Stardust escrita por Tulipa


Capítulo 18
Dezessete - Um Porto Seguro


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, eu quero agradecer a Cahh por recomendar a história.

Segundamente, é muito bom ler as manifestações de vcs todas seja por recomendação ou comentário.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/770629/chapter/18

Mais um dia de trabalho de Pepper chegava ao fim, e naquela tarde quando a ruiva foi buscar a sua pequena no berçário, Stella estava em pé escorada à parede sensorial. Ela passava os dias assim, desde que descobriu que conseguia mover-se pelos lugares sem ser apenas engatinhando. A pequena Stark tinha 11 meses recém-completos e ficar no colo já não era mais tão agradável, ela gostava de explorar os ambientes, já andava por toda a mansão tendo como apoio os objetos e as paredes, e tudo que parecia ser interessante era levado à boca.



—Olha quem chegou, Stella, a mamãe.— a educadora avisou.

 

—Vamos pra casa, amorzinho da mamãe?— Pepper disse ao se aproximar, ela estava há alguns passos  da filha, mas parou quando Stella virou pra ela e ao desencostar da parede deu três passos em sua direção até cair no chão —Você andou sem segurar, andou pra mamãe.— emocionada ela ajoelhou no chão largando sua bolsa e estendendo os braços —Que coisa mais linda,  vem pra mamãe, vem, amor?

 

—Mamã— a bebê levantou e cambaleante deu mais dois passos em direção aos braços de sua mãe.

 

—Seu pai não vai acreditar.— Pepper disse com a voz embargada.

 

—Que danadinha.

 

—Erika, é  a primeira vez né,  me diz que ninguém a viu andando sozinha antes de mim?— Pepper perguntou apertando Stella  seu abraço.

 

—Sim, foi a primeira vez. Ela esteve ativa o dia inteiro, mas sempre segurando em algum lugar.— a educadora respondeu.

 

—Você andou pra mamãe, só pra mamãe, seu pai vai morrer de ciúme. Mas tudo bem, ele vai ter o final de semana todo pra correr atrás de você.— Pepper comentou.  

 

—Segura essa mocinha agora.— Erika esperou que Pepper levantasse e entregou a bolsa de Stella.

 

—Dá tchau, amor.— Pepper pediu e Stella fez —Tchau, Erika,  até segunda, um beijo.— a pequena fez um biquinho e mandou beijo. Stella adorava a educadora, seu sorriso era sempre sincero e seu jeito com crianças era inegável,  a moça tinha cerca de 25 anos, pele negra e seus cabelo volumosos, naquele dia, estavam presos no alto da cabeça.

 

—Até mais, pequenininha.— Erika despediu-se.

 

(...)

 

Em casa, Tony estava com Peter Parker  na oficina o garoto havia acabado de chegar de uma viagem à Veneza que deveria ser algo apenas como um evento de escola e transformou-se num caos, que ele conseguiu controlar,  não sem algumas avarias em seu traje.

 

—Então esse cara, o Mistério, ele era muito louco e criava umas ilusões que deixou todo mundo confuso…

 

—Mas você conseguiu acabar com ele sem a ajuda de ninguém. Eu sei, parabéns,  você cresceu.— Tony disse —Mas o Fury tinha que nos manter avisados, e eu vou falar com ele.  

 

—Mas o cara tava causando lá na Itália,  e eu tava lá, né? Então eu tinha que fazer alguma coisa. E eu fiz, só tem um problema...— o garoto disse reticente.

 

—Além de estragar um dos meus melhores projetos?— Tony referia-se ao traje de Peter.  

 

—A MJ sabe quem eu sou.— ele disse —Sabe que Peter Parker e o Homem-Aranha são a mesma pessoa.

 

—Quem é MJ?— Tony quis saber.

 

—É uma garota do colégio, nós…

 

—Olha quem veio nos visitar.— Pepper surgiu na oficina interrompendo a conversa de Tony e Peter.

