P.O.V. Alec.

Quando eu cheguei ao quarto dela, fiquei decepcionado ao ver com meus próprios olhos que os rumores eram verdadeiros.

—Você me assustou.

—Só fazendo a minha parte na patrulha.

—Elijah compeliu você?

—Não.

—Obrigado. Por cuidar de nós, de mim.

—Esse sou eu. O guarda costas confiável, a calma na tempestade.

—Você andou bebendo?

P.O.V. Renesmee.

Ele fez um pouquinho com a mão.

—E está claramente chateado. Não é uma boa combinação.

—Não estou chateado. Ficar chateado é uma emoção daqueles que ligam.

—Qual é, Alec... você liga.

—Você tá surpresa por eu achar que me beijaria de volta? Você não imagina que eu imaginaria que você quisesse?

—Alec, está bêbado. Não está falando coisa com coisa.

—Que o que estamos fazendo aqui... significa alguma coisa? Você é uma mentirosa Renesmee. Tem algo entre nós e você sabe. E está mentindo pra mim, está mentindo para o senhor Original e o pior de tudo está mentindo para si mesma.

Eu a beijei e ela me rejeitou.

—Para. Alec, pare você é melhor que isso.

—Está errada.

—Não. Não estou. Alec, eu gosto de você. Eu gosto muito de você, mas estou com o Elijah.

—O que está acontecendo aqui?

—Está tudo bem Elijah. Só volte pra cama está bem?

—Não. Não está tudo bem. Ele se acha tão importante, tão especial... veremos.

Avancei encima dele, ele era forte. Mas, não forte o suficiente para resistir á minha névoa.

—Eu não ligo que você vai ter um filho com outro cara. E eu quero que me escolha e não a ele. Sei que você me ama.

—Eu amo. Mas, vocês dois vivem fazendo coisas erradas. Elijah compelindo pessoas a fazer coisas e você usando a sua névoa nas pessoas.

—Ai! Ai! Para com isso!

P.O.V. Renesmee.

Alec retraiu a névoa e o Elijah voltou a consciência, mas cara... tudo em volta era um borrão. A dor era insuportável e quando eu senti a água foi pior ainda.

Eles só perceberam que era sério mesmo quando eu comecei a empurrar.

—Eu odeio vocês! Ai, tá doendo! Eu vou morrer.

—Vá chamar minha irmã Rebekah.

—Nem precisa acordei com... Ou! Eu to vendo a cabeça. Respira fundo.

—Empurra.

Tive que parir com uma plateia. Empurrei a criaturinha pra fora de mim, como doeu. Mas, eu finalmente ouvi a criança chorar.

—É uma menina!

—Uma menina?

—É.

—Clarissa. O nome dela é Clarissa. Clary.

Não sei o que está acontecendo, minha cabeça está girando. Então... escuridão.

P.O.V. Elijah.

Ouvi Rebekah dizer:

—Meus parabéns irmão. Você tem uma linda filhinha.

—Me deixe segurá-la.

Finalmente pude senti-la nos meus braços.

—Veja Renesmee, veja como ela é linda.

Mas, ela não respondeu.

—Renesmee? Renesmee!

O Lúcifer britânico apareceu.

—Finalmente, eu criei alguma coisa.

—Á custa da vida de Renesmee?!

—É temporário. Ela é uma imortal. O meu sangue já saiu do sistema dela, mas é sangue angelical. Um ingrediente poderoso, divino.

Ela ficou morta por meses. Mas, finalmente voltou e voltou com fome.

—Tem certeza de que está bem?

—Eu jamais a colocaria em perigo. Por favor, me deixe segurá-la.

Foi linda a interação entre elas.

—Oi borboletinha. A mamãe pensou que nunca mais veria você.

Clary começou a chorar.

—Ah, não. Não chore.

O cabelo de Renesmee estava preso numa trança rabo de peixe. Ela adorava tranças. Ela começou a balançar na tentativa de acalmar o bebê.

—Shh.

Então começou a cantar.

—Amen Omen, will I see your face again...

Vendo elas assim me lembro do dia em que saímos para comprar o enxoval de Clary.

Flashback On.

Andamos de loja em loja, compramos brinquedos de pelúcia, almofadinhas. Um berço branco Ballerina com mosquiteiro e uma coroa para segurar o mosquiteiro. Um lustre de cristal branco com lâmpadas de luz amarelada já que a vendedora disse que luz branca é mais incômoda para a criança.

Pintamos as paredes do quarto de rosa claro e depois que secou, Renesmee pintou o brasão da família Petrova na parede logo atrás do berço. E do outro lado o da minha família.

Colocou uma cadeira de balanço antiga, de madeira maciça que ela mandou pintar e colocar estofamento com estampa de palácios. Aquelas rococó pintado a mão.

Ela pediu-me para que eu usasse a minha experiência para ter plena certeza de que o quarto e os móveis ficassem o parecidos o máximo possível com um quarto de Princesa.

Entre as pelúcias, ela comprou um leão e uma serpente. Que eram os animais que estavam estampados nos brasões de nossas famílias.

Porém, Clary gostava mesmo era da lagarta colorida.

—Eu te amo amorzinho.

Em resposta Clary enfiou a lagarta de pelúcia na boca. Tentando engoli-la.

Renesmee deu risada.

—Agora que você está aqui, não vou deixar você sair das minhas vistas.

Flashback Off.

Muitos tentaram matar Clary, então... Renesmee tomou uma decisão.

—Vou pedir ajuda Elijah. Vou escondê-la.

—Escondê-la?

—É o jeito. Isso não é vida, muito menos para um bebê. Vou contratar um feiticeiro para enfeitiçá-la, suprimir suas habilidades pelo menos até ela ter idade suficiente.

—Mas, enquanto ela viver, será caçada.

—Então temos que fazer todos crerem que ela já não vive mais.

E foi o que fizemos. Mais uma vez tive que forjar a morte de alguém que eu amo. Duma criança, desta vez minha própria filha.

Entretanto, como a mãe era querida por todos. Tivemos um pouco de ajuda.

P.O.V. Renesmee.

Ter de ser mãe solteira. Eu não queria isso. Mas, estou fazendo o que é melhor para a minha filha.

Com o tempo ela foi crescendo e a proteção foi acabando. Elijah ligava e nós fazíamos chamada de vídeo, eu lhe mandava fotos.

Os poderes de Clary estão aflorando. Ela já está com dezessete anos e em breve, a proteção vai acabar de vez.