The Four Halstead: Season 3 escrita por Bruna Rogers


Capítulo 2
Um Ato de Coragem




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Assim que abriu os olhos naquela bela e ensolarada manhã Erin se arrependeu amargamente de ter acordado, mesmo sem ter bebido na noite anterior uma britadeira parecia trabalhar dentro de seu crânio na forma de uma gigante enxaqueca que embrulhar seu estômago só de se virar na cama. Jay seu namorado saiu antes dela acordar para resolver um problema com o irmão. Erin agradeceu mentalmente por isso quando ao se sentar a ânsia se transformou em vômito que sujou o chão ao lado da cama.

Com a visão levemente embaçada Erin voltou a se deitar tentando reunir forças para se levantar, tomar um remédio, limpar aquela sujeira e se arrumar para trabalhar. Está foi a terceira vez nas últimas duas semanas que ela acordou com dor de cabeça, mas também foi a primeira em que vomitou.

Após longos minutos ela finalmente conseguiu se levantar, comer alguma coisa, e tomar remédio. Depois de um tempo a dor amenizou permitindo a ela fazer as coisas sem a tontura ameaçar fazê-la desmaiar.

Assim que voltou a poder andar sem problemas, Erin foi limpar a sujeira de perto da cama, e então foi tomar banho e se arrumar para o trabalho. Enquanto se arrumava a sensação de que algo estava mudando tomou conta de seus pensamentos, o quanto as coisas mudaram desde que Jay e ela começaram a morar juntos, e a cada dia que se passa ela se vê ainda mais apaixonada por ele.

Em alguns momentos, como durante aquela manhã, Erin se perdia em pensamentos sobre como será o futuro, o que ele poderia ser. Dividir uma casa é primeiro passo para algo incrível ou terrível, até agora estava sendo incrível para o jovem casal. Porém aquelas três manhãs nas quais ela acordou passando mal a deixaram preocupada, já que ela raramente adoecia, então antes de sair Erin tomou uma decisão, se aquilo acontecesse novamente ela iria ao médico.

A morena chegou a delegacia para seu turno de patrulha, como era obrigada a fazer, e encontrou a sargento Platt resmungando com outro patrulheiro que pediu lhe algo, seja o que foi a deixou de péssimo humor, não que a mulher seja conhecida pelo seu bom humor.

— Bom dia sargento — Lindsay a comprimento se apoiando no balcão da recepção da delegacia.

— Dia — ela respondeu revisando algumas folhas em sua mão — aqui está a chave da viatura — Platt pôs uma chave sobre o balcão.

— Bom dia sargento — Ruzek apareceu também vestido como patrulheiro — Lindsay.

Platt resmungou novamente dando instruções aos dois e em seguida dispensando-os, os dois detetives trocaram um olhar antes de seguirem o caminho para o estacionamento de viaturas.

— Ei Lindsay — a sargento chamou, fazendo a morena voltar para perto do balcão — você está bem?

Erin franziu o cenho olhando para a mulher, estranhando a pergunta.

— Tô sim — ela respondeu. Platt assentiu e voltou a se concentrar nos papéis em sua mão.

Erin perdeu mais dois segundos encarando a mulher, enfim ela desistiu de falar com a mais velha e seguiu o caminho, encontrando Ruzek encostado na viatura que eles iriam usar hoje.

~~~

Jay deveria estar se sentindo no mínimo um pouco mal por ter mentido para Erin, mas invés disso ele estava irritado por chegar ao apartamento do irmão e o mais novo não estar no local.

Reavendo em sua mente Jay procurou nas lembranças o momento em que havia passado no Med, onde seu irmão trabalhava para conversar, mas o ruivo estava muito ocupado e o moreno muito cansado para ficar esperando o turno do outro acabar, então ele pediu para falar com Will na manhã seguinte antes do seu próprio turno na delegacia, entretanto o mais novo não foi para casa depois do seu trabalho.

O policial perdeu meia hora do seu tempo ligando repetidamente para o médico que não atendia o celular, irritado para caramba e com muita vontade de socar a cara do irmão, ele resolver ir para a delegacia de uma vez, e resolver seu problema mais tarde.

No caminho para o trabalho o moreno passou pelo parque de diversão itinerante que estava na cidade até o fim daquela semana, parado no semáforo ele olhou as crianças brincarem no parque do outro lado da rua. Quando o sinal abriu ele percebeu uma criança correr para perto demais da rua, sendo impedida no último segundo de pisar para fora da calçada por uma mulher que conseguiu alcançar o pequeno menino.

Ele respirou aliviado ao perceber que nenhum acidente aconteceu, então se concentrou no trânsito, quando um estrondo alto o fez se sobressaltar, freando bruscamente o carro o moreno olhou para o lado a tempo de ver uma segunda explosão onde havia um carrossel.

Jay virou se ainda olhando o parque e viu o barco vikings caído com uma parte ainda preso e pessoas penduradas no brinquedo, além de um incêndio no carrossel. Centenas de pessoas gritando e correndo, crianças chorando e pedidos de socorro.

Jay saiu do carro correndo indo na direção direção do carrossel, que estava mais próximo que o outro brinquedo, além de mais crianças precisando de crianças ajuda. Assim que se aproximou ele já encontrou uma menina que tropeçou, quase sendo pisoteada. Ele a ajudou a ficar de pé, logo um homem se aproximou, ela chamou-o de pai e foi com o homem.

Um menino gritou, atraindo a atenção do detetive, ao se virar naquela direção ele viu um homem armado apontando a arma para a criança. Jay buscou a sua própria arma no coldre, mas percebeu que tinha deixado-a no carro, ele correu até a criança usando seu corpo como escudo quando o homem disparou.

A dor atravessou o seu corpo se concentrando em seu peito como se um elefante de duas toneladas estivesse pulando sobre seu tronco, ele soltou o menino que saiu correndo, caindo de costas na grama. Usando mais força do que um dia já necessitou para virar o rosto, ele olhou na direção onde o homem que atirou nele estava segundos atrás, mas ele havia desaparecido. 

Sua respiração foi reduzida a uma tentativa vã de tomar fôlego, sua visão estava parcialmente escurecido e a audição parecia estar abafada, como se houvesse tampões em seus ouvidos, diminuído o som dos gritos. Ainda assim Jay conseguiu ouvir as sirenes que pareciam estar distante, com toda sua força ele lutou para se manter acordado, mesmo sentindo frio e uma dor insuportável.

  — Ajuda —  ele pediu com o resto de ar que tinha. 


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Notas finais do capítulo

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