The Four Halstead: Season 3 escrita por Bruna Rogers


Capítulo 5
Jay Halstead




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A notícia sobre a explosão no parque de diversão estava em todos os jornais da cidade no horário do almoço, dezenas de feridos, quatro pessoas mortas incluindo duas crianças. Quem passava perto de Hank Voight podia sentir o vontade dele de ter a cabeça da ou das pessoas que causaram aquele ataque, e quem o conhecia tinha certeza que não haveria descanso até ele conseguir o que queria.

 

Ainda irritado por não conseguir contatar Ruzek, Lindsay e Halstead, Hank passou a manhã ao lado de Alvin Olinsky e na companhia de dezena de outros policiais e federais que estão investigando o ataque. Quando finalmente Adam chegou o sargento estava muito bravo.

 

— Decidiu aparecer ? — Olinsky perguntou exalando sarcasmo enquanto Voight exalava a típica irritação.

 

— Estava na praça até agora —  o loiro respondeu — eu precisava encontrar a Erin mas não consegui.

 

— Ela estava como sua parceira — Voight afirmou, sabendo disso graças às informações de Platt.

 

— Sim, mas nos separamos enquanto ajudávamos no socorro —  ele afirmou mantendo uma certa distância — e não consegui falar com ela de novo.

 

Uma das sobrancelhas de Voight arqueou enquanto ele estudava o jovem detetive da cabeça aos pés, Ruzek estava todo sujo  de poeira e um pouco de fuligem, e algumas manchas de sangue no colete aprova de bala e a camisa azul marinho que estava por baixo.

 

— E o Halstead?

 

— Então, os paramédicos da 51 me disseram que encontraram o Jay no parque, baleado perto do carrossel — Ruzek observar os dois veteranos mudarem levemente as expressões ao ouvir a notícia — ele foi mandado pro med, tentei falar com o Will, mas ele não atendeu.

Hank se virou para os outros membros da sua Unidade de Inteligência,  analisando cada um deles Antônio, Burgess e Atwater.

— Vamos ao hospital, alguém encontre o Mouse.

~~~



Sentada numa cadeira irritantemente desconfortável, Erin olhava para um ponto qualquer na parede da frente sem prestar atenção ao que acontecia ao seu redor de verdade. Os olhos ardiam pelas lágrimas não derramadas, o corpo parecia pesar uma tonelada,  a tristeza e a preocupação estavam entalados em sua garganta.

Cassy a deixou na sala de espera junto a Pat Halstead o pai de Jay, pessoa que Erin gostaria de ter conhecido em uma situação melhor, mesmo que os dois não tenham sido formalmente apresentados.

 

A ex ranger saiu pouco depois que Mouse chegou, ela sufocou a vontade  de esganar o loiro pelo tempo de estresse que ele lhe causou, ainda mais porque o estresse não acabou graças a cirurgia de Jay que já estava na sua terceira hora. Cassy então deixou eles ali e foi até a casa de sua irmã mais nova para encontrar seu filho, mas não antes de presenciar mais uma discussão entre pai e filho.

 

O senhor Halstead como sempre manifestava seu desprezo pela profissão de ambos os filhos, principalmente a escolha de Will de ir para a faculdade. Com um pouco de dificuldade Cassy conseguiu impedir uma discussão pior entre eles.

 

Na saída do hospital ela deu de cara com Hank e os outros membros da Unidade de Inteligência.

 

— Voight — ela comprimetou o sargento.

 

— Senhorita Montenegro — ele respondeu — alguma notícia sobre o Halstead?

 

— Ele ainda está na cirurgia — ela respondeu enquanto apertava as mãos dos outros policiais — ele levou um tiro no peito, mas não consegui descobrir em qual parte. Erin e Mouse estão lá dentro.

 

— Por isso não conseguimos falar com ambos — Dawson falou.

 

— Bem eu preciso ver o meu filho se me dão licença.

 

— Ele estava no parque? — Burgess perguntou preocupada.

 

— Sim, com um idiota que não atende o celular —  ela reclamou revirando os olhos — bem eu tenho que ir.

 

Ela saiu pelo  estacionamento, enquanto a equipe entrava no hospital. Enquanto caminhava por entre os carros, ela sentiu o celular tocar no bolso da calça jeans, na tela do aparelho brilhando o número do seu antigo chefe, ou atual já que ele insistia que ela permanecesse no trabalho, com uma única mensagem.

 

“Stefan Anderwood  entrou no país”

 

Uma única mensagem podia fazer tudo dar uma volta de 360 graus, tornando as coisas que pareciam sem sentido e ligação em algo concreto e assustador.

 

Cassy respondeu a mensagem com outra apenas com um endereço e um horário, ainda que Stefan seja uma ameaça ela ainda precisava ver como Elliot estava.

