Heroes escrita por Madness


Capítulo 2
Irmãs


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Mais um capítulo para vocês!
Boa leitura!



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O som do telefone me desperta, entrando no meu sonho sobre insetos gigantes. Me levanto de supetão e saio esbarrando nos móveis pelo caminho, até chegar ao maldito.
Meus pais não estão em casa, eles são cientistas e foram a uma conferência sobre os genes mutantes, haviam entrando nessa área depois que nasci. Então cabe a mim cuidar da casa, e de minha irmã enquanto estavam fora.
Atendo o telefone ainda sonolenta e um homem responde do outro lado.
— Bom dia, eu falo com Elsa Arendelle?
— Sim, é ela. - Sinto meu coração se apertar.
— Senhorita Elsa, sinto em ser a pessoa a lhe dar está notícia, mas o vôo em que seus pais estavam sofreu um acidente... E eles não sobreviveram.
Aquilo me acerta como um tiro. É como se estivesse sendo sufocada, o ar faltando em meus pulmões, e as lágrimas descendo. 
O chão abaixo de meus pés se torna frio e escorregadio, não consigo me manter em pé, o gelo tomou conta de todo o piso.
O homem ainda chamava por meu nome na linha.
— A senhorita está bem? 
— Não... Mas, o que devo fazer?
— Vou lhe passar o endereço do hospital, preciso que venha para o... reconhecido.
— Tudo bem, obrigada.
Anoto o endereço em letra quase ilegível, minhas mãos tremem e congelam tudo o que toco.
Me sento no chão, sentindo uma dor tão profunda, como se retirassem meu coração, mas tento me acalmar, antes que cause mais danos.
Sinto um cheiro forte, como se algo estivesse queimando, olho para o topo da escadaria a minha frente, fumaça começa surgir, Anna.
Me levanto rapidamente, subo a escadaria, abro a porta do quarto de Anna, ela está sentada na cama, assistindo a TV logo a sua frente, atônita, sem ver a cama que pega fogo logo a baixo de si.
— ANNA! 
Ela se assusta e percebe, e se joga da cama para que eu possa apagar o fogo, toco minhas duas mãos no colchão, e logo elas desaparecem.
Puxo o ar com força para os pulmões, e vou até sua direção, sentando no chão bem na sua frente.
— Elsa...o avião... Eles...?
As lágrimas começam a descer descontroladamente, e as palavras ficam travadas em minha garganta, não sei como dizer a ela. Seus olhos azuis já estavam cheios de lágrimas e me encaravam suplicando por uma resposta que não revelasse o pior.
— Não Anna, eles se foram.
Ela desaba em meus braços, gritando, sinto minha blusa se molhar com suas lágrimas e minha pele se queimar pelo contato com ela, mas mesmo assim, a abraço com toda minha força e acaricio seus cabelos ruivos.

Após um tempo assim, separo nosso abraço, seco suas lágrimas com a manda de minha blusa e digo.
— Eu preciso ir até o hospital, se quiser não precisa...
— Não - ela me corta - eu vou também!
Concordo com a cabeça e me levanto, enquanto sigo o caminho para o banheiro, vejo a trilha de gelo que deixei por onde passei. 
Tomo um banho rápido, para evitar pensar por muito tempo, preciso me controlar, para não causar mais problemas. Apenas nossos pais sabiam da minha condição e de Anna, os demais parentes estranhavam nossa ausência na família, mas não questionavam, nossa casa tinha poucos vizinhos ao redor. Nossas habilidades poderiam ser muito destrutivas caso saíssem do controle, a escola é o único lugar que vamos frequentemente.

Já pronta, chamo por Anna, e vou esperar por ela do lado de fora da casa, o dia está cinza e a rua está vazia.
Ela chega, entramos no carro e partimos em direção ao hospital.
O clima de morte paira sobre o prédio, parentes angustiados na sala de espera, aguardando por notícias. Após a identificação, somos guiadas por um corredor até uma pequena sala.

