Horas mais tarde, Fitz conseguiu interceptar uma mensagem criptografada para o FBI. Tratava-se de um aviso da Usina Hidrelétrica de Grand Coulee, uma das usinas mais famosas do mundo que já liderou um ranking das maiores hidrelétricas do planeta. Uma atividade incomum foi ratreada. Mack imediatamente comunicou a equipe para ir até o local.

Coulson, May e Daisy acompanham Mack até a Usina. Não era atoa que o lugar era tão famoso, a barragem possuía mais de mil quilômetros de largura e o dobro da altura das Cataratas do Niágara. De cara se depararam com uma grande esfera de energia elétrica em cima da Usina, Lincoln drenava toda a energia armazenada para si e estava prestes a destruir toda a cidade.

“Vamos com cuidado, não queremos assustá-lo.” Sussurou Coulson.

Mas, antes que alguém pudesse agir, a equipe do FBI chegou no local, voando e atacando imediatamente o alvo com mísseis. Os agentes da SHIELD correram para não serem atingidos. Mais a frente, tudo que se podia ver era o fogo brilhando vermelho, laranja e amarelo e uma imensa nuvem cinza que se expandia cada vez mais.

“Qual a lógica do FBI atacar uma usina com mísseis?” Pensou Daisy. “A não ser que não fosse o FBI. Talvez fosse algum grupo extremista, contra os Inumanos.” Ela tinha de proteger sua espécie. Ela tinha de proteger seu amor. Então, levou sua mão em direção ao avião que partia e usou seus poderes para derrubá-lo. Cada nervo do seu corpo doía, mas ela sabia o certo a se fazer. Tampou o nariz e atravessou a névoa em busca de Lincoln.

Balas cortam o ar.

Daisy rolou para o chão e deitou no solo coberto por chamuscas. Algo passou voando, perto o bastante para mexer o seu cabelo. A vinte metros de distância, um dos tiros atingiu alguém, e um zumbido elétrico chegou ao ouvido de Daisy como uma sobrecarga na rede, abafando o grito de sua equipe. Então uma bala acertou Mack, e Daisy ouviu seu gemido antes que fosse mais para longe. Ela se arrastou até a proteção de uma parede próxima e escutou dois corpos caírem contra o solo duro.

“Lincoln?” Sussurou.

“Daisy? Como me achou? O que está fazendo aqui?”

“Ok, você precisa se acalmar. Temos algumas perguntas também, teremos muito tempo pra conversar. Mas agora, temos que sair daqui logo!”

Algo se mexeu mais à frente e, assim que Daisy parou de falar, ouviu o som de mais tiros. Ela se jogou para o lado e a bala atingiu a parede, zumbindo como um bastão de choque e cobrindo o local com uma rede luminosa.

Ela se arrastou e rolou até um ponto que onde restos de metais destruídos se emaranhavam. Daisy se enfiou em um vão apertado entre eles e disse:

“Vamos!”

“Daisy, eu não posso ir! Não com vocês, não agora. Eu estou com uma energia maior do que meu corpo suporta, não consigo mais controlar meus poderes. Se eu for com vocês, vou fritar todo mundo antes que cheguemos na base.”

“Não se preocupe, nós temos um plano. Antes, precisamos chegar até o resto da equipe. Eles estão mais atrás, na minha direção. Você consegue ir até lá?”

“Sim.”

“Ótimo, então vamos...” Daisy, em um ato de desespero, tocou a mão de Lincoln, mas assim que enconstou nele, uma carga elétrica envolveu seu corpo e a arremessou para longe.

“DAISY!”