Saint Seiya - Especial de Halloween escrita por Katrinnae Aesgarius


Capítulo 2
Uma máscara, um gancho


Notas iniciais do capítulo

Confesso que achei que poderia postar isso em até duas partes, mas não lembrava desse conto ser assim tão grande! O_O
De toda forma, promessa é dívida e vou postar completo!! XD



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— Confesso que quando chegamos lá, pensamos estar mergulhado num set de filme de terror com o que encontramos. — disse o investigador sentando-se numa cadeira de frente para mim. Notei seu olhar de perplexidade. — Acha que pode continuar?

Eu precisava continuar. Eu precisar colocar aquilo pra fora, expor tudo!

O investigador me deu mais água e empurrou um prato com alguns biscoitos, mas ainda estava nauseado demais para isso e apenas preferi ficar com a água em mãos e pensando no medo que sentia enquanto alguém parecia forçar a entrada da sala.

Sim, o diretor havia nos trancado na porra da sala!

 

No primeiro instante, calamos a boca em uníssono. Eu recuei, Saori também, ainda escorada na parede, enquanto Julian encarava a porta e depois riu daquilo. “O diretor nos trancou aqui? Sério isso?”, ele disse contrariado até perceber que não mais estávamos próximo a ele. Estava parado ali, rindo de dois melidrosos. “Sério mesmo que estão acreditando nisso? É apenas um jogo, seus idiotas!”, Julian insistia enquanto nós dois apenas olhávamos para a porta assustados.

As luzes do corredor evidenciava que havia alguém ali, forçando a porta, e se o diretor havia trancado, porque ele estaria forçando abrir?

“É ele! É ele!”, sussurrava Saori com sua voz trêmula para mim, me abraçando. Aquilo perturbou o Julian que não compreendia que não havia malícia naquilo, somente medo. Foi então que ficou de costas para a porta para deferir mais uma onde de impropérios para mim. E não, não estava ouvindo nada do que ele dizia senão buscando na sala qualquer coisa que poderia usar de arma caso fosse aquele mascarado. E ali tinha algumas quinquilharias que o diretor devia guardar de alunos, mas nada a ser usado como uma arma defensiva. Ao menos não via nada de imediato.

Foi quando alguém chutou a porta, arrebentando-a do trinco. Isso fez Julian se virar assustado, mas não permitindo reagir contra aquilo que o atingiu de frente. Ele olhou assustado em direção ao peito e viu aquele gancho em seu ombro como se quisesse rasgá-lo ali diante de nós dois.

Saori gritou assustada enquanto via o ex-namorado ser empurrado até a mesa e cuspindo sangue, engasgando-se enquanto tentava, em vão, segurar aquele maldito mascarado que, agora melhor visível, lembrava aquelas máscara venezianas. Tinha ranhuras, linhas vermelhas, nada que explicasse, mas cobria bem o rosto e até os olhos por uma tela como de olhos de mosca.

Fiquei alguns segundos olhando aquilo até ver ele cair para um lado e Julian para o outro porque Saori pegou um vaso que tinha sobre a mesa com alguns cactos e quebrou na cabeça do desgraçado.  Aquilo me despertou para a realidade ali e a puxei para junto de mim, pulando o corpo do maluco estirado no chão. E quando vi que ele se levantava, peguei a cadeira e arrebentei nas suas costas para retardá-lo enquanto ordenava Saori sair dali. Acho que ela estava tão amedrontada que só conseguiu parar na porta e esperando por mim que acabava de quebrar a cadeira em cima do desgraçado até parar de se mover.

“LEVE-A DAQUI”, gritou ele ainda apoiado na mesa. A minha primeira reação era realmente fazer isso, mas não podia deixá-lo ali. Sim, estava muito puto com ele pelo que me fez, mas não a ponto de querer deixá-lo para morrer. Quando o outro parecia se levantar, foi minha vez de chutá-lo com tanta força que acho que fiz ele perder os sentidos por alguns minutos, tempo o bastante para Julian, aturdido, acabar por nos acompanhar pulando sobre ele quando queria remover aquela máscara.

“Tá maluco? Nunca viu filme de terror?”, e o puxei para fora da sala para a adjacente a frente onde ficava a secretária do diretor.  Puxamos a mesa e viramos de modo a dificultar sua passagem e depois fechamos a porta que dava acesso ao corredor para atrasá-lo um pouco mais, deixando a cadeira no trinco de modo a complicá-lo na hora de abrir. Avançamos pelos corredores, precisávamos falar com o diretor.