 

—Oi, amor, espera que eu ajudo.— Tony manifestou-se ao ver uma Pepper um tanto desajeitada carregar duas bolsas e uma criança —Desceu pra garagem com o carro hoje porque?  

 

—Está garoando.— Pepper informou —Como vai, Peter?  

 

—Bem, e a Sra?

 

—Me chame de você, nada de Sra.— ela advertiu —Mas estou bem.

 

—E essa garotinha?  Você tá muito grande, Stella.— ele fez cócegas na bebê no colo de Pepper.

 

—Grande e pesada.— Pepper informou, Peter estendeu os braços e Stella logo trocou de colo —Como foi a viagem, se divertiu em Veneza?

 

—Foi muito louca, tinha um cara...— Peter começou a contar empolgado, mas hesitou ao ver o sinal que Tony fez pra ele não contar sobre o vilão que enfrentara —...Um garoto da minha turma que aprontou demais e quase estragou tudo,  mas no fim a gente se divertiu bastante.

 

—Que bom.— Pepper sorriu —Você janta com a gente?— Peter aquiesceu —Vamos deixar vocês terminarem o assunto, vem, meu amor?— Stella virou a cara pra mãe.  

 

—Amor,  pode deixar ela com a gente, suba, tome o seu banho tranquila, daqui a pouco subimos.— Tony disse.

 

—Banho sem pressa?— Peppe e sorriu, Tony aquiesceu —Que sonho.

 

—Tome,  leve apenas as bolsas, ok?— ele deu um beijo casto em Pepper e ela voltou para o elevador.

 

—Eita, você está cheia de dentes, da última vez que te vi eram só uns 4.— Peter comentou ao colocar a bebê sentada sobre a mesa de projetos de seu pai —Você já sabe falar Peter?  Repete comigo Pe-ter.

 

—Pepe.

 

—Não, Pe-ter.— ele repetiu.  

 

—Naum.— ele fez um bico fofo.

 

—Ela não gosta de repetir feito papagaio.— Tony informou —E Pepe é a mãe dela, não você.

 

—Por falar na Sra Stark,  porque o Sr me interrompeu naquela hora?  

 

—Stella tem ocupado a Pepper e ela não soube do episódio em Veneza.— Tony disse —Depois do Thanos nós ficamos bem tranquilos, mas os malucos e desajustados da cabeça que são menos nocivos continuam por aí,  é um fato, o nosso trabalho nunca vai terminar, mas eu prefiro que ela acredite que tudo continua tranquilo.

 

—Entendi.— Peter disse.

 

—Tedeu?

 

—Entendi.— o garoto repetiu pra Stella —Menina  esperta, você é muito esperta.

 

—Ela é espetacular.— Tony disse orgulhoso —Mas e quanto a MJ, o que tá rolando?

 

—Nós somos amigos, só amigos e ela é incrível, engraçada e linda,  ela não acha que é, não é como aquelas garotas convencidas do colégio e isso a deixa ainda mais linda.— Peter disse.  

 

—E você contou pra ela que é o Homem-Aranha porque está apaixonado?  

 

—O quê?  Nao. Não estou apaixonado, Sr Stark.

 

—Foi pensando da maneira como você  descreveu a sua garota que eu me dei conta de que estava apaixonado pela Pepper.— Tony  disse —E foi tão arrebatador comigo porque eu não me permiti sentir isso quando tinha a sua idade.

 

—Na verdade, eu salvei a Michelle, e isso pra nós foi tipo, uau, o Sr consegue entender?— Peter perguntou e é claro que Tony entendia, mas ele apenas aquiesceu —Ela é minha melhor amiga, depois do Ned,  e eu não vou estragar isso.

 

—Certo.— Tony concordou,  sabendo que já havia vivido situação parecida, mas ele era mais maduro, Peter era só um garoto que ainda tinha muita coisa pra viver —Então não se sinta pressionado por nada, se ela é sua amiga vai manter o seu segredo.— ele pôs a mão do ombro do garoto.

