Für Immer Jetzt escrita por Berka


Capítulo 2
Respostas ocultas




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Eu parei onde estava, fechei os olhos e respirei fundo.

 

- E o que você sugere? - abri os olhos virando pra trás, mas a figura não estava mais lá. Talvez eu estivesse ficando louca, ele poderia não ser real. É, eu realmente estava solitária a ponto de criar um "amigo imaginário". Seja o que for, já estava tarde e era hora de seguir meu caminho.

 

Abracei-me e esfreguei meus braços por conta do frio que sentia, e ao esfregar minhas mãos para aquecê-las, deparei-me com as velhas e profundas cicatrizes em meus punhos. Aquelas marcas, malditas lembranças arranhadas em minha pele. Cobri meus pulsos com a manga do casaco que usava e comecei a vagar pela rua. Aquela, que há algum tempo, esteve muito iluminada e enfeitada com pinheirinhos e bonecos de neve. As noites, ainda que frias, eram aquecidas pelas lareiras e cantorias natalinas junto da família. Trocas de presentes, abraços... E despedidas. O meu feriado favorito passou a ser o mais amaldiçoado para mim. Fantasmas de lembranças e rostos que eu não reconhecia. Mas havia alguém lá. Um pequeno garoto, de cabelos curtos e propositalmente bagunçados. Seus olhos eram alegres, mas carregavam muita maquiagem para um rosto tão jovem. Sua risada gostosa afetava meu corpo inteiro, me fazendo rir junto. Corremos até a rua nevada de véspera de natal e começamos a nos tacar bolas de neve. Eu estava feliz, como há muito não me sentia. A alegria temporária causada por lembranças felizes foi rapidamente embora quando me perguntei sobre o menino em minha lembrança. Essa minha falta de memória, de onde veio? Até a pouco eu sabia quem era, onde morava, minha idade... E certamente sabia quem era o menino.

 

Não havia dúvidas, eu precisava de ajuda. Caí de joelhos no chão sujo de lama e neve derretida misturada com lágrimas sem sabor. O frio castigava minhas entranhas enquanto esperava por uma salvação.

 

- Já descobriu para onde vai? - a figura surgiu logo a minha frente. Tomei um susto, mas me ergui e o encarei.

- Não. Eu não sei para onde ir, nem ao menos sei meu nome. Tinha esperanças de que você pudesse me dizer... - minha voz saiu fraca.

- Eu não posso te dizer, mas posso te mostrar. As respostas dessas perguntas serão a sua libertação. - me encarou e estendeu a mão. Não hesitei em pegá-la. Se haviam respostas a serem dadas, certamente o caminho para elas era ele.


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