Queria avisá-lo, mas nem sabíamos onde ele estava. Ele disse que pegaria nossas fichas e talvez o encontrássemos no arquivo da escola, para avisar a ele o que aconteceu, mas não encontramos ninguém, somente a sala aberta. O diretor Saga não estava ali… ou se esteve já tinha saído, mas não retornado à sala. Aquilo era um mau presságio.

“Um telefone!”, gritou Saori tomando o mesmo e fazendo a discagem de emergência para a polícia. Julian estava recostado na parede, gemendo de dor pela perfuração no ombro que ele garantia não conseguir ter movimentos. “Não consigo completar”, respondeu Saori já ficando nervosa quando peguei o aparelho.

Foram três tentativas até conseguir alguma coisa, e quando fui atendido foi para a ligação automática que me fez esperar mais alguns minutos que parecia uma eternidade! Julian apenas assistia, acalentado por Saori que conferia o ferimento profundo em seu braço.

Quando a chamada foi atendida, veio a maldita chamada eletrônica que levou mais alguns minutos até que, finalmente, pensei que seria atendido… e o telefone ficou mudo. Chamei, sem qualquer retorno. Busquei linha, mas nada! Não havia mais linha e soquei o telefone no aparelho tamanha frustração, assustando Saori que abandonou seu posto e vindo ao meu encontro, constatando o telefone também mudo, perguntando o que faríamos.

Não podíamos ficar ali, isso era óbvio! Tínhamos que encontrar o diretor, o orientador ou qualquer um dos professores. de certo o diretor já teria voltado e encontrado aquele cenário de terror em sua sala ou pior: ter sido encontrado pelo mascarado e estar morto. Cheguei a cogitar a ideia de que o diretor foi surpreendido e nem mesmo teve tempo de avisar a qualquer um, nos deixando esquecido por todos que se divertia lá embaixo sem saber o que aconteceu no Corredor e ao Julian ali em cima.

Por fim, decidimos que sairíamos dali e voltaríamos ao baile para avisar alguém.

 

“É ele!”, disse Julian ao ouvir um baque mais adiante ecoando no corredor. De imediato, apenas os puxei para a sala de arquivos e fechei a porta com nós três ali, pedindo ajuda somente para arrastar o armário junto à porta. Não foi a melhor estratégia.

Ali é uma sala pequena. Cabia folgado nós três, mas não seria suficiente para uma luta e nem oferecia nada como arma. Estávamos acuados e preso ali. Só teríamos que contar com a própria sorte de alguém aparecer para nos ajudar — claro, se não fosse morto antes.

Tão logo ouvimos a primeira porrada na porta, assustando-nos. Julian estava servindo de escudo para Saori enquanto eu tentava forçar o armário contra a porta. Ele tentava perfurar com o gancho devido aos socos que fazia, tentando arrebentar o trinco. Se ele entrasse ali, estávamos mortos. No entanto, de repente… parou.

Sim, parece cena clichê de filme de terror, eu sei… Mas foi EXATAMENTE ASSIM que aconteceu. De repente tudo se silenciou e pensei que ele fosse arrebentar aquela porta tal como havia feito há poucos instantes quando matou Julian. No entanto, o que ouvimos foi alguém chamando por mim, o que me deixou duas vezes intrigado com aquilo. Um truque, talvez, não sei… E mais uma vez, desta vez mais perto. Era a voz do Hyoga!

Hesitamos, mas decidimos, por fim, afastar um pouco o armário e verificar. Eram realmente Hyoga e Shiryu no corredor, Eu acabei por me exasperar! Afinal, se ele os encontrasse ali, certamente os mataria. Eles seguiam exatamente em direção a sala do diretor — ou vinham dele, eu não sei dizer — e apenas os chamei, para a surpresa de ambos que esperava nos encontrar na sala do professor. Ao verem o meu estado e de Julian, perguntaram o que aconteceu, então eu falei.

 

— E nenhum sinal do diretor? —  indagou Shion atento a tudo que era dito. —  Pelo tempo, ele já deveria ter retornado, não? Ou o Orientador...

Era exatamente o que pensava naquele momento. Onde diabos estava o diretor Saga que era sempre tão duro com todo mundo? Será que todos haviam decidido entrar no jogo de travessuras da noite?

