O Despertar dos Sentimentos escrita por Luana de Mello


Capítulo 43
Igualzinho ao Mestre




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Enquanto retornávamos a Vila, eu aproveitei todo o tempo possível para estar com Hinata, nem me lembrava mais, como era gostoso sair em missão com ela, apesar de achar que ficar em casa é mais divertido; foi bom para nós, nos darmos essa folga dos preparativos do casamento, ficar longe daquela correria toda. Sei que quando chegar o dia, vai estar tudo perfeito e do jeito que minha Hina merece, e todo esse esforço vai valer a pena, mas essas correrias estão nos estressando tanto, e mal tínhamos tempo pra simplesmente ficar aproveitando estar perto um do outro; ainda mais com Hanabi marcando em cima, levando Hinata a toda hora para fazer 'coisas de noiva', como ela disse. O pessoal caminha mais a nossa frente, Shikamaru viu que eu estava ficando impaciente com as brincadeiras da Sakura, e tratou de chamar ela e Sai para irem um pouco mais adiante; durante os meus dois anos de viagens, desenvolvi com ele e Sai, um tipo de comunicação especial, sabemos reconhecer sem precisar de palavras, o que acontece com o outro, mesmo que Sai tenha aquela cara de pastel. Acho que foi por isso que nossa missão foi tão tranquila, por que mesmo nas poucas vezes que fomos emboscados na estrada, esse nosso vínculo especial nos deu a capacidade de criar uma estratégia de ataque sem nenhum de nós dizer uma palavra, e quando percebíamos, tudo acontecia em perfeita sincronia; por que nos conhecemos bem, sei como Sai e Shikamaru gostam de atacar, e eles sabem como eu gosto de agir, e isso nos possibilita a nos moldar um ao outro.

— Por que está tão quietinha, amor? — pergunto a Hinata, que ficava cada vez mais muda a medida que nos aproximávamos da Vila.

— Estou pensando em como fugir da Hana, eu sei que concordei com todos os planos dela, mas foi só pra que parecesse de falar neles, não quero fazer todas àqueles tratamentos e tudo o mais, e não quero ficar separada de você. — ela conta e vai gesticulando com as mãos, e fica tão linda assim.

— Amor, você confia em mim, né? — pergunto e ela assente — Então confia que eu tenho um plano, vou passar a perna bonito naquela pestinha.

— E como vai fazer isso? — Hinata questiona quando chegamos aos portões da Vila — Aposto que ela já está me esperando.

Rio com o pânico de Hinata, mas eu também estaria assim, se aquela peste estivesse no meu pé, me arrastando para todo o lado, por que verdade seja dita, Hanabi sabe ser bem insistente e tenaz quando quer algo, nem mesmo Hiashi detém essa garota.

— Eu tenho uma arma secreta. — digo fazendo mistério e sou recompensado por uma gargalhada gostoso.

— Os anos passam e você não muda nada, querido; ainda é o mesmo que aprontava todas na Academia e quase deixava o Iruka-sensei louco. — ela fala, e fico emocionado pelas lembranças que me ocorrem.

— Eu só queria chamar atenção, mas não sabia que já era notado pela garotinha mais linda e fofa da minha turma. — digo enlaçando a sua cintura.

— Desde quando eu era fofa, Naruto? Eu nunca me achei fofa. — Hinata contesta e caminha abraçada comigo.

— Você era sim amor, a garotinha mais fofa que eu já vi, quando tivermos uma filha, quero que ela seja igualzinha a você quando pequena. — digo sem me sentir e vejo seus olhos marejando, imediatamente me sinto mal, filho ainda é uma palavra que nos machuca muito, principalmente minha Hina — Desculpa amor, saiu sem pensar.

