Stardust escrita por Tulipa


Capítulo 16
Quinze - Pais e Filhos


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas.

Quero agradecer a Poison Ivy pela recomendação, eu amei.
E fico feliz que vocês todxs estejam curtindo a história, eu amo escrevê-la.

Eu amo quando as histórias entram em momentos família, sempre escrevo mto mais. Esse é o maior capítulo postado até agora. Espero que vcs curtam tanto qto eu.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/770629/chapter/16

Em casa, Pepper tinha um sistema de inteligência artificial que era a melhor babá eletrônica do mundo,  um cão que montou guarda na porta do quarto da bebê, avós muito muito babões e um pai super-protetor, e ainda assim ela despertava alguns segundos antes de Stella reclamar.  Peter Parker teria inveja do sentido aranha dela.

Em uma semana J nunca havia passado do limite corredor-quarto da bebê, ele sempre recebia carinhos por ser um bom menino, pra Pepper era como ter que se equilibrar entre dois filhos,  após lavar e higienizar as mãos ela se dedicava à sua pequena.

 

—Não precisa resmungar, a mamãe já está aqui, meu amor.— Pepper dizia com voz doce, verificou a fralda que ainda estava seca, e então sentou-se à poltrona para amamentar —Devagar, tá filhota, aí,  assim.— ela dizia —Que fome, mamãe.

 

Desde o primeiro momento com a filha em seus braços Pepper começou a notar as semelhanças com ela e Tony, mas Stella era tão dele que ela quase não se enxergava nela, e não achava isso ruim. Amava cada detalhe, as mãos, os pés,  o cabelo castanho, era uma bebê com muito cabelo. Amélia dizia que da testa ao nariz ela era Pepper, Tony concordava, talvez fosse um comentário de consolação porque para a ruiva Stella tinha apenas uma coisa sua, os olhos.

 

—Ei, porque você não me acordou?— Tony perguntou ao surgir no quarto.

 

—Porque foi você quem acordou da última vez.— ela disse após receber um beijo —E isso aqui apenas eu posso fazer.— Pepper sorriu quando ele se sentou no puff diante dela —Quando você vai parar com isso?

 

—Isso o quê?

 

—Me olhar desse jeito quando eu estou com ela, eu tô um trapo, mas seu olhar me faz sentir tão bem.— Pepper disse.  

 

—Se o jeito que eu olho pra vocês a faz sentir-se bem, porque eu devo  parar?— ele indagou.

 

—Eu não sei, mas  tenho receio que você só me veja como mãe daqui pra frente, sabe?— ela respondeu deixando-o confuso.

 

—Não sei.— ele respondeu.

 

—Algo sagrado, intocável, puro.  Não quero ser santificada.— ela tentou explicar na esperança que ele entendesse.

 

—Faz uma semana que eu vejo vocês juntas e eu ainda não me acostumei com isso. Você é...— ele hesitou.

 

—Eu sou?

 

—Tenho medo de que você não entenda o que eu quero dizer e fique magoada.— ele disse inseguro.  

 

—Bem,  agora mais do que nunca eu preciso que você diga.— ela o forçou.  

 

—Acho que talvez você sinta o mesmo, porque deve ser ainda mais intenso pra você, mas…

 

—Amor?...

 

—Eu te amo, baby. Eu te amo demais.— ele enfatizou  —Foi você quem chegou no meu coração e arrombou a porta, mas esse serzinho nos seus braços causou aqui dentro de um jeito completamente novo. E quando eu vejo vocês duas eu sinto algo inexplicável, por isso a minha cara de panaca.

 

—É como se até uma semana atrás você achasse que me amava, mas aí você conheceu outra pessoa que fez com que você mudasse toda a sua perspectiva sobre amor?— ela perguntou e ele aquiesceu  —Você ainda me ama, mas tem essa outra pessoa que agora vem em primeiro lugar, certo?— dessa vez ele não se moveu, apenas a encarou surpreso por que é justamente isso —Pode dizer que sim, porque isso é normal.

 

—É tão confuso.— ele disse.  

 

—Realmente é,  mas são amores bem distintos. E eu sinto o mesmo.— ela confessou —Há uma semana tudo mudou, tudo o que eu achava que sentia e sabia sobre amor.— ele respirou aliviado  —E isso não muda o fato de eu te amar demais, te desejar e querer

que você me veja como mulher.

