O Domínio de Hadassa escrita por xdrome


Capítulo 2
Capítulo 2- Minha ferramenta de trabalho.




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Avenida norte.

Wanderson estava perplexo e exposto, não ia voltar a fazer as corridas de Uber, pois o carro ia ficar alguns dias no concerto, depois pensava em Erica e o que tinha a ver com Ketny, ele não ia apelar a mãe para conseguir informações, Arlette o mozão, ele pensava na primeira namorada com uma mistura de tesão e carinho.

Arquivo Público de Pernambuco (APEJE), Sede, rua do imperador.

         Hadassa chegou ao local com um pouco de medo, subiu as escadas e chegou ao hall principal do arquivo e deu de cara com Amelie.

—Oi. Disse Amelie.

—Oi, a senhora Arlette Camargo?!

— Arlette tá na sala dela, tá muito boa hoje não, visse.

— Obrigada.

Arlette estava higienizando um códice, Hadassa entrou, ambas se olharam.

—Oi eu sou Hadassa.

—Eu sei, tá no seu Lattes.

— Desculpa... Antes de qualquer coisa, eu queria lhe dizer que pra mim estar aqui é um desafio, pois minha igreja não permite que eu trabalhe.

— Menina Hadassa, a melhor cria do patriarcado, fale com Amelie, um pequeno conselho: rebele-se.

—Perdão senhora, mas isso é contra o que a minha igreja...

—Resposta errada! Eu sou Arlette e não mordo.

—Tá...

         Raquel estava apenas mexendo no celular quando Amelie entra com Hadassa.

— Oi. Disse Hadassa gentilmente.

— Doença mental?

— Raquel Educação! Grita Amelie.

— Essa coisa é segunda classe! Diz Raquel com desprezo.

—Liga não Hadassa, pode contar comigo.

Hadassa trazia um sentimento de nostalgia para Arlette, lembrava de Erica, de Wanderson, Otavia e a Arlette desse tempo que era mais paz e amor em alguns pontos.

1994- Poço da panela, Casa Forte.

         Arlette descia do carro de Otavia, órfã, tinha acabado de sair do orfanato católico, ensino médio completo, mas não tinha perspectivas, agradecia pelo abrigo, em outra perspectiva, Wanderson estava em casa, detestava a ideia de ser padre, não tinha vocação.

— Esta é Isolda, a governanta, sua chefe direta antes de mim.

—Sim, dona Otavia.

— Mainha dá pra prender o cachorro?! Diz Wanderson entrando na sala.

—Wanderson, para de me consumir!

—Porra! Eu quero sair de casa!

—Wanderson! tem gente aqui.

— A ex empregada tá te processando na justiça do trabalho. Grita ele.

— Não é verdade, Arlette.

—Não sei nada sobre isso, senhora.

         Arlette sai da sala com medo, foi direto a guardar as coisas aonde ia ficar, aquela agora seria a sua casa, depois, ela tirava um galeto do forno e o ajeitava na bandeja, Wanderson entra na cozinha e observa a moça trabalhar.

—Quer alguma coisa?

—Desculpa, a minha mãe e eu temos tido problemas, eu não quero ser padre.

— Eu também, não quero ficar aqui pra sempre.

—Bem típico da minha mãe, pensar que uma órfã não vai processar ela.

—Não tenho uma mãe para brigar, senhor Wanderson.

— Felizarda!

         Naquela noite Arlette tinha mais medo, pensava em Wanderson com doçura, também em Otavia, não gostava dela, mas era aquilo ou a rua.

2018- Rua Primeiro de março.

         Arlette vê Hadassa e Saul discutindo na parada do ônibus.

— Ei boy! Deixa a pirraia! Grita Arlette.

—Ótimo! A destruidora de lares... Diz ele com desdém.

— Saul, por favor...

—Relaxe Hadassa, deixa o misógino abrir as peninhas. Diz Arlette irônica.

— Saul vai embora, por favor. Pede Hadassa.

Ele vai embora.

—Todas somos manas, Hadassa. Diz Arlette a ela.


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