— Está tudo bem, eu também sonho com isso, por mais que eu sei que sempre vai machucar, eu me pego pensando como Katsu seria um ótimo irmão mais velho. — ela conta e deixa algumas lágrimas caírem — Mas sei também que de onde ele está, nosso filho vai cuidar dos irmãos que terá e junto com os avós, vai olhar por nós.

Sem me importar se estamos no meio da escadaria do prédio Hokage, abraço Hinata, abraço para tentar acalmar aquela dor que sempre nos atormenta, aquele sentimento incurável de saudade e desalento que nos atinge a cada vez que citamos o nosso futuro sem ele, a cada vez que vemos uma família com seus filhos e nos pegamos pensando e falando como seria se nosso bebê estive ali, correndo e sorrindo como as outras crianças que nasceram depois da guerra; essa dor nunca vai embora, nunca acaba, com o tempo apenas nos acostumamos a viver com ela.

— Katsu teria completado dois anos agora, acho que já estaria me dando muito trabalho. — acabo dizendo e mesmo entre as lágrimas, escuto um riso fraquinho dela.

— Isso eu não tenho dúvidas. — Hinata fala fanha.

— O que vocês estão fazendo? Kakashi-sensei já vai começar a conferência com os outros Kages. — escutamos a voz tediosa de Sasuke atrás de nós e nos afastamos um pouco.

— Já estamos indo Uchiha. — Hinata responde e fixa seus olhos em mim — Vai indo na frente querido, eu vou passar no banheiro antes.

Apenas concordo e sigo pelo corredor oposto ao que ela toma, Sasuke caminha ao meu lado e sinto o quanto ele está se mordendo de vontade de perguntar, sendo bem sarcástico, dá até pra ouvir as engrenagens da cabeça dele funcionando; eu queria saber o que a Sakura fez com esse idiota, pra ele ter se tornado essa velha fofoqueira.

— Pergunta logo verme. — digo quando nos aproximamos da sala de conferências.

— Vocês brigaram? A Hyuuga estava com uma cara de quem chorou. — Sasuke pergunta sem rodeios.

— Não brigamos, eu que toquei no assunto 'filhos' sem querer. — conto e não escondo a tristeza — Depois de todo esse tempo, ainda machuca muito.

— Que tal a gente deixar essa correria de lado por hoje e depois que essa reunião acabar, ir tomar umas boas doses de saquê? — ele sugere e até me parece uma boa ideia.

— Mas e as garotas? — pergunto, sabendo que não é legal deixar Hinata com todo trabalho da organização.

— Já está tudo meio encaminhado, Sakura está reclamando que desde que você voltou, elas não tiveram tempo com a Hinata, parece que vai ser uma noite de garotas. — ele conta e faz uma careta, provavelmente está tentando descobrir o que aquilo quer dizer.

— Desde que me devolvam a minha mulher até a meia noite. — falo brincando, sei que isso vai ser bom pra Hina, ela também está muito estressada.

Entramos na sala de conferências sem bater, Sai, Shikamaru, Sakura, Kakashi, Hiashi, Hanabi e Konohamaru e até a vovó Tsunade está aqui, nos monitores, a imagem dos outros quatro Kages aparece nitidamente; parece que estavam apenas nos aguardando.

— Onde está Hinata, Naruto? — Kakashi questiona.

— Ela foi ao banheiro, já deve estar vindo. — respondo e me sento em uma das cadeiras — Você conseguiu envelhecer um pouco mais Onoki.

— E você o mesmo moleque insolente de sempre. — o velhote rebate ranzinza.

— Quando vão parar de implicar um com o outro? — Mei questiona com ar de irritação.

— Provavelmente nunca, se depender do Naruto. — Gaara responde e me surpreende por deixar sua costumeira aparência séria de lado e entrar na brincadeira.

— Não vai adiantar nada reclamar. — A fala se recostando na sua cadeira.

— O que eu quero saber, é quando vocês vão chegar aqui. — digo erguendo as mãos na nuca e me escorando para trás — Acho bom todos estarem aqui.

