Assassinos Não Choram escrita por Geisson Rodrigues


Capítulo 6
Depois do Funeral




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Marceli mexe no corpo de Flávio desesperadamente, ela grita por socorro. Nilton que passava pelo corredor em direção ao quarto de Breno, após ouvir os gritos de sua irmã, acha melhor desistir do seu plano. Em um dos cômodos da casa está Laisa e Rui aos beijos, os amantes trocam carícias, se assustam com os gritos, deixam o quarto imediatamente temem serem pegos juntos, colocam a roupa rapidamente e Rui sai do quarto para saber o que estava acontecendo. Clara acorda Diego apavorada com os gritos que ouvia, se dirigem para o quarto de Marceli e a veem chorando ao lado de seu marido. Logo Tais entra no quarto e ao ver seu pai morto, fica abalada, as lágrimas escorriam sobre seus olhos, mas naquela situação, ela abraça sua mãe, como uma forma de uma consolar a outra. Breno e Flávia que estavam em um dos quartos, não sabem o que está acontecendo, eles então resolvem ir até Marceli para saber: Após ver seu tio morto, Breno cochicha para Flávia: - Aposto que suspeitarão de nós. Flávia apenas o olho com um olhar de preocupação, logo após responde:

—Não sei, mas de qualquer forma, não fomos nós.

Todos os que estavam ali presentes ficam juntos no quarto, Tais e Laisa estão abraçadas em Marceli, elas choram pela morte de Flávio. Todos estão assustados e suspeitando de alguém.

Nilton Pergunta – O que aconteceu exatamente com ele?

— Ninguém sabe exatamente o que aconteceu Nilton, pelo que Marceli disse, ele já estava morto, quando ela tentou o acordar. Responde Diego

—Já liguei para a emergência – Diz Marcelo

—Deve ter sido aquele homem que eu vi lá fora – Fala Cristiana, bastante assustada.

— Que homem Cristina? - Pergunta sua mãe chorando

—Eu não sei quem era, eu vi um homem pela janela quando desci para beber água, eu gritei de susto quando o vi. - Responde ela em expressão de medo

—Chamarei a polícia. - Avisa Rui, ao pegar o telefone que estava no quarto

—Do que adianta tudo isso agora, ele não voltará mais mesmo. - Diz Marceli aos prantos, enquanto suas filhas a abraça.

Breno e Flávia se mantêm quietos, Eliane olha fixamente para Breno, ela desconfia dele, não somente ela, mas como também Nilton. O que eles não entendem, por qual motivo teria matado Flávio.

Após alguns minutos, a polícia e os enfermeiros chegam, o corpo é levado para a perícia. Após os exames o resultado sai, então é comprovado que Flávio foi morto por envenenamento. Todos da família Morando ficam pasmos com a notícia. Marceli exclamava em choro – Quem teria motivo de matar Flávio, meu marido nunca fez mal a ninguém, uma pessoa tão boa.

— Eu desconfio de alguém.. Deve ser obvio para vocês também. -Diz Nilton.

—Breno!? -Fala Laisa

Nesse mesmo momento, Breno interrompe a acusação – É fácil me acusar, dizer que sou eu, mas ninguém desconfia do senhor, sendo que estava indo em direção ao meu quarto ontem a noite.

—Do que está falando garoto? - Falava bravamente Nilton

—Não tentar negar tio. - Fala Breno

—Eu levantei para beber água, eu não posso?

—Bom, não sabia que a água ficava em direção ao quarto que estava.

—Vocês acham mesmo que eu teria motivo para matar alguém?

Marceli, Nilton e Eliane, após pensaram no acontecimento do passado, preferem ficar em silêncio.

Tais questiona Rui – Onde você estava ontem? Quando acordei, você não estava na cama.

—Eu levantei para ir a cozinhar, amor. - Diz Rui, ele sabia que nunca poderia dizer a verdade.

—Em que momento, Cristina estava lá, e ela não falou de você.

—Certamente desci antes dela.

—Então, era você esse homem que ela viu pela janela?

—Claro que não, jamais assustaria Cristina assim.

—Não viu alguém suspeito?

