abraçou. - Saudade de você, menina! Como você está? - sabia que ela se referia ao incidente com Peter.

- Tudo ótimo... Estou aqui em Hamburg por uma semana pra visitar minha mãe e os meninos. - sorri disfarçando a surpresa que a presença da garota me causou.

- Que bom! Então vou terminar o bolo. Depois eu sirvo pra vocês. Fique à vontade, queridinha! - Simone voltou à cozinha cantarolando.

Meu estômago deu voltas. Tom estava com uma garota. Uma garota...

- Kris, sinto muito... - Bill leu meus pensamentos.

- Desde quando? - suspirei.

- Faz pouco tempo, um mês... - abraçou-me e me beijou a testa.

- Hum... - uma lágrima embaçou minha vista.

- Andy é legal, ela gosta muito de Tom... Você não iria querer que ele ficasse sofrendo a sua espera, né? - ele fez com que eu me sentisse uma idiota. Sim, Bill... Era isso que eu queria.

- Ótimo, espero que eles sejam felizes. - revirei os olhos.

- Hahaha, sua chata! Você também deve ter ficado com outro alguém esse tempo todo. - Bill bagunçou meu cabelo e me fez cócegas.

- Na verdade não... E você e Kate? Como estão? - sorri mudando de assunto.

- Não estamos mais juntos, mas ainda somos amigos. Sempre saímos juntos, mas nada demais. - ele deu de ombros.

- Terminaram por quê? - fiz uma cara triste. - Oh, desculpa, não é da minha conta.

- Nein, tudo bem, Kris... Aconteceu e foi legal, mas já estava desgastado, sabe? Ela foi uma coisa boa, mas prefiro que seja minha amiga do que acabarmos num namoro chato e cheio de brigas, acabando por nem nos olhar na cara. - ele me encarou com um sorriso desanimado e suspirou. - Sinto falta de ter alguém.

- Ai, Bill... Sinto muito mesmo. - abracei-o e sorri para animá-lo.

- Bom, você pode chamá-la pra sair com a gente hoje, né? Tom, Andy, Você, Kate e eu.

- Ah, sei lá... Acho melhor não, Bill. Você só vai sofrer e eu só falava com ela por sua causa, sabe? Não nos falávamos se não tivesse com você, não tinha assunto... Mas sei lá, se você quiser...

- Sem problemas então, vamos só nós quatro. Pode ser? - ele suplicou com os olhos. - E não fique mal por Tom, prometo fazer sua noite muito divertida. - Bill lançou-me um sorriso de lado que eu nunca tinha visto. Não pra mim.

Rimos por uns minutos até Tom descer.

- Kris! - Tom correu em minha direção e me abraçou pela cintura muito forte. Antes de me largar, tive a nítida impressão de o sentir aspirar meu perfume.

- Oi Tom! - impossível descrever o que senti ao entrar em contato com seu corpo novamente.

- Saudade de você, sabia? - ele me fitou com um sorriso lindo e logo ficou sem graça. - Essa é Andy, minha namorada. - não me olhou nos olhos quando falou a última palavra.

- Olá Andy, sou Kristin, uma velha amiga. - falei calmamente e acenei.

- O que você faz aqui em Hamburg? - Tom sentou-se ao meu lado no sofá ignorando Andy, que meio sem jeito, foi com Bill até a cozinha arrumar as coisas.

- Vim ver vocês. - dei de ombros. - Demorei demais. - ri sem graça.

- Desculpa. - já tinha os olhos marejados. - Nunca pensei que você voltaria. - Tom me abraçou e enxugou os olhos.

- Tudo bem, Tommie... Ainda é meu amigo querido que eu amo. - sorri tentando engolir o choro.

- Espero que sim. - agora ele fitava minha boca como se fosse me tomar num beijo.

- Tom, Kris? Venham comer! - Bill falou meio sério da porta da cozinha.

- Vamos. - Tom estendeu a mão pra mim e me levou até a cozinha.

Sentamos a mesa e começamos e degustar o delicioso bolo de chocolate de Dona Simone. Contei as novidades e o fato de estar sozinha na casa ao lado. Tom pareceu adorar a ideia, mas limitou-se a falar um “legal”discreto.

Andy já estava entrosada com a casa, conversando muito com Bill e Simone, além de roubar selinhos de Tom. Tudo parecia torturante, ainda mais o fato da garota ser linda, loira de olhos azuis, cabelos longos e um corpo de mulher, parecer ter saído de uma revista e ser um doce de pessoa. Sim, ela era um doce, querida, inteligente... Tom teve sorte.