~~~

 

Assim que pisou na sala de espera, Hank sentiu o ar de preocupação que enchia o ar do local. Várias pessoas estavam ali à espera de informações de seus parentes e/ou amigos que estavam em cirurgia, muitos desses causada pelo ataque de horas atrás.

 

O sargento encontrou Erin sentada ao lado de Mouse, o médico Will estava parado perto de um homem bem mais velho com quem estava visivelmente discutindo. Burgess caminhou até a amiga se abaixando na frente dela ao perceber que a morena não estava prestando muita atenção em nada.

 

— Doutor — Olinsky chamou a atenção do ruivo.

Will virou-se para o detetive, interrompendo sua conversa com seu pai que mantinha suas críticas como sempre que se encontravam, pontuando o fato que ele não voltou para Chicago quando a mãe morreu.

 

— Detetive Olinsky — ele caminhou até ele.

 

— Alguma notícia?

 

Antes que ele pudesse responder, um médico cruzou as portas duplas que vinha das salas cirúrgicas, assim que pisou na sala recebendo a atenção de todas as pessoas, com uma prancheta na mão com o nome do paciente que acabou de operar.

 

Erin quase deu um pulo ao escutar o nome do namorado se pondo de pé, um pouco atrás de Will e do pai ela ouvia o que o médico dizia, sentindo as pernas fraquejarem quando ele disse que o tiro não havia atingido qualquer órgão por muita sorte. Sendo amparada por Kim e Hank, ela ficou aliviada ao ouvir que ele não ficaria com qualquer sequela e já poderia receber visitas.

 

— Só a família — Patric Halstead disse em alto e bom tom.

— Ela é a namorada dele pai — Will interveio.

— Não me importa — o senhor Halstead — só a família, e o Greg, Jay gostará de ter o amigo ao seu lado quando acordar.

—Acha que ele vai gostar de saber que você impediu a namorada dele?

— Não pedi sua opinião William — ele respondeu ríspido — não vou ouvir alguém que não se importa com a própria família.

 

O Halstead mais velho deu as costas para o filho mais novo ignorando-o completamente, sem dar a menor chance de argumentação.

 

— Desculpa — Will murmurou seguindo o pai para ver o irmão.

— Uma hora ele vai sair para comer e eu te levo lá — Mouse disse para Erin antes de acompanhar o ruivo.

 

Lindsay foi levada para fora com o resto da equipe, Burgess se comprometeu a levá-la para casa enquanto Voight seguia para a reunião de controle de danos com superiores e agentes do FBI.

Ao entrar na casa que dividia com Jay, Erin desabou no sofá chorando tanto que até ficou surpresa de quão emotiva estava. Kim sentou-se ao lado dela abraçando a amiga e deixando-a chorar por todo o tempo necessário para ela se acalmar, enquanto afagava o cabelo escuro e curto dela, repetindo que Jay estava vivo e bem.

Erin agradecia por ter uma amiga por perto, com quem poderia contar sem ser julgada.  Com o tempo ela foi se acalmando e choro descontrolado foi se transformando apenas em soluços e finalmente pararem.

Voltando a sentir aquela dor de cabeça como pregos sendo martelados em suas têmporas, Erin foi atrás de remédio.

— Essa dor de cabeça é irritante  — ela comentou tentado abafar a preocupação que permanecia em seu peito.

 

— Você deveria consultar um médico Erin.

 

— É quando pegarmos quem tiver feito isso com o Jay e com todas as aquelas pessoas —  ela afirmou, se preparando para ir pro trabalho, com a certeza de que não conseguiria ficar em casa sem fazer nada, enquanto possíveis terroristas que quase mataram seu namorado a solta na cidade, sem enlouquecer.


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