Não… Ele sempre foi muito certinho.

 

Seguimos até o pavimento inferior em direção à enfermaria onde poderíamos cuidar daqueles ferimentos — embora Julian precisasse mesmo de um hospital. O ferimento dele era bem feio e estava perdendo muito sangue. Até ali, nenhum sinal do ‘Mascarado de Gancho’ que desapareceu num estalar de dedos.

Saori ajudava a fazer um torniquete no braço de Julian enquanto narrava tudo a Hyoga e Shiryu desde que tive a brilhante ideia de conhecer o ‘Corredor da Morte’, onde tudo começou. Percebi que Hyoga e Shiryu trocaram olhares, mas somente o Shiryu se levantou e indo em direção de Julian que flertava com Saori e prensando-o contra a parede enquanto tocava bem fundo a ferida há pouco cuidado por Saori.

Ele praguejou e xingou o Shiryu, em meio ao clamor de Saori pra parar. Até eu pedi, sendo segurado por Hyoga. Shiryu indagava se aquilo fazia parte do joguinho dele e dos amigos para aquela noite mesmo sob as negações do playboy.

Hyoga disse que não havia nada no Corredor da Morte, nenhum corpo. “Minos deve estar chapado em algum lugar com Aiacos ou enchendo a cara com Radamanthys, sabe disso…”, continuou Hyoga tentando se convencer, mas nem ele parecia acreditar naquilo.

‘Seria possível?’, pensei e olhando desconfiado para Julian que alternava para todos ali, com apenas Saori a pedir por ele. No entanto, não acreditava que eles iriam tão longe a ponto de Julian se ferir até aquele estado. Além do mais, Minos parecia frito o bastante para ser uma mera encenação.

“Concordo”, aceitou Shiryu soltando-o com alguma hesitação. Foi então que perguntei se estavam ali com consentimento do diretor, o que causou estranhamento dos dois. Comentei que o diretor tinha saído e nos deixado na sala para buscar nossas fichas e que acreditei que ele poderia ter nos deixado na sala como punição e retornado para a festa. Fiquei surpreso em ouvir que o diretor não foi visto mais no baile desde que subiu conosco.

O diretor não tinha chegado à festa. Algo tinha acontecido e precisávamos avisar todo mundo. Foi então que tomei a decisão de que eles ficariam ali, escondidos, enquanto eu buscaria ajuda. Houve protestos, e não tiro a razão deles. Afinal, ninguém iria querer ficar ali esperando o mascarado voltar. E enquanto discutíamos isso, ouvimos passos no corredor, e ficamos cautelosos cada vez que os passos se aproximavam. Apagamos as luzes e buscamos nos esconder. Hyoga e Shiryu se armaram com uma vassoura e uma cadeira cada um.

Quando a porta foi aberta, era ninguém menos que o professor de Artes, Afrodite. Disse que procurava pelo diretor quando ouviu movimento e burburinhos na enfermaria. Já questionava o que fazíamos ali quando viu o estado de Julian e correndo até ele, percebendo o quão ferido ele estava. Cobrou explicações e onde estaria o diretor. Eu tentava explicar, mas por onde poderia começar? Dizia ainda que Julian precisava seguir urgente para um hospital, e quando tentou ligar usando o telefone dali — algo que Saori já havia tentado — não teve sucesso. Sem sinal como na outra sala.

“Não saiam daqui! Vou procurar ajuda e terão que me explicar exatamente o que estavam fazendo…”, dizia ele com uma autoridade incomum enquanto seguia para a porta. Nem bem atravessou e engasgou em suas palavras, surpreendendo a nós que nos distraímos por um instante até perceber o mascarado ali e o professor com a mão no pescoço que tinha acabado de ser rasgado. Ele tentava reagir, mas estava tão assustado que somente se voltou para aquele assassino que o empurrou contra o armário de remédios com uma força descomunal para então avançar em nossa direção.

Shiryu apenas arremessou a cadeira mandando que corrêssemos. Tudo que estava diante deles era jogado naquele maníaco que só avançava, mas aquela sua máscara impedia que o ferisse e mesmo víssemos seu rosto. Usava uma capa que lembrava a Morte da pintura no Corredor da Morte. No lugar de uma foice, era aquele maldito gancho que, somente naquele momento, percebi que era serrilhado.