- Então, Kris? Planos pra hoje à noite? - Andy me encarou sorrindo.

- Na verdade sim. Eu e Bill pensamos em sair e chamá-los pra ir junto. Que tal? - sorri de canto e fitei os olhos radiantes de Tom.

- Andy tem faculdade hoje, não vai dar... - ele apressou-se em dizer. Faculdade? Tom deu pra pegar meninas mais velhas?

- Não tenho não. - ela o encarou estranho e concluiu. - Posso ir com vocês, adorarei a ideia.

- Tudo bem, então te chamamos lá pelas 22h, tá certo? - Tom falou meio desanimado.

Acenei a cabeça e levei meu prato até a pia.

Tom e Andy saíram juntos e Bill foi lá em casa. Sentia muita a falta do meu amigo.

- Kris, você vai ter que superar... - ele estava sentado no sofá e eu deitada em seu ombro.

- Já superei. - sorri de lado. - Além do mais, estou com o garoto mais querido e mais amigos que alguém pode ter do lado.

- Ai, nossa... Me senti. HAHAHAHA! - Bill gargalhou e me abraçou firmemente. Por um segundo me senti estranha, gostei de sentir o corpo de Bill tão perto do meu.

- Claro, seu bobo! - ri e me levantei em direção a pia para tomar um copo d'água, antes que eu fizesse uma besteira. Isso é falta de homem, Kris! Se acalma!

- Kris, tava com uma saudade! - levei um susto ao sentir um abraço de Bill por trás. Respirei fundo pra me acalmar. Não tem nada demais. Foi só um abraço. Meu corpo arrepiou-se ao sentir que Bill juntava mais e mais nossos corpos e virando-me de frente.

- Eu também, Bill... - fitei seus olhos que me olhavam de uma maneira estranha. - Bom, vou tomar um banho e me aprontar pra sair com vocês. Depois você me chama, né? - esquivei-me discretamente e lhe dei um beijo da bochecha.

- Claro! Também vou me arrumar. - beijou-me e foi até a porta. - Fique bem linda, que hoje a noite é nossa, né gata! - riu descontraidamente e imitou passos de dança na porta me dando tchau.

Eu ri da sua brincadeira e fui para o chuveiro. Está tudo errado.

Alguém tocou a campainha. Com certeza era Bill, então dei mais uma ajeitada no cabelo e corri para atender. Eu estava com uma skiny preta e uma camiseta branca com estampa de duas mãos de caveira bem em cima dos meus seios. Engraçada, mas bastante sugestiva. Coloquei um All Star preto e uma maquiagem tão forte quanto a de Bill.

- Oi, Bill. - sorri e abri espaço pra que ele entrasse.

- Olha só! - ele mostrou seu belo sorriso me analisando. - Caprichou, ein?

Eu ri de seu comentário, mas também reparei em suas roupas. Bill vestia uma calça jeans, um tipo de coturno, uma camiseta preta e uma jaqueta de couro preta. Cheio de correntes e anéis, Bill arrepiou seu cabelo e fez uma maquiagem incrível.

- Hahahaha! Sim, seu chato... até parece. Vou me trocar agora. Tô me sentindo horrível perto de ti. - dei meia volta em direção ao quarto.

- Que nada! - ele segurou meu braço. - Tá ótima. Vamos. - estendeu o braço para mim.

Chegamos ao carro de Andy, a única que dirigia no grupo. Ela estava linda, vestido preto justo e curto, sem ser vulgar, salto e meia-calça rendada. Tom estava sorridente, camiseta roxa, calças largas e seus tênis adorados. E como sempre, um boné.

Respirei fundo antes de falar. Não iria demonstrar nenhum ciumes. Não claramente.

Tom estava na frente com Andy e Bill e eu atrás. Nós ríamos e conversávamos. Tudo seria perfeito se eu não ficasse branca a cada beijo que Tom dava em Andy.

Entramos na melhor festa que eu já tinha ido. Tudo enorme, abarrotado de gente, música boa e efeitos de luz que deixavam qualquer um maluco. Quem me arrastou pra dançar foi Bill.

- Vamos, Kris! - ele me guiou pela cintura. - Me mostra aquela dancinha que você faz!

- Tá bom, seu magrela! - ri e comecei a fazer meus passos de psy. Bill imitava perfeitamente, até duvidei que ele realmente não soubesse.

- Agora vou mostrar como eu danço! - ele puxou minha mão para me aproximar mais de seu corpo e começou a dançar um pouco mais lento do que antes, mas com uma agilidade incrível.

- Certo, acho que estou pegando o jeito. - ri e me afastei um pouco. - Vou pegar algo pra beber, vai querer?