Antes que qualquer um deles possa responder, ouvimos batidas na porta e Hinata entra pedindo licença, sorrio fraquinho para ela; sua figura pequena e delicada chama a atenção de todos, a leveza e graça com que caminha até a mesa, encanta e inebria, e apesar dos olhos de lua estarem levemente avermelhados, ainda estão tão belos como qualquer outro dia. Quando ela se senta ao meu lado, sua mão vai direto de encontro a minha, e mesmo sendo a coisa mais boba do mundo, sentir o seu toque cálido junto ao frio do metal do anel que lhe dei tempos atrás, me faz tão bem, faz aquele sentimento primitivo de posso aumentar junto com meu sorriso.

— Bom, já que estamos todos aqui, vamos começar a reunião e dar os relatórios de como ocorreu a operação Tenseigan. — Kakashi começa a falar.

— Segundo os relatórios enviados anteriormente por Konoha, Tenseigan é um Doujutsu que originalmente surgiu no clã Otsutsuki, mais precisamente, da linhagem de Otsutsuki Hamura, irmão mais novo de Otsutsuki Hagoromo, ou como conhecemos, Rikidou Sennin. — Gaara começa a citar as partes importantes — Sabe-se que o clã Hyuuga de Konohagakure descende diretamente de Hamura, e por isso o Tenseigan é uma evolução do Byakugan, mas ele não se manifestou por séculos em nenhuma das famílias, secundária ou principal, até a penúltima geração, onde o Doujutsu evoluiu nas duas herdeiras da antiga família principal, a caçula Hyuuga Hanabi, e a atual líder do clã, Hyuuga Hinata.

— Correto, mas o que não entendo, é como vocês anteciparam os passos de Otsutsuki Toneri, como está descrito aqui. — A questiona e revisa suas próprias folhas de relatórios.

— Existe uma escritura, que foi passada de geração em geração entre os líderes do clã. — Hiashi toma a palavra — Nessa escritura, conta em detalhes a história da nossa linhagem, assim como conta que as gerações que despertassem o Tenseigan, seriam levadas pelos herdeiros de Hamura, o motivo nunca ficou claro para nenhum líder antes, até Hinata completar seus dezenove anos no último inverno, a cerimônia de posse dela como líder foi realizada e como era tradição, a escritura foi passada para sua tutela.

Todos olham para minha Hina, esperando que ela completasse a narrativa.

— Existem escritos e códigos no pergaminho, que só eu e Hanabi conseguimos ler, e só descobri isso, quando foi feita a prova de sangue. — ela conta e os Kages ficam confusos, vendo isso, ela se prepara para explicar — A prova de sangue é feita em todo líder que vá assumir o clã, para assegurar que sua linhagem é pura, é parecido com os contratos de invocação, escrevemos nosso nome nesse mesmo pergaminho com nosso sangue. Ninguém tinha relatado o que devia acontecer para o Byakugan evoluir antes, e por isso não sabíamos o que acontecia, mas no momento em que meu sangue tocou o papel, um selo foi ativado, meu Chakra foi invocado e se alterou por conta própria, como se fosse provocado e obrigado a fazer isso. Mais tarde, estudamos aquele selo, já que nada parecido tinha acontecido aos líderes anteriores, e descobrimos que ele funciona como um ativador, que reage ao nosso DNA e força o Kekkei Genkai de quem tem os genes do Tenseigan a manifestá-lo, fazendo o Byakugan evoluir; naturalmente recriamos o mesmo selo com ajuda de Naruto, já que sua estrutura é semelhante aos selos utilizados pelo clã Uzumaki, e fizemos uma prova de sangue em todos os membros do clã, mas apenas Hanabi e eu manifestamos o Doujutsu.

— E o que diziam esses escritos? — Mei questiona.

