My Neighbor escrita por Ookami Drika


Capítulo 5
My Neighbor till now...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Antes da Calmaria. Durante a Calmaria. E em breve a tempestade =)
Aviso: Há palavrões. Sorry



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Naruto acordou de mal humor. Na verdade, não se lembrava da última vez que havia acordado bem. Levantou como sempre largando as roupas pelo quarto. Havia retornado a pouco tempo para a fria casa de sua infância, mas a bagunça em seu quarto já parecia ter meses.  

— NARUTO! - Um grito da sala veio até seus ouvidos. – Desça Aqui! – Um momento se fez até que gritasse novamente - Anda logo!  

Calmamente, sentido algumas antigas dores que recebera de presente, desceu as escadas trajando apenas o short que usava para dormir. Parou no meio da escada. O velho de longos cabelos brancos a sua frente, Jiraiya, era seu padrinho e tutor legal, entretanto não parecia velho, tinha mais de 1,80 e apresentava boa estrutura corpórea, como se um trator pudesse passar por cima dele que não o machucaria. Já Naruto era magro chegando nos seus 1,70. Olhou aquele senhor irreconhecível, não se recordava da última vez que recebera um abraço do velho ou mesmo um sorriso. “ah” Lembrou do último abraço recebido, no natal de seus 6 anos. 

Voltaram de Amegakure, uma cidade na divisa de Konoha, pela tarde do dia anterior. Depois de desempacotar e deixar roupas, livros e todas suas coisas espalhadas pelo cômodo, pois colocar no armário parecia algo complicado demais para sua preguiça, largou-se na cama e dormiu.  

— Estou saindo. Se comporte. O dinheiro esta no pote em cima da mesa.

— Quando volta?  

A porta bateu sem que tivesse uma resposta. Uma breve angustia já conhecida se transformou em raiva, parecia justo ele sair também. Vestiu um jeans, seu moletom tão preto quanto a calça e saiu encapuzado.   

O parque no qual passou parte de sua infância, agora já praticamente esquecida, parecia. Passou pela escola, “Mais que merda” pensou ao lembrar das aulas que teria. “Quando começa mesmo?”. Lembrou que teria todo o trabalho de lidar com novas pessoas, ou pior, pessoas antigas, conhecedoras de seu passado. “Dane-se”. Encarou o Hospital Central de Konoha e prosseguiu.  

Caminhou até o centro onde por acaso vira Toneri. Lembrou que nunca havia gostado muito dele. O ignorou, entretanto o Otsutsuki não se segurou.  

— Opa, você não seria o Uzumaki Naruto?  

O olhar de desprezo de Naruto foi maior do que ele gostaria.  

— Não sabia que tinha voltado. O que aconteceu com você? Você sumiu.  

 Naruto virou-se e seguiu sem falar nada.  

— He. - “Já vi que teremos novidades esse ano” virou as costas distanciando-se do recém–chegado.  

Casa e carros passavam, ele apenas caminhou pela mesma calçada, atravessou algumas ruas, virou outras, passou por um portão grande por onde caminhões saiam ou entravam. Mais algumas ruas a frente, parou e observou a sua volta.  

— Caralho, onde eu vim parar? 

Eram casas pequenas, diferentes das comuns que tinham por toda a Konoha. Algumas eram barracos de madeira. Tinham pessoas andando pela rua com sacos nas costas, que o observavam atentamente passando. “Merda, onde eu me enfiei?” Quando se deu conta havia um homem caminhando logo atrás dele. “Acho que estou ficando paranoic...”  

— Você tem uma graninha? – Perguntou o senhor que o seguia e agora segurava em seu braço. 

— Não, não tenho senhor. Ei! Sai fora! – Se alterou no momento em que o homem que segurava em seu braço começou a tentar puxar sua blusa.

Outros ao redor já começavam a se juntar em volta de Naruto. “Mas que droga de lugar e esse!?” pensava enquanto se soltava de várias mãos em seu casaco. Começou a empurrar desesperadamente aquelas pessoas. Até que uma mão em especial puxou seu braço o arrancando do meio da confusão.  

— Você não pode andar por aqui com a guarda baixa. Ou levarão tudo que é seu.  - Dizia um jovem de cabelos claros amarrados em um rabo de cavalo baixo e olhos pretos. 

