Decair escrita por Ly Anne Black
O quarto foi vermelho.
A mulher sob o capuz lhe entregou a ampola vermelho-escura pela qual ele trocara setecentos galeões, roubados do cofre da família. A mão dela era fria; o inverno morava debaixo da sua pele e dentro dos seus olhos.
— Qual a minha garantia de que isso é o que combinamos? E se eu beber e nada acontecer?
Uma risada incrédula, cortante como o sopro de uma nevasca, soprou por debaixo do capuz.
— Você não tem nada a perder, ou não estaria procurando pela mortem aeternam. Se tiver sorte, nada acontecerá. Mas é muito mais certo que o veneno derreta o seu cérebro e você se torne um parasita rastejante, em algum sótão sujo, sem se lembrar que um dia foi humano.
Regulus não queria nem pensar na possibilidade.
— E se eu resistir, o que acontece depois?
— Se você resistir e se tornar um de nós, cave o seu caminho de volta à superfície. Um igual estará do outro lado da morte, esperando-o.
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