- Não, obrigado... Acho que vou dar uma volta pra ver se acho alguém interessante. - Bill sorriu.

- Boa ideia! - ri. - Boa sorte! - acenei e vi Bill dar as costas em direção a muvuca no meio da pista de dança.

Fui até o bar pegar meu energético favorito. Pena que em má hora.

- Tom, para com isso! - Andy ria enquanto Tom, agarrado a ela, mordiscava seu lóbulo da orelha.

- Quer que eu pare? - ele ria também. Andy abriu os olhos e se deparou com a minha cara desanimada.

- Kris? - Andy me chamou fazendo Tom levar um susto.

- Tudo bem com você? - Tom largou a cintura de Andy e veio em minha direção. As lágrimas já brotavam nos meus olhos.

- Sim, não se preocupe... - enxuguei meus olhos.

- Tom, vou ao banheiro, tá? - Andy roubou um selinho sem ser correspondida e desapareceu no meio das pessoas. Tom não tirou os olhos de mim.

- Kris, eu te conheço. O que está havendo? - ele ainda me fitava sério.

- Estou me arrependendo de umas coisas, só isso. - agora as lágrimas escorriam furtivamente.

- Não pense que eu não preferiria estar com você agora, pequena. Tudo mudou, passamos por muitas coisa. Não posso simplesmente dizer a Andy “Kristin voltou. Obrigada por ter ocupado o espaço dela enquanto ela esteve fora”... - Tom secou minhas lágrimas.

- Ela ocupou meu lugar? - eu tremia ao toque de sua pele.

- Pode ter tentado, mas sempre sobrou um espaço. - nossas respirações estavam falhas.

- Sinto muito. - abracei-o com todo o carinho que estava contido em meu ser. Afundei meu rosto em seu pescoço sentido seus afagos em meu cabelo.

- Tudo bem, tudo vai ficar bem. - ele limitou-se a dizer e afastou-se de mim bruscamente ao ver que Andy se aproximava.

Antes que ela começasse a enfiar a língua na garganta de Tom, respirei fundo e saí em direção a Bill que ainda estava sozinho. Não parecia feliz.

- O que aconteceu? - perguntei sentando-me em um pufe no canto da pista.

- Ahn, Kate está aqui... - baixou seus olhos para os pés e deu de ombros. - Tanto faz.

- Ainda gosta dela, não é? - ele acenou a cabeça positivamente e sentou-se ao meu lado.

- Ela está com um cara lá. Bom, acho que perdi de vez. - cruzou os braços e fitou a garota de longe que ria e dançava como nunca.

- Ai, Bill... Pra mim essa festa já deu o que tinha que dar. Vamos embora? - amarrei o cadarço do meu All Star desviando o olhar de Bill.

- Ótimo, pra mim também já deu. - Bill levantou-se e me ajudou a ficar de pé. - Vamos pra casa de táxi. Tom vai dormir na Andy hoje. - aquilo me cortou o coração.

Fomos até Tom e Andy que estavam se beijando.

- Tom, estamos indo. - Bill cortou a situação.

- Já? - Andy perguntou chateada. - Não querem uma carona? - Tom me encarou e baixou os olhos.

- Não precisa. Vamos de táxi.

Despedimo-nos e fomos direto pra casa. Bill ficou em silêncio o tempo inteiro no táxi. Nada aliviava a tensão da situação. O carro parou em frente a minha casa.

- Obrigado. - Bill fechou a porta do táxi.

- Bom, você quer entrar um pouco pra conversarmos? - segurei as mãos de Bill olhando em seus olhos. Ele estava tão triste como eu.

- Está meio tarde, não quero incomodar. - Bill sorriu de lado desanimado.

- Não é incômodo.

Abri a porta e fomos direto para meu quarto. Bill e eu passamos a noite conversando sobre tudo que sentíamos. Meu melhor amigo estava triste, pode sentir em cada olhar.

Deitamos um do lado do outro em minha cama e ficamos em silêncio encarando o teto. Cada segundo parecia uma eternidade.

- Bill, obrigada por tudo. - pude ouvir um sorriso de sua parte.

- De nada. - Bill virou-se para mim e me encarou no escuro. Ficamos segundos nos fitando sem realmente poder ver um ao  outro. - Pode contar comigo.

- Eu sei disso. - sorri e me abracei ao corpo magro do garoto. Ele beijou minha testa e me envolveu num abraço carinhoso e cúmplice. Nos amávamos, mas como bons amigos.


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Notas finais do capítulo

Tudo tão enrolado! ;S O que será que vai acontecer?



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