 

Tony e Peter voltaram a sua atenção para o projeto do traje do Homem-Aranha quando Stella começou a mostrar-se impaciente.  

 

—Ei,  o que foi? Vem no colo do Peter.— ele a pegou, mas ela ainda reclamava.

 

—Ela quer ir no chão, pode deixar.— Tony avisou.

 

—Isso é um laboratório e se ela encontrar algo no chão que...

 

—Dummy faz uma varredura no local a cada 15 minutos, você tá aqui há tanto tempo e não notou? Ela não vai encontrar nada no chão que possa pôr na boca.  

 

—Ok, se o Sr tá dizendo.— ele pôs Stella no chão, ela engatinhou até o primeiro móvel onde pudesse apoiar para ficar de pé, mas ela logo abandonou o apoio —Olha, Sr Stark, ela tá em pé sozinha.

 

—Papa.— Stella bateu as mãozinhas uma na outra. Para Tony não era novidade o fato dela ficar em pé e equilibrar-se sem apoio,  mas o que veio a seguir era.

 

—Filha, você tá andando, vem pro papai, vem?— ele chegou mais perto e a segurou depois de cerca de três passos cambaleantes —Que coisa mais linda, a sua mãe vai ficar louca por ter perdido isso.  

 

—Foi como assistir ao vivo aqueles nascimentos de cavalinho que a gente vê no Animal Planet.— Peter observou,  Tony fez uma careta.

 

—Como você é insensível, Pirralho.  

 

—Mas eu acho aqueles documentários super-fofos.— Peter defendeu -se.  

 

—Sexta-feira,  por um acaso as câmeras de monitoramento estão ligadas?

 

—Estão sim, Sr. Os primeiro passos da Pequena Stark estão salvos no servidor.



—Muito bem, a Pepper vai amar essa novidade.— Tony  disse —Vamos subir pra contar pra mamãe que você não vai mais parar, definitivamente.— ele pegou Stella do chão, Peter os seguiu quando Tony foi em direção ao elevador.



—Estava indo chamar vocês,  Dona serviu a mesa antes de ir embora, e o jantar vai esfriar.— Pepper falou quando os encontrou na sala.  

 

—Que esposa mais cheirosa.— Tony disse ao se aproximar e beijar o pescoço dela.

 

—Tony?— ela o repreendeu sem graça com a presença de Peter.

 

—Ah…, amor, antes do jantar, você não sabe, a Stella deu os primeiros passos lá na oficina.— Tony contou empolgado.  

 

—Na verdade foi  hoje à tarde quando eu fui buscá-la no berçário.— ela revelou —Foi a coisa mais linda, ela parecia aqueles filhotinhos dos documentários…

 

—Foi o que eu disse.— Peter disse animado —Eles são muito fofos, não são, Sra Stark?— Pepper aquiesceu.  

 

—Quando você iria me contar?— Tony perguntou desapontado.

 

—Depois do jantar.— ela disse —Eu acabei de salvar o vídeo da sala de recreação pra você assistir. Eu vi os vídeos do dia todo pra ter certeza que ela não havia andado antes, mesmo que Erika tivesse me garantido.  Ela só andou pra mim, porque é o amor da mamãe.— Pepper pegou Stella dos braços de Tony e começou a caminhar em direção à sala de jantar.

 

—Ela te chamou de Pepe.— ele disse sabendo que ela ficaria furiosa, pois sentiu um certo ciúme.  

 

—Mentira sua.— ela voltou a sua atenção pra ele.

 

—Lá na oficina,  não foi, Peter?— Tony indagou, Peter se monstrou tenso.

 

—Olha, Sra Stark, ela disse, mas eu acho que ela quis dizer Peter, nós estávamos conversando e tal…

 

—Tá,  vendo eu já falei pra você não me chamar disso na frente dela!

 

—Disso o quê?  Pepper? É seu nome, Pepper.