Numa oportunidade, Shiryu conseguiu prender uma de suas mãos e outra cruzando seu pescoço. A outra mão com o gancho ainda estava livre e tentava, miseravelmente, atingir quem pudesse, impedindo alcançar a porta. O mascarado jogava Shiryu contra a parede na tentativa de que esse o soltasse, e isso permitiu que puxasse Saori e avançasse, seguida do Hyoga. Restava Julian que ficou para trás com algo em mãos.

Julian mandou que ele soltasse o mascarado, mas Shiryu resistia nos mandando correr. O playboy insistiu enquanto segurava um vidro e então ele entendeu. No momento certo, soltou o assassino e se jogou para o lado, com Julian jogando o vidro contra o mascarado que tentou se defender com o braço que empunhava o gancho e quebrando-o. Shiryu sentiu uma queimação respingar seu braço, percebendo de imediato se tratar de amoníaco. O mascarado gritava, já que ele quem recebeu grande parte daquele material.

Julian correu para a porta, sendo seguido por Shiryu que foi impedido ao ser puxado pela capa que usava em sua fantasia. “VÃO!”, gritou Shiryu  voltando numa briga braçal com o assassino. Durante a briga, a porta acabou por ser fechada com a derrubada de um armário e o quarteto apenas ver o sangue escorrer por debaixo da porta.

“Precisamos sair daqui. AGORA!”, gritou Hyoga chamando pela nossa atenção. Saori chorava compulsivamente, sendo puxada por Seiya pelo corredor. Precisávamos nos afastar o máximo dali.

Precisávamos chegar ao salão onde acontecia aquela maldita festa já que ninguém parecia se dar conta de nada.

Precisávamos encontrar a porra do diretor que nos abandonou ali certamente como punição e esquecido de nós três lá em cima enquanto se divertia ou sei lá o que diabos fazia para não retornar até aquele momento, assim como o orientador Kanon.

Precisávamos saber porque diabos aquele mascarado estava atrás de nós — se é que estava atrás de nós ou…

 

— Por que achou que ele estava atrás da Senhorita Kido? — questionou o investigador brincando com uma caneta.

Eu não sabia explicar o porquê de pensar naquilo…

Era sabido que Julian, assim como Saori era a Abelha-rainha, de certo ele era o Zangão. Quero dizer… Os dois que tinham a presença na escola. Todos queriam ser como eles, copiar o modo deles… e como já disse, eles adoravam avacalhar com os novatos, sendo bolsistas… Pff!

Quem sabe isso tudo não era alguém muito puto com eles?

Eu só estava ali de gaiato. Se estava certo ou não, não poderia deixar a Saori ali. Ela quem mais estava apavorada com tudo aquilo, e talvez com razão.

 

Fomos levados para o terceiro pavimento do prédio que era a sala do diretor, descemos até o segundo onde tinha a enfermaria e o baile acontecia na quadra, no térreo. Ninguém tinha ideia do que estava acontecendo. Nem nós sabíamos de verdade. O que sabíamos era que tinha um maluco mascarado atrás de nós com um gancho que já tinha matado Minos, Shaina e o Afrodite. Gritar seria perda de tempo por conta do som alto mais abaixo — sem contar do tanto barulho que já tinha acontecido com porta arrombada, gritos…

Chegamos no bloco onde ficava as salas do pessoal do terceiro ano, de projeções… local este que tinha muitas histórias como as do Aiacos e sua namorada Violet já terem sido pegos… Enfim!

Deve estar se perguntando porque não seguimos para o térreo, certo?

Na fuga, deveríamos ter pego o corredor para o Bloco C que tem a escada para o térreo, mas naquele momento pegamos o caminho do bloco D que acabou nos levando para as salas de laboratório, projeções… e isso nos forçaria a seguir até o bloco E para a escadaria e dar uma volta até q quadra, já que passaríamos pelo refeitório.

Entramos numa sala qualquer para avaliar os danos do Julian depois desse alvoroço e para nos ajudar a sair dali. Saori sentou-se numa cadeira, abalada demais com o que aconteceu com Shiryu. O desgraçado havia tomado grande parte do banho e deveria estar se contorcendo de dor, dando a eles uma boa vantagem, mas a que custo?