— Q..quem é você? - Naruto puxou a mão com força assim que viraram uma esquina procurando o folego que perdera na corrida dos dois. 

— Não reparou? Sou o cara que te salvou.   

— Posso me defender sozinho.   

— Claro que pode saco de ossos. Eu me chamo Yakushi Kabuto. Venha comigo, vou te apresentar ao pessoal. Venha logo, ou quer ficar com seus amiguinhos?  

Admitindo para si mesmo que realmente teria se dado mal e não fazia ideia de onde estava, e ainda que não gostaria de reencontrar aquelas pessoas, acabou por seguir o outro rapaz até uma casa antiga.  

— Você mora aqui? Aliás, onde é aqui? Ainda estamos em Konoha?  

— Mais ou menos. Essas pessoas aqui são geralmente foragidas de algum país vizinho. Eles invadiram esse território, e como Konoha não pode se intrometer com pessoas de outras cidades, sem que haja acordos envolvidos, vai demorar um tempinho até que eles possam ser considerados cidadãos. Mas respondendo a sua pergunta, não, não está em Konoha. Esse lugar não tem nome. O que foi? – perguntou Kabuto ao ver o olhar surpreso de Naruto.  

— Não imaginava.  

— O que? Que a perfeita Konohagakure pudesse ter algo tão horrível no quintal? Pois é, esse é só o começo. 

Enquanto falavam já estavam no meio da casa, pequena e parcialmente suja.  Tinham muitas latas espalhadas, um cheiro forte de mofo e sujeira. 

— Pessoal. Esse é o....Como se chama mesmo? 

— Uzumaki.  Uzumaki Naruto. 

Todos fizeram cara de surpresa.   

— Mas que sorte a nossa encontrar um Uzumaki em apuros. – disse o Yakushi com um sorriso maléfico.  

Que sorte se tem nisso?”  

Naruto enrijeceu o corpo. Seus pelos da nuca se arrepiaram. Sentiu aquela sensação conhecida, logo antes de receber um golpe. Ele começou a encarar as faces presentes.  

— Mizuki. Por que não testa ele?  

Um rapaz de cabelos claros e olhos castanhos se ergueu. Era alto. Maior que Naruto por uns 10 cm.  

— kuso... – sussurrou Naruto na eminente batalha a frente.  

Naruto ficou surpreso em ver quão lento o rapaz era. Seu primo tinha feito um bom trabalho ao treina-lo. Um sorriso torto apareceu em seus lábios.  

O soco que Mizuki tentou acertar no rosto de Naruto foi uma abertura para que o punho do Uzumaki fosse direto para o estômago do adversário, seguido de uma cotovelada nas costas e um empurrão, derrubando–o no chão. Naruto esperou o inimigo levantar. Yakushi gargalhou. 

— Bem – disse o Yakushi ainda rindo – Você será bem vindo aqui. Mizuki nunca foi nosso melhor lutador mesmo. Opa, Calma jovem, não precisa ir a lugar nenhum. Temos tudo que precisa aqui. – Impedindo-o de sair colocando seu braço nos ombros do jovem - Games, – apontou dois jovens, um de cabelos espetados e preto e um ruivo, jogavam sinuca – Bebidas - e apontou uma geladeira no canto do cômodo a frente – Do que mais precisa?  

— Do que eu não preciso. De gente estranha querendo me testar. – Naruto se livrou do peso em seus ombros dos braços do Yakushi. - A gente se esbarra.   

— Você sabe como voltar?  

Naruto parou ouvindo a risada do jovem a suas costas.

— Não deve ser muito difícil.  

— Ei! Pensa Rápido.  

Virou a tempo de pegar uma latinha de cerveja vindo em sua direção.  

— Fica tranquilo. Não vamos fazer isso npvamente, pelo menos não por enquanto. 

— Que droga é essa? Vocês bebem isso por aqui? – Disse depois de provar o que tinha na latinha. 

— Não gosta, não bebe. – Foram as palavras do jovem de cabelos espetados. Naruto só ergueu uma das sobrancelhas.   