 

—Pepe.— a bebê repetiu sorrindo sem entender, é claro que por sempre ouvir o pai dizer aquela palavra ela já tinha ligado o nome à pessoa. Mas Pepper não gostava, pois achava que Stella iria se acostumar a chamá-la pelo apelido.

 

—Tony!— ela ralhou —Amor da mamãe,  é mamãe. Mamãe.— ela corrigiu.

 

—Amor, eu não vou te chamar de mamãe pra que ela te chame apenas de mamãe, isso seria ridículo.— ele argumentou —Ela sabe que você é a mãe dela, mas aprendeu que também pode te chamar por outro nome. Ela é precoce,  não podemos fazer nada.

 

—Olha, Sra Stark, eu ainda acho que ela quis dizer Peter.— o garoto tentou apaziguar o clima tenso.  

 

—Tá tudo bem, Peter.— Pepper disse em tom sereno —Vamos jantar, Dona fez filé à parmegiana e batatas assadas em sua homenagem.  

 

—Que honra, obrigado.

 

Eles jantaram e conversaram sobre os assuntos do cotidiano. Pepper quis saber mais sobre a viagem de Peter e sobre como andavam as coisas na escola, sua preocupação tinha um tom maternal.  Quando eles estavam tomando o sorvete de sobremesa Happy chegou. Eles conversaram um pouco mais enquanto Hogan paparicava Stella.

 

—E então, vamos, a May já ligou uma porção de vezes.— Happy disse a Peter.

 

—Vamos.— Peter disse rolando os olhos —Tchau, Stellinha.— ele disse ao brincar com a menina.  

 

—Diz pro Peter que nós adoramos a visita dele, filha, e que ele pode voltar quando quiser.— Pepper comentou.

 

—Posso mesmo?!— o garoto mostrou-se surpreso e entusiasmado.  

 

—Claro, garoto.— Tony afirmou.

 

Hogan se despediu da afilhada, embora Tony ainda enrolasse ele e Rhodey, ambos consideravam-se padrinhos. Peter, agradeceu Tony pela tarde que tiveram juntos, era pouco mais de 21h quando os dois deixaram a mansão Stark e seguiram para o aeroporto.

 

—Mamã— Stella chamou.

 

—Oi, meu amor, você quer sair daí?— Pepper questionou ao tirá-la da cadeira.

 

—Tem alguém com cara de sono.— Tony comentou.

 

—Ela tá acordada desde de tarde, um banho e ela apaga,  tenho certeza.— Pepper afirmou —Ela trocou de fralda quando estava lá embaixo com vocês?

 

—Não.

 

—Então precisamos ver isso, vamos subir,  chama o papai pra ajudar no banho, vem papai?

 

—Papai— ela chamou Tony.

 

—O papai tá indo, princesa.

 

Tony encheu a banheira enquanto Pepper ajeitou uma roupa limpa e despiiu Stella  —Mais um xixi e a fralda vazaria, com certeza. Ainda bem que passaram muita pomada no bumbum ou estaria toda vermelhinha. Uma pimenta feito a mamãe.— ela fazia cócegas na barriga da bebê provocando gargalhadas.

 

—Podem vir.— Tony chamou do banheiro. Hora do banho pra Stella Potts Stark era uma farra, ela amava aquele momento, ainda mais agora que tinha autonomia para ficar sentada sem apoio e até mesmo em pé, com o tempo Tony percebeu que nos primeiro meses quando ele tinha receio de banha-la os banhos eram muito mais fáceis —Olha quem o papai achou aqui, um patinho.— Tony levou uma mão à boca como se estivesse surpreso e Stella repetiu o gesto  —Um patinho.

 

—Patiii!— ela estendeu as mãozinhas.

 

—Como é que o patinho faz, princesa?— Pepper perguntou enquanto a ensaboava.  

 

—Cá,  cá, cá.— Stella disse batendo as mãos na água.  

 

—Qua, qua,  qua.— Tony falou —Você é uma patinha ou uma Estrela do Mar?

 

—Por falar em Estrela do Mar, vamos levá-la à praia amanhã?