—Não, não vi nada de suspeito, somente o grito de sua mãe. - Finaliza Rui

Diego comenta que eles precisam se preparar para o funeral, todos se despedem. Em sua casa Nilton comenta com sua esposa – Breno está de volta para vinganças, não podemos deixar isso acontecer.

—Amor, o que tu fazia no corredor aquela hora a noite?

—Eu estava indo até o quarto dele, eu queria o matar.

—Você está louco? Poderia ser preso por isso? Diz Paola bastante preocupada com as atitudes do seu marido.

—Tem razão querida, estava irritado, queria fazer algo para acabar com ele, mas agora será tudo bem cauteloso.

Flávia e Breno chegam em casa e conversam sobre o acontecimento.

—Você não acha isso tudo muito suspeito? Logo quando você os visita, alguém morre, como se quisesse te incriminar. Diz Flávia.

—Ou tentando me matar. Responde Breno – Cristina viu alguém na janela?

—Você vai ao funeral? - Pergunta Flávia.

—Irei sim. -Responde Breno.

—Quer que eu vá junto? - Pergunta Flávia.

—Não, você precisa descansar.

—Tenha cuidado. Diz Flávia.

—Pode deixar, eu sempre tenho. -Finaliza.

Inicia-se o funeral de Flávio, apenas os familiares mais íntimos de Flavio. São convidados. Ao passar do tempo os familiares irão chegando. Marceli se encontra num estado emocionalmente muito abalada com a morte de seu marido, Laisa e Tais permanecem em silencio, enquanto suas lágrimas escorrem sobre seus rostos, elas tentam consolar sua mãe que está fortemente instável, Ricardo ao lado de Eliane e Diego, troca olhares com Marcelo, que está no outro lado, perto de Nilton e Paola. A presença de Breno é desconfortante para alguns.

Eliane fala baixo “Quem vai morrer agora?”.

Breno se mantêm distante de seus familiares, ele fica afastado e assim observa todos que ali estão presentes, ele se questiona em relação a presença de uma mulher misteriosa de véu preto, que aparentemente se parece jovial, ele não entende qual a ligação dela com sua família e fica a observar. Então quando ela sai do funeral, ele decide seguir a mulher misteriosa. Ela anda sobre as calçadas, ela usa um vestido preto justo, sapatos bem altos, seus cabelos estão amarrados. Ela percebe que está sendo seguida e resolve apressar seus passos para poder despistar Brenno, mas ele está focado na ideia de saber quem é ela, e também apressa seus passos. Ela resolve entrar numa rua de fundo, quando ela então é surpreendida por Brenno, que a segura pelo braço, ela tenta tirar sua mão de seus braços, mas a tentativa é falha, nesse momento ele tira o véu que está sobre o rosto dela, nisso eles trocam olhares, que vão se tornando cada vez mais intenso enquanto continuam a se olharem. Ela insiste que ele a solte, ele pergunta para ela o que faria no funeral. Ela justifica dizendo que é conhecido de Flávio, que já trabalhou com ele. Brenno solta o braço da moça, que sai rapidamente, ele fica olhando a mulher misteriosa desaparecer durante o caminho, ele fica pensando na forma como eles se olharam.

Em um lugar escuro, encontra-se um homem sentando em uma cadeira, seu rosto não se pode ver muito bem, apenas suas costas podem ser melhor visualizada, em seu lado está outro homem, ele o questiona.

—O que deu errado?

—Não sei o que aconteceu, estava tudo bem planejado. Responde o homem ao seu lado

—Na próxima vez não pode ter erro –Diz ele bravamente

—Não terá senhor -responde o outro.

Mostra-se um flashback do momento do jantar na casa de Marceli. Mostra toda a família reunida e na hora do preparo do jantar, uma mulher que servia o jantar, coloca em um dos pratos veneno, esse prato teria sido colocado para Brenno, no entanto, são trocados de lugar por Marceli que não queria seu sobrinho próximo dela, isso sem desconfiar de qualquer coisa. Após servir o jantar e todos estarem sobre a mesa, a mulher que serviu se retira da casa e fica aos arreadores, esperando para o que aconteceria.

 


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