— Não ligue para o Kakuzu. Ele é sempre grosso com as pessoas. Chega ai, vou lhe fazer uma bebida, algo mais sofisticado. - Agora quem falava era um jovem de longos cabelos loiros, parte de seu cabelo era preso por um elástico, um olho coberto pela franja e o outro amostra sendo azul, levantava de um sofá velho no canto e caminhava para o comodo que deveria ser uma cozinha. – A bebida certa é uma arte. Basta você mistura-las bem e nas medidas certas.  

Beberam algumas, riam e conversavam  

— Achei que estava falando sério, mas isso aqui não tem sabor nenhum. 

 Passou o dia com aquelas pessoas. Aquele local, nada tinha de diferente, mas que o deixava extremamente desligado. Não se lembrava de Jiraiya ou do fato de ter que voltar para a escola de anos atrás, onde todos sabiam de seus pesadelos. Nada importava, apenas as bebidas bizarras que experimentava.

—------------

O relógio apontava 5 da manhã. Aos tropeços e derrubando algumas coisas que caíram da mesa e estante.

— Ai! Merda! - Subiu para o quarto. Com a cabeça girando e estômago embrulhando e a leve dor em seu dedinho que esbarrara na mesa, desfaleceu na cama.  

—----  

— MERDA!!  

Abriu os olhos com dificuldade depois de sentir seu corpo sendo puxado pelo braço. Seus joelhos ardiam e ele era arrastado pelo corredor.  

Naruto não percebera, mas ao entrar em casa, deixou boa parte das bebidas na entrada. Talvez o que restara fora apenas, quem sabe, a primeira cerveja que tomou. Empurrado violentamente para o box do banheiro, seus joelhos mais uma vez sentiram as dores do chão quando caiu. A água gelada já caia em sua cabeça enquanto tentava se atualizar.   

— Puta que pariu! Tá FRIA!!  

— Sorte a sua!! Você tem 30 minutos para se arrumar e ir para a escola!  

Naruto saiu do banheiro assim que viu as costas de Jiraiya descer as escadas. Jogou a roupa molhada em um canto do quarto e vestiu o uniforme que encontrou em cima da cama.  

Sua antiga bolsa de lado, sem nem mesmo pentear o cabelo que pingava molhado logo embaixo de um boné preto, saiu porta afora.   

— Coma se não.... - A porta da frente bateu. - ...   

Chegou na escola já arrependido. Devia ter enrolado no banho frio para perder a hora e não precisar comparecer na escola. Sua cabeça gritava com ressaca, sentia os olhares nas suas costas, ouvia os cochichos das pessoas por onde passava. “Nossa, ele voltou” “Foi a Mãe dele que..  shiiii não fale sobre isso” 

 “Acho que já tive aula demais por um dia”. Pegou a mochila e saia da sala quando uma voz o chamou a atenção. 

 “Naruto!”  

Seus olhos viram dois coques. Seu coração apertou Tenten”. Ao lado dela “Putz..” lhe faltou o ar. Depois de muitos anos. Encarou os olhos perolados que há tempos não via. Sentiu seu corpo fraquejar como há muito não sentia. Seu acenar de cabeça era um “Olá”, mas o sorriso dela era fascinante. Seu coração gritava, mas sua mente o repreendia. Virou-se e prosseguiu seu caminhar colocando o boné e cobrindo-lhe a face. “Dane-se.”  

—------------- 

— Ei, onde pensa que está indo? O que pensa que está fazendo? Não pode vir de boné para a escola!   

Ele ouvia as palavras como vento jogadas ao ar.  

— Vou para casa.  

— Se não se sente bem, deveria ir para a enfermaria. – Ela puxou o boné da cabeça do jovem e seus olhos arregalaram. – Mi.. Minato... – Sussurrou ela.  

— Minato era meu pai. Se não se importa. – Pegando o boné de volta, saiu o mais rápido que pode do local.  

— Senhora Tsunade, já podemos ir. Senhora Tsunade?  

— Poxa vida, quem diria que Jiraiya voltaria por causa de algo como aquilo. E pelo jeito, terei que dar um jeito nesse moleque, andando pela escola de boné, saindo antes do horário. Teremos um problema com ele.  