Hyoga socou a parede frustrado. Julian se limitou ao silêncio e acolheu Saori. Eu não acreditava no que estava acontecendo. Não podia acreditar que Shiryu estivesse morto. Até pensei em voltar, mas Hyoga me impediu e Julian me lembrou que precisávamos avisar a todos do que estava acontecendo… E eles estavam certo.

“Vão vocês, eu fico. Não tenho condições de continuar”, e ele estava certo. Julian já estava pálido pela perda de sangue e disse que ficaria para confundir o rastro enquanto nós seguiríamos para o salão. Hyoga, com alguma relutância, concordou, mas que ficaria com ele para procurar pelo diretor enquanto Saori e eu chegássemos ao salão do baile.

Ela removeu seus sapatos e a meia-fina para não deslizar pelo corredor. Buscávamos ser cuidadosos e fazer o mínimo de ruído possível. Conseguimos alcançar o bloco seguinte e já avistávamos a espada quando, de repente, o vimos sair bem próximo da escada e nos atacou de modo voraz, com seu gancho agarrando na parede.

Saori e eu não podíamos voltar pelo corredor e ele tinha bloqueado a nossa passagem na escada. Corremos para um corredor de frente que dava para o Bloco E que dava acesso a outra quadra. “Precisamos pular!”', eu disse percebendo que ele se aproximava. Puxei a Saori. Havia hesitação por parte dela, mas não havia outra saída senão pular.

Por sorte não tinham fechado a piscina naquela noite — ou alguém abriu já com segundas intenções. De todo modo, serviu de grande ajuda para fugirmos e pular de uns 10m e era funda o bastante para não sofremos lesões graves.

Eu fui o primeiro a alcançar a superfície e já buscando pela Saori, conseguindo encontrá-la mais para o meio da piscina. Nadei até ela para ajudá-la quando ouvi as engrenagens. Estremeci! Quem quer que fosse estava cobrindo a piscina e nos afogaria ali. Já tinha subido com ela, mas não conseguiria alcançar a borda da piscina a tempo e a cobertura já cobria a metade da piscina. Eu não era um nadador profissional, não tinha essa agilidade, estava apavorado e ainda carregava alguém comigo. Quando percebi, estava debaixo daquela maldita lona e não tinha nada comigo para rasgar aquilo.

Era o meu fim! Era o nosso fim.

Saori tentava usar as unhas, mas a lona era resistente o bastante para aquele propósito. O meu fôlego estava cessando e de Saori não era muito diferente. Estávamos novamente afundando e já estava a perder os sentidos quando tive a impressão de ouvir novamente as engrenagens e a lona novamente se mover. Ouvi alguém mergulhando e pensei que o assassino estava vindo ao nosso encontro para pintar a piscina com nosso sangue?

Senti o corpo ser puxado para cima e finalmente conseguir o ar que queria. Saori igualmente. Nós dois tossíamos muito enquanto éramos levado para a borda. Saori foi auxiliada por alguém de madeixas loiras e eu reconheci ser ajudado pelo próprio Hyoga que era um nadador da escola. ‘Como ele chegou ali?’, eu pensei enquanto recuperava o fôlego.

Demorei para recuperar fôlego, mais ainda em entender o que Shun fazia ali.

Era coincidência demais! Não havia tempo do assassino descer e mexer no painel, ou mesmo adivinhar que pularíamos dali. Confesso que fui em cima de Shun, que se intimidou com minha ameaça, e somente não fui em cima dele porque Hyoga me segurou, enquanto Saori pedia pra parar e amparada por June.

Shun estava assustado, pois nem mesmo viu quem era, somente que dois haviam pulado na piscina assustando ele e June que optaram por sair do quarto e ficarem na piscina onde ao menos poderiam ouvir o som da festa distante...

Nenhum deles entendeu o que acontecia até virem a piscina ser, do nada, coberta. E logo perceberam que havia alguém nas águas que ficaria preso, precisaram agir rápido. Já Hyoga havia deixado Julian ao ouvir algo e correr ao nosso encontro. Disse que chegou a tempo de nos ver pulando para a piscina e se escondeu para que o assassino não o visse. Conseguiu descer rápido as escadas e correr até a quadra da piscina, mergulhando tão logo uma brecha se abriu enquanto Shun controlava o painel.

Tudo tinha virado de ponta cabeça durante uma festa…!

O que começou uma brincadeira se transformou numa numa corrida de sobrevivência enquanto se divertiam no salão?


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Notas finais do capítulo

Vamos dizer... 02/XX



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