Meu corpo trava, não quero entrar. Minha irmã segura minha mão, e me olha, transmitindo sua força para mim. Respiro fundo e entramos juntas.
Vejo os corpos, deitados em macas, com um lençol branco os cobrindo. A enfermeira os retira, e vejo, o rosto pálido de minha mãe, com alguns cortes suturados, e meu pai, seu rosto era sereno, poderia prensar que estava dormindo.
Sinto minhas mãos esfriarem, não consigo aguentar por muito mais tempo. Oficializamos o reconhecimento, e nos despedimos de nossos pais, isso é insuportável. Saber que não ouvirei mais minha mãe cantar, não ver mais meu pai na cozinha, fazendo as refeições com tanto carinho, saber que eles não estão mais conosco.

O caminho de volta para casa foi silencioso, cada uma envolta em seus próprios pensamentos. Passamos no mercado para comprar comida, e chegamos ao anoitecer.
Anna desce com algumas sacola, e eu fico para pegar o resto.
Foi quando uma cena chama minha atenção. Um garoto alto, com cabelos brancos como a neve, usando um moletom azul, e jeans, parado na frente da casa ao lado, encarando a entrada, mas sem se aproximar.
Ele percebeu que o observava, olhou para mim, curioso, seus olhos cinzentos me hipnotizaram, percebo um leve sorriso se forma em seus lábios.
— Elsa?! Porque está demorando?
Anna me tira de meu transe, pego as sacola no banco trás, e vou até a porta.
— Quem era aquele?
— Não sei, deve ser morador da casa ao lado.
Fizemos o jantar juntas, nos sentamos no sofá e coloco um filme aleatório na TV.
— Elsa, o que faremos agora?
— Ainda não sei irmãzinha. A única coisa que tenho certeza é que cuidaremos uma da outra, eu vou proteger você!
— E eu vou proteger você! 
Ela coloca seu prato na mesinha de centro, e se aconchega em meu ombro.

Mais tarde Anna que já estava cochilando no sofá, vai para o seu quarto, e eu junto as vasilhas coloco todas na pia, mas me recuso a lava-las. Subo para o meu quarto, coloco meu pijama e me deito, não aguento mais nem um minuto desse dia.
  
Estou no meio de uma cidade, mas ela está totalmente destruída, não há pessoas, apenas eu.
Elsa
Ouço uma voz me chamar, mas ela não parece ter direção, e sim estar na minha cabeça, e vai ficando cada vez mais alta. 
Até que uma figura surge a minha frente.
Um garoto, forte, de cabelos ruivos escuros, tinha costeletas, e olhos verde oliva. Ele sorria para mim, mas seu sorriso me fez sentir ameaçada.
— Elsa, você deixou ela morrer, devia ter me escutado!
— Quem é você? Do que está falando?
— Você não conseguiu protegê-la!
Elsa
Viro-me para trás,e vejo minha irmã, pálida, com olhos totalmente negros.

Acordo gritando, ao mesmo tempo que a janela do meu quarto é atravessada por algo. Pulo da cama encima do invasor. Era o garoto de cabelo branco.
— QUEM É VOCÊ?
Não sinto mais o chão abaixo de minhas pernas, quando vejo estou perto do teto, e depois sou lançada em minha cama, mas ela está estranhamente dura.
Ele volta para o chão, retira o capuz de sua cabeça, sua expressão é apavorada.
— Me-me desculpe, mas não tive opção, sua casa...
Foi quando parei de ouvi e percebi que todo meu quarto está congelado.
Ele toca meu braço, sua mão é tão fria, quase como a minha.
— Você fez isso?
— E-eu... Não, como poderia? 
— Eu sei que foi você, não tem outra explicação!
Estava encurralada, ele contínua.
— Olha, eu só vim até aqui por que a temperatura baixou muito, e as outras pessoas viram o que está acontecendo, e não sei alertaram o controle de acidentes.
— Vou ser considerada um risco se vierem até aqui!
— Exato, precisa sair daqui já!
Estou totalmente desnorteada, esse estranho acaba de atravessar minha janela para me ajudar, é surreal.
— Quem é você? - pergunto novamente
— Jack, Jack Frost. 
— Porque está fazendo isso Jack Frost?
— Olha... Sou como você, pessoas como nós precisam ajudar uns aos outros... Peço pra que confie em mim, eu posso ajudá-la!
Ponderei por alguns segundos, confiar no desconhecido e perigoso, mas por outro lado ele me transmite segurança, as chances estão ruins para ambas escolhas que fizer.
— Por favor, não me faça me arrepender!


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Notas finais do capítulo

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Até o próximo capítulo!



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