— Como disse, senhora? - Shizune se inclinava para entender o que a Tsunade balbuciava 

— Nada Shizune, não é nada. Vamos.  

—-------------  

Nas redondezas de Konoha o jovem caminhava até os mais novos conhecidos, estava certo quando presumiu que não estariam na escola.   

— Olha quem voltou. – Disse Deidara – Dessa vez ninguém precisou salvá-lo.  

— Vai pro inferno. 

Durante a tarde bebiam, jogavam e se zuavam. 

— Já vai? – Perguntou Kabuto. – Por que não fica? A noite é uma criança.  

— Preciso comprar algumas coisas. – Ignorando o sorriso amarelo do Yakushi, se afastou. 

— Espere. Pegue isso. – Kabuto arremessou um maço de cigarros. – Não vai conseguir comprar sendo menor por aqui. Konoha é bem rígida quanto a isso. E não deixe que ninguém o veja fumando. Acho que não poderia te ajudar.  

— Certo.  

— Não vai perguntar como adivinhei que fumava?  

— Não.  

— Mas que insolência. - Resmungou após ver que o Uzumaki já partira. 

Chegou em casa cansado. Em cima da mesa o dinheiro da semana e um recado na letra de Jiraiya “Volto semana que vem. Vá para a escola.” Atá, quem liga para escola?”. Comeu um cup noodles, banhou-se e foi para a janela que dava para o telhado. Sentou no telhado próximo a sua janela. O céu estava claro e era ótimo ver aquela fumaça subindo na calmaria da noite.   

— K...onbanwa, Na...Naruto-kun.  

A voz baixa e tremula da jovem fez o estomago apertar. “Merda ”  

— O que faz aqui, Hyuuga?   

— Eto.. Eu não pretendia atrapalhar. Já vou indo, Oiasum...  

— Por que não se senta? – O resto do cigarro foi arremessado para a frente do telhado – Anda, senta logo.  

— Hai.  

— Está com medo de mim. – Naruto a observava com clareza agora. Sentou tão longe e falava tão baixo, era pequena e pálida. Duvidou que pudesse contar algo sobre ele ser fumante a alguém.  

 – O que você quer? – Perguntou ele com um semi-sorriso pelo barulho engraçado que ela tinha feito ao se assustar com sua pergunta.  

— Eto.... C..Como tem passado?  

— Bem, e você?  

— Be...bem também. E... E a.. kushina-san, c..como ela está?  

Um momento de silêncio se deu. “Kushina”, com certeza o incomodava ouvir esse nome.  

— Quer saber? Pode ir. Dispenso a companhia.   

Quando percebeu já era terça de manhã. Depois de sair de casa tarde da noite, bebera com Deidara e Kabuto até esquecer seu nome. Acordou com barulho de uma discussão.  

— Vá logo Mizuki. 

— Já disse que não vou. Peça para ele ir, já que ele é o novo car... – Antes de terminar a frase, Kabuto o socou com força suficiente para Mizuki cair para trás.   

— Não quero desculpas. Só vai cara. 

Observando aquilo com indiferença, se ergueu com dificuldade. Sentia a cabeça doer com mais uma ressaca. No cômodo com cara de bar, por tantas bebidas na mesa, pegou um biscoito que encontrou no armário, alimentação que não fora muito diferente durante a semana. Ir para escola ficou fora de cogitação, passou a semana inteira indo para casa apenas para tomar banho e pegar algum dinheiro. 

A presença estranha de Kabuto, calmo e ao mesmo tempo dissimulado, era reconfortante. Não tinha obrigações e era divertido ver Kabuto afundando a cara de Mizuki em socos durante algumas discussões. Era quieto até que bebia e se soltava. Sentia–se rei. "Como pôde errar aquele lance!?” dizia confiante de ter sido o melhor nas partidas de basquete que jogavam. 

Agora conhecia a todos, não confiava neles, mas já se sentia a vontade para dizer o que quisesse, Deidara, o loiro que fazia bebidas e que mais bebia mas não se embriagava com facilidade. Kakuzu ainda era mal-humorado, e parecia cada vez mais forte. O ruivo era Sasori, extremamente estrategista em jogos, o único que ainda frequentava a escola as vezes. Ainda tinham: Hidan, com seu olhar esquisito e Mizuki, que estava sempre apanhando de alguém. 