 

—Nós nunca a levamos à praia, é verdade. Vamos sim.— Tony concordou —Cedinho ou no final do dia?  

 

—Bem, isso vai depender da hora que ela acordar. Mas eu prefiro de manhã,  antes dos meus pais chegarem.

 

—Ok.— Tony concordou —Acho que já tá bom de banho, né?— ele pegou a toalha.  

 

—Vamos,  Estrela do Mar.— Pepper a tirou da água e a entregou pra Tony,  Stella chorava, como sempre.

 

—Naumm,  cá, cá, cá.— ela disse chorosa.  

 

—Amanhã você brinca com o Qua, qua.— Tony falou a envolvendo na toalha.  Foi ele quem a vestiu e tentou fazê-la dormir, mas não teve sucesso —Vamos, bolinha, o sono já bateu,  pare de brigar com a mamadeira.

 

—Eu sei o que ela quer.— Pepper a pegou —Você quer um mamazinho de verdade, não é?— ela sentou à poltrona.

 

—Mamá.— a bebê disse antes de abocanhar o seio de sua mãe. Stella mamava três vezes ao dia. À noite ainda era o único momento que, de vez em quando, ela trocava a mamadeira pelo peito,  e enquanto ainda tivesse leite Pepper cederia à vontade da filha.

 

—Quando ela crescer é desse momento que eu vou sentir mais falta.— Pepper revelou, enquanto acariciava os cabelos castanhos de sua bebê.

 

—Ela tá crescendo muito rápido, não tá?— Tony sentou no puff diante delas.

 

—Tá.— Pepper disse com pesar —Você pode viajar no tempo e me levar dessa vez? Eu não quero que ela cresça.

 

—Eu nunca mais viajei no tempo, nem em sonho, mas se ela se transformar numa adolescente muito chata a gente dá um jeito.— ele brincou.

 

—Adolescência?— Pepper questionou —Eu nem tava pensando tão longe. Mas agora já te vejo surtar se ela for namoradeira.

 

—Namorar só depois da faculdade.— ele disse.

 

—Vai sonhando.— Pepper comentou —Acho que agora só foi.

 

—Dormiu?— Pepper aquiesceu —Quer que eu coloque ela no berço?

 

—Não,  quero ficar mais um pouquinho com o meu grudinho.

 

—Então tá. Eu vou tomar banho.— ele avisou e beijou  a cabeça de Stella —Te espero no quarto.

 

—Tá bom.— com Stella em seus braços, Pepper começou a lembrar de todos os progressos de sua pequena. O primeiro dente apontou quando ela tinha apenas 5 meses, aos 7 ela já demonstrava vontade de comer sozinha, e fazia muita sujeira. Aos 8 meses estava engatinhando, aos 10 em pé e tagarelando como um papagaio, aos 11 meses os primeiros passos sem apoio. Ela nunca pensou que seria assim. Ela nunca pensou que ser mãe a deixaria tão plena —Seu pai sonhou tanto com você,  mas tem sido melhor do que qualquer sonho. Você é tão perfeita. Eu te amo tanto. Dorme bem, minha estrelinha.— ela colocou e bebê no berço e foi pro seu quarto.



Na manhã seguinte Tony  acordou e foi até a varanda para ver se daria praia. E o dia estava lindo,  apesar de ser cedo o sol já brilhava. Antes de acordar a esposa ele se ajeitou e foi ver Stella que também já havia acordado embora estivesse quieta. Ela estava em pé dentro do berço.

 

—Bom dia, Estrelinha do papai.— ele disse e ela sorriu,  ele amava aquele sorriso matinal. Tony trocou a fralda da bebê, mudou sua roupa e ajeitou a bolsa com o que ele julgou ser essencial para uma manhã na praia, basicamente colocando todos os itens que ele sempre via Pepper usar quando levava Stella pra tomar sol na piscina —Agora vamos acordar a mamãe.  

 

—Mamã.