— Diziam que haveriam dois herdeiros da linhagem Otsutsuki nascidos no clã Hyuuga, que esses herdeiros teriam o Tenseigan, e que unido ao sangue de Hamura, esse Doujutsu poderia destruir a Terra, e que se caso a humanidade passe a se autodestruir, esse poder deveria ser usado para parar os conflitos. — Hinata conta e suspira cansada — As escrituras diziam que um Otsutsuki viria buscar os dois herdeiros Hyuugas para se unirem e assim eliminarem a humanidade e recomeçar tudo do zero, o mais velho seria o portador, o mais novo o doador; o que significa, que para o Tenseigan se tornar nocivo, precisa dos dois Byakugans evoluídos, e provavelmente uma técnica como a dos Uchihas é usada, para passar o poder ocular a outro.

— Foi assim que descobriram que esse tal Toneri viria para buscar as duas? — Onoki pede e seu tom de voz é de pura incredulidade.

— Na verdade não, só descobrimos que os dizeres da escritura eram verdadeiros, duas semanas atrás, quando um mensageiro dos Otsutsuki veio até mim, ele me entregou um pergaminho e sumiu sem dizer nada; quando descobrimos o que estava escrito, essa operação foi montada. — Hiashi explica — Eu estava intimado a me encontrar com esse Toneri, mas como não tínhamos mais nenhuma informação a respeito, além do pergaminho, Naruto que foi quem pensou em todo esse plano, decidiu que eu não deveria ir por ser muito perigoso, então ele estudou as tradições e costumes  antigos do clã e no dia marcado, usou um Jutsu de transformação em um clone e foi no meu lugar ao encontro.

— E como foi essa reunião, Naruto? — Gaara me pergunta diretamente.

— Ele contou uma história distorcida da que está no pergaminho, disse que sua intenção ao vir até aqui, era para unir as duas famílias e fazê-las voltar às suas origens, então fez a proposta de casamento a Hinata, e quando eu neguei, ele atacou o clone com suas marionetes, achando que mataria Hiashi, ele disse que viria para a Vila e levaria as duas mesmo sem o consentimento do pai, quando essas informações chegaram até nós, começamos a elaborar a segunda parte do plano. — conto e me escoro na cadeira — Como Hinata é a atual líder do clã, ela tem uma segurança maior e mais rigorosa, então a estratégia mais lógica para o Otsutsuki seria capturar Hanabi primeiro, e assim ainda faria a Hina ir atrás dele, com base nisso, montamos nosso contra ataque, deixei um dos meus clones transformados como Hanabi dentro do clã enquanto ela e Hiashi ficavam seguros sob a guarda de Konohamaru; nem mesmo os guardas sabiam disso, e quando as marionetes de Toneri vieram, a reação de todos tornou tudo muito realista.

— Espera um segundo aí, o Byakugan não pode diferenciar um clone de alguém real? — A questiona de olhos fixos em Hiashi.

— Não quando os clones tem o Chakra distribuído uniformemente, tão qual o verdadeiro, como Naruto faz; nós descobrimos isso, quando ele e Neji lutaram nas finais das provas Chunnin, anos atrás. — Hiashi conta e eu nem me lembrava que ele tinha assistido aquela luta.

— Verdade, foi uma luta impressionante aquela. — Gaara comenta e então vira seus olhos para Sasuke — Você também me fez passar um aperto Uchiha, você e Naruto foram os primeiros oponentes que conseguiram se igualar a mim naquela época.

— Foi quase isso, mas quem salvou a minha vida e a da minha noiva aquele dia, foi esse verme aí. — Sasuke retruca apontando para mim e vejo Sakura se derretendo inteira.

— As vidas de nós três então, e de todos da Vila, se ele não tivesse me parado, duvido muito que estivéssemos tendo essa reunião. — Gaara concluí, e os comentários deles me fazem ficar envergonhado.

— Se a gente for analisar a fundo, praticamente todos que estão nessa sala tiveram a vida salva por Naruto, isso quando falamos antes da guerra. — Kakashi comenta sorrindo por sob a máscara.