Sábado pela tarde foram todos jogar no parque. Não imaginariam que como adversários teriam o time da escola de Konoha.  

— Neji, bom ve-lo. Que tal uma partida quadra inteira? - Estava próximo ao Hyuuga, quase como se fosse bater no mesmo logo ali. 

— Será um prazer. - O sorriso de confiança que Neji deu não durou muito. 

Se Naruto tivesse reparado, teria percebido que assim que Kabuto o escolheu para ser parte do time, Mizuki ficou extremamente irritado. O Uzumaki perceberia que toda vez que fazia um ponto na cara do outro time eles ficavam surpresos e quase contentes, algo provavelmente como "Ual, ele está jogando bem", teria percebido a expressão animada de Sasuke quando Naruto se enfrentavam na marcação. Entretanto, isso acabou rápido. 

O Uzumaki era alto e rápido e até desequilíbrio o ajudava, entretanto não era muito bom em controlar sua velocidade. Estava sempre por correr e só parar quando chegar em um obstaculo. Isso fora acumulando algumas faltas. Até que em um momento, esbarrou com Neji de maneira tão forte que o mesmo rolou.  

— Ups, foi mal! - A bebida estava surtindo efeito e ele . - Deveria prestar mais atenção em.

— Você que cometeu falta - Disse Kiba indignado. 

— Falta? Tá zuando? Isso foi uma jogada. Você que está caindo por nada ai. Não sabe jogar não joga! Você e esse seu time meia boca. 

— Não fala merda, cara ou vai se arrepender. - Com um sorriso convencido, Neji já estava de pé. Aquelas palavras o irritaram mais, pois não podia acreditar que alguém como Naruto era quando jovem, se comportasse como imbecil agora.

Não precisou pensar muito. O sorriso sarcástico que o Hyuuga deu, foi o suficiente para subir o sangue do Uzumaki, que desferiu no Hyuuga dois socos o fazendo se desequilibrar e se afastar, mas não precisou de tempo de recuperação. Logo o rosto de Naruto ardeu em um soco forte que o derrubou, sem deixá-lo levantar, Neji deferiu mais alguns socos e só parou quando foi afastado por Sasuke e Gaara. 

Naruto não lembrava de muita coisa, apenas de ver grandes olhos pérolas assustados do outro lado da quadra e de ter ficado muito bravo com isso. Depois que chegaram na casa, Naruto bebeu até tudo ser um borrão nem ao menos lembrava de como tinha chegado em casa. 

— AIII!!! SEU VELHO, O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – Jiraiya segurava Naruto pela gola da camisa - SAI DAQUI AGORA! - Acabara de receber um tabefe na cara o causando uma ardencia incomoda. 

— FALA DIREITO COMIGO MOLEQUE MAL CRIADO! – Sacudia Naruto “Como esse moleque ousa!? Depois de tudo eu fiz!!” - QUE HISTÓRIA É ESSA DE VOCÊ BEBENDO? QUER VOLTAR PARA AMEGAKURE? BEBA DE NOVO E VAMOS VOLTAR! E NUNCA MAIS VERÁ SUA MÃE! - O empurrou na cama. 

— QUE MERDA VOCÊ ESTÁ FALANDO SEU VELHO TARADO!!! DESGRAÇADO! - Jirayia já saíra.  

O Uzumaki empurrou tudo que havia sobre sua estante, chutou a porta do guarda-roupa, odiava a sensação de impotência, sua primeira reação para intimidação era sempre violência, mas o que poderia fazer contra Jiraiya? Nada. Frustrado e ofegante se rendeu ao cansaço e as dores, desfalecendo na cama. 

— Esse velho. - Suas pálpebras pesadas o levaram a dormir antes que percebesse. 

—----- 

— Dormiu bem Cinderela? 

— Vai a merda, Hidan. - Seu rosto repuxou e foi então que reparou que estava com curativos.

Depois de buscarem Naruto em sua casa, foram para fora dos limites de konoha. Essa parte fora de Konoha trazia cada vez menos esperança, cada vez mais se tornava um local de casas abandonadas e pessoas deprimidas aos cantos. Quem morava ali estava sumindo. E Naruto se sentia perfeitamente em harmonia com aquele ambiente. 