 

—Quanto a isso você pode ficar tranquila, baby, eu tô contando os dias.— ele sorriu com malícia e ela retribuiu —Cada cômodo dessa casa vai saber que esse resguardo acabou.  

 

—Todos menos este aqui.— ela disse entregando Stella  para Tony colocá-la no berço.

 

—Fechado.— ele piscou pra ela.



(...)

 

A mansão Stark teve um período bastante movimentado, afinal, foram inúmeras as visitas e a imprensa não os deixou em paz, quando Stella completou um mês Tony convenceu Pepper a escolher uma publicação para qual falar,  e assim foi lançada a edição da revista People com a família Stark na capa. O fato de Pepper não ter optado por ajuda de uma babá foi um dos assuntos da matéria, um dos motivos foi o auxílio de Amélia, a mãe de Pepper passou todo o primeiro mês a assessorando e orientando. Mas agora os pais de Pepper só ficavam em Malibu aos finais de semana.  

 

—Panquecas?  Sério panquecas?— Pepper perguntou ao chegar na cozinha para tomar o seu café —Você vem, me estraga e depois vai embora,  isso não é justo.

 

—Bom dia, anjo.— Amélia beijou os cabelos da filha —Eu gosto de cozinhar o que você gosta. E você precisa comer bem,  afinal está amamentando.

 

—Cadê o papai?

 

—Passeando com o cachorro.

 

—Eu não sei o que seria de mim sem vocês,  é sério.— Pepper sempre agradecia.

 

—E o Anthony, não vai descer?

 

—Ele está no banho.— Pepper respondeu —Eu terminei de amamentá-la, mas ela não dormiu, e ele a pegou, como sempre, eu fui pro banho e ainda consegui lavar o cabelo enquanto ele a fazia dormir, acredita?

 

—Ele está me surpreendendo,  eu nunca poderia imaginar que aquele irresponsável seria esse paizão.— Amélia comentou.  

 

—Ele tá sendo incrível mesmo,  acho que só vou pensar em contratar uma babá quando estiver próximo do fim da minha licença.  

 

—É melhor escolher alguém pelo menos um mês antes da licença acabar pra que a bebê comece a se adaptar a alguém que não sejam vocês ou nós.— Amélia comentou.  

 

—Mas pensando bem, eu não sei se quero uma estranha dentro da minha casa com meu marido e minha bebezinha  quando eu não estiver.— Pepper confessou.

 

—Isso é ciúme dele ou dela?— Amélia quis saber.

 

—Dos dois, mas eu acabo de ter uma ideia brilhante, embora pareça egoísta.— ela disse e Amélia manifestou seu interesse —Vou construir uma creche na empresa, com berçário. Assim eu e as outras mães poderemos ter nossos bebês mais perto durante o dia.  

 

—Eu só vejo uma ideia brilhante, filha.  

 

—É egoísta porque eu só pensei nisso agora que estou vivendo a situação,  entendeu?

 

—Ah, sim.— Amélia disse —Mas a maioria das invenções foram criadas pra facilitar a vida de quem as inventou, então não se sinta culpada.  E tome o seu café.

 

—Quem está se sentindo culpada?— Tony perguntou ao surgir na cozinha, Amélia e Pepper se entreolharam —Bom dia, sogra.  

 

—Bom dia, Tony.

 

—E então?— ele insistiu olhando pra Pepper, quando sentou-se diante dela.

 

—Nós estávamos conversando sobre criar um berçário na empresa…

 

—Mas isso é bom.— ele observou —Porque nunca pensamos nisso antes?

 

—Pois é, a parte da culpa é só ter pensado nisso agora que vamos precisar de alguém que cuide da Stella enquanto eu trabalho.— Pepper disse.  

 

—Achei que eu fosse ficar com ela quando você voltasse a trabalhar.— Tony disse surpreso.

 

—Eu não havia pensado nessa possibilidade,  mas, amor, você também tem seu trabalho, e no berçário eu ainda posso amamentá-la.— ela esclareceu e ele mostrou-se impassível —Vamos conversar sobre isso depois, ok?— ele aquiesceu e serviu-se de café, mas ainda não estava confortável,  por isso procurou uma maneira de sair da cozinha sem causar desconforto.

 

—Vou passear com o J.— ele avisou.

 

—Papai já foi.— Pepper informou.

 

—Bem, acho que não sou útil na minha própria casa.— ele disse irônico e deixou a cozinha.

 

—Tony?!— Pepper chamou.

 

—Depois.— ele respondeu e apenas acenou com a mão sem olhar pra trás.