O reconhecimento deles, me emociona, me alegra e reforça aquele sentimento de ter feito tudo certo, de ter feito tudo que estava ao meu alcance, e mesmo quando o caminho ficou difícil, quando doeu e arrancou tudo de mim, ainda assim valeu apena, valeu por essas pessoas que estão aqui, pelas pessoas que hoje podem ter uma vida tranquila; e principalmente, valeu por ela, que está aqui me sorrindo orgulhosa e com aquele mesmo olhar gentil e doce com que me olhou anos atrás, quando entrou naquele campo de batalha, determinada a me salvar, mesmo que custasse sua vida. Quem diria que aquele ato corajoso e altruísta de Hinata, de enfrentar sozinha um oponente muito mais forte que ela, seria o empurrão a mais que eu precisava para me tornar tudo que sou hoje. Depois de mais alguns comentários a respeito da minha perícia como ninja, e que me deixaram mais vermelho que um tomate, a reunião prosseguiu, Shikamaru e Kakashi explicaram a outra parte do plano, que era enviar uma equipe para destruir o Tenseigan, disfarçados de equipe de resgate para Hanabi; quando Shikamaru contou que antes de sair da Vila, Hinata e eu nos transformamos um no outro, tive que ouvir muitas piadinhas e comentários jocosos, principalmente sobre o casamento com o Otsutsuki. Somente após todos se acalmarem e pararem de tirar sarro da minha cara, a reunião prosseguiu, contei como foi a nossa intervenção, Hinata detalhou o que fez para destruir o Tenseigan e como pegamos Toneri totalmente desprevenido.

— Enquanto isso, nós fomos atacados aqui também, acredito que tenha sido quando Toneri descobriu que foi enganado. — Hiashi conta — Algumas marionetes invadiram a casa desse rapaz e tentaram levar Hanabi, creio eu que devem ter rastreado seu Chakra, mas Konohamaru destruiu todas elas, e ainda por cima usando o Rasengan, eu não sabia que o neto do Sandaime era seu aluno, Naruto.

— Ah papai, Konohamaru é aluno do Naruto desde que tinha cinco anos. — Hinata conta e vejo o moleque estufando o peito orgulhoso — E pelo visto é um aluno muito aplicado que segue os passos do sensei.

— Então está explicado! — Hiashi fala e desata a rir, espantando a todos.

— O que aconteceu Hiashi-sama? — Kakashi pergunta curioso, todos estavam, ninguém ali já tinha visto meu sogro daquela forma.

— Depois de derrotar as marionetes, esse rapaz se ajoelhou na minha frente e desatou a falar como nunca, igualzinho você fez anos atrás Naruto, Konohamaru pediu a mão de Hanabi em namoro. — Hiashi conta e todos os olhos se voltam para os dois, que estão muito vermelhos agora, e se focam em suas mãos dadas — Ele ainda me garantiu que eu não precisava me preocupar com o futuro dela, que assim como Hinata será a esposa de um Hokage, Hanabi também será, e me prometeu que ele será o Hachidaime Hokage.

— Qual sua resposta papai? — Hinata questiona, os olhos brilhando de alegria pela irmã.

— Apesar de achar que eles ainda são novos, eu permiti, esse garoto é igualzinho ao Naruto e sendo assim, eu não preciso me preocupar. — Hiashi fala e apesar de estarmos no meio da reunião, Hinata levanta e vai abraçar a irmã e Konohamaru.

Faço o mesmo, a vídeo conferência já estava por terminar mesmo, vou até os dois e como sempre faço, bagunço os cabelos de Hanabi só pra pirraçar com ela e depois lhe abraço, em Konohamaru eu dou um cascudo de leve e o abraço.

— Eu disse que ia te impressionar, Naruto nii-chan. — Konohamaru fala sorrindo grande e dessa vez me emociono de verdade.