— Não é a casa de sempre. – Reparou o Uzumaki. 

— Achamos essa mais interessante. Tem um sofá aqui, e algumas camas no andar de cima. Mas então, tem algum dinheiro? 

— É a quinta vez que me pede dinheiro essa semana. Está passando fome?  Tá achando que sou banco? 

— Você acha que essa bebida vem de onde? Você acabou com nosso estoque nessa semana. - Yakushi estava com um copo de bebida na mão.

— Tá, mas não tenho muito. 

— Relaxa. É só pra completar. 

Juntos foram comprar bebidas e alguns lanches. A vista de Naruto o dia foi bom, comeram e beberam, jogaram e zuaram. Não tinha por que ser ruim. Até: 

— Sua vizinha é uma gata. – Naruto sentiu uma pontada de incomodo, mas fingiu não se importar. – Por que não chama ela para passar um tempo com a gente? Pode ser divertido. 

— Chame-a você mesmo. – Respondeu sem olhar o Yakushi. 

— É assim que você me trata? Perguntou dando uma chave de braço em Naruto, porem o mesmo nem se mexeu. – Qual é? Por que está tão sério? 

— Sai fora cara! – Se exaltou ao se distanciar da chave de braço. 

— Acho melhor você ir. – Disse o Yakushi sério. Encarando Naruto com a mesma cara antes de socar Mizuki. 

Seus pelos arrepiaram na nuca. Naruto concordou. Já passava das dez quando o Uzumaki chegou em casa. 

“Por onde esteve?” — Perguntou a voz na cozinha. 

— Não é da sua conta. – Respondeu ao velho que respirou fundo e continuou. 

— Você não devia sumir assim, eu sou seu representante legal. Tem que me dizer onde está. 

— E faz alguma diferença? – Seu olhar era gélido e sério 

— Seu primo virá para cá em algumas semanas.  

— Dane-se. O tempo que ele ficar aqui eu fico fora. 

— NARUTO! Ele é seu primo. Não fale assim  

— Meu primo? E sério? Vai a merda cara! Ele nun.. 

Antes de completar a fala recebeu um tabefe que o fez cambalear. 

— Fala direito comigo. 

Naruto apenas abriu um sorriso de raiva. Não conseguia pensar em nada que não fosse atacar o cara a frente. Se endireitou e subiu para seu quarto. 

—------- 

Sem se comunicar com seu tutor, Jiraiya, entrava e saia da casa sem temer, até mesmo fumar no telhado enquanto ele estava em casa, entretanto a menos no telhado.

“Naruto” 

Ouviu Yakushi chamar. Apagou o cigarro na parede e desceu. 

Mal ele sabia que olhos perolados o observavam da janela da sacada. 

— O que está fazendo Hina-neechan? 

A menina pulou de susto. 

— Não me assuste assim Hanabi. Só estava olhando a noite fresca. 

— A noite fresca? Ou o vizinho fresquinho de Amegakure? 

— Shiii, não fale sobre isso.  

— Neji nii-san não quer você falando com ele, não é? Parece que eram amigos. 

— Exato. Éramos.  

— E não serão mais? 

— Não sei ao certo. 

— O que os olhinhos do Neji-niisan não veem o kokoro do Neji-niisan  não sente. – Hinata riu da expressão engraçada da Irmã enquanto colocava a mão no coração. Mas o sorriso acabou quando a mesma olhou pela janela. – Quem são aqueles caras com ele? 

— Não sei bem. 

Agora Naruto e Hidan estavam atracados tentando um bater no outro enquanto saiam do campo de visão das irmãs, para irem para o parque logo a frente. Passou bom tempo, até mesmo viu Toneri suspeitosamente passar muito tarde da noite, com touca e preocupado que o vissem olhando em todas as direções. Quando seus olhos se encontraram com o de Naruto, rapidamente desviou. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Esta sendo interessante escrever uma fic. Estou ansiosa pelo que tem por vir, próximo capitulo já sera o evento de esportes, onde diversos problemas surgiram para nossa heroína. Espero que vocês também estejam ansiosos. Até breve.



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