Mesmo que Amélia tenha aconselhado, Pepper não foi atrás do esposo e Tony passou todo o domingo na oficina, mas antes de partir para Pasadena Edward fez questão de conversar com o genro.

 

Sr. Stark, uma pessoa não autorizada está tentando acessar.— Sexta-feira avisou e quando Tony olhou para a porta do laboratório seu sogro e olhava através do vidro.

 

—Pode autorizar a entrada.— Tony disse e a porta abriu.

 

—Olá, Anthony, eu vim avisar que nós estamos indo.— timidamente Edward aproximou-se da mesa de projetos enquanto curiosamente analisava o local.

—Até sábado.— Tony disse ao apertar a mão do sogro.

 

—Nós não vamos voltar na semana que vem.

 

—Ótimo, agora eu vou ser culpado por isso.— Tony disse.

 

—Não, não vai.— Edward disse —Eu já havia conversado com Mellie quanto a isso, na verdade, ultimamente eu tenho vindo pra garantir que ela volte pra casa.— ele brincou —Ela precisa deixar a Ginnie andar com as próprias pernas, mas ela é teimosa e eu acho que você sabe como uma ruiva pode ser teimosa.

 

—Se sei.

 

—Soube do que aconteceu hoje e acho que a Ginnie não pode tomar decisões em relação a Stella sem te consultar, porém você também não pode não concordar com algo e se trancar na sua caverna tecnológica o dia inteiro, um filho muda a vida do casal pra sempre, e sem diálogo esse casamento não vai durar, filho.— Edward disse sabiamente.

 

Não vai durar. A frase de seu sogro o atingiu. Como não fazer dar certo depois de tantos anos juntos? Ainda mais agora que ele tinha tudo o que lutou pra ter.

 

—Você também disse isso pra sua filha?— Tony quis saber.

 

—Claro que disse.— ele garantiu —E também conversei com a minha esposa sobre deixar vocês sentirem a dor e a delícia de um início de casamento com uma recém-nascida e um cachorro.

 

—Mas… E se a gente precisar de socorro?— Tony perguntou um pouco aflito com o tom usado pelo sogro.

 

—Você é o super-herói aqui, vista uma dessas coisas.— ele ironizou apontando pras armaduras expostas —É brincadeira, é claro que estaremos aqui quando precisarem, mas apareceremos com menos frequência.— ele afirmou.

 

Tony subiu com o sogro, afinal tinha que se despedir de Amélia. Ele agradeceu toda a ajuda durante aqueles dois meses incompletos  e garantiu que cuidaria bem das garotas da casa.

 

—Apareçam em casa também, afinal a mesma estrada que nos trás até aqui leva vocês até lá.— Edward disse envolvendo Pepper e Stella num abraço.

 

—Nós vamos sim.— Pepper disse chorosa.

 

—Até mais, anjo, eu amo vocês.— Amélia disse ao beijar o rosto da filha, e depois beijou a testa de Stella.

 

Quando o portão se fechou após a passagem do carro de seus sogros, Tony tentou um início de conversa, mas a bebê começou a chorar.  Pepper entrou e subiu em direção ao quarto de Stella, ele esperou algum tempo até que ela voltasse, mas foi em vão.



—Podemos conversar?— ele perguntou ao cruzar com ela no corredor.  

 

—Agora, depois do mal estar que você causou?— ela replicou.

 

—O seu pai me disse que conversou com você,  mas acho que ele…

 

—Escolha bem a palavra que você vai usar.— ela disse duramente e caminhou para o seu quarto.  

 

—É,  pelo visto ele não falou, ou você não estaria agindo assim.— ele disse indo atrás dela —Ou talvez ele tenha dito e você está ignorando, então eu vou dizer. Você não pode tomar decisões em relação a ela sem me consultar, Pepper.

 

—Ele disse sim, mas eu não havia tomado decisão alguma, eu estava conversando com a minha mãe sobre contratar uma babá então tive uma ideia, mas nada estava decidido. Justamente porque não tínhamos conversado.— ela replicou.

 

—Você realmente não pensou que eu poderia cuidar dela enquanto você não estivesse?

 

—Não, Tony, eu não pensei, porque assim como eu você também tem o seu trabalho, mas é como eu acabei de dizer, nós não tínhamos conversado e então eu pedi pra conversarmos depois e você fez uma cena.

 

—Eu me senti dispensável.— ele disse.