 

—É a sua mamãe é uma dorminhoca.— Tony falou. Ao entrar em seu quarto ele colocou a bolsa sobre a poltrona e levou Stella até a cama,  a bebê engatinhou ficar próxima ao rosto de Pepper.

 

—Mamã!!!

 

—Beija a mamãe pra ela acordar, meu amor.— Tony orientou e Stella fez, e aproveitando que Pepper estava deitada, vulnerável e com uma camisola com um decote generoso a bebê aproveitou para procurar algo que lhe interessava —Oportunista.— ele comentou.

 

—Bom dia, sua esfomeadinha.— Pepper esfregou os olhos.  

 

—Mamá.— ela puxava a camisola de Pepper.

 

—Podia esperar a mamãe sentar, pelo menos.— a ruiva comentou —Vocês já estão prontos, que horas são?

 

—Umas 8h, eu acho.— ele respondeu —Bom dia, flor do dia.— ele lhe deu um beijo casto.

 

—Obrigada por esse bom dia.— ela respondeu com um sorriso.  Aquele era outro sorriso de bom dia que ele amava.

 

Após amamentar Stella, Pepper se arrumou, verificou a bolsa e fez algumas adaptações, pegou outras coisas que julgava necessárias, tomou o café junto com Tony,  alimentou J e então os 4 saíram.

 

Na praia, depois de fazerem algumas fotos, eles ficaram sob o guarda-sol que Tony levou, e sentados sobre a canga de Pepper ele revelou que fez planos para aquela noite, e havia pedido para os sogros ficarem com a neta. Pepper mostrou-se entusiasmada com a novidade. Um encontro com seu marido, finalmente.   Eles se beijaram e separaram-se quando sentiram a areia atrapalhar. Era a bebê brincando com J.

 

—Isso não te faz lembrar de nada?— Tony questionou.

 

—Uma vez que nós viemos a praia juntos, éramos só três, e acreditávamos que teríamos um menino?— Pepper também se lembrou daquela tarde.

 

—Não é muito louco?

 

—Muito.— Pepper concordou —Pelo menos acertamos em uma coisa…

 

—Dois nenéns cheios de areia.— ele riu.  

 

—Pois é.— ela concordou  —Não, você vai cair se tentar andar aqui a areia é  fofa demais.— ela segurava Stella que queria ir atrás de J.

 

—Vamos andar com ela  mais perto do mar, então.— Tony comentou e eles levantaram —Vem, garoto.— ele chamou por J que estava um tanto distante cavando buracos na areia.

 

Stella amou o mar. Deixou a água bater em seus pés sem qualquer ameaça de choro. Tony sacou o celular e fez mais algumas fotos dela com Pepper à beira mar, elas estavam combinando até nas cores de suas roupas. A ruiva usava um biquíni verde e short jeans, enquanto a  bebê usava uma calcinha verde com babadinhos e uma parte de cima de manga comprida vermelha com pintinhas pretas. Eles não sabiam se Stella era uma mini-melancia ou um morango, mas o certo é que a aquela frutinha Pepper não tinha nenhuma alergia.

 

—Não há mais dúvidas, eu dei a luz a uma Estrela do Mar.— Pepper gracejou.

 

—É porque você é uma sereia.— ele replicou.

 

—Que piegas.— ela riu —E você é o quê?

 

—Um daqueles marinheiros sem porto que de repente é enfeitiçado por uma sereia e fica pra sempre com ela.

 

—Bem, não sei se eu sou uma sereia,  mas com ou sem feitiço, com certeza você tem um porto seguro com a gente, não é filha?

 

Ambas sorriram pra Tony, e ele era apaixonado por aqueles sorrisos, tanto que seria capaz de matar e manter-se vivo tempo o bastante para vê-los todos os dias.   Mesmo que houvessem pequenos perigos fora daquele momento, ele esperava sempre conseguir manter seu porto, com elas, cada vez mais seguro.





Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tá acabando =(

Até mais ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Stardust" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.