The Four Halstead: Season 3 escrita por Bruna Rogers


Capítulo 13
Podemos Chamar Isso de Bom




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/769805/chapter/13

As portas do hospital se abrem, no meio de uma confusão de vozes ao redor da maca que é empurrado até uma sala de trauma a consciência da policial vinha e partia em questões de segundos. Mesmo depois de vários minutos os estampidos dos tiros ecoavam por seu cérebro como se acabassem de ser disparados, os gritos de crianças e adultos estava lá também, levemente abafados entre todos os outros barulhos como sirenes, vozes e instruções médicas e de seus colegas falando alto com os outros.

"Cassy encarou a placa do restaurante xingando a si mesma por não ter prestado mais atenção no que sua irmã tinha dito durante o telefonema, quando se deu conta que Khya levou os filhos e sobrinho justo no restaurante que Anderwood estava.

Os policiais estavam tão inquietos quanto ela, o restaurante está cheio de família, crianças espalhadas pelo salão, um alvo perfeito para Anderwood. Entrar e rende-lo não era uma boa opção, sem ter certeza se ele está armado isso só deixaria todos lá dentro no risco, no fogo cruzado.  Eles precisaram esperar que ele saía do restaurante para pegá-lo."

Os planos acabaram com três policiais baleados e Anderwood morto, um saldo mais negativo do que o aparente, ainda que os policiais estejam apenas feridos não mortos - Ruzek foi atingido de rapão no ombro, Hills na perna - exceto por ela que corria ainda um certo risco com o tiro que atingiu seu pescoço. Outra preocupação é que com a morte de Anderwood encontrar o garoto desaparecido - Daniel Rogers - ninguém iria desistir de encontrar o menino mas as chances de fazê-lo com vida é muito menor.

Cassy se sentou no sofá da sala de espera do hospital, o lugar inteiro cheio de policiais como sempre acontecia quando algum oficial é ferido. Elliot sentado em seu colo quase dormindo apesar do barulho, a morena olhava para os membros remanescente da Unidade de Inteligencia reunidos em um canto, Jay ao seu lado batia o pé sem parar, claramente nervoso e inquieto. 

— Pai — Elliot gritou  saindo do colo da mãe e correndo para entrada do hospital que dava para a rua. 

Cassy olhou sobre o ombro a no exato momento que o menino de cabelos escuros pula nos braços de Mouse, o loiro não parece ter percebido que o garoto o chamou de pai, Cassy não se importaria se lembrasse que um dia tinha dito ao menino a verdade sobre isso, mas não disse. No entanto, naquele momento ela estava preocupada demais com o amigo não entrassem em colapso depois de tudo, depois de ver a namorada levar um tiro, que deixou o assunto sobre a paternidade de Elliot em segundo plano.

— Como eles estão? — Mouse questiona assim que se aproxima o bastante do amigo.

— Ruzek só precisou de alguns pontos — Cassy respondeu enquanto o menino voltava ao seu colo — Mitchell vai precisar de fisio mas vai sobreviver. Da Erin não temos noticias ainda.

Jay parecia absorto quanto a presença de todos ali, se levantando devagar ele caminhou até a porta que separa a sala de espera do resto do hospital, os olhos desfocados mostravam que ele não estava cem por cento consciente das ações. A porta se abre automaticamente e o ruivo Halstead aparece encarando o irmão, o puxando para um abraço apertado, tanto Will quanto os amigos de infância sabiam bem que o moreno estava preste a desabar, e aquele abraço entre os irmãos foi o que ele mais precisava. 

— Hey Cassy — a morena virou a cabeça tentando encontrar que a chamava. A sua irmã mais nova se aproximou com os dois filhos seguindo-a — Como a policial está?

— Não sabemos — ela respondeu passando a mão pelo cabelo.

— Quer que eu fique com o Elliot? — Cassy encara a loira e então o menino.

— Por favor — ela olha nos olhos claros do menino — vai com a sua tia amor.

O menino saiu do colo da mãe levemente relutante e abraçou a mesma em despedida, em seguida fez o mesmo com Mouse e enfim foi com a tia e os primos. Cassy estava tão exausta naquele momento que estava quase no automático, ela deitou a cabeça no ombro de Mouse olhando para frente, para os Halstead.

— Ela vai sobreviver? — Mouse perguntou segurando a mão de Cassy.

— Espero que sim — ela responde entrelaçando os seus dedos — ele a ama.

— Sim — ele a concorda.

O silencio os envolveu enquanto olhavam para frente. Cassy viu novamente sua vida passando diante de seus olhos, outro lembrete do porque deveria largar essa vida de agente do FBI antes de deixar seu filho órfão. As rajadas de tiro ainda ecoavam em seu ouvido quando se permitia ficar em silêncio, os gritos de Jay pela namorada quando ela foi atingida por uma bala no pescoço, todo o sangue que se formou ao redor do corpo de Erin e de Anderwood quando os tiros cessaram, não tinha certeza, mas algo dentro de Cassy acreditava que todos os policiais presentes na operação enfiaram pelo menos uma bala no maldito.

— Eu não vou a lugar nenhum — ela ouviu Mouse dizer a cima de sua cabeça.

— Por quê?

— Depois de tudo que aconteceu esse mês, percebi que mesmo que não tenha um lugar para mim realmente, eu quero estar na vida do nosso filho.

— Você é um idiota — Cassy diz se afastando para olhar nos olhos claros do homem — você acha que não tem lugar, não tem família ou qualquer razão além do Elliot para ficar mas olhe ao redor — ela disse mexendo os braços e apontando para Jay e Will — você seu babaca é parte das nossas famílias. Você é importante para todos nós seu idiota.

— Isso é seu jeito de dizer que gosta de mim e tá feliz porque eu vou ficar?

— Vai a merda Greg.

Ele sorriu ao constatar que estava certo na sua teoria, e muito feliz ao saber que ela gostava dele de alguma forma, saber que ela se importava com ele se tornou algo a mais para o loiro.

As horas se passam arrastadas enquanto eles não recebiam noticias que realmente lhe importavam. Quando finalmente o médico de Erin saiu de encontro a eles a tensão na sala estava tão forte que poderia ser quase tocada. 

Jay e Hank se aproximaram do médico o cercando, o homem negro  conversou rapidamente com Will antes de finalmente falar.

— Os dois estão bem e fortes.

A menção a duas pessoas abalou todos na sala, mesmo a alguns metros de distancia Cassy conseguiu ver os dois homens franzindo o cenho enquanto engrenagens imaginárias giravam em seus cérebros numa tentativa de formar algo coerente com a informação recém adquirida.

— Dois?

— Sim — o médico disse como se não entedesse a duvida que os demais tinham — a detetive Erin Lindsay e o bebê.

— Ai meu Deus — Cassy se manifestou mais alto do que desejava — ela tá grávida.

A cor do rosto de Jay desapareceu por completo ressaltando o cabelo escuro e as sardas espalhadas por toda a face. Ele será pai, e não sabia. Mas reclamar por ela não ter comentado não é nada comparado a dupla alegria que o rodeava naquele momento, sua namorada, a mulher e amor de sua vida está viva e grávida.

— Respira — ele ouviu a voz de Cassy em seu ouvido enquanto era abraçado de lado pelo irmão, uma mistura de cumprimento e felicitações com apoio para se manter de pé — ou vai desmaiar.

— Ela está no quarto, eu vou levar vocês até lá — o médico disse com um leve sorriso guiando Hank e Jay pelo caminho até Erin.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Four Halstead: Season 3" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.