 

—Mamãe tinha acabado de te elogiar, eu havia dito pra ela o quanto você tem sido incrível,  e você se sente dispensável.— ela riu de nervoso —Meus pais vêm pra cá pra ajudar a gente, porque cuidar de um bebê parece fácil, mas é exaustivo, porque a gente acorda três vezes ou mais durante a noite, eu não teria conseguido amamentar se minha mãe não tivesse explicado que há um jeito certo da bebê pegar o meu peito sem que eu sinta dor, então me desculpa se eu me senti muito grata por eles estarem aqui, mas fiz você se sentir inútil.

 

—Não foi você, foi a situação…

 

—Tony, a minha cabeça está doendo.— ela o interrompeu  —E eu não sei qual remédio posso tomar, então eu vou deitar até que ela queria mamar novamente, você pode cuidar do resto se precisar?

 

—Claro.— ele disse.

 

—Obrigada.— ela entrou no banheiro e fechou a porta, enquanto ele foi para o quarto da bebê.  

 

Quando Tony chegou ao quarto Stella estava acordada, e embora estivesse se mexendo bastante não chorava.  Era uma bebê tranquila que só reclamava em situações pontuais, então ele acreditava que poderia, sim, cuidar dela enquanto Pepper estivesse na empresa.



—Ei, o que foi?— ele perguntou quando ela começou a chorar —O que foi?— a pegou nos braços —Tá tudo bem, papai tá aqui.— Tony passou a acalentá-la, mas ela choramingava cada vez mais inquieta, então ele olhou a fralda, estava limpa e seca, mas o choro estava cada vez mais alto e agoniado. Ele a pegou novamente andava de uma lado pro outro com Stella em seus braços e nada —Como é aquela música que a sua mãe canta?  Qual é…? “Isn't she lovely. Isn't she wonderful. Isn't she precious, less than one minute old. I never thought through love we'd be making one as lovely as she. But isn't she lovely made from love…” Acho que não é essa música,  ou talvez seja algo que o papai não tá sabendo decifrar.  



—Essa é uma das músicas, mas esse choro não é manha ou sono, então não é uma música que vai fazer parar.—  Pepper disse ao surgir na porta do quarto, seus olhos estavam inchados indicando que ela também estava chorando, talvez sua dor de cabeça não tivesse passado ou fosse só um subterfúgio pra ficar sozinha —Você tá sentindo que ela está se encolhendo no seu colo?

 

—Um pouco.— ele respondeu.

 

—Tá sentindo uns punzinhos?

 

—Às vezes.

 

—Ok. Sente-se e coloque-a deitada sobre as suas pernas, de frente pra você.— ele fez o que Pepper orientou e aguardou as próximas instruções —Devagar, flexione as perninhas dela, pra cima e pra baixo.

 

—Assim?— Pepper aquiesceu —Bem, ela parou chorar, mas no que isso ajuda?

 

—Você já vai saber.— Pepper respondeu —Massageie a barriguinha dela por alguns minutos e volte com a flexão das perninas.

 

—Agora ela tá soltando muito pum. Muito mesmo.— ele disse assustado —Ela tá…?

 

—Hum-rum.— Pepper confirmou —Eram gases, ela não tinha feito hoje.Vou encher a banheira.— ela foi pro banheiro —Pronto, já pode trazê-la.— disse depois de algum tempo.

 

—Estou indo, tô limpando o bumbum dela.— ele avisou —Certo, tá limpo, vamos… Ah não, filha!

 

—O que foi, ela não tinha terminado?

 

—Tinha,  foi xixi ainda bem.— ele respondeu. E Pepper gargalhou do banheiro,  Tony sorriu ao ouvi-la, pois sempre ficava mal por fazê-la chorar.

 

—Você fez xixi no papai, meu amorzinho?— ela perguntou quando Tony entrou no banheiro,  pegou Stella em seus braços e colocou-a dentro da banheira —Diz pra ele, parabéns papai,  você foi batizado.— ela olhou pra ele e sorriu, seus olhos já não estavam mais tão tristes, ele sorriu de volta —E obrigada por me ajudar com a minha dor de barriga,  você foi muito bem.— ela disse e então começou a cantarolar a mesma canção que ele havia cantado. Pepper era tão melhor naquilo, ele pensou —Eu não perguntei se você queria dar banho nela, me desculpa.

 

—Tá tudo bem.— ele disse —Como você sabia o que ela tinha?