— Você sempre impressiona otouto, estou orgulhoso e tenho certeza que o velhote e Asuma também estão. — digo sincero e seus olhos se enchem de lágrimas.

— Aí nii-chan, assim você me faz chorar na frente da Nabi, kure! — ele reclama e faz todo mundo rir.

Naquele clima leve e cheio de comemorações, encerramos a reunião, dando por encerrado o caso Toneri Otsutsuki, já que usei o mesmo Selo de Quatro Símbolos que meu pai usou para selar Kurama em mim, e selei completamente o seu modo Sennin, e deixei apenas o Chakra necessário para que ele continue vivo. Ao encerrarmos a transmissão, reforço para aqueles quatro que eles devem vir para a cerimônia, daqui dois dias; deixamos a sala de conferências entre conversas animas, vejo quando Sakura começa a planejar o que farão com Hinata, e Hanabi já se junta a ela. Quando chegamos as ruas, o sol já está quase se pondo, nós voltamos para o hotel, onde a maioria das nossas roupas estão, tomamos um banho e nos aprontamos para sair novamente.

— Você acha que é uma boa ideia, querido? — Hinata me pergunta indecisa.

— Claro que sim amor, nós precisamos nos distrair dessa correria toda, você vai ver como vai ser bom. — digo quando vamos nos dirigindo para a entrada do hotel.

— É pode ser, mas é que algumas coisas que Hanabi inventa me assustam as vezes. — ela conta e eu tenho que concordar, Hanabi realmente pensa fora da caixa.

— Não se preocupa com isso minha Hime, as garotas vão estar lá também, podem te ajudar a conter um pouco a fera, e agora que ela está namorando, pode ser que fique mais calma. — digo e encho seu rosto de beijinhos — Sabia que Konohamaru era o meu plano pra manter Hanabi ocupada? Tenho que agradecer aquele moleque por isso.

— É, você tem razão, precisamos nos distrair. — ela fala assim que chegamos a rua e encontramos Sasuke e Sakura já nos esperando — Nada de fugir com meu marido Uchiha, quero ele inteiro antes das duas, ou você vai saber como funcionam as cento e trinta e duas palmas.

— E se você fizer alguma brincadeira indecente com a minha esposa Sakura, eu vou contar para a vovó Tsunade! — digo fingindo seriedade e fica tão ridículo, que até eu gargalho junto com eles.

— Certo, eu já sei as regras, até por que eu assinaria meu atestado de óbito também. — Sasuke retruca fingindo que não estava rindo — Agora vamos, os outros já estão esperando.

— Está bem. — antes de me soltar dela lhe dou um beijo rápido e me aproximo do seu ouvido — Mal posso esperar por mais tarde, Sra. Uzumaki.

Deixo Hinata com o rosto afogueado, os olhos de lua cintilantes de expectativa e uma expressão de puro desejo no rosto; ao meu lado, Sasuke caminha pensativo e tenho certeza que é por algo que a Sakura tenha lhe dito, sei que ele está com dúvidas, mas como conheço do seu jeito, ele vai preferir me falar mais tarde, quando se sentir a vontade para isso, então só aguardo em silêncio. Quando chegamos a casa de churrasco, todos já estão lá, e já tinham até pedido a primeira rodada de saquê, animados e falantes, mas o mais barulhento e chamativo de todos era Konohamaru; ele ria alto, encenava algumas coisas e não se importava nem um pouco de estar atraindo todos os olhares para si. Quando paramos a frente da mesa, Shikamaru e Sasuke se olham e numa sincronia perfeita, que daria para dizer que eles combinaram aquilo, falam para todos ouvirem 'igualzinho ao mestre', e como se fosse dito sempre, todos os outros concordam e riem.

— Parem com isso, dattebayo! — digo ao mesmo tempo que Konohamaru.

— Parem com isso, kure!


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