Lobisomem Trouxa escrita por Nina Bichara


Capítulo 2
Futuro Incerto


Notas iniciais do capítulo

Eu não ando gostando muito do Nyah, então a fic está chegando primeiro no wattpad.
Mas deixem um alô se estão acompanhando que eu continuo a postar aqui.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/770274/chapter/2

Jacob acordou com a luz que entrou pela janela. O quarto em que estava era desconhecido. Ele levantou em um solavanco quando se lembrou da noite passada, a dor em seu ombro o fez encolher. Ele passou as mãos no machucado. Havia um grande curativo no lugar, a pele estava sensível. Ele tomou tempo para olhar o quarto. Uma enorme coleção de objetos estranhos populava a escrivaninha. Um porta lápis cheio de penas, potes cheios de ervas e um caldeirão. Os livros na prateleira também eram estranhos, mas decidiu investigar depois.

Ele se sentia confuso com o local, mas nada ia superar a noite passada. Ele só sabia que era real porque tinha a ferida pra provar. Mas ainda tentava fazer sentido no que o tinha atacado. Pensou em hienas, mas seria ridículo. O que diabos hienas estariam fazendo em Londres? No lixo de uma cafeteria? Empurrou o pensamento pro lado. Tentou reparar mais no quarto. Nesse meio tempo um garoto de pele escura e tranças longas entrou devagar. 
— Nossa! Desculpa, eu te acordei? Eu só queria deixar alguma coisa pra você comer. 
Jacob ficou com as orelhas quentes. 
— Não, eu já tinha acordado. 
O silêncio tomou o lugar por alguns segundos. Jacob apertou as cobertas tentando formular algo pra falar. Demorou. Não sabia como agradeceria alguém por "paralisar uma fera". Se sentiu bobo. 
— Eu sou Clance. Clance Simmons, essa é a minha  casa. E.. Bom, eu tive que te trazer aqui porque você desmaiou antes de me falar onde era sua casa ontem. Pode ficar à vontade. Eu trouxe umas rosquinhas com canela e suco.

Jacob olhou a bandeja com alguma animação. Estava com mais fome que o normal. Clance também colocou geléia e uma maçã no prato. Num canto tinha também um troço marrom que Jacob não reconheceu. Ele cutucou sem entender. 
— Ah, isso é chocolate. Sapo de chocolate. Não vai te ajudar, mas eu imaginei que ia te animar. 
Clance sorriu, até de um jeito que pareceu piedoso. A fome tomou conta de Jacob e ele passou a comer. O outro ficou mexendo na prateleira e saiu algumas vezes para pegar coisas em outro cômodo. Ele parecia um pouco preocupado revirando os potes na escrivaninha. Separou também alguns livros, um deles tinha a capa preta e diversas luas na lombada. Jacob se incomodou ao vê-lo.

Após comer, Clance ofereceu roupas a Jacob e falou pra ele onde era o banheiro. Limpar as feridas foi difícil e as roupas ficaram um pouco grandes. O banho até que o relaxou, mas ele já se sentia em dúvida demais com o misterioso salvador. Quando voltou ao quarto resolveu que ia perguntar sobre o incidente. Precisava saber o quanto deveria agradecer. 
— Clance, você pode me falar o que aconteceu ontem? Meio que desde o começo? Eu eu ainda estou confuso. 
Clance fechou o livro que estava lendo, suspirou, pegou uma caixa de curativos no guarda roupas e apontou para que o outro sentasse na cadeira. 
— Posso? - ele apontava para a manga da camiseta verde. 
Jacob acenou que sim e ele a puxou para fazer um curativo novo. As orelhas de Jacob ficaram levemente vermelhas de novo. 
— Bom, eu preciso que você se prepare pra tudo o que eu vou dizer. As coisas vão piorar muito daqui pra frente. 
Clance puxou um banquinho pra perto. 
— Ontem você foi atacado, desmaiou. Eu te trouxe pra minha casa. Eu queria que isso fosse tudo, mas a verdade é que você vai ter consequências desse machucado. 
— Inflamou? 
— Não, tá sarando, vai cicatrizar normal. É só que... - Clance respirava fundo a cada fala. Ele estava nervoso e começava a balançar as pernas violentamente. - é só que vai te fazer diferente. Daqui algumas semanas, você... É que... VOCÊ VAI VIRAR UM BICHO  IGUAL AQUELE. 

                                                                        ***

Jacob estava congelado. Clance dava passadas nervosas andando pelo quarto. 
— Não tem jeito bom de dar a notícia. Desculpa, eu me sinto responsável, quem sabe se eu tivesse chegado antes. Era um lobisomem, conhece? Tem em filme, lobo de duas patas, lua cheia. Eu... é... Sinto muito.

A cabeça tentava fazer razão na loucura da informação. As mãos de Jacob suavam. Sentiu sua barriga revirar. Concluiu que Clance devia estar tirando uma com a cara dele, ou que fosse louco. Levantou da cadeira, saiu correndo do quarto e procurou pela porta da rua. Correu. 
Clance não o impediu. Sentou suspirando e voltou a ler o livro de capa preta.
— Que merda, eu nem perguntei o nome dele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E o ship Clance+Jacob como vai?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lobisomem Trouxa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.