 

—Não era um choro de manha, esse é um choro manhoso, quer ver?— ela a tirou do banho e Stella começou a chorar —Ela gosta da água quentinha, por isso ela choraminga quando sai. Mas aquele era um choro de dor, é mais aflito.  O primeiro palpite foi dor de barriga pelo motivo que eu já disse, mas poderia ser cólica. Ela vem tendo muita cólica, e por isso eu preciso rever a minha alimentação, mas também poderia ser outra coisa, dor de ouvido, que eu espero que ela nunca tenha porquê minha mãe falou que é o pior choro.— ela explicava enquanto secou e colocou fralda da bebê, que voltou a resmungar —Esse chorinho é fome, eu sei porque meu peito tá me avisando também. Mas a senhorita vai esperar só pouquinho. Pegue um body e uma calça na gaveta, por favor.

 

—Body com manga ou sem?— ele perguntou.

 

—Ela sente a mesma temperatura que nós,  se você saísse do banho agora vestiria uma blusa com ou sem mangas?— Pepper questionou e ele escolheu uma roupa sem mangas.

 

—Essas coisas todas foi a sua mãe quem te ensinou?

 

—Foi, e ela disse que além da minha alimentação é imprescindível que ela sempre arrote depois de mamar, essa parte as vezes é com você então, certifique-se, isso também influencia nas cólicas.

 

Stella mamou mais do que o costume, e internamente Pepper torceu pra que ela se mantivesse saciada por um maior tempo,  mas mesmo que não estivesse, estaria pronta para aumentá-la novamente, era o que a pediatra chamava de livre demanda.



—E se fosse cólica o que eu teria que fazer?— ele quis saber enquanto ela dava suaves tapinhas nas costas dela.

 

—Pra cólicas você deve mantê-la aquecida, principalmente na barriguinha. Então você pode dar um banho.— ele fez uma cara de pânico, Tony  tinha medo do banho era a única coisa que ainda não havia feito —Ou deitá-la sobre a sua barriga. E então com ela deitadinha, barriga com barriga, talvez a música funcione.— ela disse e sem perceber começou a cantarolar “'Cause you're a sky, 'cause you're a sky full of stars. I'm gonna give you my heart. 'Cause you're a sky, 'cause you're a sky full of stars. 'Cause you light up the path…”— era essa a música que ele queria ter lembrado, Stella não demorou a pegar no sono, e Tony mais uma vez estava olhando pra ela e Pepper com aquela cara de quem contemplava o seu mundo todo.

 

Pepper colocou a bebê no berço e deixou o quarto,  quando eles chegaram ao corredor Tony a puxou pelo braço, a colocou contra a parede e lhe beijou como  se a vida dele dependesse da resposta pra pergunta que ele faria a seguir.

 

—Me desculpe por hoje,  eu fui um babaca, eu me odeio por ter te feito chorar, me…— ela o calou com outro beijo.

 

—Eu estava pensando em contratar uma babá, e então você ficaria perto da Stella todo o dia, mas a hipótese me deixou enciumada. No entanto a ideia que eu tive não é ruim.— ela disse.

 

—Mas você teria ciúme da bebê comigo?

 

—Não,  seu bobo, da babá.— ela revelou —Que ficaria com a minha bebezinha o dia inteiro e fatalmente babaria o meu marido.  

 

—Baby,  eu só tenho olhos pra você.— ele disse.

 

—Mesmo eu estando um trapo?

 

—Você tá linda.— ele disse —Você é linda.

 

—Neste momento não me sinto assim.

 

—Nesse momento eu sou um homem que tomou banho de xixi dizendo pra mulher da sua vida que ela é linda.— ele disse e ela sorriu.

 

—Eu queria ter visto a cena.— ela disse rindo.

 

—Eu também queria,  porque eu me odeio quando te faço chorar, mas amo te fazer rir.— ele disse ao pôr uma mecha de cabelo dela atrás da orelha.

 

Pepper suspirou e o abraçou —Me promete que a gente vai fazer dar certo?

 

Ele pensou em responder que prometia, porém  a sua última promessa foi quebrada, não por sua culpa,  mas ele não a cumpriu. Então em vez de verbalizar, Tony preferiu beijá-la. Mais do que uma promessa, ele estava selando um pacto pra vida toda.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sempre pretendi terminar a história antes da estreia do último filme dos Vingadores e bem, estamos chegando ao fim, sim, é triste.
Mas agora restam 4 capítulos. Continuem comigo, ok? ]

Até o próximo.

Stakisses,
Tulipa



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Stardust" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.